Outra vítima de um ataque extraterrestre é Benedito Henrique de Souza, mais conhecido como Beato, e seu encontro com um UFO foi igualmente traumático. Pai de oito filhos, Beato mora com a família a cerca de 3 km da casa principal da Fazenda Cacaruaba, na zona rural de Santa Cruz (RN). Tem uma pele escura e áspera, cabelos escuros e um bigode grisalho, e estava com 39 anos quando um disco voador tentou abduzi-lo. Este autor o entrevistou em 1991 e novamente em 1992. Ele não se lembrava da data do ataque, exceto que fora durante a época da estiagem na região — entre agosto e novembro de 1979.
Beato havia acabado de jantar com amigos e entre as 19h00 e 20h00 começou sua caminhada para casa, menos de um quilômetro de onde estava. Não havia luar e a noite estava escura. Na metade do caminho, parou para acender um cigarro e depois continuou andando, mas parece que a chama do isqueiro atraiu a atenção de algo no céu, e um objeto subitamente apareceu bem acima dele. “Não vi o negócio chegando. Mas, de repente, estava lá. Ele desceu uns sete metros na minha direção, em cima de mim. O fundo parecia uma rede de pesca. Quando olhei para cima, vi um buraco e muita luz saindo por ali. Parecia dia lá dentro”, disse Beato. Imediatamente ele sentiu que estava sendo puxado para cima.
Apavorado, o homem se agachou, agarrou com força a uma catingueira, arbusto típico da região, que chega a medir uns 3 m, segurando-a com as duas mãos. “Eu achei que aquilo ia me levar. Era uma luz incrível e parecia um aspirador de pó tentando me sugar. Acho que queria me puxar para aquele buraco”. A luz era tão brilhante que Beato não conseguia olhar para ela muito tempo — mas conseguiu ver três pessoas dentro do objeto, dois homens e uma mulher. “A luz machucava muito os meus olhos. Olhei para cima e vi as pessoas, mas precisei olhar para outro lado, porque não agüentava”. A força que o puxava era intensa, mas ele não saiu do chão. E quando viram que ele não soltava do arbusto, seus quase abdutores derramaram pequenas gotas de um líquido escaldante em seus ombros. “Esparramou quando caiu em mim, pois era muito quente e me queimou”.
Cego por causa da luz
Apesar da dor, Beato estava assustado demais para largar o arbusto, e de repente o objeto desapareceu — ele não o viu partir nem ouviu som algum, pois estava com a cabeça abaixada para evitar a luz. Em um instante, toda a iluminação em volta dele tinha desaparecido e Beato não sentia mais o puxão. Todo o incidente durou apenas uns três minutos, mas parecia muito mais longo. O homem ficou temporariamente cego por causa da luz. “Fiquei lá um pouco, depois corri para casa”. Quando chegou à residência, sua mulher o examinou e descobriu umas 10 minúsculas queimaduras em seus ombros. Ele não sabe que tipo de líquido caiu sobre si, mas que pareciam gotas de óleo quente, que passou pela camisa e não deixou nenhuma mancha, evaporando. Beato não viu as gotas caindo e só as sentiu quando tocaram os ombros — e o objeto estava diretamente acima dele no momento.
O que Beato viu era longo e redondo, com um fundo que ele calculou ter uns sete metros de largura. Ele não viu nada dentro do objeto além das pessoas, e somente do peito para cima. “Acho que eram dois homens e uma mulher. Um deles tinha cabelo vermelho, que descia até os ombros, e um dos homens me olhou como se eu não fosse muito interessante”. Os três seres pareciam sentados em bancos, a mulher um pouco mais perto dele que os homens — Beato não observou suas roupas. Durante todo o incidente ele não ouviu um único som. Um dos ocupantes parecia reagir à presença dele ali como se a questão fosse pessoal, demonstrando desprezo — os demais ocupantes eram como robôs ou pareciam preocupados. Um elemento interessante neste caso é que a impressão da testemunha ao olhar para a luz foi que parecia uma rede de pesca caindo em sua direção.
Os olhos de Benedito Henrique de Souza doíam por causa da luz forte e por vários dias ele não agüentava olhar para nada brilhante. Mas ele não teve dor de cabeça nem qualquer outro efeito físico, exceto pelas queimaduras, mas passou a ter medo de sair à noite. “Levei uns dois meses até sair de casa à noite de novo. E ainda não fumo fora quando está escuro, a não ser que alguém esteja comigo” [Veja detalhes sobre esta e outras reações após o seqüestro no DVD Levados, código DVD-031 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Ele revelou sua história a este autor em setembro de 1991, 12 anos após a ocorrência. Hoje, Beato é dono de cerca de um quarto da velha fazenda de sua família.
Talvez centenas, talvez milhares
Para ajudar na pesquisa, quando entrevistado e posando para as fotos, ele chegou a se agachar embaixo de uma grande catingueira, semelhante àquela a qual se agarrara quando foi atacado pelo disco voador. A pergunta que fica no ar é: quantas outras pessoas podem ter sido atacadas de maneira semelhante, mas seus casos nunca farão parte da casuística ufológica porque não são conhecidos e não foram investigados? Ninguém sabe. Conversei com pelo menos outras 40 pessoas, em minhas viagens ao Brasil, que tiveram experiências estranhas semelhantes. Mas pode haver entre 10 a mil vezes mais. Tristemente, no entanto, nem todos os outros indivíduos tiveram a mesma sorte que Beato.