
As abduções clássicas, aquelas em que a pessoa é levada enquanto caminha por algum lugar deserto, ou então retirada de seu automóvel e levada para o interior de um UFO, onde é examinada, inseminada e pode ter implantado em seu corpo algum mecanismo de monitoramento, foram, até os anos 70, a tônica nos relatos ufológicos sobre o assunto. A grande maioria dos pesquisadores da época, no entanto, tendia a descartar ou a desacreditar tais relatos, explicando-os como fraudes, necessidade dos depoentes de chamar atenção sobre si, transferência psicológica, sonhos ou alucinações. Mas, a partir da década de 70, os investigadores que se dedicavam ao estudo das abduções começaram a se deparar com outro cenário, talvez até mais assustador do que o anterior, aonde os alienígenas iam até suas vítimas onde estivessem, manipulando-as em seus próprios quartos enquanto dormem. A nova e aterrorizante leva de depoimentos que envolvia episódios conscientes, roubos de fetos, perturbações eletromagnéticas e a capacidade de indução de sono ganhou o nome de visita de dormitórios.
Por outro lado, o fato de os abdutores irem até os abduzidos e parecerem acompanhar o desenvolvimento de suas manipulações mostrou que os casos não se concentravam em apenas uma pessoa, e sim que famílias inteiras passavam pelo processo, provavelmente há gerações. O acompanhamento dessas famílias permitiu que alguns parâmetros e critérios fossem estabelecidos e que se pudesse, a partir deles, buscar respostas sobre as manipulações realizadas e os objetivos pretendidos por quem as fazia. O presente estudo foi levado a cabo pelos autores durante vários anos, acompanhando e documentando os casos de algumas famílias envolvidas em abduções e visita de dormitórios na Argentina. Conseguiu-se levantar dados extremamente relevantes sobre a fisiologia e sintomas dos abduzidos e foi possível se esboçar um mapa dos procedimentos realizados na estrutura celular das vítimas, apontando, na medida do possível, para os possíveis objetivos dos alienígenas.
Nossa intenção, quando começamos a estudar os casos de abduções da modalidade visitantes de dormitório, era encontrar um denominador comum entre as pessoas pesquisadas e que passaram por tais situações, para podermos agrupá-las de alguma forma — desejava-se descobrir qual o critério adotado pelos abdutores na escolha de suas vítimas. A suposição inicial, de que as visitas eram realizadas durante a idade fértil dos indivíduos, se mostrou incorreta, pois nos deparamos com pessoas com mais de 50 anos de idade que eram visitadas repetidamente, inclusive mulheres no período da menopausa. Desde o começo do estudo também supúnhamos que os alienígenas procuravam por algo específico na forma de reprodução humana e, portanto, em sua genética.
Alterações sanguíneas
Entretanto, saber se os visitados tinham alguma coisa em comum era quase uma utopia, pois nossos recursos não nos permitiam realizar a comparação das testemunhas por meio de análises genéticas. Optamos, então, por examinar o tipo sanguíneo dos pesquisados, e foi aí que encontramos nossa primeira pista do fenômeno. A maioria das pessoas que estudamos tinha o mesmo grupo e fator sanguíneo e, por meio do acompanhamento dos casos, descobrimos que as experiências de visitas de dormitório se estendiam, também, às suas famílias. Isso mostrou que as escolhas dos abdutores não eram feitas ao acaso e confirmou as suspeitas iniciais de que os seres buscavam aspectos relacionados com a genética de alguns grupos em especial.
A intenção, quando começamos a estudar os casos de abduções da modalidade visitantes de dormitório, era encontrar um denominador comum entre as pessoas pesquisadas e que passaram por tais situações, para podermos agrupá-las de alguma forma
A pesquisa demonstrou que o tipo sanguíneo dos filhos dos visitados, ao contrário daquilo que seria geneticamente esperado, não era igual ao tipo de nenhum dos pais e nem fruto da combinação de ambos. Seguindo os casos de perto, descobrimos que as experiências de visitas de dormitório começavam na infância e a lógica nos dizia que o fenômeno vinha de gerações anteriores, estendendo-se até o presente e provavelmente também no futuro. Notamos ainda que, logo após os episódios de abdução, as pessoas apresentavam marcas e cicatrizes em diversas partes do corpo — algumas delas em regiões ósseas, como clavícula e quadril, indicavam que houvera extração de tecido das vítimas. Marcas nas regiões de tecido mole indicavam igualmente a inserção de algum elemento estranho.
Nós também conseguimos comprovar que depois das visitas havia aumento da quantidade de glóbulos brancos no sangue dos visitados, como forma de resposta de seu sistema imunológico à intrusão. Os glóbulos brancos, provenientes da medula óssea, são uma resposta automática de nosso organismo no combate a qualquer tipo de invasão, seja ela por micro-organismos ou por objetos e substâncias estranhas. Também surgiam cicatrizes no corpo das pessoas e manchas de sangue na cama, sem que houvesse razão para tal. Não tínhamos como saber que outras substâncias eram retiradas de seus organismos durante as visitas, salvo pelas extrações de sangue, que deixavam hematomas nos braços, exatamente como acontece quando se faz exames clínicos convencionais.
Acreditamos haver encontrado detalhes relevantes sobre as experiências feitas nas pessoas escolhidas. E a palavra “escolhidos” é, na verdade, o termo que melhor define os abduzidos, uma vez que estamos convictos de que nada do que fazem os abdutores é por acaso. Existe uma condução inteligente de objetivos que vem sendo desenvolvida ao longo dos séculos. Há um propósito importante por trás de todo esse fenômeno, embora não saib
amos para qual das duas espécies, a humana ou a extraterrestre. Talvez seja benéfico para ambas.
Para que possamos entender de que forma e em quais processos biológicos a pesquisa apontou haver intervenção, é necessário conhecer, ainda que brevemente, o que acontece dentro das células. Nossos organismos desempenham uma série de funções das quais depende seu perfeito funcionamento e a maioria de nós não faz ideia de quais são. Para tanto, tentaremos explicar em linhas gerais no que consiste nosso DNA e também a interação que há entre nós e os diferentes elementos químicos existentes no planeta. Ambos são fundamentais para que se compreenda a intrincada ação que é praticada pelos alienígenas.
Espectro da vida
É muito importante observarmos que, apesar da grande diversidade de espécies existentes em nosso mundo, a vida na Terra tem uma base comum, já que todos os seres se formaram a partir de uma única molécula que conseguiu se replicar: o ácido desoxirribonucleico. Em 1869, um bioquímico suíço chamado Friedrich Miescher isolou de dentro do núcleo celular uma substância a que chamou nucleína, posteriormente batizada de ácido nucleico. Essas moléculas são estruturas muito grandes, compostas por pelo menos quatro tipos de unidades, chamadas nucleotídeos, que se unem em sequência e proporções diferentes. E, ao fazê-lo, formam o ácido ribonucleico (RNA) e desoxirribonucleico (DNA).
Essas macromoléculas são consideradas vivas, uma vez que têm a capacidade de se reproduzir, de se transformar e de transmitir essas mudanças à sua prole. O ácido nucleico é o material que compõe os genes. Esses, por sua vez, controlam as capacidades evolutiva e funcional dos organismos e transmitem às gerações futuras uma cópia fiel de seus genitores. As possíveis mutações ocorridas também são passadas adiante da mesma forma. Os ácidos nucleicos são considerados a base química da vida e a matéria-prima da evolução. Portanto, qualquer alteração que se pretenda fazer ou qualquer mutação que se queira induzir deverá, obrigatoriamente, ser realizada dentro dos núcleos celulares. Agora, vamos ver a importância da nossa interação com os elementos do planeta.
Sabemos que nosso corpo requer para seu sustento certos minerais encontrados no solo, tais como cálcio, ferro, magnésio, zinco, cobre e fósforo. Também sabemos que esses elementos se encontram naturalmente nos vegetais. Da mesma forma, são importantes as proteínas e vitaminas vindas do alimento animal. A ciência descobriu muito recentemente que tudo o que ingerimos, inclusive a água e o ar, deve ser absolutamente afim com os átomos do corpo humano — somos um ecossistema cujo alimento necessita ter as mesmas condições da vida terrestre, ou pereceremos. Para entendermos melhor o grau de afinidade necessário entre os átomos que nos compõem e aqueles que compõem as substâncias que ingerimos, é necessário sabermos como se movimentam as partículas atômicas.
Tanto os prótons e nêutrons que compõe o núcleo atômico quanto os elétrons que os rodeiam têm um movimento chamado de spin [Giro] em física quântica. Ou seja, as partículas giram permanentemente sobre si mesmas, tanto na matéria orgânica como na inorgânica. Esses dados implicam, por exemplo, que um astronauta que quisesse sobreviver em outro planeta não poderia fazê-lo se os elementos do local tivessem átomos e partículas subatômicas com spin diferente dos da Terra.
Já foi comprovado que em outras regiões do cosmos os átomos possuem spin contrário ao encontrado em nosso mundo. Ou seja, nosso astronauta deveria levar consigo uma boa quantidade de ar, água e alimentos para manter-se vivo, ao menos até conseguir terraformar o planeta e adaptá-lo às condições terrestres. Essa situação, que podemos chamar de básica, nos propõe uma questão interessante sobre as visitas extraterrestres e suas incursões e interações em nosso meio, seja com pessoas ou com animais, à qual voltaremos mais adiante.
Mutações e roubo de fetos
Quando estudamos os casos de visitantes de dormitório na região norte da Grande Buenos Aires, levamos alguns dos abduzidos para uma consulta com o doutor Francesco Ítalo, diretor de importante clínica na capital argentina. Profissional capacitado, especialista em terapia intensiva com formação multidisciplinar, ele também tinha mente aberta para nos ajudar com esse tema tão complexo. Não era um estudo fácil, uma vez que, além dos fatores já citados, como tipo sanguíneo, cicatrizes, marcas, continuidade familiar e elevadas taxas de glóbulos brancos, os visitados também mostravam sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, parecidos aos produzidos em situações de guerras, estupros ou desastres naturais.
Além de tudo isso, nos chamou a atenção nas pesquisas o número de casos de gravidez interrompidos, fato que acontece não apenas com as mulheres visitadas, mas também com as esposas e filhas dos protagonistas homens. Esse é outro padrão comum encontrado e que acreditamos tratar-se não de abortos espontâneos, mas de roubo de fetos gerados depois de uma fecundação especial, aos três ou quatro meses de gravidez. Existe manipulação nos protagonistas e em suas famílias para se levar a cabo mudanças genéticas, talvez com o intuito de se criar um ser híbrido entre as duas espécies.
Por que razão os alienígenas precisariam criar um híbrido, não sabemos e só podemos especular. Acompanhando os casos ao longo dos anos pudemos encontrar muitas referências à possibilidade de uma mutação em nossa raça que, por alguma razão desconhecida, seria útil aos alienígenas. Talvez tenha a ver com o que falamos anteriormente sobre alimentação e spin atômico. De qualquer forma, tal mutação não poderia ser gerada drasticamente, mas precisaria ser realizada ao longo do tempo, dentro de um contex
to silencioso. Para tal, os extraterrestres se utilizariam de famílias inteiras, aprimorando e modificando características para alcançarem ao grau de mutação que objetivam.
O Caso Mary
Algumas das pessoas que pesquisamos na região norte da Grande Buenos Aires foram encaminhadas ao médico ao qual nos referimos mesmo antes de encontrarmos episódios extremos. Também pudemos convencer a filha do senhor Damián Franco, Laura, de quem falaremos nesse texto, a ser examinada pelo profissional para que este nos desse seu parecer. Vejamos esses casos estudados em particular.
Começamos a pesquisar o primeiro caso em 2005. A história teve início com o relato da protagonista, Mary, sobre estranhas avarias nos eletrodomésticos de sua casa. A máquina de lavar roupa havia queimado, o acendimento automático da televisão parou de funcionar e apareceram problemas no aquecedor de água e nos cabos elétricos que passam à frente de sua residência. Esses últimos mostravam duas marcas de queimado, com um metro de distância entre si, na cobertura de borracha. Anomalias em aparelhos eletroeletrônicos não são raras nesses casos. Durante a inspeção da casa, constatamos a existência de marcas de forma circular na grama que rodeia a piscina medindo aproximadamente um metro de diâmetro, como se a vegetação estivesse queimada. A piscina, na ocasião, estava mais vazia sem que tenha sido constatada perda de água por defeito do material ou por quebras. O cão da família também apresentava comportamento estranho.
Chama a atenção o número de casos de gravidez interrompidos, fato que acontece não apenas com as mulheres visitadas, mas também com as esposas e filhas dos protagonistas homens. Esse é outro padrão comum encontrado nestas experiências
Diante de nossas perguntas, Mary, que era uma advogada de 52 anos, casada e mãe de uma adolescente de 16 anos, a quem chamaremos de Lucy, e de um filho universitário, informou-nos sobre a aparição de uma figura pequena dentro da sua casa — o ser, descrito como uma sombra, subia velozmente a escada até os dormitórios no andar superior. Ao mesmo tempo, sua filha confessou que algo a incomodava em seu quarto desde que tinha seis anos de idade. Esse “algo” era um ser baixo, de aproximadamente 50 cm, sem um formato determinado. O tipo sanguíneo de Mary e Lucy é do grupo O com fator RH positivo [O+], muito comum nesses casos.
Ao perguntarmos sobre hemorragias e sangramentos, Mary nos informou que no dia em que os cabos da rua se queimaram, 01 de novembro de 2005, ela teve um sangramento no ouvido que só percebeu na manhã seguinte, pela mancha que havia em seu travesseiro. Também reclamou de um chiado incômodo no seu ouvido, para o qual não havia causa aparente, mais uma pauta comum nos casos de visitados. Outras coincidências que encontramos em outros acontecimentos também estavam presentes, como o extremo cansaço físico da mãe e da filha e a sensação de levitação que Mary alegou sentir em seu quarto.
No exame físico que foi realizado na testemunha principal notou-se uma marca de punção nas costas. Também se constatou um sinal de extração de sangue no braço esquerdo. A mulher teve grande diurese noturna e, mesmo sem poder dar informações precisas, Mary disse possuir episódios de tempo perdido [Missing time]. Para finalizar, diremos que Lucy, coincidentemente com os casos típicos, sofre de dores de cabeça, pesadelos e medo de ficar à noite em seu quarto, fato que a faz dormir com música ligada e a luz do corredor acesa. Lembremos que ela tinha 16 anos.
O Caso Graciela
A vinte quarteirões da residência do caso anterior e na mesma época, encontramos Graciela, uma empresária de 46 anos, divorciada, com uma filha de sete anos. Nós chegamos a esse caso por meio da mãe da protagonista que, em uma tarde, enquanto estava só na residência da filha, viu uma pequena figura que a pegou pelas costas, assustando-a — a mulher gritou e a figurou a soltou, desaparecendo diante de seus olhos. Achamos que assim terminava a história, mas na quarta-feira, 02 de novembro de 2005, surgiram marcas muito definidas nas costas de Graciela, uma delas de formato triangular, sob a escápula direita, já em fase de cicatrização. Sobre a mesma havia duas outras marcas, como que de arranhões. Na parte interna do cotovelo de ambos os braços havia marcas de extração de sangue. Nos dias posteriores, Graciela sentiu um cansaço muito grande e dores na região lombar.
Na manhã seguinte à aparição das marcas, 03 de novembro, sua filha Valentina foi até o quarto da mãe durante a madrugada, mas não a encontrou. A menina viu que no cômodo havia uma figura pequena, estranha e de grandes olhos. No dia 06 de novembro, Graciela encontrou na pele, entre os glúteos de sua filha, marcas de cores laranja, verde e preto fosforescente, muito difíceis de limpar, sem saber como as mesmas haviam acontecido. No dia 08 de novembro, ao levantar-se da cama, a mulher notou sangramento vaginal e ardência no local, mesmo estando longe do período de menstruação.
Antes da consulta realizada pelo médico, em 09 de novembro, nós o informamos sobre as marcas de extração de sangue que costumam acontecer nesses casos e lhe contamos o caso de Mary, situação que o doutor Ítalo levou em conta para seu diagnóstico. Ao examinar Graciela, que já era sua paciente há alguns meses, ele nos comunicou, surpreso, que a mulher não parecia mais a mesma de antes. O profissional observou que sua frequência cardíaca havia mudado drasticamente, assim como a temperatura e a pressão sanguínea e que a paciente não havia assimilado os minerais e medicamentos que lhe haviam sido aplicados nos meses anteriores. Foram realizadas, em 14 de novembro, as análises clínicas correspondentes para se determinar o estado físico de Graciela — os resultados mostraram aumento dos glóbulos brancos, diminuição de hematócritos e de cálcio, magnésio e fósforo.
Na madrugada de 28 de novembro, Graciela acordou devido a fortes puxões em sua perna direita, coisa que interpretou, no torpor do sono, como simples tremores nervosos. Ela teve consciência, entretanto, de que sua perna foi sacudida, levantada e deixada cair, causando-lhe dor. A mulher ajeitou-se na cama e poucos minutos depois percebeu a mesma sensação na perna esquerda. Pela manhã, encontrou na panturrilha direita uma marca triangular parecida com a que tinha achado nas costas, além de outra em forma de meia Lua. Em sua perna esquerda havia uma marca muito pronunciada na tíbia. Graciela e sua filha têm sang
ue tipo O, com fator RH positivo.
O Caso Laura
Laura, de quem falamos a pouco, é a filha mais velha do senhor Damián Franco, residente na Villa Devoto, em Buenos Aires. A moça foi visitada entre os anos de 1992 e 1996 e não tem lembranças conscientes do fato, diferentemente de seu pai. Na visita da qual se lembra, Franco levantou-se da cama de repente, tentando alcançar a pequena entidade de 80 cm de altura que estava em seu quarto. O ser saiu e sumiu dentro do dormitório de suas filhas, que residiam com ele na ocasião.
Nós acompanhamos o caso da família Franco até os dias atuais, com a colaboração dos filhos e principalmente de Laura, para elucidar o desenvolvimento das experiências e também do fenômeno em geral. Apesar de Laura não se lembrar do que lhe aconteceu, em seu corpo apareceram marcas comuns aos visitados. Em várias ocasiões, desde o ano de 1992, a moça encontrou hematomas na parte interna do cotovelo esquerdo e submeteu-se à contagem de glóbulos brancos em várias oportunidades. Em todas elas, como dissemos anteriormente, os resultados foram altos, sem que ela tivesse nenhuma infecção.
Enquanto nós pesquisávamos as experiências com Franco, Laura passou a sofrer de um estado muito intenso de fadiga, que lhe causava cãibras e dores musculares. Seu sono era interrompido por diurese abundante, o que a obrigava a se levantar até dez vezes durante a noite. Os sintomas surgiram a partir de um incidente no qual seu marido vira uma luz intensa, de cor azul, no quintal de sua casa. A fadiga chegou ao ponto de não lhe permitir caminhar mais de 100 m sem sentir falta de ar e cansaço extremo, que terminavam com dores no peito e nas costas. Ela realizou vários eletrocardiogramas, mas os resultados sempre foram normais.
Observamos nos locais onde ocorreram visitas de dormitório o mau funcionamento de aparelhos eletrodomésticos e relógios, apagões elétricos, marcas em tapetes e cortinas, gramados queimados com formatos específicos, como círculos, triângulos e ferraduras
Em 2004, por sugestão nossa, Laura se tornou paciente do doutor Ítalo. O médico a diagnosticou como sofrendo de estresse de longa data e a tratou com diferentes minerais e vitaminas, o que deu bons resultados. Em diversas oportunidades, Laura apareceu com hematomas de extração de sangue no seu braço esquerdo. O inusitado é que em algumas dessas situações, as marcas apareceram logo depois de um cochilo durante a tarde. Da mesma forma que descreveram Mary e Graciela, Laura dizia ter caído em sono profundo, sem sonhos, como se tivesse ficado inconsciente. Entre seus sintomas encontramos, além dos já citados, zumbidos nos ouvidos, interação com aparelhos eletrônicos e com os eletrodomésticos.
A esposa de seu irmão, que também não se lembra de ter havido presenças em seu quarto, sofreu a perda de uma gravidez aos três meses de gestação, em 1985, enquanto estava na casa da família Franco — como em outros casos pesquisados, seu feto, placenta e saco embrionário simplesmente sumiram. O irmão de Laura, Sebastián, também não se lembrava de haver recebido visitas em seu dormitório. Já a segunda filha de Sebastián, Florência, lembrava-se de ter visto um “boneco” careca com olhos grandes e penetrantes, que tirava os lençóis de sua cama. Na época, a menina estava com três anos de idade.
O parecer do médico
Diante de tais casos e levando em conta o resultado das análises laboratoriais feitas logo após as abduções, o médico, perplexo, nos solicitou um tempo para poder determinar o que poderia ter provocado a importante falta de minerais nos pacientes, além das mudanças drásticas de temperatura e alterações de frequência cardíaca. Consultado sobre a falta de minerais, ele nos informou que essas substâncias contribuem para o bom funcionamento cardíaco, além de serem fundamentais para o ciclo de respiração celular. Sem esses minerais, o coração trabalha mal e sofre distorções em seu ritmo. Em todos os animais, incluindo os seres humanos, os minerais são transportados pelo sangue — a hemoglobina, em particular, transporta o ferro. Nos casos que citamos, os sintomas desapareciam em poucos dias.
O médico achou muito sugestivo que seus pacientes apresentassem os mesmos sintomas e processos associados às visitas. Sua conclusão foi de que nesses pacientes estava sendo interrompido o Ciclo de Krebs, aparentemente devido à falta de minerais. Imediatamente pesquisamos mais a respeito do assunto. Descobrimos que esse ciclo acontece no interior das células, especificamente na mitocôndria, e que corresponde a uma das fases da respiração celular. É importante frisar que a energia dos seres vivos é obtida através do processo de respiração das células, que acontece em quatro etapas distintas. O ciclo de Krebs é a segunda delas.
Em uma explicação resumida, após a ingestão dos alimentos, eles são digeridos e se produz a quebra das moléculas de glicose, proteínas e gorduras, liberando seus componentes. Em seguida, as substâncias liberadas passam por um processo de transformação, até que a célula converta os componentes em adenosina trifosfato ou ATP, que nada mais é do que energia química e oxigênio. Tudo isso se dá em um processo metabólico complexo que resulta no combustível necessário para o funcionamento do corpo e a saúde de todos os órgãos e sistemas. O Ciclo de Krebs, assim chamado em homenagem ao seu descobridor, o doutor Hans Krebs, é um veículo biológico de transferência de elétrons.
Nós ficamos surpresos com as conclusões do doutor Ítalo. Tínhamos imaginado, diante da falta de minerais nas pessoas abduzidas, que esses simplesmente eram extraídos do corpo. Havia razões para pensarmos assim, levando-se em conta as perfurações que eram observadas sobre ossos do quadril, tíbia, clavícula e omoplata. Também achamos que a diurese exagerada dos protagonistas contribuía para a perda dos elementos. Entendíamos que os visitantes estavam interessados nos ossos, seus componentes e estrutura, já que na confirmação visual desses seres sua estrutura óssea era diferente ou não existia. A partir da observação clara dos sinais e sintomas feita pelo médico e sua corroboração pelas análises, nossa pesquisa tomou novos rumos. Buscávamos o que, especificamente, podia interromper o ciclo da respiração celular e por que os visitantes produziam esta anomalia.
Em busca dos inibidores
Come&cc
edil;amos a juntar informações sobre os possíveis inibidores do Ciclo de Krebs e encontramos vários elementos venenosos que produziam esse efeito, mas era evidente que nenhum deles havia sido utilizado nas pessoas estudadas, uma vez que elas se recuperavam em poucos dias, sem efeitos colaterais. Devíamos, então, procurar entre os inibidores algum elemento que pudesse atuar apenas quando fosse necessário, revertendo-se seu efeito sem que se modificasse de forma permanente o funcionamento orgânico. Sabemos que os visitantes de dormitórios voltam a operar com as mesmas pessoas quando necessitam e que cuidam, aparentemente muito bem, para que as modificações momentâneas não sejam descobertas.
Sabemos que a cadeia respiratória ocorre graças à presença de quatro complexos enzimáticos, nomeados de I, II, III e IV, que transportam os elétrons. Também descobrimos que o óxido nítrico (NO) é produzido de maneira natural nas células e atua como regulador da respiração celular. Muito interessante foi sabermos que as células brancas ativadas são capazes de lutar contra microrganismos invasores através da liberação de grandes quantidades de NO. Porém, uma exposição por períodos prolongados a essa substância causa a inibição da respiração celular — ela é irreversível, exceto se bloqueada pelo complexo enzimático I ou quando há o uso de glutationa, um antioxidante primordial composto por cisteína, glicina e ácido glutâmico. Sua principal função é o descarte de desperdícios da célula, desenvolvendo funções de desintoxicação.
O efeito do NO começa a se estender às enzimas mitocondriais, responsáveis pela síntese do DNA, especialmente a redutase de ribonucleotídeos. O aumento dos glóbulos brancos nos visitados e abduzidos surge a cada vez que é realizada uma punção, tanto nas regiões dos ossos como nas veias. O acréscimo dessas células poderia ser um dos inibidores do Ciclo de Krebs, que ocorreriam com a ativação das defesas do corpo contra a intrusão. Seria uma forma de inibir a respiração celular utilizando um elemento que o organismo produz de forma tão natural que seria impossível detectá-lo como algo efetuado artificialmente. Durante nossa busca descobrimos, também, que há inibidores eletromagnéticos.
Inibidores eletromagnéticos
Nossas pesquisas mostraram que, após um episódio de visita de dormitório, tanto a pessoa quanto o ambiente onde ela mora exibem vestígios de campos magnéticos alterados. Há relatos, desde o início da Ufologia, de que a movimentação de UFOs perto de automóveis produz o desligamento de seus motores e luzes. Essa condição foi chamada de efeito eletromagnético ou EM. Observamos nos locais onde ocorreram visitas de dormitório o mau funcionamento de aparelhos eletrodomésticos e relógios, apagões elétricos, marcas em tapetes e cortinas, gramados queimados com formatos específicos — círculos, triângulos e ferraduras — e a diminuição do nível da água nas piscinas. Os visitados também afetam aparelhos eletrônicos ao tocá-los, fazem disparar detectores em supermercados e, muitas vezes, interferem na iluminação pública.
Mais interessante ainda foi descobrirmos que a acentuada diurese apresentada pelos visitados também pode ser fruto de um estímulo eletromagnético. Segundo o doutor Norberto Arias, titular da cátedra de histologia [Estudo dos tecidos biológicos de animais e plantas, sua formação, estrutura e função] da Universidade de Buenos Aires, a região do cérebro que comanda a atividade sexual encontra-se no hipotálamo, muito perto da região que comanda a diurese. Portanto, se aplicada uma corrente elétrica em tal região, estimula-se uma descarga de urina.
Para nós está claro que os visitantes de dormitórios, que aparecem cercados por uma fosforescência esverdeada e atravessam paredes e janelas fechadas, utilizam-se de campos magnéticos para realizar diversos tipos de intervenções nas pessoas escolhidas — tais campos devem ser tão fortes que podem queimar instalações elétricas, aparelhos eletrônicos de qualquer espécie, tapetes e cortinas. Apesar de não conhecermos sua tecnologia nem suas intenções para conosco, há pesquisas científicas que nos aproximam muitíssimo do que podem estar utilizando, realizadas na área da neurociência.
Entendendo a neurociência
A neurociência é um novo setor do conhecimento, dedicado à pesquisa do cérebro, suas redes neurais e às conexões entre elas. Alguns de seus pesquisadores consideram nossas células como unidades eletromagnéticas vivas, o que significa dizer que os tecidos orgânicos respondem aos campos magnéticos que são produzidos por uma fonte elétrica. Lembremos que mesmo que desapareça a fonte elétrica, o campo magnético permanece por algum tempo. Pode-se atribuir a esse fato os defeitos elétricos ou apagões, a quebra nos aparelhos domésticos e também a influência dos protagonistas sobre os computadores, telefones celulares, alarmes, detectores e outros aparelhos sensíveis a campos magnéticos — a pessoa fica carregada, como uma fonte de estática.
O que nos mostra a neurociência, que ainda está em desenvolvimento, é que por meio da aplicação de um campo eletromagnético gerado por uma bobina, podem-se ativar certos neurônios no cérebro, produzindo movimentos involuntários no paciente. As primeiras pesquisas feitas com ratos, por meio da aplicação de eletrodos em seus cérebros, permitiram a mudança de conduta nos animais e levaram à aprendizagem rápida, além da observação dos padrões de enlaces neurais que se formam em cada caso. A neurociência também aponta para aplicação destes recursos nos seres humanos, com os mesmos efeitos.
Há também algumas pesquisas que apontam que mutações genéticas podem ser alcançadas, principalmente em fetos, por meio de agentes externos chamados mutagênicos. Um deles é justamente a exposição a campos magnéticos de características especiais. Atualmente temos uma grande poluição magnética na atmosfera, que enfrentamos pela primeira vez devido às torres de telefonia celular e aos grandes transformadores elétricos de alta tensão, sem conta
r as conexões wifi [Sem fios] de nossos computadores com a internet. Alguns desses campos são prejudiciais à nossa saúde, enquanto outros, até onde se saiba, não nos afetam imediatamente.
Altos quocientes de inteligência
Outro um ponto que nos chamou a atenção refere-se ao quociente intelectual QI dos visitados, que sempre é muito alto. No caso da família P [Nome omitido a pedidos], de quem ainda não falamos, a mãe, visitada junto com o marido e filhos, tem QI 280, elevadíssimo. É psicóloga com evidente preparo cultural, embora não tenha conseguido enquadrar seu caso dentro dos parâmetros que norteiam sua profissão. Seu filho mais velho, engenheiro com um QI 263, tem experiências desde criança. O pai da família também é engenheiro e seus outros dois filhos são profissionais, embora não saibamos o QI de nenhum deles.
No caso de Maria Teodora também encontramos peculiaridades. Trata-se de uma doutora em medicina que possui dons artísticos, sendo concertista de piano e pintora. Mesmo não conhecendo o QI de Maria, é evidente que ela tem uma excelente formação profissional e cultural. Ela também não conseguiu catalogar, mesmo sendo médica, suas experiências com os visitantes. No caso da família Franco, de quem já falamos, conhecemos o QI das filhas, sendo de mais de 140 em ambas. Gostaríamos de lembrar que o QI de uma pessoa normal varia entre 90 e 109.
Considerando-se que por meio de campos magnéticos se podem melhorar o rendimento na aprendizagem de ratos de laboratório, conforme nos mostram os neurocientistas, o que poderiam fazer os alienígenas nos humanos que escolhem em relação a isso? Lembremos também que os casos de visitantes de dormitórios acontecem por várias gerações em uma mesma família, ou seja, são experiências de longo prazo. Podemos deduzir que, quando escolhem um indivíduo, começam a transformá-lo e à sua família, por meio de manipulação genética, para alguma finalidade em especial.
Novamente o caso Mary
Durante os primeiros dez dias de março de 2009 foram registrados na residência de Mary efeitos eletromagnéticos em luzes e computadores e houve drenagem da bateria do automóvel, parado dentro da garagem. Quando verificadas, todas as instalações elétricas foram encontradas em perfeita ordem, e mesmo assim um computador desligado explodiu. Na sexta-feira, 24 de julho de 2009, por volta das 21h30, houve um apagão na residência — as quatro pessoas da família ficaram alteradas a partir daquele momento, sentindo-se todos muito ansiosos, com grande esgotamento físico.
Mary teve alterações em seu sistema digestivo e apareceram rea