A missão ExoMars 2018 da Agência Espacial Europeia (ESA) será formada por um veículo de exploração com capacidade de prospecção e por uma plataforma de superfície, e será a segunda das duas missões que compõem o programa ExoMars, uma iniciativa conjunta da ESA e da agência espacial russa, Roscosmos. A primeira missão do projeto é formada pelo Satélite de Estudo de Gases Traço (TGO) e pelo Módulo Demonstrador de Entrada, descida e pouso (Schiaparelli), e será lançado em Março de 2016 para entrar em órbita em Marte no outono do ano que vem.
Schiaparelli aterrissará em uma região conhecida como Meridiani Planum. TGO permanecerá em órbita para estudar a atmosfera de Marte e para retransmitir os dados que são enviados da missão ExoMars 2018 desde a superfície do planeta. A busca por um local apropriado para a aterrissagem da segunda missão do programa começou em Dezembro de 2013, quando se solicitaram propostas da comunidade científica. Em Outubro de 2014 o Grupo de Trabalho para a Seleção do Lugar de Aterrissagem selecionou quatro opções, que foram estudadas em detalhes para avaliar as implicações técnicas de descida e aterrissagem em cada uma delas, assim como o retorno científico que poderiam oferecer.
O principal objetivo do veículo de exploração é buscar provas da existência de vida em Marte, no passado ou atualmente, em uma região onde pudesse existir água em algum momento da sua história. O veículo está equipado com uma broca que lhe permitirá extrair amostras de até dois metros de profundidade, algo fundamental tendo em conta a radiação cósmica e solar na superfície do planeta que constituem um ambiente muito hostil para qualquer forma de vida. De acordo com os especialistas da missão, ao estudar o subsolo há mais possibilidades de encontrar bioformas em bom estado de conservação.
BUSCANDO EVIDÊNCIAS DE VIDA EM MARTE
Os cientistas defendem a forte possibilidade de que a vida pode ter existido na superfície de Marte há cerca de 3,6 bilhões de anos, quando as condições eram muito mais úmidas. Os depósitos de sedimentos no subsolo ou enterrados recentemente oferecem uma oportunidade para investigar este importante período da história de Marte. Os quatros lugares candidatos estudados pelos cientistas, Aram Dorsum, Hypanis Vallis, Mawrth Vallis e Oxia Planum, apresentam características que indicam que a água teve um papel importante em algum momento do seu passado, e são representações dos processos que estiveram ativos em todo o planeta. Todos os locais candidatos são de grande interesse científico, e estão rodeados por numerosos objetivos que seriam acessíveis ao longo da travessia de 2 quilômetros que realizará o veículo de exploração, durante os 218 dias marcianos que durará sua missão.
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