No próximo dia 15 de setembro a Agência Espacial Europeia (ESA) irá anunciar o local de pouso do módulo Philae. Levado a bordo da nave Rosetta, o aterrissador deverá realizar a primeira descida suave em um cometa em toda a história. O conjunto chegou ao cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko em 06 de agosto, após uma viagem através do Sistema Solar de mais de dez anos.
A Rosetta leva o nome da Pedra de Rosetta, um bloco de pedra encontrado no Egito trazendo o mesmo texto em três diferentes idiomas. Philae divide o nome com um obelisco erguido em uma ilha do Rio Nilo, sendo que os dois artefatos auxiliaram a tradução dos hieroglifos do Antigo Egito. Da mesma maneira, a nave e o aterrissador devem auxiliar na compreensão dos cometas, corpos reminiscentes da formação do Sistema Solar. As modernas teorias do surgimento da vida creditam a esses corpos celestes um papel fundamental, caindo na Terra e trazendo água e compostos orgânicos a nosso planeta.
O módulo Philae, de 100 kg, leva 10 instrumentos científicos a fim de estudar o cometa. Rosetta carrega outros 11 equipamentos e eles devem acompanhar o 67P/Churyumov–Gerasimenko ao menos por um ano, verificando inclusive a atividade no corpo celeste quando da passagem pelo periélio, ponto de máxima aproximação solar, em 13 de agosto de 2015. Espera-se que sejam encontrados ácidos nucleicos e aminoácidos, entre outros compostos orgânicos complexos e essenciais à vida. As imagens já obtidas pela Rosetta mostram detalhes tão pequenos quanto 1,1 m, e a foto principal deste artigo foi obtida a uma distância de 50 km do cometa.
Veja um vídeo dos possíveis locais de pouso de Philae:
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