A Nasa divulgou ontem a primeira imagem colorida do afloramento rochoso que está fazendo a alegria dos cientistas planetários em Meridiani Planum, Marte. Avistada pelo jipe Opportunity, que ainda está preso ao seu módulo de pouso, a formação tem características que parecem ser de sedimentos. A origem das rochas pode estar ligada a vulcanismos ou à ação de ventos ou água.Por falar em imagem colorida, entusiastas das teorias da conspiração reciclaram na internet uma velha lenda sobre a exploração do planeta vermelho: a de que a agência espacial americana anda manipulando as cores para suprimir padrões indicativos da presença de tons verdes — traços de vida — no solo marciano. A lenda tem origem no fato de que é preciso calibrar as cores das imagens para tentar reproduzir algo próximo do que o olho humano seria capaz de observar.Pesquisadores como o polêmico Gilbert Levin, que diz ter detectado vida em Marte com um experimento na sondas americanas Viking em 1976, afirmam que o solo marciano é menos vermelho do que o visto nas imagens e que até mesmo o céu naquele planeta seria visto como azul.A maioria dos cientistas planetários, entretanto, não dá crédito a esses dissidentes e argumenta que os filtros usados pela Nasa são os mais adequados para obter as informações científicas.Os preparativos para a partida do jipe Opportunity continuam. E a Nasa diz que quer retornar seu outro jipe, Spirit, a um estado operacional na semana que vem, após enfrentar problemas com o computador de bordo. Três montanhas próximas à sonda foram batizadas anteontem com o nome dos astronautas mortos no acidente da Apollo-1, em 1967.