O Caso Icaraí fora tão surpreendente para um dia de Natal que foi preciso examiná-lo melhor. De início, em razão dessa importante data, parecia um alarme falso, dado por alguém querendo insinuar uma suposta “volta de Jesus”. Mas bastou averiguar um pouco para concluir-se que não era uma fraude nem tampouco uma insinuação religiosa. Os UFOs realmente tinham feito uma revoada. A Praia de Icaraí, situada dentro da Baía de Guanabara, costuma ser palco das maiores festividades da cidade de Niterói. De lá avistamos as mais famosas praias do Rio de Janeiro, vislumbra-se também as magníficas elevações da Pedra do Índio, Pão de Açúcar e Corcovado, onde está o Cristo Redentor. Seu movimentado calçadão é local de passeio obrigatório para turistas, moradores e jovens em busca de outros olhares.
Quando soube do caso, logo entrei em contato com a testemunha principal, Luiz Ricardo Mello, procurando saber dele se alguém havia tirado fotos ou filmado os UFOs e se poderia descrever-me os acontecimentos. As informações iniciais davam conta de uma verdadeira revoada na noite de 25 de dezembro de 2006. E poucas horas depois, exatamente às 00h36 da manhã, Mello deu o alarme na internet, contando um pouco dos fatos. Segundo ele, naquela noite, por volta das 21h00, avistou junto com sua família dezenas de objetos sobre o céu de Niterói. Alguns de cor vermelha, emitindo luzes brancas, como flashes, e fazendo movimentos circulares. Ao final, uma espécie de sonda ficou quase 10 minutos parada em frente à Praia de Icaraí, não muito alta, emitindo uma luz branca e piscando intermitente. “Todos presenciamos algo jamais visto. É difícil até começar a descrever. Foi fantástico! Fico no aguardo de outros relatos”, finalizou esperançoso.
As primeiras informações — É importante lembrar que a primeira coisa que veio à cabeça da testemunha, numa noite de Natal passada com a família, foi compartilhar o avistamento com as pessoas da lista de Ufologia da qual participa. Não teve dúvida, veiculou a notícia apenas três horas após o ocorrido, na esperança de que alguém, assim como ele e a família, pudesse também ter visto o insólito. Por certo, um relato assim gera muitos comentários e enseja consultas. A conversa correu solta durante as primeiras horas da manhã e o dia seguinte inteiro. As primeiras informações não demoraram a chegar. De modo geral, os consultados declaravam não terem visto nada. Contudo, a falta de corroboração visual num evento ufológico não é fato incomum. Afinal, geralmente não são as multidões que relatam os avistamentos, mas apenas algumas pessoas, aquelas que estavam no local e de olho no lugar certo do céu quando o insólito sobreveio. Os UFOs de Icaraí davam indícios de algo semelhante.
O ufólogo Paulo Poian tentou obter mais informações, mais algum detalhe que pudesse esclarecer melhor os fatos. Ao mesmo tempo, solicitou aos seus contatos no Rio de Janeiro alguma notícia veiculada nos meios de comunicação como rádio, televisão etc, que pudesse confirmar o avistamento. Considerou que um evento de tal proporção, no horário informado, deveria ter sido observado por mais testemunhas. Sendo assim, preferiu, com prudência, aguardar outras informações.
Ainda em 26 de dezembro, Jacques Arongaus, de New Brunswick, Canadá, pedia a Mello mais detalhes sobre o ocorrido, obtendo o seguinte relato: “Jacques, o avistamento foi feito da janela do apartamento, com vista para a Baía de Guanabara. Toda a minha família viu o objeto sobre o mar, a tal sonda, e os demais objetos sobre um morro nas proximidades. A sensação geral foi de que algo fora do normal estava acontecendo, devido à quantidade e a pequena distância dos objetos”. Descreveu ainda que eles tinham cor vermelha, semelhantes a uma estrela. Faziam movimentos circulares e horizontais, emitindo flashes de luz branca. O mais impressionante foi o último, sobre o mar, cerca de uns 300 m de altitude. Emitia uma luz vermelha, com flashes em luz branca, piscando rápido, transmitindo a sensação de que os moradores da Praia de Icaraí ou mesmo quem estivesse no calçadão poderia ver tudo, em razão da proximidade. “Infelizmente, a posição do apartamento não nos permite ver o calçadão. Liguei a TV, procurando algum tipo de noticiário, mas nada… Usando um binóculo, meu filho chegou a comentar que parecia uma nave do tipo Star Wars. Não a vi saindo de alguma nave-mãe. Quando percebi, já estava no céu, piscando forte, estacionária. Asseguro que não era qualquer tipo de aeronave terrestre”.
Foi em meio a esse clima que Mello contou-me que ao retornar à Brasília, onde reside, soube que seu filho filmara o objeto parado acima do mar naquela noite. O vídeo não estava com resolução boa, pois fora feito com a câmera do celular. Mas dava para ter uma idéia do que fora relatado. E assim ficou de me encaminhar o arquivo com a filmagem, o que foi feito em seguida. Em razão de os ufólogos do Canadá também terem interesse no filme, encaminhei as imagens para apreciação dos colegas da Equipe UFO, para perícia e considerações, dispondo as imagens para conhecimento público. A comunidade ufológica aguardava isso com muito interesse. O filme de dois minutos e trinta e um segundos foi disponibilizado no site da Revista UFO [ufo.com.br].
Um vôo ondulatório tipo carrossel — Em 03 de janeiro de 2007, após receber o relato da ufóloga Elaine Villela, consultora da Revista UFO, dando conta de um avistamento a partir de seu apartamento na Praia de Icaraí, remeti essa informação ao Mello, dizendo-lhe que o evento se passara a 04 dezembro de 2006, 20 dias antes de seu avistamento. No comunicado, Elaine contava que o céu estava claro, com Lua e tudo mais. Disse ainda que antes do problema atual com os radares e controladores de vôo, ela já tinha notado que os aviões estavam com suas rotas um tanto descontroladas. Apesar de leiga no assunto, diz conhecer o tráfego aéreo da região, dos aviões do Aeroporto de Santos Dumont e alguns provenientes do Aeroporto Internacional Tom Jobim, do Rio de Janeiro (Galeão), cortando a Baía de Guanabara, por ter um posto de observação privilegiado em sua janela.
“Hoje, ao chegar à janela, levei um susto! Um avião se aproximava quando uma luz emitiu dois flashes próximos a ele”, relatou sobre o ocorrido daquela noite. Pensou que fosse outro avião na mesma rota. No entanto, a luz desapareceu. Com certeza, o piloto também deve ter levado um grande susto. Logo em seguida, viu um objeto em alta velocidade, com uma luz não tão intensa, percorrendo o traçado do Gigante de Pedra à baixa altitude, e passando pelo Aeroporto Santos Dumont, onde, na hora, uma aeronave levantava vôo, quase junto com o objeto.
Ele tinha um vôo ondulatório, tipo carrossel. Passou pelo Corcovado, pelo Pão de Açúcar e desapareceu. Mais tarde, entre o Pão de Açúcar e a Fortaleza de Santa Cruz, surgiu uma luz branca, lenta, que mudou para vermelho e emitiu algo parecido a um foco de luz, muito tênue, projetado ao mar. “Chamei meu marido, ele ainda viu quando o objeto mudou de cor novamente, agora para verde, e em altíssima velocidade seguiu um trajeto retilíneo, fugindo do nosso foco. Creio que não poderia ser helicóptero, pois a velocidade que tomou depois seria a de um jatinho”, contou a ufóloga. Mas, como o jato não fica parado sobre o mar, descartou essa possibilidade. Logo após isso, alguns helicópteros foram em direção à Fortaleza, o que também que não é muito freqüente àquela hora da noite. E mais luzes em flashes espocaram no céu, em intervalos e locais diferentes, não eram fogos de artifício, nem tinha qualquer balão. Depois, a mesma luz passou em vôo. Numa questão de segundos, apagou-se por completo. Esse fenômeno de flashes estava muito freqüente por ali. Naquela noite, sem dúvida, o céu tinha algo mais que aviões, satélites e helicópteros.
“Olhei novamente pela janela. Como o céu estava claro, deu para ver o surgimento de uma nuvem, uma névoa, tipo aquela deixada pelos jatos”, ainda em relato. Só que, novamente, estava entre o Pão de Açúcar e a Fortaleza, onde aparecera o objeto que mudava de cor, fazendo flashes esporádicos. “Agora parecia um foco de holofote, de tão branquinho e reto que era, passando por cima do meu edifício. Tirei fotos, mas como a câmera é digital, não deu para ver nada”, disse. Elaine contou que, uns quatro meses antes, estivera vendo um filme na sala e olhara para o Cristo, onde havia uma luz intensa e brilhante sobre ele, que permanecera assim por uns cinco minutos, depois foi descendo até mais ou menos o meio do morro, quando começou a pipocar de um lado para outro, numa velocidade grande. “Não poderia ser helicóptero. Eu tinha uma testemunha comigo. Enfim, aquela noite foi produtiva”, concluiu satisfeita.
“Agora é 01h54. Há pouco fui chamada pelo meu marido, que foi fechar a janela e me mostrou um ‘objeto diferente’, que tinha forma de dois círculos laranja, um embaixo e outro em cima. A coisa estava parada e tirei fotos, mas a máquina não pôde captar. Se for balão, é diferente de todos os que já vi”, finalizou Elaine. Esses avistamentos foram no mesmo local em que a família Ricardo Mello registraria, 20 dias depois, o Caso Icaraí.
Uma análise aprofundada — Em 04 de janeiro, depois de Mello tomar conhecimento dos avistamentos de Elaine, o qual fora remetido por mim querendo saber de suas impressões. Ele, por sua vez, disse ter ficado impressionado com a semelhança dos casos: objetos emitindo flashes, luzes coloridas, movimentos etc. Outro detalhe destacado por ele, foi de que o filme que me enviou tem pouco mais de dois minutos, porém, aquele objeto ficara se exibindo por uns sete ou 8 minutos, os flashes que emitia eram muito mais intensos do que se vê no vídeo. Por vezes, descia ou caia desse objeto, na vertical, uma luz menor em direção ao mar. No momento da queda, o objeto maior apagava, depois os flashes voltavam novamente.
Mello é um homem no esplendor de sua idade adulta, seus 43 anos estão impregnados de experiência e muita disposição. Analista de sistemas trabalhando numa grande empresa estatal, seu raciocínio lógico é capaz de distinguir com nitidez o científico do místico. Ele sabia perfeitamente que mesmo solicitando à Equipe UFO uma análise do vídeo e de seus relatos, não pretendia com isso receber um certificado de ter visto um disco voador. Seu objetivo era de compartilhar a insólita experiência que tivera. Dotado de forte senso investigativo, tratou ele mesmo de extrair do vídeo 200 quadros de imagens congeladas, para melhor apreciação das cenas. Mas fez isso sem alterar o formato, cor ou qualquer outro aspecto da imagem. “O resultado foi simplesmente estarrecedor!”, disse ele. E completou: “Nitidamente se vê o objeto, por vezes em formato de esfera ou talvez módulo de nave, com as luzes laterais acendendo alternadamente. Mas não sou especialista no assunto, é apenas uma opinião. Aguardo suas considerações”. E de fato, examinando detidamente as 200 “fotos”, descarta-se como fato gerador qualquer fenômeno atmosférico. A tecnologia empregada é de alta sofisticação.
Os objetos tinham cor vermelha, semelhantes a uma estrela. Faziam movimentos circulares e horizontais, emitindo flashes brancos. O mais impressionante foi o último, sobre o mar, uns 300 m de altitude. Emitia uma luz vermelha com flashes brancos, piscando rápido e dando a sensação de que os moradores poderiam ver tudo
Num comunicado anterior, eu havia dito à testemunha para não esperar da Equipe UFO um parecer oficial certificando o avistamento como evento ufológico. Os membros do grupo têm tendências científicas, geralmente não são místicos, não aceitam nem acreditam em casos sem fundamento lógico. Em casos como o de Icaraí, a prova cabal não existe. A Equipe procura ler os relatos para saber se não há exagero, excesso de cientificismo ou fatores religiosos que possam alterar os fatos, procura saber se há outras testemunhas etc. Todos preferem ver o filme e entender primeiro se não se trata de algo forjado, de uma montagem eletrônica ou coisa do gênero. Os fatores atmosféricos e os engenhos de vôo terrestres também são considerados. Depois, quando tudo vai bem, concorda-se que não se trata de um fenômeno natural e que a tecnologia usada possui sofisticação, ou seja, trata-se de um objeto voador não identificado: UFO. Em suma, é um estudo calcado em fatos reais.
Posicionamento pessoal — Mello entendeu perfeitamente e externou seu modo de pensar, dizendo que respeita o posicionamento de cada um, seja científico ou místico, e que ainda, pessoalmente, se posiciona nem tanto ao céu nem tanto à terra. “Com certeza, não sou um louco, um desequilibrado ou um fanático à procura de ETs. Divulguei o que vi na lista da UFO por achar que pessoas preparadas estão interessadas em analisar os fatos junto comigo. Tenho em mim uma natureza investigativa, sempre tive interesse pelo assunto extraterrestre. Graças a Deus (olha o misticismo…), meu filho filmou o que todos nós vimos. E eu nem sabia que ele tinha filmado, fui saber quando cheguei a Brasília. Então, surpreso, fiquei contentíssimo!” Disse ainda não querer convencer ninguém. “Não tenho tempo, vontade e nem disposição para esse tipo de bobagem. Pode ser qualquer coisa, mas fraude, te asseguro que não é. Sou um homem sério!
Gostaria que a Equipe UFO formulasse uma tese para esse objeto voador. A coisa paira no ar, não emite som, faz flashes de luz, muda de formato, some, aparece… Coisa mais estranha!”, finalizou.
Sonda operando no local — Mello encerrou seu comunicado indagando o que eu havia achado das fotos. E não poderia me furtar de uma resposta objetiva. Quando leio os relatos de Elaine, feitos no início de dezembro de 2006, depois os relatos dele, três semanas após os dela e sem conhecê-los, quando junto a esses relatos as 200 fotos e o filme feito por seu filho, não tenho dúvida de que o avistamento no Icaraí fora de vários UFOs. O vídeo realizado fora apenas um detalhe dos avistamentos, mostra uma suposta sonda operando no local. A natureza terrestre e a nossa tecnologia não fazem aquilo nos céus. Mello sabe o que viu. E quem viu foi ele e sua família, não aqueles que, porventura, contestem seu avistamento e suas provas, que na verdade são boas.
Corroborando as minhas conclusões, recebi do engenheiro Claudeir Covo, co-editor da Revista UFO e investigador científico dos mais rigorosos e conceituados do Brasil, sua conclusão sobre o Caso Icaraí, redigida em 05 de janeiro de 2007, dizendo ter visto o vídeo diversas vezes e congelado alguns quadros. Disse que os dois minutos e meio de vídeo mostram uma luz parada e piscando o tempo todo, e em certos momentos a luz se expande, formando uma luminosidade diferente, com vários pontos luminosos ao redor do que está piscando. Conta também que analisou os 200 quadros que Mello congelou e que vários deles já havia visto antes [Congelando o filme]. Continua o relato afirmando ainda que pela observação feita com binóculo e pelo tipo de iluminação fica descartada a hipótese de avião, helicóptero ou dirigível, como também a de balão, por estar parado. “Pena que foi filmado com celular, que tem a resolução baixa. Até o presente, trata-se de algo não identificado”, finalizou.
O ufólogo e escritor Roberto Beck, conselheiro especial da Revista UFO, fez o seguinte comentário: “Recebi a matéria encaminhada. Simplesmente impressionante, apesar de ter sido filmado com o celular. Se ele também tivesse batido umas fotos, talvez pudesse melhorar a definição das imagens. Salvo melhor juízo, parece que existe algo mais além da bola de luz, que se destaca”. Cláudio Brasil, conceituado físico de universidade e consultor da Revista UFO, considerou que a melhor pessoa para descrever o tipo de nave em operação era o filho de Mello, que do posto de observação e de binóculo em punho, comentou que o objeto parecia com uma nave do tipo Star Wars. Essa definição da testemunha, que estava em condição favorável de fazê-la, é surpreendente! A visão ao binóculo era o que se tinha de melhor para definir o objeto.
Depois de ter vivido um episódio assim, é comum o observador ter inúmeras indagações. De onde eles vieram? O que estavam fazendo aqui? Por que não fazem contato direto? Essas perguntas, talvez um ufólogo espiritualista pudesse respondê-las. Mas a Equipe UFO, que procura fazer um exame apenas científico, na falta de provas conclusivas considera que tais questões não podem ser respondidas. Ninguém teria legitimidade para fazê-lo, senão o próprio alienígena. Hoje, as canalizações recebidas não são reconhecidas como provas científicas. Embora a lógica nos diga que possam ser muito evoluídos no aspecto moral, se considerarmos os relatos sob sono hipnótico de pessoas abduzidas, única prova científica que temos, podemos dizer que eles estavam fazendo observações importantes aos seus propósitos, os quais não parecem ser os nossos, nem tampouco benéficos a nós.
Comando inteligente — Várias testemunhas deram os seus relatos, cada qual à sua maneira de ver os fatos. Alexandre Berwanger, bancário e residente em Niterói, conta que quem viu o objeto pela primeira vez foi seu filho, Matheus M. Berwanger, de oito anos, chamando logo a família que estava reunida no apartamento de sua avó, mãe de Mello e de sua esposa, Luiza Cristina. “Após o alerta, fui o último a chegar. E só vi luzes alaranjadas e vermelhas ao longe, sem chegar a uma conclusão do que via. Meus parentes já estavam há alguns minutos admirando os objetos e dizem ter visto muito mais do que eu”, diz Berwanger.
Estranhas evoluções — Disse ainda que quando foram embora, passearam pela Praia de Icaraí. “Ela estava cheia, e ainda vimos os objetos, mas em direção contrária à da Baía de Guanabara, justamente para onde as pessoas olham, e não para o lado contrário, onde estavam os objetos agora”, contou. Vendo aquilo no ar, o bancário começou a dar crédito na versão de seus parentes. Apesar de os objetos estarem agora distantes, eles faziam evoluções estranhas, além de se apagarem e se iluminarem constantemente. Até aí, poderiam estar entrando atrás das nuvens e desaparecendo. Então um deles permaneceu em sua posição no alto, e o segundo alinhou com o terceiro, que ia mais alto. “A partir deste momento, comecei a achar que aquilo poderia ser UFO”, confessou. Berwanger observou ainda que a trajetória do segundo objeto, no instante anterior, não permitia alinhamento sem mudança de direção. Portanto, fazendo esse alinhamento no ar, aquilo não deveria ser um balão, tampouco parecia ser um movimento de avião, porque os dois outros continuaram subindo até sumirem, enquanto o terceiro permaneceu parado em sua posição. O movimento no alto tinha um comando inteligente, porque o tal objeto ficou estacionado enquanto os outros dois se alinharam sobre ele, de forma improvável para ele se não houvesse intenção.
Outro relato que tive foi o de Vanda, mulher de Mello. “A impressão inicial que tive foi de ver uma estrela gigante. Se estivesse na minha mão, ela teria o tamanho de uma bola de tênis”, detalhou sobre o objeto. Segundo a testemunha, primeiro surgiu essa estrela que fic
ou uns cinco minutos parada no alto, depois se moveu rápido em movimentos horizontais, para em seguida parar longe e ficar do tamanho de uma bolinha de gude. Posteriormente surgiram ao longe três estrelas menores, vermelhas, que ficaram paradas, como as Três Marias, de forma eqüidistante. Mas não permaneceram assim, se movimentaram entre elas, fazendo um triângulo eqüilátero. A da direita desceu, fez um meio círculo e subiu para se posicionar no ângulo acima da base do triângulo. A que estava no meio fez um semicírculo e passou a que se posicionara ao topo, formando mais à direita um novo triângulo eqüilátero. Foi um malabarismo no céu. Ficaram alguns minutos assim e sumiram na imensidão. Nesse tempo, surgiu para além da mata algo como três estrelas, também do tamanho de uma bola de tênis. Acendiam e apagavam na escuridão, fazendo movimentos horizontais. Depois, sumiram e não voltaram mais.
“Quando tudo se acalmou, nos recolhemos para os quartos. Esses objetos tinham surgido atrás do apartamento, perto da área de serviço, que dá vista para a mata. Quando estávamos no sofá, falando sobre tudo, meu marido alertou sobre um objeto se movimentando e com luzes piscando, mais à direita do prédio da reitoria da Universidade Federal (UFF)”, continuou Vanda. Ele se posicionou sobre o mar, entre as praias de Icaraí, Charitas e São Francisco, onde ficou parado, piscando intensamente as luzes branca, azul, amarela, e, como se estivesse jogando para fora, as luzes caiam em forma de flash, desaparecendo no ar.
Ainda no relato de Vanda, ela diz que naquele momento, entre um pulsar e outro, conseguiu ver que ao fundo, como se estivesse encoberto, uma forma avermelhada de algo como um foguete que se estendia à direita e à esquerda, mais precisamente na forma de um triângulo, e ficou ali parado por tempo significativo. Ela estava ao lado do filho, quando este se lembrou que tinha uma câmera no celular. E mesmo com a bateria fraca conseguiram filmar o episódio, única prova obtida por eles. “Não tínhamos no momento uma câmera de mais precisão. Mas o vídeo está aí. Não há como duvidar de que vimos isso”, disse.
Vanda diz ainda que tudo o que vira tratava-se de algo que não tinha como descrever. “Para mim o movimento deles era inteligente”, afirmou. Disse ainda que ao passarem, a altura e a distância deles eram como quando passa um avião e você consegue identificar que é mesmo um avião e não outra coisa. “Na hora, não sentimos medo, ficamos apenas alegres, felizes e de boca aberta com tudo o que estávamos vendo. Também não sentimos nenhuma reação corporal e nem percebemos mensagem telepática”. No final, aquilo desapareceu, não mais emitiu luzes. Assim como surgiu do nada, também sumiu no nada.
O objeto parecia estar blindado na sua aparência, como envolvido em uma espécie de manto, justamente para que não fosse reconhecida a sua forma. No entanto, entre um flash e outro, Vanda identificou a forma de um triângulo. “Depois disso, ficamos falando de tudo o que aconteceu. Fora algo jamais visto! Acredito que o nosso planeta é visitado por objetos que ainda não querem ser identificados. Mas algum dia, não muito distante, creio que teremos surpresas, agradáveis ou não”, finalizou a testemunha.
Nave de estranho formato — Allan, jovem de 17 anos, filho do casal Mello e Vanda, concordou em dar o seu depoimento, falando da nave que vira. Ele focalizou com o binóculo os pontos vermelhos que pareciam brincar no céu, e na hora se lembrou de uma nave que havia visto no filme Star Wars, pois o formato era muito semelhante, algo como um Y invertido. “Pesquisei na internet e achei a imagem da tal nave do filme. Não cheguei a ponto de ver se havia alguma coisa dentro. Apesar de se tratar de algo realmente marcante, não me assustei e não fiquei chocado com o que vi. Há muito acredito em vida fora da Terra e sempre tive a convicção de que esses fatos se tornarão cada vez mais comuns daqui por diante. Fiquei muito feliz por ter presenciado um verdadeiro show no céu carioca e por ter a confirmação de minhas convicções”, declarou.
Caro leitor, eram três famílias a passarem juntas o Natal, duas de Niterói e uma de Brasília. As três viram os mesmos acontecimentos, e cada qual relatou à sua maneira o que viu. Naturalmente, não foi uma ilusão, mas fato real. O fenômeno atmosférico está totalmente descartado, como mostram os relatos e o vídeo apresentado. Também não foi uma projeção de luzes da terra aos céus, como mostra bem o vídeo. Quanto à possibilidade de ser algo produzido pelas mãos do homem, os movimentos no ar descartam qualquer tipo de balão, dirigível, helicóptero, planador ou avião. Nenhum engenho humano fica tanto tempo parado no ar, completamente silencioso, para em seguida fazer evoluções rápidas e trocar facilmente de posição no alto.
O vídeo e as imagens congeladas mostram sugestivamente a atuação de uma suposta sonda do tamanho de uma motocicleta, que na Ufologia costuma anteceder a operação de uma nave maior. Os relatos deram conta de que os objetos em evolução modificavam a luminosidade e faziam as bolas de luz se transformarem em um tipo enigmático de foguete, cuja forma avermelhada se estendia de um lado para outro, formando sugestivamente uma enigmática blindagem sobre um conteúdo que, ao binóculo, sugeria uma nave camuflada em forma de Y invertido, mas que a olho nu, dava a impressão de ser um engenho triangular.
Essa suposta camuflagem, por assim dizer, parecia esconder dentro de si uma presença de maior vigor. Para definir isso tudo, não há termo melhor do que objeto voador não identificado: UFO. E a hipótese da pluralidade dos mundos habitados, avulta aqui como a melhor das possibilidades. E por questões de segurança, temos de ressaltar que se as autoridades responsáveis pelo controle do espaço aéreo não consideram isso importante para tomar providências e investigar os UFOs, então só nos resta dizer que elas podem estar incorrendo num grave erro, pois as revoadas se deram na borda do Aeroporto Internacional Tom Jobim, do Rio de Janeiro, um dos mais movimentados do mundo, dentro de zona densamente povoada.