Treze crânios perfurados, descobertos em túmulos onde foram encontradas múmias com bolsas de maconha, levam os cientistas chineses à conclusão de que a técnica cirúrgica da craniectomia – operação em que se remove parte do osso do crânio – já era praticada pelos xamãs há 3.500 anos, informa a imprensa local. “Os furos são todos redondos ou quadrados, e os tecidos curativos a seu ao redor sugerem que devem ter sido feitos quando as pessoas ainda estavam vivas, provavelmente com um propósito médico”, disse Lu Enguo, do Instituto de Arqueologia da região autônoma uigur de Xinjiang.
Cada crânio apresenta de um a cinco buracos. Um deles chega a sete. Todos tinham mostras de ferimentos no cérebro, disse Lu, em declarações à agência estatal Xinhua. Ele comentou que os pacientes poderiam ter caído do cavalo, e “os xamãs, que também eram médicos naquele tempo, praticaram provavelmente uma versão primitiva da craniectomia”. O local da descoberta abriga 2 mil túmulos, no deserto da cidade-oásis de Turpan, cercada por montanhas e que produz o melhor vinho do país. Segundo os arqueólogos,os corpos são de pessoas que viveram entre a Idade de Bronze, há 3.500 de anos, e o século 10 de nossa era.