O dia é 21 de julho de 1969, a hora é 02:56:29 h, cravada pelo tempo de referência terrestre. O local é o Mar da Tranqüilidade, uma planície inóspita na Lua. Nesse cenário, o astronauta Neil Armstrong, meio desajeitado em seu traje espacial, dá os principais passos no solo lunar, após a odisséia de travessia de 5 dias desde o imenso globo azul, suspenso no céu e onde ficou o restante da Humanidade, pasma a ver o que se passava no espaço. Junto a Armstrong estava Edwin Aldrin, seu companheiro de alunissagem e, lá em cima, orbitando a Lua no módulo de comando, um terceiro homem, Mike Collins, controlava tudo. Este fantástico evento, que transformou ficção em realidade, foi o desfecho – bem sucedido – de uma acirrada disputa entre os EUA e a ex-URSS na tentativa de colocar um homem na superfície de nosso satélite. O efeito creditaria ao país vencedor enorme vantagem política e talvez até uma estação militarizada na Lua, naqueles terríveis dias de guerra fria.
O sonho moderno de se desembarcar homens em solo lunar, desde que o grande ficcionista francês Julio Verne escrevera sua famosa Viagem à Lua, começou a tornar-se realidade com o sucesso dos foguetes V-2, logo após a Segunda Guerra Mundial. Com a vitória dos aliados, polarizaram-se as pesquisas entre as duas grandes potências vencedoras, tendo aí o início da corrida espacial, concretamente materializada em 4 de outubro de 1957, com o lançamento do satélite russo Sputnik, seguido pelo Explorer I, dos EUA, em 31 de janeiro de 58. Em 12 de abril de 61, Gagarin entrou em órbita terrestre. Depois veio a interminável seqüência de lançamentos das sondas Pioneer, Mariner, Voyager, Viking e Mars, do lado americano, e das sondas Venera e Kosmos, do lado soviético. A seguir vieram os vôos orbitais tripulados dos programas Mercury, Gemini e Apollo, dos EUA, conquistando palmo a palmo o espaço com as naves Vostok, Voskhod e Soyuz, da ex-URSS. Finalmente, adiantando-se no tempo, a Apollo 8, em 21 de dezembro de 1968, leva 3 astronautas americanos para o primeiro vôo de circum-navegação lunar.
Após a Apollo 17, em 72, a NASA inexplicavelmente suspendeu seu projeto de exploração da Lua. O mundo inteiro aguardou inutilmente os próximos capítulos das aventuras lunares que pasmavam a humanidade. A NASA nunca explicou por quê…
EXPERIÊNCIAS LUNARES – Após intenso programa de ensaios, a Apollo 10 voltaria à órbita lunar, onde os astronautas abrigados em seu interior treinariam a interação do ambiente controlado com o de tensão em meio ao serviço entre os diversos módulos. Eis então que chega o grande dia em que Armstrong e Aldrin descem no Mar da Tranqüilidade e aí permanecem por nada menos do que 21 horas e 36 minutos, executando os itens de um meticuloso programa de experiências. O mundo festeja com grande emoção a fantástica vitória tecnológica e exalta, sobretudo, a segurança com que se efetivou a operação, levando e trazendo os primeiros seres humanos à respeitável distância de 384 mil km que nos separa da nossa mitológica e descansada Selene. Animada pelo absoluto êxito dos vôos lunares, a NASA enviou mais cinco missões Apollo, seguindo o mesmo padrão de vôo. Ao todo, a agência espacial dos EUA levou 18 astronautas ao nosso satélite natural, dos quais 12 alunissaram e 6 permaneceram em órbita lunar, monitorando as diversas etapas do programa.
Mas, após o vôo da Apollo 17, em 7 de dezembro de 1972, com recorde de permanência no solo lunar, a NASA inexplicavelmente suspende o projeto de exploração da Lua e desativa os últimos foguetes do tipo Saturno 5, que impulsionavam os módulos. O mundo inteiro aguarda, inutilmente, os próximos capítulos das aventuras lunares, no emocionante espetáculo de exploração do desconhecido, ora viajando-se no jipe lunar (apelidado de LVR), ora cavando e colhendo amostras e ainda abordando as crateras e maciços equatoriais da Lua. O mundo aguarda ansiosa, mas inutilmente que a NASA (ou os russos) retomem o projeto que tanta emoção e orgulho gerou à raça humana. Já antevíamos as fantásticas cúpulas transparentes, ligadas por túneis de acrílico à prova de raios cósmicos, bem como bases de lançamentos para Marte – tão almejadas pelo grande construtor de foguetes Von Braun –, que da Lua se beneficiariam da sexta parte da gravidade lunar, bem menor que a nossa.
Todos se perguntam: que mistérios haverá do lado oculto da Lua? E as intrigantes claridades das calotas lunares? O que nos revelariam os altos penhascos e os vales profundos, as imensas crateras em cujo interior se visualizaram luzes e atividade vulcânica? E a eterna pergunta ficaria no ar: haverá água na Lua? O que são os sinais de vegetação e indícios de erosão antiga provocada por ventos, rios e mares? O que são os Mascons? Por que não checar in loco centenas de experimentos só computados através da telemetria nem sempre confiável das sondas até então utilizadas? Mal iniciada a grande aventura lunar, eis que a mesma é abruptamente interrompida, como se razões superiores houvessem interferido em tudo isso. É inexplicável e desconcertante o fato de que se gastou bilhões e bilhões de dólares para se chegar lá e, quando isso foi conseguido, um futuro fantástico nos aguardava. Mas, sem mais nem porquê, tudo foi cancelado, como se os americanos tivessem se desencantado com a Lua. E os russos, será que se desencantaram também?…
LIMITES INSIGNIFICANTES – A partir daí, russos e americanos se recolhem aos quase insignificantes limites de vôo de baixa altitude (se comparados às façanhas das Apollos), desenvolvendo outras investigações através dos chamados ônibus espaciais e laboratórios orbitais, sepultando definitivamente quaisquer referências às explorações lunares que mal haviam começado. Por que não voltamos à Lua? Deixemos, um pouco o terreno seguro da pesquisa concreta e levemos nosso pensamento para um terreno que, se bem que próximo do fantástico absoluto, no entanto, não pode ser descartado como possibilidade concreta de expor a resposta provável para o abortamento prematuro do programa lunar. Inicialmente devemos lembrar que principalmente nós, ufólogos, desde o princípio, sempre vimos os vôos espaciais – tanto orbitais quanto lunares e interplanetários – como objetos de especulação no tocante à presença e acompanhamento de luzes e objetos misteriosos que ora eram detectados pelo radar, ora filmados e registrados visualmente tanto das bases de controle de vôo, no solo, quanto das próprias espaçonaves envolvidas.
Hoje são famosas as fotografias captadas pelo Skylab 3, pelas Geminis 6 e 7, e sobretudo pela Gemini 12, onde se vê um nítido objeto luminoso voando em seu encalço. Também ganhou notoriedade o extraordinário contato entre a tripulação da estação russa Salyut 6 e os ocupantes de uma espaç
onave extraterrestre esférica que a seguiu por vários dias, com aproximações casuais de até 30 metros! Até hoje, também, é objeto de polêmica se os misteriosos termos em código utilizados entre os astronautas e as bases de controle terrestres, inclusive sem a detecção de freqüências exclusivas, não tinham por objetivo ocultar mensagens sobre UFOs vistos e detectados no espaço. “Papai Noel existe”, disse um astronauta à torre de controle em Houston, após sua nave ser ultrapassada por uma forte luminosidade esbranquiçada e de grandes proporções.
Mensagens como essa e tantas outras, certamente destinadas a transmitir informes secretos, foram devastadas por sofisticados equipamentos operados por técnicos amadores de todo o mundo, em especial da Itália, do Japão e de Israel, que captaram inclusive falas de astronautas visivelmente perturbados por estarem em rota de colisão com UFOs. Alguns termos destes diálogos sugerem nitidamente a visão, presença ou interferência dessas naves na instrumentação de bordo, algo absolutamente insólito e implicando numa proximidade da nave terrestre com algo além daquilo para o que os astronautas foram treinados. Não que a NASA, que lhes deu excelente treinamento, não imaginasse que isso fosse acontecer. Até pelo contrário: sabia de tudo. Mas não tinha idéia de que a “monitoração” de seus vôos – especialmente os tripulados – por ETs fosse chegar a tanto. Para se ter idéia, um dos instrutores dos astronautas norte-americanos foi Maurice Chatelain, cuja tarefa principal consistia em orientar seus alunos quanto ao procedimento que teriam que adotar se vissem UFOs no espaço e se, numa grande sorte, pudessem contactar extraterrestres. Estas notícias, vazadas do bloqueio imposto pela NASA, nos dão nítida idéia das atividades de máquinas não-terrestres no espaço, em órbita da Terra e no solo lunar. Também nos dão informação sobre a visita de nosso satélite de forma regular e corriqueira, por seres alienígenas com suas fantásticas naves que, segundo os próprios astronautas, estavam pousadas nas orlas das crateras, como que em trabalho de monitoração, interferência nas manobras de pouso etc.
MONITORAÇÃO EXTRATERRESTRE – Do universo esotérico, por outro lado, colhemos informações de que a Lua, neste final de ciclo e de mudanças previstas no âmbito planetário terrestre, teria se transformado numa grande base extraterrestre, utilizada por povos do espaço como “antessala” da Terra, num programa de interferência e apoio ao nosso planeta. Avisos teriam sido mandados aos governos e cientistas terrestres, por parte de representantes destes povos, para que o homem não mais voltasse a Lua, hoje polarizada por outras energias. Também as pesquisas no planeta Marte estariam sofrendo interferência por parte de uma fonte misteriosa, fato detalhado num dos capítulos finais do livro Genesis Revisitado, do autor Zecharias Sitchin, assessor da NASA e pesquisador de mistérios.
Sitchin narra o enigmático fim da sonda russa Phobos 2 que, em 27 de março de 1989, após fotografar uma sombra em forma de elipse fechada sobre o solo marciano, silenciou-se definitivamente, como se vitimada por um impacto. Sua irmã, Phobos 1, lançada simultaneamente, também foi perdida sem uma explicação plausível. Há alguns meses atrás, outra nave, desta vez norte-americana, seguiu o mesmo caminho do silêncio… Ainda no campo do realismo fantástico, poderíamos nos referir ao nebuloso relato bíblico da Torre de Babel. Alguns exegetas deste livro antigo, inclusive o autor citado, defendem a idéia de que uma antiga civilização terrestre (a raça atlante?) teria conseguido construir naves espaciais com as quais podiam atingir os planetas do Sistema Solar, no que teriam sido interpelados por ETs que não estavam interessados na presença humana em seus domínios. Ficam no ar, no entanto, algumas perguntas. Primeiro: estaríamos vivendo uma nova versão da Torre de Babel? Segundo: precisaríamos, talvez, de uma nova postura ética se quisermos deixar a Terra e visitar mundos vizinhos e habitados por povos extraterrestres? Terceiro: não teríamos cometido uma gafe terrível ou engano fatal ao tentarmos “conquistar” o solo lunar, justamente por este já estar conquistado? Se isso for verdade com relação Lua, mais interessante ainda será nossa tentativa de conquistar Marte ou Vênus, que estarão lá em cima como um desafio. Talvez o que precisamos não seja um vôo para conquistarmos o espaço, mas um vôo ético para o interior do homem, afim de prepararmos ele e sua consciência para uma nova realidade que virá com a confraternização com seres de outros mundos.