Um evento que vem se repetindo desde 2008 já se tornou um clássico e um dos maiores mistérios da Ufologia Brasileira: os impressionantes agroglifos que, sempre no último trimestre do ano, custumam aparecer em Ipuaçu, pequena cidade do oeste de Santa Catarina. De simples desenhos com círculos concêntricos, os sinais têm se tornado mais complexos a cada ano, desafiando os ufólogos a encontrar uma explicação.
Um dos mais novos pesquisadores a se voltar para a investigação dos agroglifos de Santa Catarina é o professor universitário, policial e perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná AntonioInajarKurowski. Também consultor especial da Revista UFO, Toni, como é chamado entre seus colegas, participou de inúmeras investigações nos últimos tempos, como os casos Três Pontas, Queimados e do Boeing 757 da Air China, apresentando seus pareceres altamente técnicos após uma detalhada e científica análise de cada caso.
Toni esteve ao lado de A. J. Gevaerd, editor da Revista UFO, investigando os novos agroglifos de Ipuaçu nos dias 02 e 03 de novembro de 2013 e elaborou um relatório técnico e altamente detalhado a respeito das formações, que apresentaremos a seguir.
Relatório de investigação de sinais em área de agricultura, ou agroglifos
Na data de 02 de novembro de 2013, aproximadamente às 08h00, fomos solicitados pelo editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, para procedermos a um exame em um local de ocorrência de sinais em área agrícola, chamados agroglifos, no município de Ipuaçu, região oeste do estado de Santa Catarina. Tendo comparecido ao local e realizado os necessários exames, apresentamos o relatório a seguir.
Histórico dos fatos
No sábado pela manhã, no dia e horário anteriormente mencionados, recebemos um telefonema do editor da Revista UFO informando sobre a ocorrência recente de sinais em área de agricultura, doravante nominados neste laudo como agroglifo. Nesta ocasião nos foi feito o convite para participarmos da investigação do fenômeno, o que aceitamos prontamente. Dirigimo-nos para a cidade de Ipuaçu e, lá chegando, constatamos a veracidade das informações, notando a formação de dois agroglifos distantes aproximadamente 2,6 km entre si em linha reta (distância medida no Google Earth), sendo um localizado a aproximadamente 1 km a oeste do ponto central da cidade e o outro localizado a aproximadamente a 3,1 km a sudoeste do ponto central da cidade.
Caracterização do local
Ipuaçu é um município pequeno localizado a 580 km de Florianópolis (Latitude: 26° 37\’ 5” S e Longitude: 52° 27\’ 1” O), com altitude de 720 m, em uma área de 261.39 km² e economia predominantemente agrícola, com plantações de soja, milho e trigo. Possui aproximadamente 6.901 habitantes (IBGE, 2010), dos quais quase metade é indígena da etnia Caingangue. Segundo a prefeitura local, Ipuaçu (nome do rio que corta a cidade de Norte a Sul), em tupi-guarani, quer dizer “lajeado grande”. Já no site Wikipedia encontramos que Ipuaçu é um termo de origem tupi que significa “grande barulho de água”, através da junção dos termos \’y (água), pu (barulho) e gûasu (grande). No dicionário Aurélio verificamos que “ipu” vem do tupi ipo\’ú, que significa “alagadiço”, assim Ipuaçu significaria, portanto, “grande alagadiço”. Na figura abaixo se encontram assinalados com pequenos círculos vermelhos em frente às setas a localização dos dois agroglifos em referência.
Informações
Fomos comunicados pelo morador limítrofe com um dos campos onde surgiu o agroglifo mais próximo da cidade, que nomeamos “agroglifo oeste”, senhor Valdemar Visoli, de que nenhuma alteração foi percebida na noite anterior e que, ao sair de sua casa pela manhã de sábado (02/11), percebeu a formação de uma grande espiral sobre o campo de trigo já maduro. Outra moradora da cidade, em residência com vista direta para a área onde surgiu o agroglifo oeste, Tatiana Pedrosa, informou que às 06h00 saiu de casa por alguns momentos para levar seus cães para passear, conforme procede todas as manhãs, e que, neste horário, olhou para o campo em referência, nada tendo percebido de anormal.
No local de formação do agroglifo mais afastado, denominado “agroglifo sudoeste”, não foram colhidas informações de morador ou proprietário, mas fomos informados por Ivo Dohl, repórter local e morador em Xanxerê, que ambos os agroglifos surgiram simultaneamente.
Agroglifo oeste
Constatou-se, em uma área de cultivo de trigo já maduro (seco), situada a aproximadamente 1 km do ponto central da cidade de Ipuaçu, a presença de um desenho de grandes dimensões formado pelo contraste entre o trigo intacto e as hastes de trigo deitadas e paralelas ao solo, localizado nas coordenadas geográficas: latitude 23° 57’ 56” S e longitude 52° 27’ 44”. Trata-se de uma espiral circular que se desenvolve no sentido horário a partir de seu centro, contendo 13 faixas (voltas), com um diâmetro aproximado de 54,60 m, a qual culmina em uma circunferência de aproximadamente 20,40 m de diâmetro, que se desenvolve no sentido anti-horário, contendo uma formação que lembra uma ampulheta em seu interior.
O eixo maior deste agroglifo (linha imaginária que passa pelo centro da espiral e o centro do círculo menor) se orienta de sudoeste para nordeste, aparentemente a 45°em relação ao norte geográfico e, portanto, seu eixo menor (perpendicular ao anterior), se orienta no sentido sudeste para noroeste.
No centro da espiral há um peque
no círculo, com diâmetro aproximado de 2 m formado pelo deitamento das hastes do trigo, as quais ficaram paralelas ao solo, indicando que sua formação se deu com um giro no sentido horário (direção das hastes do trigo), iniciando a partir de sua região superior, considerando-se a inclinação do terreno uma faixa com aproximadamente 85 cm. Esta faixa se afasta deste círculo central, adquirindo uma distância de aproximadamente 1,20 m a partir de sua região superior (considerando também a inclinação do terreno). As faixas assim formadas pelo deitamento das hastes do trigo (85 cm) e pelo trigo intacto (1,20 m) mantêm estas mesmas larguras até o final da espiral, na posição mais ao nordeste, a qual contém 13 voltas no sentido horário, com o trigo deitado seguindo essa mesma direção.
Neste ponto final e em continuidade com a faixa de 85 cm da espiral, inicia-se a formação da circunferência lateral, com as hastes orientadas a partir de agora no sentido anti-horário, até completar a circunferência, sendo imperceptível o ponto final desta. No interior desta circunferência há uma formação que lembra uma ampulheta, a qual mede aproximadamente 9,30 m em suas regiões mais largas e aproximadamente 1,50 m na região do estreitamento central, a qual tem aproximadamente 4 m de extensão, com as hastes do trigo voltadas para baixo, considerando-se a inclinação do terreno, sendo convergentes no “triângulo” superior e divergentes no “triângulo” inferior.
Notou-se nesta formação que as linhas de borda formadas entre o trigo intacto e o trigo deitado se dá em ângulo de 90º e são linhas “limpas”, isto é, não apresentando irregularidades significativas, com traçado firme e preciso, ficando o perfil com aspecto de caixa. As hastes deitadas não têm nenhuma fratura ou mesmo dobradura, aparentando terem sido recurvadas até a posição atual, ficando o conjunto das hastes com um aspecto “penteado” e harmônico, com todas as hastes quase que paralelas.
Também se observou que nas marcas formadas pelas rodas de um trator agrícola as linhas de borda são mais irregulares e não apresentam aspecto angular, mas sim formam uma curvatura das hastes para ambos os lados, ficando o perfil destas linhas em forma de “U”. As hastes junto ao solo estão bastante fraturadas e entrelaçadas, diferindo totalmente do aspecto das faixas do agroglifo. Notou-se ainda que o campo apresenta algumas áreas com deitamento parcial do trigo em todas as direções, formando manchas totalmente irregulares, as quais são ocasionadas pelo vento, em um fenômeno conhecido como microburst.
Constatou-se, finalmente, que as marcas produzidas pela passagem de muitas pessoas, as quais foram até o local por curiosidade, são muito mais irregulares ainda que as marcas de rodado, as linhas de borda são mais irregulares, também não apresentando nenhum aspecto angular, mas sim formando uma curvatura das hastes para ambos os lados, ficando o perfil destas linhas em forma de “U” irregular. As hastes junto ao solo estão quebradas e algumas fraturadas, todas entrelaçadas, também diferindo totalmente do aspecto das faixas do agroglifo.
Mensurou-se, através de aplicativos que constavam em dois aparelhos celulares do tipo smartphone, distúrbios na bússola eletrônica fazendo com que estas não tivessem nenhuma precisão, pois o ponteiro realizava saltos de 90° em direções variadas e com espaço de poucos segundos, sendo que estas funcionavam a contento quando fora do agroglifo a partir de uma distância de cerca de 5 m. Utilizando outro aplicativo, constatou-se forte eletromagnetismo no interior do agroglifo, com indicações acima de 800 mG (miliGauss), sendo que, a uma distância a partir de 5 m de afastamento da figura, as medições de eletromagnetismo caiam para valores abaixo de 100 mG (miliGauss).
Agroglifo sudoeste
Constatou-se em uma área de cultivo de trigo já maduro (seco) e parcialmente colhido, situada a aproximadamente 3,1 km do ponto central da cidade de Ipuaçu, a presença de um desenho de grandes dimensões formado pelo contraste entre o trigo intacto e as hastes de trigo deitadas e paralelas ao solo, localizado nas coordenadas geográficas: latitude 26° 39’ 10” S e longitude 52° 28’ 44”. Trata-se de uma circunferência, a qual contém em seu interior um hexágono regular, ambos cortados diagonalmente de baixo para cima e da esquerda para a direita, considerando-se a inclinação do terreno, por uma estreita faixa em linha reta, contendo no centro do desenho, por sobre esta faixa diagonal, a presença de três círculos, sendo o centro maior que os dois laterais.
A circunferência externa tem um diâmetro aproximado de 54,60 m, coincidindo com o diâmetro constatado da espiral do agroglifo oeste, e na faixa com a qual é formada as hastes do trigo se orientam em sentido horário. Esta faixa mede aproximadamente 2,80 m de largura em toda sua extensão. No interior desta circunferência há um hexágono regular, cujos vértices tocam a linha interna da faixa da circunferência, medindo a linha mais externa de cada um de seus lados aproximadamente 23 m e a faixa que lhe dá forma mede aproximadamente 2 m de largura em toda a sua extensão. A inclinação das hastes do trigo neste hexágono são no mesmo sentido das hastes da circunferência externa, ou seja, sentido horário.
A faixa em diagonal desenvolveu-se no sentido de leste para oeste, considerando-se o lado para o qual as hastes estão deitadas e cortam a figura de baixo para cima e da esquerda para a direita, de acordo com a inclinação do terreno. Mede aproximadamente 60 cm de largura em toda a sua extensão e verificou-se que são nas áreas onde esta faixa diagonal e as demais figuras se sobrepõem, que a faixa existe mesmo por debaixo das demais figuras, indicando ter sido produzida primeiro.
Com o centro localizado sobre a faixa diagonal anteriormente descrita, há neste agroglifo três círculos, sendo o círculo central com aproximadamente 15,40 m de diâmetro e os outros dois círculos, os quais são tangentes a este círculo central, e medem cada um 7,70 m, ou seja, exatamente a metade do diâmetro do círculo maior. Em todos os círculos as hastes estão deitadas obedecendo o sentido horário. Constatou-se ainda, nas extremidades da faixa diagonal e na circunferência externa
, a presença de uma faixa também com 60 cm de largura, a qual se desenvolve de forma senoidal (sinuosa), com 10 m de comprimento. O sentido de deitamento das hastes segue o mesmo da faixa diagonal da qual estes prolongamentos se originam, ou seja, de leste para oeste.
Provou-se também que todo o trigo na área adjacente e ao redor desta formação fora recém-colhido. Entretanto, tal ação não impediu de constatar perfeitamente os limites do agroglifo, pois apesar de a colheita efetuada incidir parcialmente sobre a circunferência externa, toda a figura, em sua borda externa, permaneceu intacta, ou seja, as hastes e as espigas do trigo não foram afetadas pela colheita, permanecendo íntegras, inclusive preservando as espigas.
Do mesmo modo que no campo cultivado anteriormente descrito (agroglifo oeste), também se notou nesta formação que as linhas de borda formadas entre o trigo intacto e o trigo deitado se dá em ângulo de 90º e são linhas “limpas”, isto é, não apresentando irregularidades significativas, com traçado firme e preciso, ficando o perfil com aspecto de caixa. As hastes deitadas não apresentam nenhuma fratura ou mesmo dobradura, aparentando terem sido recurvadas até a posição atual, ficando o conjunto das hastes com um aspecto “penteado” e harmônico, com todas as hastes quase que paralelas.
Também se observou que nas marcas formadas pelas rodas de trator agrícola, as linhas de borda são mais irregulares e não apresentam aspecto angular, mas sim formam uma curvatura das hastes para ambos os lados, ficando o perfil destas linhas em forma de “U”. As hastes junto ao solo estão bastante fraturadas e entrelaçadas, diferindo totalmente do aspecto das faixas do agroglifo. Notou-se ainda que as áreas remanescentes de trigo ainda não colhido apresentam pequenas regiões com deitamento parcial do trigo em todas as direções, formando manchas totalmente irregulares, as quais são ocasionadas pelo vento, em um fenômeno conhecido como microburst.
Constatou-se, finalmente, que as marcas produzidas pela passagem de muitas pessoas, as quais foram até o local por curiosidade, são muito mais irregulares ainda que as marcas de rodado, as linhas de borda são mais irregulares, também não apresentando nenhum aspecto angular, mas sim formam uma curvatura das hastes para ambos os lados, ficando o perfil destas linhas em forma de “U” irregular. As hastes junto ao solo estão quebradas e algumas fraturadas, todas entrelaçadas, também diferindo totalmente do aspecto das faixas do agroglifo.
Também neste agroglifo mensurou-se, através de aplicativos que constavam em dois aparelhos celulares do tipo smartphone, distúrbios na bússola eletrônica, fazendo com que estas não tivessem nenhuma precisão, pois o ponteiro realizava saltos de 90° em direções variadas e com espaço de poucos segundos, sendo que estas funcionavam a contento quando fora do agroglifo a partir de uma distância de cerca de 5 m. Utilizando outro aplicativo, constatou-se forte eletromagnetismo no interior do agroglifo, com indicações acima de 800 mG (miliGauss), sendo que, a uma distância a partir de 5 m de afastamento do agroglifo, as medições de eletromagnetismo caíam para valores abaixo de 100 mG (miliGauss).
Considerações finais
Observamos e constatamos que em ambos os agroglifos não há nenhum sinal característico de ação humana, conforme comumente observado nos falsos agroglifos, quais sejam: contorno dos desenhos com irregularidades, hastes da vegetação dobradas ou partidas, hastes com aspecto ligeiramente entrelaçado, soerguimento progressivo de algumas hastes com o passar do tempo, desenhos mal feitos ou com assimetria, ausência de alterações na bússola e ausência de variações eletromagnéticas no interior e fora dos desenhos, entre outros. Ressaltamos que as extremidades senoidais existentes na diagonal do agroglifo sudoeste têm semelhança com “pontas de um fio solto”, o qual estaria retesado no interior da figura.
Conclusões
Os desenhos são geométricos, simétricos e harmônicos, denotando serem ambos um feito inteligente. Não é possível que um fenômeno inteligente tenha origem em uma causa que não o seja! Portanto, conclui-se que a causa do fenômeno é inteligente também. Isto posto, verificando que os agroglifos oeste e sudoeste examinados apresentam todas as características constantes nos agroglifos autênticos estudados cientificamente em todo o planeta, nos fazendo concluir pela sua AUTENTICIDADE.
Este relatório foi elaborado e redigido por mim, Inajar Antonio Kurowski, que o subscrevo logo abaixo. Sendo estas as declarações que temos a fazer sobre estes dois agroglifos e nada mais tendo a acrescentar, damos por findo o exame e investigação solicitados.
Curitiba, 04 de novembro de 2013.
Inajar Antonio Kurowski,
Perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná.
Coordenador do Grupo de Análise de Imagens da Revista UFO.
Conselheiro Especial da Revista UFO.
Os leitores podem, se preferirem, baixar o relatório completo no formato PDF clicando aqui.
Tema dos agroglifos será debatido no V Fórum Mundial de Ufologia
Uma nova reviravolta caracterizará o V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013). Devido ao surgimento dos recentes agroglifos em Ipuaçu e comprovando o aumento de sua complexidade ano a ano, além de sua importância no contexto ufológico, o evento terá uma sessão em que se abordará as novas descobertas em Santa Catarina e também se fará revelações sobre as formações.
Os ufólogos A. J. Gevaerd, editor da Revista UFO, e Toni Inajar Kurowski, conselheiro especial, que estiveram \’in locu\’ em Santa Catarina pesquisando o fenômeno, apresentarão novas e detalhadas imagens obtidas durante a investigação, além de informações inéditas a respeito. O V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013) acontece de 21 a 24 de novembro em Foz do Iguaçu, e restam poucas vagas disponíveis, por isso recomendamos que os interessados façam suas incrições o mais depressa possível no site oficial do evento, clicando aqui.
Assista ao primeiro vídeo dos agroglifos de Ipuaçu em 2013:
Assista ao segundo vídeo dos agroglifos de Ipuaçu em 2013:
Assista ao terceiro vídeo dos agroglifos de Ipuaçu em 2013:
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Livro: O Mistério dos Círculos Ingleses
Há mais de 20 anos, plantações da Inglaterra e de outros países têm sido alvos de um estranho fenômeno. Desenhos inexplicáveis e cada vez mais complexos surgem misteriosamente em campos de trigo, cevada, canola, arroz e de outros cereais. Seu autor, Wallacy Albino, é o maior especialista nacional sobre o tema e presidente do Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS). O livro, rico em ilustrações, traz informações atualizadas sobre esse que é considerado o maior enigma da atualidade.