A existência de povos que habitam, ou que teriam habitado em passado remoto, cidades situadas no interior de nosso planeta é tema de intensos debates dentro da Ufologia. A literatura registra, ao longo dos séculos, relatos daqueles que alegaram ter encontrado a entrada para o mundo subterrâneo na África, América do Sul, Europa, Estados Unidos e Polo Norte. Muito embora tais relatos careçam de confirmação, nenhuma prova, ainda que dúbia, tenha sido encontrada até hoje e não haja bases sólidas para que se possa afirmar a existência de povos subterrâneos, é certo que alguns livros de ficção contribuíram para acender imaginações e alimentar lendas, entre elas a famosa obra de Julio Verne, Viagem ao Centro da Terra, de 1864. Outro que se aventurou sobre o assunto foi Edward Bulwer-Lytton, em sua obra O Poder da Raça Futura, publicado em 1871.
É também verdade que a teoria, ou conceito, de que a Terra guardaria em suas entranhas civilizações muito evoluídas espiritual e tecnologicamente não veio dos autores citados — ela é muito mais antiga, passando pelas mitologias suméria, egípcia e grega, que a interpretaram a seu modo. E não podemos nos esquecer de Agartha, o paraíso subterrâneo governado pelo Rei do Mundo, existente na crença budista. Ao longo das décadas que se seguiram ao lançamento dos citados livros, muitas pessoas aderiram à crença de que havia seres intraterrestres vivendo em nosso planeta, entre elas alguns famosos, como o grande matemático do século XVIII Leonard Euler e Edmund Halley, o astrônomo descobridor do cometa de mesmo nome. Outros autores, como Edgar Rice Burroughs, criador de Tarzan, e o gênio da ficção científica H. P Lovecraft também se aventuraram no tema, criando histórias envolvendo grandes civilizações intraterrenas.
Moricz e Däniken
Dando um salto na história para podermos falar do assunto deste artigo, em 1968 o autor suíço Erich von Däniken ganhou fama mundial indagando se seriam astronautas os antigos deuses históricos e lendários, e aquilo que já existia de forma potencial no imaginário popular ganhou forma. Milhões de pessoas passaram a fazer a mesma pergunta que Däniken e seus livros viraram febre. Assim, quando em 1972 ele lançou a obra O Ouro dos Deuses [Melhoramentos, 1977], a história narrada sobre placas de metal contendo uma escrita estranha, objetos de ouro que lembravam obras egípcias e asiáticas e mais uma variedade de itens despertou a atenção geral. A notícia ganhou fama e uma expedição foi organizada para encontrar a chamada Caverna de los Tayos, situada no Equador. Não é nosso objetivo aqui explorar demasiado o tema, o que renderia outro artigo, mas introduzir ao leitor a figura de Juan Moricz.
Moritz foi um espeleólogo amador húngaro naturalizado argentino, especialista em lendas antigas e, até onde se sabe, o primeiro a explorar aquela caverna — após encontrá-las, ele teria tentado registrá-las em cartório, mas não lhe teria sido permitido fazê-lo. Aparentemente, ele buscava pela caverna cujas histórias tinha escutado em vários países da América do Sul desde meados dos anos 50, como Peru, Bolívia e Argentina, e chegou até o Equador, onde efetivamente as localizou — na verdade, são várias. As lendas que ouviu diziam que havia ali uma entrada para um mundo subterrâneo que guardava grandes tesouros, e seguindo as pistas que conseguiu, Moricz finalmente teria descoberto a verdade. Em julho de 1969, ele teria falado sobre as cavernas ao então presidente equatoriano Jose Maria Velascos Ibarra e este lhe teria dado uma concessão para exploração do local, o que garantiria a Moricz o controle da descoberta.
Narrativa de uma aventura
O que a maioria das pessoas conhece sobre a Caverna de los Tayos e seus supostos tesouros e segredos vem do livro de Däniken. Porém, já na década de 70 os pesquisadores franceses Marie-Therése Guinchard e Pierre Paolantoni recolheram as experiências de Moricz em uma série de entrevistas que depois foram transformadas em um livro chamado Os Intraterrestres Existem [Europa América, 1981]. O trabalho dos pesquisadores é importante porque é uma das poucas oportunidades em que Moricz — que no livro está camuflado sob o nome de Yan — se estende acerca das motivações que o inspiraram a empreender a busca dos tesouros escondidos nas profundezas. Entretanto, antes de introduzir o leitor no relato, faz-se necessário mencionar algumas incongruências detectadas. Por exemplo, não há especificação sobre a época do episódio, somente algumas suposições e alegações vagas. Tampouco é clara a posição adotada por Juan Moricz, ao negar sua identidade. E por último está a introdução do fator ufológico-intraterrestre, que parece agregar mais confusão à narração. Apesar desses alertas, o livro é um testemunho que merece ser conhecido.
Desde os primeiros capítulos os autores sinalizam o caráter fantástico da história, que é contada em terceira pessoa por Yan, descrito como um “arqueólogo húngaro vindo diretamente de seu país natal para conhecer o fabuloso tesouro de Atahualpa, o inca vencido, traído e assassinado pelas hordas espanholas do século XVI”. A narrativa nos informa que Yan, ou Moricz, encontrou aquilo que procurava, porém a tarefa da exploração era demasiada para um só homem. Diz ele: “Volto sobre meus passos, consciente da dimensão do meu descobrimento. Decido, pois, fazer todo o necessário para explorar a fundo a cidade abaixo dos Andes, mas com o material e a equipe requerida para uma investida de tal natureza”.
Yan demorou um mês para voltar à cidade. Quando chegou, chamou seus amigos e lhes contou o que havia encontrado, enfatizando a urgência de se organizar uma expedição bem equipada para explorar o local. Porém, os custos eram altos, o local de difícil acesso e os perigos não eram poucos ou desprezíveis. “Eu emperrava desesperado na mesma porta do desconhecido sem poder entrar quando alguém aceitou me ajudar”. Ele se referia ao advogado doutor Gerardo Peña Matheu, uma figura chave na vida de Moricz. Atualmente, Matheu sobrevive como uma das poucas testemunhas dessa história. Segue a narrativa: “Avaliamos o custo da operação e, graças a ele, conseguimos reunir o capital. Para preservar a paternidade de meu achado, tive que oficializá-lo. Sem esperar outra coisa além de um apoio moral, pedi audiência aos Ministros da Cultura e Turismo do Equador”.
Expedição ao local
Após encontrar-se com os ministros, ficou decidido que nada seria oficializado até que tivesse provas irrefutáveis da descoberta, como objetos, fotos ou documentos que comprovassem aquilo que Yan alegava ter encontrado. Quando ele apresentasse as provas, o governo do Equador organizaria uma expedição ao local. “Este descobrimento será seu, me disse o Ministro da Cultura, mas não as grutas, posto que se encontram em nosso território e incumbe a nosso governo decidir sua exploração”.
Foi prometido ao explorador que ele seria devidamente recompensado por seus serviços, o que pode apontar a razão de Moricz nunca ter mostrado as cavernas a ninguém e dado sempre respostas evasivas sobre sua localização, inclusive a Däniken. Sobre suas impressões da reunião com o governo, diz Yan: “No fundo não acreditava em mim, mas não queria correr o risco de passar ao lado do que poderia ser uma fortuna para o país. Seu representante insistiu muito para que a operação se organizasse na maior discrição, sem chamar a atenção de um poderoso país vizinho e de jornalistas em busca de notícias sensacionalistas”.
Depois de 10 dias de caminhada pela selva junto ao advogado, Moricz chega à tribo de seus amigos. Ali tem uma entrevista com o grande chefe da aldeia, a quem pede que seu filho, Genaro, o guie até as cavernas como na vez anterior. “O orgulho do velho cede à invocação de seus ancestrais, que lhe disseram que achariam seu filho covarde em comparação comigo, posto que estou disposto a arriscar a vida para encontrar a civilização subterrânea. Adverte-nos dos perigos que vamos correr e nos conta a história dos intraterrestres, tal como a aprendeu de seu pai”.
História ancestral
A história narrada pelo chefe da aldeia, além de tratar sobre intraterrestres, fala também sobre Ufologia. Contou-lhes o homem que “os habitantes das cavernas são deuses, dominaram a força da Terra e do Sol. Possuem um raio que mata como aquilo pode perfurar as montanhas. Seu reino se estende mais abaixo do que as raízes da selva virgem. Meu pai viu, durante uma caçada, abrir-se a terra e elevar-se uma estrela brilhante. Nunca chegareis ao lugar sagrado se as sombras que o habitam não o quiserem”. O ancião disse ao explorador, então, que apenas ele podia ouvir as vozes dos habitantes da caverna porque conhecia a primeira língua daquele povo, que estranhamente se aproximava muito do húngaro antigo. Dito isso, o chefe os advertiu: “Mas tende cuidado com o que teus olhos irão ver. Não poderão suportar o resplendor dos metais que brilham como fogo. Não deves tocar em nada. Não deves levar nada, nem um átomo desse metal de fogo. Ainda que creia estar sozinho, seus olhares o seguirão aonde quer que vá”.
Os habitantes das cavernas são deuses, dominaram a força da Terra e do Sol. Possuem o raio que mata com aquilo pode perfurar as montanhas. Seu reino se estende mais abaixo do que as raízes da selva virgem. Seriam estes deuses extraterrestres?
O grupo subiu pelo paredão de pedras e, armados de pás e picaretas, limparam o caminho para poderem se locomover. Ao que tudo indica, o paredão não era natural, mas construído, pois Moricz informa que não se avistou nenhum traço de cimento e as pedras se ajustavam em décimos de milímetro. Já dentro da caverna, ele diz: “Em companhia de Matheu e de um guarda, refazemos o caminho que passamos na primeira vez e que nos leva à primeira sala iluminada pela coluna de cristal. Um disco que cobre a superfície do trecho se desenha acima de nossas cabeças. É um disco claro, cuja débil claridade invade paulatinamente todo espaço da gruta”.
Moricz pensava que a tal luminosidade se devia à presença do elemento químico rádio, o que nunca se comprovou. Diz ele: “Não é uma luz diurna, mas uma espécie de doce fosforescência que banha a imensa sala sem permitir a mínima sombra. Por qual prodígio genial se pode criar semelhante fluxo luminoso?” De repente, surge uma parede de água que fecha completamente a saída do local, mas ele decide cruzá-la: “Passado o muro de água, estou em um promontório sobre o que rompe a água. À minha frente há uma caverna imensa que se abre sobre a selva virgem, cujas proporções aproximadas são de 20 m de profundidade por 30 m de largura. A altura máxima deve estar entre 10 m e 15 m. Seguindo o curso da cascata descemos até a parte mais baixa da caverna”.
A descida de Moricz à caverna
Neste ponto da narrativa, os dois exploradores encontram um ossário, onde repousam milhares de esqueletos sem cabeças. E continuam sua aventura: “Sob nossos pés, através da água que forma o feixe principal da cascata, vejo pedras ajustadas, polidas, gastas graças à erosão da água. São as lousas que desenham um caminho até as bordas do bosque da caverna. Agarrados às mãos, tanto é o nosso temor de cair ao vazio, penetramos juntos, ou quase, pela estreita porta a um minúsculo passadiço que se prolonga até o interior da montanha. Cego pelas rajadas de vento e água, busco apoio com as mãos no solo, para afastar de minha mente a penosa sensação de já não repousar em terra firme…”
Eles, então encontram uma escadaria pela qual descem e, já ao pé da escada, seguem em linha reta por uma galeria que lhes parece natural — o piso é de terra e as rochas negras e polidas a ponto de refletir a luz das lanternas. “Depois de mais de um quilômetro de marcha silenciosa, damos a volta na direção oeste, onde a galeria declina suave. Caminhávamos já há uma hora quando desembocamos em uma gruta escura. Decepciona-nos comprovar que esta é uma cavidade sem mão de obra e trecho muito baixo. Tem também um pequeno lago no meio, mas nenhuma queda d’água. Desta vez sim, é um beco sem saída”.
Eles descobrem, então, que estavam de volta à gruta pela qual já haviam passado: “Nossas lâmpadas vislumbram uma grande fenda. O lago estava seco. Detrás desta parede existe outra sala de onde vinham manifestações sonoras que não se pareciam a nenhum fenômeno natural. Havia nele modulações agudas e graves, somente possíveis de ser emitidas por animais ou seres humanos”. A fascinante história que levaria à exploração de Los Tayos e à descoberta da existência de uma espécie de humanoides ali vivendo tem lances ainda mais dramáticos.
Em certo ponto da narrativa
de Moricz, ele é enfático em descrever aquilo que seus olhos testemunhavam, coisa que nenhum outro homem já havia visto: “A menos de dois metros se abre uma porta que chega até a plataforma. Não a tinha visto antes. Resta-nos saber se quando a gruta se preenche de água, e por conseguinte o lago, isso é ordenado ou não é mais que um fenômeno natural? Se é ordenado, é evidente que tinham querido eliminar-nos sem consegui-lo, enquanto agora nos abrem o caminho. Por quais outras armadilhas querem conduzir-nos? Merecemos por fim entrar na cidade proibida?”
Passagem, mortos e livro de ouro
Yan e seu amigo advogado avançam pelo salão e em determinado momento ele tem a impressão de ver seis criaturas que descreve da seguinte maneira: “São formas humanas, de estatura menor que a média normal contemporânea. Sua cabeça é larga e envolve o crânio. Carregam capacetes ou uma touca de grande tamanho”. Depois disso, eles descobrem um enorme portal com colunas que dá passagem para uma galeria. Diz ele: “Sentimos a curiosa sensação de caminhar sobre um feixe luminoso em movimento. A fonte de luz provém do fundo da caverna — uma espécie de espelho giratório projeta seus raios em minha direção”. Eles então caminham até o centro da sala e se deparam com o que chamaram de um amontoamento de ouro cintilante.
Narra Yan sobre o que via: “A meus pés, por todos os lados, imobilizados nas poses mais naturais, esqueletos humanos inteiramente recobertos de uma fina capa de ouro. Máscaras, colares e braceletes adornam os que foram, sem dúvida, os mais altos dignatários dessa misteriosa civilização”. As surpresas, entretanto, ainda não haviam acabado: “No meio da caverna da qual apenas vejo a abóboda que aparece como um céu sem estrelas nem lua, se acha uma escrivaninha de pedra polida. Em cima, abertos uns ao lado dos outros, enormes livros de folhas de ouro. Apenas me atrevo a roçar suas douradas páginas, sobre as quais estão gravados uns hieróglifos”.
A suspeita de que existam seres vivendo em locais da crosta terrestre, que geralmente chamamos de intraterrestres, vem sendo gradualmente apresentada em inúmeras obras da literatura paracientífica. Teríamos realmente companhia?
Repentinamente, a luz desaparece e um aroma de incenso invade o ar. Lentamente Yan e seu amigo veem uma luminescência que progressivamente se torna um pódio, onde eles distinguem quatro silhuetas. “São homens de menor estatura que a média normal. Estão vestidos com largos mantos ou capas, cujo material cintila sob a luz. Vestiduras metálicas ou fibras mescladas com fios de ouro. Cada um deles leva sobre o peito um triângulo prateado. Seus rostos estão descobertos”, narra ele.
Curiosamente, os seres intraterrenos que os aventureiros encontram têm uma aparência que lembra muito a descrição dos grays [Cinzas]: olhos em forma de amêndoa alargada, conjunto do rosto oval e, apesar disso, um queixo que parece quadrado. “A fronte é alta. O cabelo coberto em um lado do mesmo material que a capa, adornado com uma pedra preciosa. Os olhos me parecem escuros”. Yan não sentiu medo daqueles seres e quis falar com eles. Enquanto pensava que idioma deveria usar ou mesmo se seria melhor tentar um contato via gestos, os intraterrenos se adiantaram e o contataram de forma telepática: “Estrangeiro, sua audácia o permitiu superar as provas. Você é o primeiro que teve o privilégio de chegar por nossa vontade até nós. Nossa civilização domina desde sempre a força do Sol e a de vosso planeta”.
Os intraterrestres
Segundo ainda a narrativa de Yan, o diálogo prosseguiu da seguinte forma: “Nestes livros indestrutíveis, a história de todas as civilizações está consignada — as de cima e as de baixo. Os consideramos como irmãos, nem inferiores, nem superiores, apenas distintos. Muitos de vocês conhecem o segredo. Volte ao lugar de onde veio. O caminho que vai se abrir será mais fácil e de longe guiaremos seus passos. Não toque em nada que não lhe pertença, ou nunca mais encontrará o caminho que o levará ao seu Sol”. Em que pese o fato de que toda a narrativa é tida como ficção, contemporâneos de Juan Moricz o ouviram sustentar sem alterações, por décadas, a história como absolutamente verdadeira.
O ufólogo e escritor espanhol Andreas Faber Kaiser, especializado nos aspectos misteriosos e ocultos da história e fundador da revista Mundo Desconocido, foi um dos primeiros investigadores a divulgar a narrativa de Moricz. Justamente por isso ele quis entrevistar os pesquisadores Guinchard y Paolantoni, para que confirmassem a veracidade do relatado pelo explorador, mas os franceses nunca atenderam a seus chamados. No único artigo que escreveu sobre o assunto, intitulado La Cruz del Diablo e publicado na referida publicação, Kaiser conta sua odisseia para chegar até o casal francês: “Em 1987, telefonei a Pierre Paolantoni em sua casa de Paris. Tinha interesse em contatá-lo, uma vez que, 14 anos antes, Paolantoni havia obtido informação de primeira-mão de Janos Moricz sobre a Caverna de Los Tayos. Hoje se sabe que Janos mudou seu nome em seguida para Juan”.
Kaiser e Paolantoni combinaram que se veriam na primeira ocasião em que o ufólogo fosse a Paris, o que aconteceu quatro meses mais tarde. O encontro, entretanto, não aconteceu. “Telefonei previamente para uma entrevista. Atendeu ao telefone sua mulher Marie-Therése, que me disse que não poderia vê-los, dado que no dia seguinte de minha primeira chamada Pierre Paolantoni havia ingressado com urgência em uma clínica por haver sofrido um ataque cardíaco”. Marie-Therese alegou que o marido precisava de repouso absoluto e não queria nem ouvir falar do assunto. Por quê?
Durante o inverno de 1991, Kaiser foi repetidas vezes à casa dos Paolantoni em Paris, mas jamais logrou falar com eles pessoalmente. Sobre as aventuras de Moricz, disse ele: “Se a história é difícil de digerir, conta a seu favor que seu principal protagonista nunca desmentiu o relato, caso oposto ao sucedido com o best seller de Däniken, O Ouro dos Deuses, que terminou desacreditado em público”. Dizem que outras expedições aconteceram e que em cada uma delas a existência dos moradores das profundezas foi reafirmada, porém não há qualquer comprovação do fato. Seja como for, esta rica descrição da espantosa aventura pela Caverna de Los Tayos de Juan Moricz seria seguida de outras, realizadas por mais recentes exploradores, com afirmações semelhantes.
A suspeita de que existam seres que vivem em locais da crosta terrestre, que geralmente chamamos de intraterrestres — embora o termo não seja o melhor a se usar, pois tais entidades não habitariam literalmente o centro da Terra e nem teria ali surgido, mas adotado a crosta como ponto onde estabeleceram suas bases —, ve
m sendo gradualmente apresentada em inúmeras obras da literatura paracientífica. Quase sempre estes trabalhos são desconsiderados, devido à natureza contundente de suas afirmações. Mas precisam ser respeitados e, mais do que isso, confirmados. Ou negados.