Na edição anterior foram apresentados ao leitor inúmeros eventos ufológicos acontecidos na cidade que é chamada de Capital do Pantanal, a isolada Corumbá. Na continuidade, mostraremos outras interessantes ocorrências, a exemplo do caso que narraremos a seguir, que desta vez não aconteceu em Território Brasileiro, mas na Bolívia, em Puerto Aguirre, localidade vizinha de Porto Quijarro, muito próxima de Corumbá. Em termos de Rio Paraguai, poderíamos dizer que “fica na outra margem”. Tal fato levou este autor a introduzir o episódio neste artigo. E também o fato de ser um acontecimento totalmente atípico e inédito, no qual a testemunha fez a descrição de uma sonda ufológica com uma pormenorização inédita, o credenciou a ser descrito aqui.
Às 05h00 de 05 de janeiro de 2011, o taxista aposentado Emanuel Rojas, falecido em fevereiro de 2015, com 66 anos à época dos fatos, encontrava-se no pequeno cais de Puerto Aguirre preparando iscas. Rojas reparou uma bola de luz amarelo-alaranjada na margem oposta do Rio Paraguai, que se deslocava a cerca de dois metros acima da água e que de vez em quando subia uns dois ou três metros para logo a seguir voltar à posição anterior.
“Tinha aproximadamente o tamanho de uma bola de futebol e andava de trás para a frente, sempre sobre o mesmo percurso, como se estivesse procurando algo”, explicou Rojas, que, não sabendo do que se tratava, começou a sentir-se desconfortável. E por não querer ficar ali sozinho, levantou-se para ir procurar os trabalhadores portuários que, esperava ele, já podiam estar chegando. No exato momento em se levantou, foi como se a bola de luz notasse sua presença e atravessou o rio, que ali tem mais de 300 m de largura, em uma fração de segundos, indo em sua direção. “Protegi a cabeça com o braço, pois tive a sensação de que aquilo ia me atingir. Mas a um metro de distância de mim, em frente ao meu rosto, a bola imobilizou-se e pude olhá-la com atenção”, relatou o boliviano.
Substância branca
Segundo a testemunha, o objeto era uma esfera perfeita, cujo exterior parecia ser feito de vidro ou de um material transparente muito fino — o interior era completamente preenchido por uma substância branca que lembrava uma nuvem ou fumaça, mas de consistência muito tênue, pois ele quase podia ver através dela. A esfera brilhava e tinha luz própria. “Fiquei paralisado de medo, sem saber o que fazer. Depois de algum tempo, que não sei dizer quanto, aquela bola começou a vibrar ligeiramente e a aumentar a intensidade da luz interior, mudando a sua cor para o branco puro”, afirmou o homem. Naquele momento ele sentiu como se alguma coisa estivesse “mexendo” dentro de sua cabeça e uma dormência o acometeu na região da nuca. “Fiquei tonto e achei que ia cair, mas então a bola afastou-se de mim uns dois ou três metros, aumentando ainda mais o seu brilho, e então disparou como um raio na direção da margem oposta, desaparecendo no horizonte”.
Durante o acontecimento, Rojas notou que a luz proveniente da esfera não produzia calor nem ofuscava, assim como ela não emitiu qualquer odor ou som. Depois do encontro, a testemunha começou a sentir uma forte dor de cabeça que o incomodou por mais de três dias, durante os quais não conseguia dormir à noite, cochilando apenas alguns minutos durante o dia. Também não teve fome, mas sentia uma sede intensa. Rojas, que era já uma pessoa com fortes problemas de saúde, terminou o seu depoimento dizendo: “Fiquei ainda mais esquecido em relação às coisas do que já era anteriormente”.
Mais casos em 2011
Waldir Padilha, 59, sargento aposentado da Marinha, teve uma experiência ufológica na madrugada de 28 de março de 2011. Às 02h45, ele seguia de Corumbá para Campo Grande dirigindo uma van de turismo pela BR-262, que atravessa o Pantanal, quando começou a ouvir um forte zumbido, que julgou tratar-se de outro veículo. Mas, como estava em um trecho reto da rodovia, viu que não havia nenhum carro à sua frente ou atrás do seu.
De repente, a van começou a perder velocidade. Padilha acelerou e mudou de marcha, mas o motor não respondeu. Notou, então, que o zumbido, que lhe lembrava uma furadeira elétrica, tinha aumentado de intensidade. O passageiro que seguia ao seu lado abriu a janela e, olhando para cima, exclamou: “Um disco voador! Um disco voador!” Sem ligar para o que o passageiro dissera, Padilha resolveu parar a van no acostamento em frente à porteira da Fazenda São Francisco, para verificar o que se passava com o motor.
Ao sair do carro, o zumbido fez com que olhasse para cima. Enxergou, então, a fonte do barulho, que descreveu da seguinte maneira: “Era um objeto em forma de disco que atravessou a estrada a cerca de 50 m de distância e a 80 m de altura. Tinha 10 ou 12 m de diâmetro por uns 3 m de altura, com oito ou 10 janelas na parte superior, que se encontravam iluminadas internamente por uma luz amarelada, muito fraca. No topo tinha uma cúpula que reluzia com baixa intensidade. Sua parte inferior era lisa e não tinha iluminação”.
Segundo a testemunha, o objeto era uma esfera perfeita, cujo exterior parecia ser feito de vidro ou de um material transparente muito fino. Era completamente preenchida por uma substância branca que lembrava uma nuvem ou fumaça
O UFO continuou voando à mesma altitude, muito lentamente, e dirigiu-se para os silos da fazenda. Ao chegar, pairou sobre eles e em sua parte de baixo acenderam-se três potentes holofotes que ficaram girando de um lado para o outro — a intensidade luminosa era tão grande que tudo ao redor se iluminou. Passados uns 10 minutos, inclinou-se ligeiramente e partiu a grande velocidade em direção ao norte, sempre com os holofotes acesos. Durante todo o avistamento, o zumbido incômodo pôde ser ouvido.
Em 30 de março de 2011, o administrador de empresas Milton Bezerra, 42, seguia em seu carro acompanhado da esposa, dos dois filhos e de um sobrinho quando este último reparou em uma “luz caindo”, conforme a descreveu. Eles também seguiam pela BR-262 e estavam próximos da cidade de Miranda. Bezerra descreve assim o acontecimento: “Era uma bola de fogo que deixava um rastro de fumaça e fogo. Parecia ser um avião em chamas. De repente, aquilo explodiu sem produzir qualquer som ou provocar estilhaços, e da explosão saiu outra bola de fogo menor que, a alta velocidade, cruzou a estrada, passando sobre o carro a uns 10 m de altura e fazendo um barulho como o de uma fagulha, mas não se sentiu nem calor nem qualquer odor”.
Nenhum vestígio
A bola de fogo descia em diagonal em relaç&a
tilde;o ao solo. Sua rota era de colisão com o chão e nas proximidades do veículo de Bezerra, mas não colidiu. Pelo menos nenhuma explosão foi ouvida, não houve fogo e nem fumaça ou poeira foram levantadas. Quer na mata como no campo aberto, na área onde a queda da bola de fogo deveria ter acontecido, nenhum vestígio foi encontrado.
Já no final do mês de abril de 2011, no penúltimo ou último sábado do mês, o engenheiro que chamaremos de Joaquim e um amigo pescavam no Rio Negrinho, perto da junção do Rio Taquari, a cerca de pouco mais de duas horas de navegação de Corumbá. Como é habito de Joaquim, as suas habituais pescarias acontecem sempre à noite, durante os fins de semana. Naquela data em particular o céu estava limpo e estrelado, não havia vento e a temperatura era de 33º C. Aproximadamente às 02h00, os homens notaram uma luz vermelha como uma estrela que pulsava regularmente a 10º na vertical da posição em que se encontravam, em direção norte. Do ponto de vista que tinham na lancha, a luz parecia estar baixa demais para ser uma estrela, mas não ligaram para o fato e continuaram pescando. Passado algum tempo, a luz começou a movimentar-se da esquerda para a direita e vice-versa.
Naquele momento, os homens prestaram maior atenção ao que acontecia. Descartaram a possibilidade de ser um avião, pois a luz ficara parada durante bastante tempo, e também perceberam que não se tratava de um helicóptero, pois mesmo não podendo precisar a distância em que se encontrava aquilo, caso fosse um helicóptero, o ruído do motor seria ouvido, o que não era o caso. A determinada altura, a luz baixou de tal modo que só se via o seu reflexo vermelho no capim. No lugar onde se encontravam há poucas árvores e a mata é quase toda de capim alto.
Durante cerca de meia-hora a luz manteve-se no mesmo local efetuando mais alguns movimentos. O amigo de Joaquim, que é bastante religioso, cheio de medo, começou a rezar. Exatamente naquele momento, duas outras luzes apareceram no céu, próximas da primeira — tinham o mesmo tamanho, mas uma era branca e a outra azul-esverdeada. Mantendo-se sempre afastadas umas das outras, efetuaram alguns movimentos e figuras no ar em conjunto, subindo e descendo.
Passado algum tempo, Joaquim tomou coragem e com a lanterna fez uma série de sinais na direção das luzes. Não obteve nenhuma reação. Mais meia hora se passou até que, subitamente, a luz vermelha e a azul-esverdeada desapareceram. Mal isso aconteceu, a branca começou a se aproximar do local onde os dois amigos se encontravam — Joaquim diz que ainda cogitou ligar o motor da lancha e sair dali, sobretudo por causa das súplicas de seu amigo. Mas, raciocinando, resolveu ficar porque, fosse o que fosse aquilo, não só por se encontrar voando como pelas manobras que efetuara, caso encetassem uma fuga, rapidamente seriam alcançados.
A luz branca continuou a sua aproximação até chegar perto de uma das poucas árvores existentes no local e junto ao rio. Passou por detrás da copa de uma árvore, deu a volta e a sua luz refletiu nas águas do rio. Em seguida, desceu sobre o capim e desapareceu, apagou. Durante todo o tempo que a manobra daquilo durou, tudo ficou quieto. Um silêncio profundo se instalou no local. Mas, mal a luz apagou, o barulho de fundo da natureza voltou ao normal. Nessa altura, Joaquim consultou o relógio e viu que eram 04h00 da madrugada. O evento durara duas horas.
Outros casos em 2011
Mais um caso ocorreu na noite de 08 de maio de 2011, quando a dentista, advogada e tenente da Marinha Bianca Passos, 33, se encontrava na piscina de uma casa na Rua América, na zona leste de Corumbá. Eram 21h30 e em sua companhia encontravam-se duas amigas, uma delas médica e a outra fonoaudióloga. Nessa hora reparam alto no céu, à altitude da rota de voo dos aviões comerciais, quatro “blocos de cor vermelho-alaranjado”, como os descreveu, com formato retangular e cuja luz não se expandia. Seguiam em fila, como um comboio. Seu trajeto era retilíneo. Quando os aviões passam àquela mesma altitude, o barulho dos seus motores pode ser ouvido, coisa que não aconteceu. A observação durou entre três e quatro minutos, até as luzes desaparecerem no firmamento. Nenhuma das amigas vira algo semelhante. Bianca comentou que “não eram nenhum tipo de aeronave conhecida. Nada tinham de comum. Só gostaria de saber o que eram”.
Outro caso aconteceu com a testemunha que chamaremos de Antonio, de 56 anos, um empresário corumbaense que possui uma fazenda nas proximidades de Corumbá. O fato se deu às 05h30 da manhã de 07 de junho de 2011. Ao dirigir pela picada da fazenda que dá acesso à BR-262, ele se deparou com algo insólito. Na beirada da estradinha, junto a um arbusto de pequeno porte, encontrava-se uma “forma humanoide luminosa e de baixa estatura”, segundo ele, que parecia estar “estudando” o referido arbusto. Perplexo com o que via, Antonio freou bruscamente o veículo. Devido à luminosidade que a forma humanoide emanava não era possível vê-la com clareza. Contudo, a testemunha conseguiu perceber que o ser vestia um tipo de escafandro similar aos que os astronautas usam, com o respectivo capacete e uma caixa retangular nas costas. Tinha no máximo 1,6 m de altura.
Disse a testemunha que assim que a luz reduziu a velocidade e pairou uns segundos sobre o carro, tudo à nossa volta, estrada, mato e o próprio veículo, ficou iluminado como se fosse dia. Tal como o estrondo que provocara, a luminosidade era assombrosa
No momento em que Antonio freou o carro, o ser se afastou do arbusto, dando dois passos para o meio da picada, postando-se de frente para ele. Durante meia dúzia de segundos permaneceram um olhando para o outro, até que a forma humanoide começou a se elevar lentamente do chão, subindo um pouco acima das copas das árvores, e partiu sobrevoando a mata, sempre em posição ereta, até que o ângulo de visão de Antonio foi cegado pela vegetação, não permitindo que continuasse a observar a criatura.
Quando a criatura decolou do chão, e apesar de a estradinha estar coberta por uma fina camada de pó, não levantou nenhuma poeira — também nenhum som foi ouvido e as folhas das árvores não se agitaram com a sua passagem. Antonio confessou que levou um grande susto, pois não entendia o que estava acontecendo. “Mal a forma humanoide desapareceu, segui rapidamente para Corumbá. Queria sair dali o mais depressa possível. Sinto que aquilo que presenciei não pertencia à Terra. Só pergunto porque aconteceu comigo, pois, até então, eu era totalmente incrédulo sobre tais coisas”.
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;Velocidade inexistente”
Mais um caso ocorreu em uma noite de 2011, de cuja data precisa a testemunha não se recorda, com o advogado Alberto Guimarães, 55, seu filho Afonso Bruno, na época com 15 anos de idade, e um amigo do menino de nome Wesley. Os três testemunharam algo insólito que marcou suas vidas. Eis o testemunho voluntário e espontâneo que Guimarães forneceu: “Faltavam poucos quilômetros para chegarmos à ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262. Eram 20h00 quando meu filho chamou a atenção para uma luz que surgiu do nada e que descia sobre o nosso carro, a uma velocidade inexistente na Terra. Quando já estava bem perto do veículo, produziu um estrondo enorme, fazendo com que ele estremecesse. Tomei um enorme susto com a intensidade do estampido e com o desequilíbrio do carro, que, inclusive, fez com que os dois rapazes começassem a chorar. Sem saber como proceder, continuei dirigindo”.
Ainda de acordo com a testemunha, “assim que a luz reduziu a velocidade e pairou uns segundos sobre o carro, tudo à nossa volta, estrada, mato e o próprio veículo, ficou iluminado como se fosse dia. Tal como o estrondo que provocara, a luminosidade era assombrosa. Segundos depois, ela partiu a uma velocidade impressionante, desaparecendo logo em seguida no horizonte. Tudo que enxergamos foi a forte luz, mas jamais esqueceremos todo o episódio”.
Mais à frente, ao chegarem ao posto de pedágio da ponte, Guimarães perguntou à funcionária de serviço se não havia escutado nenhum barulho estranho, uns quantos minutos antes de ele chegar ali. A funcionária respondeu que “sim, há pouco tempo escutamos um estrondo bem forte que até os vidros da cabine tremeram, fazendo com que o pessoal das outras instalações saísse para a estrada para ver o que estava acontecendo”. Sem saber o que na realidade tinha acontecido, Guimarães continuou dirigindo até sua casa em Corumbá. Tempos mais tarde, quando este autor falou com Afonso Bruno sobre o episódio, o rapaz confessou que era um alívio poder conversar com alguém que estudava “estes assuntos”, pois não falava mais sobre o que aconteceu com eles a outras pessoas porque sempre que o fizera “tiravam um sarro de mim”.
Os casos continuam
No início de uma noite de junho de 2013, João Dantas, coronel aposentado, estava sentado na varanda da sede da Fazenda Santa Teresinha, de sua propriedade, situada na área da Nhecolândia, bonita região do Pantanal. Por volta das 19h00, ele avistou uma luz branca muito forte, alguns graus acima da linha do horizonte, se deslocando de um lado para o outro — como não produzia qualquer ruído, Dantas descartou a possibilidade de ser um helicóptero. A luz, que aparentava ter a forma de diamante, estava a cerca 1.500 m da sede e mudava constantemente de posição. A testemunha chamou a esposa para que ela também pudesse observar. O avistamento demorou perto de uma hora, com a luz sempre mudando de posição. “Tive receio do que aquilo pudesse ser, porque não dispunha de meios que me permitissem defender a minha esposa e a mim próprio, caso fôssemos atacados. Quando a luz finalmente desapareceu, senti um grande alívio”, confessou o coronel.
Também em 2013, às 23h00 de 16 de agosto, a contadora Maria Francisca, 43, voltava para casa após um jantar com amigos, em Corumbá. Ao descer a Rua Frei Mariano, parou no cruzamento com a Rua América. Nessa altura, observou uma pequena luz verde no céu, que se movimentava de modo estranho e que, segundo crê, se encontrava sobre o Rio Paraguai, na altura da localidade de Porto Geral. “Achei muito estranho não só a luz estar naquele local como, acima de tudo, a sua cor — era de um verde-claro meio transparente, cuja tonalidade não é comum”, contou Francisca.
E continuou: “Creio que durante mais de um minuto permaneci parada no cruzamento olhando para a luz, tentando entender o que poderia ser. Findo esse tempo, ela, que apresentava uma forma esférica e que não parava quieta, pareceu inchar aumentando de tamanho e partiu para dentro do Pantanal a uma velocidade incrível”. No dia seguinte Francisca comentou o ocorrido com uma amiga que mora em um quarteirão à frente do seu, cujo quarto está virado para o rio, e a amiga lhe disse que também havia visto o evento, só que durante uns cinco ou seis minutos — ela contou-lhe também que sabia de outras pessoas que, em ocasiões diferentes, tinham visto a mesma luz.
Marcado profundamente
O conhecido empresário de Corumbá Sami Ybraim, que atua no ramo de esportes náuticos, na noite de 27 de junho de 2015 foi protagonista de um acontecimento ufológico que o marcou profundamente. Ybraim encontrava-se no povoado de Albuquerque, onde tinha ido levar duas de suas funcionárias a um evento local para a promoção de material de pesca e apoio a pescadores desportivos. Quando entrou no quarto da pousada onde iria passar a noite, algo fez com que não se sentisse confortável, e apesar de estar a mais de 50 km da sua casa em Corumbá, decidiu retornar.
Dirigindo a sua caminhonete pela estrada de terra que liga Albuquerque à BR-262, perto de uma acentuada curva, a testemunha notou uma luz do lado direito da estrada. Julgando tratar-se de alguma máquina agrícola, reduziu a velocidade. Naquele momento, um carro vindo em sentido oposto ao seu surgiu no final da curva — a luz que visualizara anteriormente, com a aproximação do outro carro, apagou. Ao passar pelo local onde vira a luz, Ybraim olhou atentamente, mas nada viu. Já quase chegando ao asfalto, em uma outra curva também do lado direito da picada, a luz surgiu de novo. Atento à sua localização continuou dirigindo. Ao aproximar-se do local, ela se apagou. A testemunha olhou com atenção, mas de novo nada viu.
Pouco à frente, entrou no asfalto da BR-262 e rumou para Corumbá. Após percorrer alguns quilômetros, a testemunha viu pelo espelho retrovisor o aparecimento da luz. Ybraim, então, se assustou com aquilo. Começou a acelerar a camionete, chegando a atingir 170 km/h. A luminosidade o perseguia sempre à mesma distância. Por fim, ultrapassou o veículo pelo lado direito, a uns 10 m de altura, e fazendo uma curva para a esquerda cruzou a estrada à frente do automóvel, seguindo reto sobre a mata até desaparecer. O homem pôde perceber que se tratava de uma bola branca com cerca de um metro de diâmetro. Todo o evento, assim como a manobra que a esfera efetuou, aconteceu com a caminhonete a alta velocidade. A testemunha continuou dirigindo, segundo ele, “como um louco”, até chegar à sua casa em Corumbá. Apenas depois de se acalmar e de contar à esposa o que havia acontecido começou a tentar entender o que tinha visto e a se perguntar o que seria aquilo.
Desenho geométrico perfeito
O presente caso se passou com este autor em plena cidade de Corumbá, no Bairro Generoso, na casa de um casal amigo. Eram 21h00 de 17 de março de 2016. A noite de céu limpo e estrelado estava quente, com temperatura de 30º C, e seca, com umidade próxima a 48%. O vento era de 2 km/h e a Lua
se encontrava em sua fase de quarto crescente. Termináramos de jantar e, como o ar condicionado estava ligado na sala, saí para o terraço da casa para fumar.
O terraço, além de comportar a piscina suspensa e a área de lazer, permitia enxergar parte da localidade de Porto Quijarro, na Bolívia, e como está de frente para o Pantanal, proporciona uma visualização panorâmica até onde a vista alcança. Mal havia dado o primeiro passo fora da casa e uma esfera de luz surgiu no céu, a uns 1.500 m de altitude e a pouco mais de dois quilômetros de distância, em linha reta do ponto em que me encontrava, exatamente a precisos 304º a nordeste.
Se, como julga esta testemunha, as distâncias calculadas estiverem corretas, a esfera tinha entre três e 4 metros de diâmetro. Sua luminosidade era interna, de um branco muito puro que não se expandia, o que acentuava seu perfeito formato esférico e deixava os seus contornos bem definidos. Do ponto do observador, no quadrante esquerdo da esfera, que ocupava cerca de 1/5 de seu tamanho total, existia uma área negra com o formato perfeito de uma meia-lua. Entre a parte curva da meia-lua, que acompanhava a linha da borda da esfera, um pequeno fio ou risco uniforme da luz branca a separava da borda interior — o conjunto era um desenho geométrico perfeito.
A esfera de luz surgiu repentinamente no céu, descendo verticalmente a 90º do solo e a uma velocidade vertiginosa, percorrendo os cerca de 1.500 m que a separavam do chão em três ou 4 segundos. Segundos esses que correspondem ao tempo total da observação e que se traduzem em uma velocidade entre 6.750 e 9.000 km/h, sem produzir qualquer som. Quando chegou a cerca de 100 m do solo, pura e simplesmente desapareceu. Não houve nenhum contato com a terra, ou mais propriamente com a água, pois o local do impacto, caso este tivesse ocorrido, esta testemunha obrigatoriamente o teria visto.
A luminosidade interna da esfera chegou a refletir-se ligeiramente nas águas, no capim e nos aguapés, mas a esfera sumiu antes de os atingir. Ainda permaneci por mais algum tempo no local, mas nada mais consegui ver. Mesmo com a claridade da própria noite, além da iluminação de um mirante que se encontra perto e o reflexo emanado das luzes de Porto Quijarro, não se viu qualquer agitação nas águas, o que forçosamente teria acontecido se algo se chocasse contra elas, sobretudo com o tamanho e velocidade da mencionada esfera.
Os casos narrados neste artigo são uma pequena amostra dos fenômenos que rondam a área pantaneira de Corumbá. Mais pesquisas certamente revelarão novos acontecimentos e, quem sabe, até nos ajudem a chegar a alguma resposta, por mínima que seja, não apenas sobre a razão desses eventos, mas também sobre a intenção daqueles que os provocam. Não há outro caminho para se decifrar os mistérios ufológicos que não a pesquisa.