“Acredita-se que os habitantes das cidades subterrâneas são descendentes dos atlantes, seus construtores, mas não se pode saber com certeza. O nome da cadeia montanhosa onde estão as cidades subterrâneas é Roncador, ao noroeste de Mato Grosso. Quem vá procurar tais cavernas põe a sua vida nas próprias mãos. Quando estive no Brasil, ouvi falar muito delas, mas desisti de pesquisá-las porque ouvi que as entradas dos túneis estavam fortemente guardadas e vigiadas pelos índios morcegos”, dizia em seu livro de viagens o explorador norte-americano Carl Huni.
De acordo com relatos, tais índios teriam pele escura e seriam de pequeno porte, mas com grande força física. “Seu olfato é mais desenvolvido do que o dos melhores cães de caça. Mesmo se eles o aprovarem e lhe deixarem entrar nas cavernas, receio que estará perdido para o mundo presente, porque guardam um segredo muito cuidadosamente e não podem permitir que aqueles que entrem voltem”. Os índios morcegos vivem em cavernas e saem à noite para a floresta circunvizinha, mas não têm contato com os moradores. Habitariam uma cidade subterrânea na qual formam uma comunidade auto-suficiente, com uma população considerável.
“Sei que uma boa parte dos imigrantes que ajudaram na revolta do general Isidoro Dias Lopes, em 1924, desapareceu nestas montanhas e nunca mais foi vista. Foi sob o governo do doutor Bernardes, que bombardeou São Paulo durante quatro semanas. Finalmente fizeram uma trégua de três dias e permitiram que 4.000 praças, principalmente alemães e húngaros, saíssem da cidade. Cerca de 3.000 deles foram para o Acre, no noroeste do Brasil, e cerca de mil desapareceram nas cavernas. Ouvi a história muitas vezes. Se me lembro bem do local onde desapareceram, foi na extremidade sul da Ilha do Bananal, perto das Montanhas do Roncador”, insiste Huni em sua obra.
A descrição dos índios morcegos lembra muito a aparição de homens-alados, registrados nos anais da Ufologia mundial, como no sul do Brasil, nos anos 60, e nos céus da cidade espanhola de Barcelona, nos anos 90. Estariam associados aos humanóides, ocupantes dos UFOs? Seriam eles os responsáveis pelas abduções de mais de mil pessoas? Uma dessas grutas habitadas pelos índios morcegos ficaria perto do Rio das Mortes, entre os paralelos 14 e 15, e está indicada no livro de Leo Doctlan Minha Vida com uma Vestal [Editora Sananda, 1997], como a entrada para a cidade subterrânea, para onde uma adolescente – a atual esposa de Luvison – foi levada. Depois de submetida a um processo de alteração molecular e de registros mentais, que se chama abdução, foi revelado a ela que sua missão terminaria com a formação de sete discípulos e que, após isso, poderia voltar e viver junto com eles.