Há centenas de casos de OVNIs no Arquivo Nacional em Brasília. E lá há alguns dos mais famosos.
O primeiro destes relatos foi documentado pelas Forças Aéreas e ocorreu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1952. Ao todo, nove fotos mostram um suposto OVNI no céu carioca — que muitos acreditam ser um avião cargueiro, o Douglas DC-5, mas que o saudoso ufólogo Claudeir Covo desvendou: foi uma armação fotográfica!
Mas aqui estão cinco dos mais famosos casos ufológicos brasileiros.
Noite Oficial dos OVNIs
Em 19 de maio de 1986, aconteceu o episódio que ficou conhecido como ‘Noite Oficial dos OVNIs’, quando radares Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram objetos não-identificados voando pelos céus de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.
Na região de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, foram avistados 21 pontos luminosos que mudavam de localização em alta velocidade. Assim, cinco caças da Força Área Brasileira (FAB) foram enviados para combater os objetos que causavam aquele show de luzes desconhecido. A perseguição se estendeu por quatro horas, mas os caças não tiveram sucesso.
“Pô, eu não posso estar vendo coisas (…). Ainda bem que tem uma testemunha voando aqui“, diz um dos pilotos em relatório sobre os ocorridos daquele dia.
O caso foi considerado confidencial pelo governo por quase três décadas e a investigação do evento foi dado como inconclusivo. Além disso, o único registro fotográfico daquela noite, feita por um fotojornalista da cidade, foi levado por oficiais do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e seria analisado pela Nasa — esse material jamais foi recuperado. Os documentos apontam que os objetos voadores eram sólidos e demonstravam “inteligência”.
Voo 169 da VASP
Na madrugada do dia 8 de fevereiro de 1982, o Voo 169 da VASP (Viação Aérea de São Paulo) deixa Fortaleza (CE) e tinha como destino o Rio de Janeiro. Tudo corria bem até o piloto Gerson Maciel de Britto perceber um objeto estranho voando à esquerda do Boeing 727.
Segundo as testemunhas, o OVNI tinha uma luz muito forte, que ficava se aproximando e distanciando da aeronave. Sua cor também mudava constantemente: hora era laranja e branco, mas também azul e vermelho, explica o portal de notícias UOL. O episódio foi presenciado pelos 150 tripulantes que estavam na aeronave.
Uma das passageiras do voo contou com detalhes o que observou ao olhar pela janela: “Eu observei muito nítido aquelas pontas, cinco pontas, meio pontiagudas e uma metade de uma argola ou de um aro. A luz era bastante forte. Um azul-claro, um azul estranho, como aquelas lâmpadas de mercúrio”, repercute matéria do UOL.
Operação Prato
A região de Colares, no interior do estado do Pará, foi palco de um dos grandes mistérios da ufologia brasileira. Em 1977, moradores da região relataram avistamentos de estranhas luzes no céu, que teriam o formato parecido com um prato — daí o nome da operação.
Mas as coisas não paravam por aí, o fenômeno ainda supostamente seria capaz de sugar o sangue das pessoas, recebendo dessa forma o nome de “Chupa-Chupa”. Foram mais de 200.000 testemunhas desses objetos, segundo o jornalista Carlos Mendes. Mais de 2.000 foram atacadas!
Cada pessoa apresentava um sintoma diferente, partes específicas de homens e mulheres eram atacadas, alguns ficavam de cama por semanas e outros não resistiam ao ocorrido.
As aparições, no auge da Guerra Fria e da ditadura militar, chegaram a ser estudadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), que durante quatro meses investigou as denúncias. A Operação Prato foi a maior operação oficial para apurar a existência de objetos voadores não-identificados, na região norte do Brasil.
ET de Varginha
O ET de Varginha é o caso de ufologia mais famoso do Brasil. O episódio ganhou tal nome por ocorrer na cidade de Varginha (MG), em 20 de janeiro de 1996, quando três meninas teriam avistado um extraterrestre em um terreno no bairro Jardim Andere.
Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane de Fátima e Valquíria Aparecida Silva relataram que o viajante cósmico andava como seres humanos, com duas pernas. Porém, tinham características mais peculiares, como a cabeça grande, os olhos vermelhos e a pele marrom.
Além disso, eles tinham cerca de 1,60 metros de altura e possuíam um tipo físico magro, com uma bifurcação em seus pés. Uma feição que não se parecia com nenhum animal já conhecido.
Alguns ufólogos acreditam que o corpo do ET teria sido analisado em um laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O governo local, porém, sempre negou a história.
OVNI no Morenão
O futebol é a paixão de qualquer brasileiro e, pelo visto, pode ter encantado também os supostos viajantes que vieram conhecer o Planeta Terra. Afinal, em 1982, uma partida do Campeonato Brasileiro deu espaço ao avistamento de um OVNI.
Na noite de 6 de março de 1982, o estádio Pedro Pedrossian (conhecido como Morenão), no Mato Grosso do Sul, recebeu a partida entre o Operário, time local, e o Vasco da Gama — que ganhou o Campeonato Carioca no fim daquela temporada.
O jogo, válido pela fase eliminatória, foi visto por mais de 24 mil pagantes, mas o que mais chamou a atenção naquela data não foi a vitória do Operário, mas sim o suposto avistamento de um OVNI. O episódio, aliás, é o maior avistamento coletivo de um objeto voador não-identificado na história brasileira.
Ainda no primeiro tempo da partida, uma forte luz teria surgido sobrevoando o estádio de forma constante, sem nenhuma movimentação ou desequilíbrio.
“Diz o pessoal que é disco voador. Eu não posso afirmar porque não sou da área, não conheço. Mas que teve essa luz grande, parada por cima do estádio, teve“, relatou o ex-árbitro daquela partida, José Assis Aragão, ao UOL.