Nota do Editor — Na primeira parte deste texto, apresentada na edição anterior, vimos como se processam as chamadas visitas de dormitório, situações em que pessoas recebem a intervenção de seres extraterrestres enquanto dormem. Os autores mostram que os casos são mais numerosos do que imaginamos e podem ter ocorrido a milhares, senão milhões, de vítimas sem que elas saibam. É possível até mesmo que esta modalidade de abdução seja mais frequente do que as “convencionais”, quando as pessoas são levadas para bordo de naves — o que exige muito mais esforço e infraestrutura por parte de nossos abdutores, contra a relativa facilidade que é fazer isso nos quartos de seus escolhidos. A primeira parte deste texto também mostrou alguns casos investigados pelos autores e suas consequências nas condições físicas e metabólicas dos que passaram por tais experiências.
Para podermos entender o que está acontecendo nesse momento do Fenômeno UFO, não apenas em termos de avistamentos, mas especificamente em relação às abduções e visitas de dormitórios, levamos em conta os relatos encontrados em crônicas antigas que fazem referência a estranhos objetos vistos no céu. Nossa maneira de estudar a fenomenologia ufológica e de realizar esta pesquisa foi sempre a de ter acesso direto às testemunhas e ao local dos fatos. Porém, a mesma trilha investigativa nos levou a considerar relatos históricos, nos quais pudéssemos basear as teorias que estamos pesquisando.
Todos os pesquisadores do assunto conhecem, por exemplo, a experiência do profeta Ezequiel e sua visão bíblica de um “carro de fogo”, no qual se assentava a “glória de Deus”. Ezequiel fez uma interessante descrição de “quatro criaturas com quatro rodas, quatro olhos e quatro asas” e pés que acabavam em garras. O profeta vê chegar esse aparelho em uma nuvem, durante um vento muito forte, e várias vezes diz que o vento impulsionava os seres viventes, o que lembra o campo magnético que se estabelece ao redor dos discos voadores. E o que falar da figura sentada ao trono visto por Ezequiel? Ele diz que era de aparência humana, o que indica que tinha forma humanoide típica. Sua descrição do brilho ao redor do tal ser, “que era como fogo e similar ao arco-íris”, coincide com muitos relatos de abduzidos e visitados.
Com respeito à nuvem e ao fogo que rodeavam a nave, Ezequiel não é a única fonte bíblica sobre o assunto. Em Êxodo lê-se que “partiram de Sukkot e acamparam em Etam, na borda do deserto. Yaveh ia à frente deles, de dia em uma coluna de nuvem, para guiá-los pelo caminho. E à noite em uma coluna de fogo, para iluminar, afim de que pudessem caminhar de dia e de noite. A coluna de nuvem não se afastava da frente do povo durante o dia, nem a coluna de fogo à noite”. Outro relato bíblico é o do profeta Elias, que, caminhando à beira do Rio Jordão tem, em conjunto com outro andarilho, uma visão de um “carro de fogo”. Nesse caso, do artefato desce um torvelinho que levanta Elias, que nunca mais foi visto — segundo nossa compreensão, ele foi abduzido.
Mas o que tem isso a ver com as visitas de dormitório? Veremos adiante um paralelo. Antes, porém, vamos examinar também alguns relatos muito interessantes nos livros sagrados da Índia que, logicamente, todos conhecem. Referimo-nos aos vimanas, naves que cruzavam os céus daquela época como nossos atuais discos voadores fazem hoje. No livro Ramayana há descrições muito vívidas desses “veículos dos deuses”, que, segundo as escrituras, funcionavam à base de mercúrio. Mas o que mais se destaca aqui são as crônicas baseadas em relatos antigos sobre gênios, demônios, íncubos, súcubos, fadas e duendes, que visitavam os que dormiam à noite, mantendo relações sexuais com eles e depois lhes roubando os bebês. Ao ver esses relatos e suas corroborações pelas autoridades religiosas de diferentes civilizações, desde o antigo Egito até a Idade Media, não podemos deixar de nos surpreender com a semelhança das descrições e vivências dos protagonistas das visitas atuais.
Ginn, criaturas extra-humanas
Em uma monografia de Rodolfo Gil Grimau, professor e diretor do Instituto Cervantes, de Madri, se fala na demonologia da cultura egípcia e árabe pré-islâmica. Diz o autor que há personagens chamados ginn, criaturas extra-humanas representadas às vezes como homens, às vezes como mulheres. Eram chamados de horríveis, bebedores de sangue e dissecadores de artérias. O Corão fala deles, tratando-os como seres criados por Deus que manteriam relações sexuais com os humanos. Podem se transformar, segundo a sua conveniência, em animais como serpentes, cachorros ou aves — são representados como procedentes do fogo e nos relatos fala-se deles como sendo tochas ou bolas de fogo itinerantes que depois se convertem em seres antropomorfos.
Ainda segundo a mitologia, esses seres possuíam poderes para voar, movimentar nuvens, mandar nas bestas selvagens, aumentar ou diminuir seu tamanho e transladar pessoas de um ponto ao outro em um piscar de olhos. Geralmente eram indiferentes ao que realizavam e diziam que sequestravam mulheres com as quais mantinham relações sexuais. Na obra As Mil e Uma Noites [Livraria Martins, 1958], são classificados como “macacos carecas, invisíveis ou com figura de homem, pessoas com os olhos no peito jorrando chamas e fumaça e atirando raios de fogo”. São ligados às doenças que sofrem as pessoas e os animais que os veem ou interagem com eles.
A palavra ginn, etimologicamente, se refere a um espírito de natureza oculta ou invisível. Por esse motivo, e também porque na Arábia pré-islâmica dizia-se que eram criaturas criadas por Deus antes do ser humano, eram-lhes oferecidos sacrifícios quando se construía uma casa. Nos mitos de Aleyan Ba’al e de Ugarit estão identificados com o fogo e o hálito. Criados a partir do fogo antes do homem, com uma forma que “é parecida ao vento na atmosfera”, conforme o texto, eram plenamente dotados de razão e livre arbítrio. O Corão ainda regia seus casamentos com humanos, o que era permitido, já que ficavam com homens ou mulheres indistintamente, tomando a forma do sexo que queriam. Quanto aos íncubos e súcubos, muito citados na Idade Média, são considerados descendentes dos nefilins ou anjos caídos. Eram demônios que, também com forma de macho ou fêmea, mantinham relações sexuais com suas vítimas, a quem violentavam durante o sono.
Através das paredes
Dizem as lendas que entravam nas habitações atravessando as paredes e que as pessoas atacadas podiam sentir o peso de seus corpos, às vezes sendo asfixiadas por eles. Atravessando as paredes? Começamos a ver aqui a relação desses seres, ainda que vistos no passado com fortes cores supersticiosas, com os protagonistas das visitas de dormitório de
hoje. Em outros casos, as vítimas tinham lembranças de sonhos, mas encontravam a realidade ao ver sêmen e sangue nos lençóis ou ao sentir dores na região genital. Muitas mulheres visitadas por um íncubo declaravam que o sêmen dos tais seres era frio como o gelo.
Os cronistas descrevem que as mulheres visitadas abandonavam, ou eram abandonadas, por seus esposos devido à frequência das invasões em seus dormitórios. As gravidezes que provocavam, não chegavam a termo e os fetos estavam mortos ou com deformidades semelhantes a animais, com características humanas. As vitimas também declaravam que perdiam as forças, levantando débeis, já que os demônios se alimentavam de suas energias. Nas crônicas, se diz que aos íncubos não interessava se as mulheres eram bonitas, feias, jovens, velhas, casadas, grávidas, solteiras ou viúvas — eles as assaltavam sexualmente da mesma forma e roubavam sua energia vital.
Os súcubos, que eram os demônios femininos que atacavam os homens, os excitavam nos sonhos para poder extrair-lhes o sêmen e também alimentar-se de sua energia, deixando-os sem vigor. Algumas crônicas da Idade Média dão descrições desses demônios. Para alguns, apareciam como seres de extrema beleza, mas outros os descrevem como horrorosos, com chifres, rabo e dentes afiados. Um pensamento comum naquela época era o de que esses seres demoníacos podiam tomar a forma masculina ou feminina. Quando se transformavam em súcubos, roubavam o sêmen dos homens para logo depois se converterem em íncubos e copularem com as mulheres, engravidando-as com o esperma de suas vítimas masculinas. Muitas vezes, além de roubar material genético, o íncubo aspirava a energia da pessoa durante a relação sexual, o que, ao longo do tempo, provocava a morte da vítima.
Epístola papal
Encontramos na edição de 26 de fevereiro de 2004 do jornal argentino Página 12 uma interessante matéria do jornalista Leonardo Moledo sobre um relato de São Bernardo de Claraval a respeito de um fato acontecido no ano de 1150. Diz Claraval que, chegando a Nantes, uma mulher foi consultá-lo dizendo que havia sido violentada por um íncubo diversas vezes — o demônio tinha se enfiado em sua cama e havia obtido prazer dela sem que o seu marido acordasse. A mulher havia ocultado por seis anos sua vergonha, mas ao final quis confessar, desesperada, o que estava acontecendo. O sacerdote recomendou penitências e peregrinações, mas foi inútil, pois o íncubo voltava. As visitas continuaram a acontecer até que São Bernardo entregou seu hábito à mulher, para que o levasse com ela para cama. Aparentemente, isso deu o resultado esperado, já que o demônio não pôde mais entrar no dormitório, insultando sua vítima da porta do quarto, avisando que voltaria quando o santo fosse embora.
Se estes casos medievais são muito semelhantes às modernas visitas de dormitório, o que mais nos chamou a atenção nesta pesquisa histórica foi, entretanto, uma epístola do papa Inocêncio VIII. O texto desencadeou uma brutal caça às bruxas através da Inquisição e muitas pessoas inocentes foram torturadas e queimadas vivas em nome da infâmia que a epístola denunciava. Entretanto, mesmo compreendendo o horror de tal período, não podemos deixar de levar em conta as referências que o papa expôs em seus escritos com respeito ao que esses encontros provocavam nos seres humanos, animais, campos e colheitas. Escreve Inocêncio VIII:
“Recentemente tem chegado até nosso conhecimento, não sem que tenhamos passado por uma grande dor, que em algumas partes da Alta Alemanha e em suas províncias, vales, territórios, localidades e dioceses, certo número de pessoas de um e outro sexo, que esqueceram sua própria salvação e se apartaram da fé católica, se entregam ao varão do diabo e às fêmeas, os demônios íncubos e súcubos e seus encantos. Feitiços, conjuros, sortilégios, crimes e atos infames, destroem e matam o fruto no ventre das mulheres, gado e outros animais de espécies diferentes. Destroem colheitas, vides, hortas, pradarias e pastagens, os trigais, os grãos e outras plantas e legumes da terra. Afligem e atormentam com dores e males atrozes, tanto internos como externos, esses mesmos homens, mulheres, animais e rebanhos, e impedem que os homens possam engendrar, que as mulheres possam conceber e que os maridos cumpram com o seu dever conjugal com suas esposas”.
Comparando os casos
Na comparação desses fatos com os dados obtidos nas crônicas daqueles que conhecemos em nossas pesquisas, encontramos a intromissão de seres em dormitórios e lugares fechados, atravessando barreiras como paredes e janelas. Também há coincidências no que se refere à luminosidade dos intrusos, que podem aparecer como bolas luminosas ou de fogo, para logo depois tomarem a forma antropomórfica mais característica — a luminosidade aparece nos relatos como raios de fogo emitidos pela criatura. Podemos incluir em nossas comparações o detalhe dos olhos, como no caso dos ginn. É interessante a descrição de macacos carecas, que se faz no ensaio de Gil Grimau, posto que em todos os casos de visitantes de dormitório os seres aparecem sem roupas e sem nenhum vestígio de pelo em seu corpo. O fato de serem chamados de macacos também indicaria sua baixa estatura.
Tanto nos episódios dos gênios do antigo Egito e da Arábia pré-islâmica como nos casos de demônios femininos ou masculinos da Idade Média, se fala em relações sexuais com os humanos e até em casamentos, como é o caso do Corão que os regia. Esse tópico está acima de qualquer dúvida, já que as crônicas enfatizam que esses seres procuravam um vínculo específico com os humanos. Nas escrituras bíblicas, logicamente, também se fala dos filhos de Deus que tiveram filhos com as filhas dos homens.
Os súcubos atacavam os homens e os excitavam nos sonhos para poder extrair-lhes o sêmen e também alimentar-se de sua energia. Algumas crônicas da Idade Média dizem que eram seres de extrema beleza, mas outras os descrevem como horrorosos
Outras comparações não menos importantes são as descrições que comentam a invisibilidade dos seres. Interpretando os acontecimentos, podemos concluir que, perante as testemunhas, os visitantes se faziam invisíveis logo após terem algum contato. É chamativa a passagem sobre os ginn, descrevendo que são como o vento na a
tmosfera. Isso nos diz que são presenças que se anunciam pelo movimento, sendo invisíveis em um momento e aparecendo como os homens em outro.
Também não podemos deixar de comparar os relatos bíblicos e medievais com os casos atuais em que as testemunhas se lembram de ver em seu quarto o que lhes parece uma coruja, um cão, um veado ou um cavalo, após os quais aparecem cicatrizes e manchas de sangue nos lençóis. Os ginn eram chamados de “bebedores de sangue e dissecadores de artérias”. Isso também resulta muito sugestivo, pois chama atenção a respeito das manchas de sangue nos leitos e na extrema debilidade das vítimas. É evidente que os cronistas da época não estavam alheios ao estresse que as visitas provocavam nos abduzidos. A constatação mais interessante, no entanto, é a extrema fraqueza apresentada pelas vítimas, que pode provocar até sua parada cardíaca. Isso é o que acabamos descobrindo por meio da inibição do Ciclo de Krebs, o que era desconhecido na época das crônicas, logicamente. Outro dado que reafirma que as abduções vêm acontecendo desde eras remotas é o das gravidezes das mulheres vítimas destas criaturas. Dizem os relatos que os fetos nasciam sem chegar a termo, o que comprovamos em muitos de nossos casos atuais de visitas de dormitório e abduções convencionais.
Inseminações e abortos
As crônicas dizem que os bebês nasciam mortos. Na pesquisa que fizemos agora, o aborto ocorre da noite para o dia, sem que apareça o feto — em alguns casos, a placenta fica no útero e em outras oportunidades ela simplesmente desaparece. Com respeito aos nascimentos prematuros e com deformidades, não encontramos nenhum caso assim em nossas investigações. É provável que ao longo do tempo os invasores tenham melhorado suas técnicas para a produção de seres híbridos ou para obterem o que precisam na gestação interrompida. Outro fato a respeito do polêmico assunto das gravidezes trata do momento da inseminação. Nos relatos relacionados com íncubos, se diz que o sêmen do demônio era frio como o gelo. Hoje podemos entender que a sensação de gelado venha do instrumento que se utiliza para o procedimento, assim como a maca na qual é colocada a mulher.
Nos casos em que os protagonistas eram atacados pelo demônio súcubo, dizia-se que a ejaculação era rápida e sem prazer. Isso corrobora o que podemos entender sobre o procedimento tecnológico de extração de sêmen, feito de maneira automática. Tivemos acesso a um caso no qual a pessoa se lembrava de que em suas abduções uma bela mulher mantinha relações sexuais com ele. Quando fez uma regressão para recuperar as lembranças, a fêmea se transformou em um instrumental sofisticado, estando o protagonista em uma espécie de sala de cirurgia com seres baixos e cinzas ao seu redor.
O fato de que o demônio podia se apresentar em corpo de homem ou de mulher para assaltar as vítimas, utilizando o sêmen do homem com quem se deitava como súcubo para fecundar a mulher com a qual mantinha relações como íncubo, também tem seu equivalente moderno. Em nossos casos, a observação por parte dos visitados sobre o corpo do alienígena dá conta que os seres não apresentam nenhum atributo físico que os diferencie como masculinos ou femininos. Em muitos de nossos casos investigados [Vide edição anterior], os visitados sabem que é um ser masculino ou feminino que está à sua frente, principalmente porque a entidade lhe é conhecida desde sua infância, de suas incursões anteriores — pois tanto as abduções alienígenas ditas convencionais quanto as visitas de dormitório parecem acompanhar as pessoas por toda sua vida.
Comparações com a epístola papal
Vejamos agora, mais detidamente, o expressado pelo papa Inocêncio VIII em sua epístola. Ele nos fala de localidades e territórios na então Alta Alemanha onde aconteciam casos de visitas demoníacas. Esse fato é algo que existe desde sempre, e quando começamos a estudar mais profundamente os casos de visitante de dormitório, comprovamos que se concentram em determinadas regiões, onde agem os alienígenas, antes e agora. Referimo-nos a certas áreas da capital argentina, Buenos Aires, onde concentramos nossos trabalhos investigativos e conhecemos os experienciadores das circunstâncias aqui descritas, especificamente a Villa Devoto e a Zona Norte.
Inocêncio VIII nos fala dos horrores que os demônios provocavam nos humanos, como, por exemplo, destruir e matar o fruto do ventre das mulheres. Mas adiciona também observações sobre o gado e outras espécies de animais. É muito sugestivo seu discurso nesse ponto, pois sabemos que há muitas ocorrências de mutilações de gado, assim como de outras espécies de animais — como cachorros, cavalos, ovelhas, porcos e aves de granja — em diferentes partes do planeta. O pontífice nos informa, ainda, que os demônios destruíam plantações, o trigo, legumes, campos, vides e pradarias. Inocêncio VIII não nos diz de que forma apareceram destruídos os campos, mas isso é muito interessante, já que os visitantes dos tempos modernos deixam nos gramados marcas de queimado, além de plantas e árvores ressecadas. Logicamente, não podemos deixar de falar dos círculos nas plantações, os agroglifos, e dos ninhos de UFOs, locais de pouso de naves.
O papa ainda adiciona que os demônios atormentavam e afligiam com dores externas e internas as suas vítimas, o mesmo que estamos discutindo nos atuais casos pesquisados. Inocêncio VIII também se refere à situação de integridade psíquica dos protagonistas, o que lhes impedia, devido à gravidade de suas vivências, de manter seus matrimônios em total harmonia. Acreditamos que é inegável a repetição desse fenômeno ao longo dos séculos, talvez até com mais assiduidade do que supomos, posto que nem todos os protagonistas estivessem conscientes das abduções que sofriam.
Os extraterrestres devem precisar de alguns elementos de nossa composição biológica, mas é evidente que, para não
destruir seus doadores, devem alterar lentamente alguns genes. Esse processo não é algo que se possa levar a cabo em apenas algumas décadas, dada a sua complexidade e sofisticação. Portanto, se escolhermos estudar o fenômeno pela ótica da modificação genética, os milênios de experiências fazem total sentido.
Levantando hipóteses
Analisando com cuidado tudo o que foi exposto, fica claro que, pelos sintomas e sinais que apresentam, há a indução de uma mudança no metabolismo dos visitados que desativa a respiração celular e, como consequência, a transferência de elétrons. Diante disso, as células e o DNA mitocondrial não se oxidam nem emitem radicais livres, que são tóxicos e envelhecem o organismo. Já vimos que tal inibição produz no DNA mitocondrial mudanças que levam a diversas doenças passadas da mãe para os herdeiros. Segundo dados extraídos de fontes científicas, esse tipo de inibição do ciclo vital da célula costuma ser irreversível, salvo se com aplicações específicas, como é o caso da glutação, que deve ser feita de forma artificial. Também levamos em conta que muitos dos inibidores do Ciclo de Krebs, tanto químicos como radiantes, são letais. Tudo isso foi discutido anteriormente [Vide edição anterior].
Para emitir algumas conclusões sobre o material pesquisado, devemos levar em conta que a inibição do Ciclo de Krebs não resulta na morte do protagonista, mas seu ritmo cardíaco é recuperado em pouco tempo e a quantidade de glóbulos vermelhos e brancos em seu sangue se recupera naturalmente. Da mesma forma é recuperada a dosagem de minerais no organismo do paciente e sua energia vital volta ao normal em pouco tempo. Precisamos notar que a inibição do ciclo de respiração celular produz mutações no DNA mitocondrial e que isso não resultou em qualquer patologia permanente nas pessoas pesquisadas ou em seus filhos.
Compatibilidade genética
As hipóteses que surgem a partir dessas constatações são muitas. Em primeiro lugar, a mutação genética no DNA mitocondrial, o que pode tornar parentes uma grande quantidade de indivíduos. Poderíamos concluir que é induzida uma mutação específica nos abduzidos, extraindo-se esse material genético de imediato, para logo depois reverter o processo para proteger os doadores — os cientistas dizem que nem todas as mutações encontradas podem ser consideradas patogênicas.
A ausência de oxigênio nesse momento pode ser a chave. Sabemos que, apesar de ser o ar que respiramos, alguns componentes de tal substância, em qualquer uma de suas formas, são altamente tóxicos. Talvez muito mais para nossos visitantes extraterrestres do que para nós. É possível, também, que precisem mudar o spin [Giro] dos átomos manipulados no processo, segundo requeiram seus experimentos, além de impedirem que determinadas substâncias passem através das membranas celulares, quando desaparece a grade eletroquímica.
O material genético mutante pode ser a base para se criar uma entidade híbrida entre a nossa raça e as deles. Após pesquisar tantos casos nos quais as mulheres abduzidas perdem os bebês, pelo menos para estes autores, não restam dúvidas do que se concluiu
O fato de retirarem nosso DNA pode nos indicar que temos compatibilidade com essas raças de entidades biológicas extraterrestres que fazem tais experimentos — é possível que essas circunstâncias com mutações e extrações de material sejam vitais para sua continuidade como espécie. Eles podem ter se desenvolvido, como nós, a partir de organismos muito parecidos com nossas bactérias, levando-se em conta que o DNA mitocondrial humano e o das bactérias terrestres são muito parecidos. Sem nos esquecermos de que as mitocôndrias são as que emitem sinais às células para sua especificação, crescimento e morte.
O material genético mutante pode ser a base para se criar uma entidade híbrida entre a nossa raça e as deles. Após pesquisar tantos casos nos quais as mulheres abduzidas perdem os bebês, pelo menos para estes autores, não ficam dúvidas do que concluímos. Como também não restam dúvidas de que eles preparam essas futuras mães, geração após geração, para que nos primeiros meses aceitem os embriões que lhes são implantados, até que os mesmos sejam removidos. Isso pode significar que os fetos não poderiam resistir por mais tempo dentro do ventre de suas mães, ou, quem sabe, que os fetos híbridos necessitem de apenas três meses para sua gestação total e não dos nove de que precisam os bebês humanos.
Outros casos considerados
Encontramos perdas gestacionais em todos os episódios pesquisados até o momento. Como o de Hebe, que durante sua idade fértil perdeu diversas gestações entre sua primeira e segunda filha. Ou Jimena, que abortou três vezes sem deixar rastros do feto nem da placenta, apenas sangue nos lençóis, também entre o nascimento das suas duas filhas. Esse é um caso particularmente interessante, já que Jimena tem sangue do tipo A com fator RH negativo e seu marido tem sangue do grupo A com fator RH positivo. Sua filha mais velha tem sangue do grupo O com fator RH positivo, mas sua segunda filha não apresentou os problemas que costumam ter os embriões com sangue RH positivo, quando a mãe é RH negativo.
Pesquisamos também um caso em Governador Ugarte, na Província de Buenos Aires, no qual o casal e seus filhos foram protagonistas de contatos imediatos de primeiro, segundo e terceiro graus com visitantes de dormitório, assim como presenciaram manifestações de seres em plena luz do dia — quando entrevistamos a mulher, ela nos contou sobre a perda da gravidez um dia após ter visto um desses seres. Também no seu caso nada ficou para ser removido do seu ventre e ela estava com três meses de gestação.
No caso dos Franco, falamos da perda sofrida pela nora de Damián, mas nessa família também aconteceram outros fenômenos insólitos. Logo após dar à luz a sua segunda filha, essa mesma mulher engravidou novamente. Mas foi uma gravidez estranha, já que, ao fazer a primeira ultrassonografia, os médicos que a atenderam encontraram o útero dividido — o chamado de útero bicorno — e contendo dois fetos em diferentes estados de gestação. Aparentemente, um estava mais avançado do que o outro. Na ultrassonografia podia-se observar claramente uma divisão no útero, com um embrião formado em um dos lados e uma massa disforme do outro. Ela deu à luz a uma menina totalmente saudável, tendo-se normalizado também o útero. Já a divisão e o outro embrião desapareceram.
Na mesma família, uma das sobrinhas perdeu um bebê aos três meses de gestação com as mesmas características, ou seja, sem que se encontrasse feto ou placenta. Ela lembra-se perfeitamente bem de ver uma entidade aos pés de sua cama em diversas ocasiões, desde os 10 anos de idade. Coincidência que também ela relate tal avistamento, como tantas outras vítimas dos tempos bíblicos, medievais e atuais? Certamente, não. Hoje, sua pequena filha de apenas cinco anos de idade também lhe conta sobre ter visitantes noturnos de seres pequeninos em seu quarto.
Não podemos deixar de citar Mary, que, logo após dar à luz a sua filha, teve confirmada, por meio de análises, uma gravidez que para os médicos era muito recente. Mary, porém, afirma que sua barriga representava quatro meses de gravidez. Ela se dispôs a se submeter a uma ultrassonografia e exatamente no momento do exame apresentou uma forte hemorragia, deitada na maca do médico. Imediatamente foi realizado um exame intrauterino, mas nada foi encontrado — não havia mais feto ali, placenta ou saco embrionário. A moça comentou a consternação dos médicos que a atendiam, tentando tranquilizá-la,
mas demonstrando nada entender.
Uma nova espécie
Esses fetos que não chegam a bom termo, ou seja, que não nascem sadios, poderiam ser utilizados pelas entidades que os extraem como material genético para células-mãe, para transplante de órgãos ou para qualquer outra finalidade, até mesmo lhes permitir um desenvolvimento completo fora do ventre materno, para se converter em uma criatura híbrida. Quem sabe poderia tal desenvolvimento permitir a criação de uma nova espécie, que adquiriria as características de suas duas progenitoras para sobreviver em um meio ambiente que não o nosso e nem o deles?
Voltamos a repetir que essas são apenas hipóteses que surgem através da pesquisa. Mas, tomando-se a generalidade do Fenômeno UFO e sua história, que em épocas passadas já provocou mortes por encontros com alienígenas e suas naves, percebe-se que o fenômeno mudou, tendo-se a impressão de que os intrusos passaram a proteger os abduzidos. Os encontros se repetem com as mesmas pessoas, que agora têm uma rápida recuperação, evidentemente porque os visitantes precisam delas.
Quem sabe o desenvolvimento de crianças híbridas poderia permitir a geração de uma nova espécie, que adquiriria as características de suas duas progenitoras para sobreviver em um meio ambiente que não o nosso e nem o de nossos visitantes?
É provável que, mediante tentativas e erros, os extraterrestres venham realizando suas experiências genéticas há milênios e que durante esse tempo tenham encontrado um equilíbrio. O fato de que a maioria dos abduzidos tem sangue do tipo O com fator RH positivo também é chamativo. A explicação mais simples é ser esse tipo sanguíneo considerado como doador universal, ou seja, qualquer pessoa pode recebê-lo desde que possua o mesmo fator RH. Poderíamos deduzir que uma vez realizada a mutação em um indivíduo O+, esta seria inoculada em outras pessoas de diferentes tipos sanguíneos, respeitando-se o fator para continuar o processo. Segundo nosso assessor de medicina, o sangue do grupo O é, também, o mais fácil de ser contaminado.
Como curiosidade adicional e para finalizar este trabalho, se pegarmos um mapa da região onde aconteceram os fatos e traçarmos uma linha que una os dois casos, juntamente com o episódio da citada família composta de um casal e mais três filhos que foram protagonistas e testemunhas conscientes destas visitas, o resultado é uma linha quase reta. Seria apenas coincidência?