
Muito tem sido dito sobre as visitas de alienígenas à Terra. Relatos de contatos isolados e esporádicos proporcionam notícias sensacionais à Imprensa, mas estas são rapidamente esquecidas e têm pouco efeito duradouro sobre nosso comportamento e nossa vida diária. Aqueles que levam a problemática dos discos voadores a sério estão engajados principalmente em tentar provar a presença de seres extraterrestres em nosso planeta. Já os céticos não dão importância ao assunto e o desdenham, enquanto os indecisos esperam por evidências que considerem mais palpáveis antes de decidirem no que acreditar. Essas são todas posições naturais que podemos adotar quanto ao Fenômeno UFO, mas são muito perigosas para a Humanidade.
Todas as mudanças e desenvolvimentos que atingimos na Terra, no dia a dia, podem ser representados por gráficos em que uma coordenada mostra a quantidade de tais mudanças e, a outra, o progresso no transcorrer do tempo. E assim que podemos analisar em quantos itens diferentes tivemos algum crescimento, em uma dada quantidade de tempo. Mas, antes de atribuirmos importância a qualquer tipo de melhora que tenhamos em nossas vidas, temos de estar alerta sobre como isso interferirá em nossa rotina habitual. Normalmente, tendemos a procurar por uma mudança mais ou menos linear e tangível, o que significa ter desenvolvimentos regulares e constantes, sem sobressaltos à nossa existência.
Num exemplo clássico, se a mortalidade infantil permanece na taxa de 5% ano após ano, isso não é um problema para uma investigação urgente ou melhoria drástica no sistema de saúde vigente. Mas se é de 5% em um ano, 6% no outro, 7% no terceiro e assim por diante, mostrando um crescimento tangível de 1% ao ano, isso se torna alarmante. Noutro exemplo, as estatísticas sobre a produção de refrigeradores ou automóveis, a construção de casas ou apartamentos, etc, podem dar incremento a tais gráficos – mas todas as transformações naturais, cósmicas, humanas e sociais seguem leis diversas daquelas de proporcionalidade linear. Contudo, as importantes mudanças são hiperbólicas, ou seja: a quantidade é extremamente baixa para um período relativamente longo. Mas elas ganham impulso repentino e tornam-se explosivas, se não tivermos controle.
Observações feitas por estudiosos mostram que o período de baixo crescimento de mudanças – uma espécie de período de incubação – é mais duradouro para desenvolvimentos positivos do que para negativos. Wilhelm II, da Alemanha, tornou-se kaiser em 1888 e propagou os ideais nazistas que explodiriam o mundo décadas mais tarde. Mas estes ideais não foram levados a sério até o início dos anos 30, quando Hitler surgiu no quadro final do período de incubação e, em pouco tempo, disseminou o holocausto. Tudo isso levou um período de cerca de 50 anos. Na mesma linha de raciocínio, os efeitos destrutivos da revolução industrial só foram reconhecidos na metade do século passado. Thoreau, Emerson, Wagner, Steiner, Mahler etc, nos alertavam contra a implacável exploração da natureza há 130 anos, mas só agora o chamado Movimento Verde está sendo levado a sério. E mesmo assim, hoje o “gráfico verde” está ainda no período de incubação, não tendo alcançado seu ponto de explosão.
Agora, consideremos a situação dos avistamentos de UFOs. O recente aumento na freqüência destas ocorrências indica que o período de incubação, que tem se estendido por séculos ou talvez milênios, está finalmente chegando ao fim. Não sabemos quando o ponto de explosão – aqui representado por um contato definitivo com as civilizações que nos visitam – será alcançado. Isso pode ocorrer dentro dos próximos anos ou da próxima década, ou quem sabe ainda só daqui a alguns séculos. De qualquer forma, devemos estar preparados para essa eventualidade.
Tal contato definitivo será a vinda à Terra de uma ou mais civilizações que já alcançaram elevados graus de evolução. Mas isso será positivo ou negativo? Para tentarmos compreender a questão, temos que levar em consideração que mesmo entre nós, terrestres, existem diferenças marcantes. Por exemplo, a maioria dos contatos já mantidos entre os diversos povos nativos de nosso planeta têm sido até aqui desastrosos, embora todas as partes pertençam ao gênero Homo sapiens. As hordas de bárbaros da Idade Média destruíram largamente muitas comunidades desenvolvidas e pacíficas, e o explorador urbanizado terminou na panela do caçador primitivo. A crueldade comercial exterminou as sociedades simples, a cobiça e o fanatismo de certas culturas destruíram outras, e assim por diante. Às vezes, mesmo uma cultura altamente desenvolvida é dizimada, como na confrontação entre as nações hispânicas e ameríndias.
O que podemos esperar, então, de um eventual encontro entre terrestres e alienígenas? Uma coisa é certa: a partir do momento em que foram eles que nos descobriram e não nós a eles, seu estágio de evolução tecnológica deve obrigatoriamente ser maior do que o nosso. No entanto, isso não significa que nossos visitantes tenham, necessariamente, um equiparado grau de evolução moral ou espiritual. Ao olharmos para dentro de nosso próprio planeta, por exemplo, vemos que nosso desenvolvimento moral não progrediu com o avanço de nosso conhecimento tecnológico, ao longo das últimas décadas. Na verdade, nossa moral e espiritualidade têm se deteriorado com nosso avanço técnico.
O progresso fenomenal em nossas condições tecnológicas durante esse século tem sido acompanhado passo a passo pelo aumento da criminalidade e da corrupção, pelo nascimento e crescimento da máfia internacional e de outras formas de contravenção estruturada. Essa evolução desigual não precisa ser única e restrita ao nosso planeta. É grandemente possível que pelo menos algumas das civilizações alienígenas que nos visitam tenham relativamente baixos valores morais e espirituais, apesar de sua altíssima tecnologia. As evidências até agora acumuladas sugerem que quatro diferentes tipos de aliens estejam observando a Terra, entre aqueles que são mais ou menos benevolentes, amantes da paz e moralmente mais avançados. Vejamos:
Tipo 1 – Este grupo de civilizações em aproximação da Terra estaria ciente do constante avanço de nossa tecnologia militar e capacidade de defesa global, sendo aperfeiçoada dia a dia. Se tais seres tivessem a intenção de nos escravizar e explorar, deveriam fazê-lo neste instante, pois quanto mais eles esperam, mais difícil fica terem sucesso em tal empreitada – ainda que suas armas sejam incomparavelmente superiores às nossas. Sua reticência em tomar uma atitude, de qualquer forma, mostra um desejo de observar e avaliar a raça humana.
Tipo 2 – Embora principalmente reticentes, este grupo de civilizações monitorando a Terra não se esconde completamente de nós. Deliberadamente ou talvez por acidente, esses seres se deixam ver com mais e mais freqüência a cada dia. Se isso estiver se dando por casualidade, tal fato significa que o crescimento da população humana e sua distribuição pelo planeta, associados ao aumento em nosso interesse pelos UFOs, torna cada vez mais difícil para os alienígenas permanecerem imperceptíveis. Mas se isso estiver acontecendo propositadamente, por intenção de nossos visitantes, então isso implica em que estejam gradualmente preparando-nos para um contato aberto. Em cada caso, tal contato é inevitável e talvez eminente!
Tipo 3 – Os relatos de mutilação em animais e seres humanos, colhidos por investigadores da temática ufológica em todo o mundo, praticamente prejudicam a imagem de total benevolência deste terceiro grupo de civilizações em visita à Terra. Se essas mutilações ou operações são somente para fins de estudo e pesquisa, por que os alienígenas deixariam provas de tais atividades para os terrestres descobrirem? Certamente não seria um problema difícil para estes seres esconderem os corpos de suas vítimas com mais eficácia, além de agirem de uma maneira mais discreta. Pessoas e animais simplesmente desaparecem com relativa freqüência sem deixar qualquer traço, e são logo esquecidos. Mas os aliens (pelo menos este grupo) parecem tentar avisar-nos sobre suas atividades. Sua sutil mensagem seria um aviso?
Tipo 4 – Alguns dos relatos da ação de alienígenas em nosso planeta indicam que os seres pertencentes a este quarto grupo são capazes de se comunicar por telepatia. Em nossa experiência terrestre, essa avançada faculdade mental estaria habitual – mas não necessariamente – associada a conhecimentos esotéricos e integridade moral. Algumas pessoas afirmam ter recebido mensagens telepáticas ou canalizadas de extraterrestres, e praticamente todas elas são avisos exortando-nos a elevar nossa moralidade e aceitar os princípios de amor e unidade cósmica. Algumas mensagens nos instruem a preservar nossa natureza como sendo parte do processo de criação, em vez de destruí-la estupidamente a troco de ganhos a curto prazo.
Levando em consideração todas estas informações, temos um universo de conjecturas a fazer. No caso específico dos grupos 3 e 4, parece que nós temos ainda que apressar uma tentativa de análise da situação. O aparentemente deliberado plantio de provas de procedimentos de mutilação, somados aos avisos telepáticos que pessoas no mundo inteiro recebem, carregam um sentido mais profundo do que imaginamos. Parece que os ETs estariam tentando nos passar uma mensagem como a que foi recebida por tantos canalizadores em todo o planeta, que pode muito bem ser exemplificada como a apresentada abaixo:
“Temos observado a Terra por longo tempo. Vocês têm sabedoria para diferenciar entre o bem e o mal e o potencial para serem bons. Mas estão se inclinando gradual e irrecuperavelmente para o mal. Pelo tempo em que vocês permaneceram isolados, pudemos tolerar sua decadência e ainda lhes demos tempo para se desenvolverem. Mas agora vocês começaram a viajar pelo espaço e se tornaram uma ameaça às nossas civilizações. Assim, seu tempo para procederem este desenvolvimento está se esgotando. Se mudarem sua forma de agir e aceitarem as leis cósmicas, teremos prazer em recebê-los em nossa comunidade como irmãos. Se não, seremos forçados a frear suas atividades drasticamente ou até mesmo a destruí-los. Depende de vocês decidirem se nosso encontro levará à cooperação ou a uma confrontação, da qual vocês não sobreviveriam”.
Esse é apenas um exemplo de mensagem extraterrestre – existem muitos outros. E se nossa interpretação dela é correta, devemos agir imediatamente. Uma reformulação moral em todos os níveis de nossa sociedade é imensamente necessária. No dia em que pudermos vislumbrar um contato aberto com os alienígenas, mesmo que todos os cidadãos do planeta não tiverem atingido o status moral e a integridade espiritual exigidos por eles, poderemos pelo menos ser capazes de mostrar que um grande número de indivíduos atingiram isso e, também, que outros estão sinceramente engajados em lutar por tal evolução. Com certeza, tais civilizações terão condições de avaliar nossos esforços. Só assim poderemos sobreviver ao tal Dia D e barganhar pela nossa existência por mais tempo.
Agir moral, espiritual e eticamente tem sido a tônica de todas as religiões e outras formas de associação positiva de nosso planeta, mas nunca foi levada suficientemente a sério pelos seus praticantes. Quase todas as religiões tradicionais têm em sua pregação um chamado dia do juízo final, quando se analisará a vida eterna das pessoas e se determinará se são merecedoras da vida eterna ou do reino dos céus. Rezam as religiões que o juiz de tal processo será um ser intangível e remoto, imensamente superior a nós – em geral, tal ser é referido como Deus, o criador supremo de todas as coisas. Talvez por isso, tentando livrar-se dessa sina, boa porcentagem dos terrestres tem colocado sua existência muito em dúvida.
Mas agora, em face de uma eventual chegada dos visitantes extraterrestres ao nosso planeta, os juízes do processo poderão ser outros. Poderão ser criaturas visíveis e palpáveis de nosso próprio universo, ainda que não da Terra. A côrte onde isso se daria pode estar na próxima esquina e o dia do julgamento pode ser qualquer dia de nossas vidas. As leis cósmicas já foram, por certo tempo, a religião de todos os povos neste planeta. Ela era baseada em axiomas derivados da lógica pura e do conhecimento científico. Seu conceito racional era aplicado a todas as dimensões cósmicas e nenhuma descoberta científica poderia afetar sua validade. Por outro lado, todas as invenções modernas da Ciência têm eminentemente confirmado esse conceito.
Uma reformulação moral em todos os níveis de nossa sociedade é necessária. No dia em que tivemos um contato aberto com ETs, mesmo que nem todos os cidadãos do planeta tenham atingido a integridade espiritual apropriada, seremos capazes de mostrar nossa determinação
Algumas delas contribuíram para melhorar o entendimento de seus axiomas, uma vez que muitas afirmações da religião cósmica por si só levam a um melhor conhecimento de Astrofís
ica, Física Nuclear e algumas outras áreas de ponta. Essas leis cósmicas não estão mortas e foram codificadas para serem inseridas em obras históricas da Humanidade, como por exemplo o Livro dos Vedas, da Índia antiga. A palavra veda significa sabedoria ou conhecimento e a tal religião cósmica é referida no livro como Sanatana Dharma, que significa lei cósmica. Os vedas foram expulsos da Europa e do Oriente Médio e finalmente encontraram residência permanente na Índia. O Hinduísmo e o Budismo de hoje são formas derivadas das referidas leis cósmicas. A disseminação de Sanatana Dharma trás de volta ao mundo o que ele perdeu.
Como um compêndio de tratados de ética, Sanatana Dharma não contradiz qualquer das outras religiões mais novas do mundo. Contudo, dá uma explicação racional para as leis da espiritualidade, em vez de apresentá-las como dogmas a serem acreditados sem fé. Sua descrição do Cosmos está em conformidade com as perspectivas da Ciência – o que não pode ser dito de outras religiões. Ela, contudo, não exige crença na evidência da observação científica. Seu conceito de Criador e criação é, de modo geral, panteístico. O inventor dessa religião é inerente a todas as partes do Cosmos e transcende todas as suas dimensões. As coisas que vemos, sentimos e tocamos são manifestações daquele Ser eterno.
Nessa analogia, Sanatana Dharma também entra na questão ufológica, já que o Livro dos Vedas é repleto de citações de passagem de UFOs nos tempos remotos. Essas naves eram chamadas pelos hindus, há dois ou três mil anos, como vimanas, que significa objetos ou veículos resplandecentes. Uma atenta análise desta obra pode levar ao leitor uma compreensão bem mais ativa do que representa o Fenômeno UFO para a Humanidade de hoje e o que podemos esperar para o futuro breve. O aumento gradativo e intenso no número de avistamentos de UFOs e contatos com seres extraterrestres é proporcional ao aumento no interesse que temos por assuntos que se refiram ao aprimoramento humano em geral. A partir do momento que abrimos nossas mentes para os UFOs, e ao mesmo tempo em que crescemos espiritualmente, passamos a dar bem maior atenção à questão.
Embalados nessa irreversível ruptura de valores, em que passamos a nos sentir mais cósmicos e menos terrestres, resta-nos conhecer as chaves deste mistério e tentar, senão decifrá-lo, pelo menos reconhecer suas regras. E a mais importante de todas é o fato inevitável e inquestionável de que, cedo ou tarde, teremos que conviver com outras civilizações do Universo, e quando isso ocorrer teremos que estar preparados para não sermos dizimados como foram os incas, quando os espanhóis chegaram à América. Talvez a dizimação não seja bélica, mas cultural. Mesmo assim, estaríamos fadados a desaparecer da face da Terra.