Em recente entrevista para a BBC Radio 4 Richard Deakin, chefe executivo do Serviço de Controle de Tráfego Aéreo britânico (NATS), afirmou que 6.000 voos necessitam ser rapidamente desviados por dia nos céus daquele país. E ainda disse que ocasionalmente surgem objetos nas telas dos radares “que não combinam com padrões de tráfego aéreo normal… tipicamente um caso desse por mês”.
A pergunta sobre UFOs foi feita pelo repórter Simon Jack, cujos filhos haviam pedido que questionasse Deakin quanto aos UFOs. Normalmente as autoridades aeronáuticas evitam esse tipo de questionamento, mas Deakin acabou respondendo, embora rapidamente procurou minimizar sua declaração dizendo que não é algo que ocupe muito de seu tempo.
Richard Deakin ainda explicou que a maior parte dos registros de objetos voadores não identificados por parte de tripulações têm origem em aeronaves convencionais que inadvertidamente invadiram rotas aéreas movimentadas, aeronaves militares, balões de ar quente e outras ocorrências.
De acordo com o jornalista David Clarke, entretanto, registros mais acurados podem ser encontrados nos arquivos mantidos pela Autoridade de Aviação Civil (CAA), órgão governamental ao qual a NATS está subordinada. Ele destaca que, como uma empresa privada, a NATS não está sujeita ao Ato de Liberdade de Informação da Grã-Bretanha. Contudo, Clarke afirma que conseguiu, por meio de consultas a CAA, uma série de registros de encontros próximos entre aeronaves e objetos desconhecidos, consistindo em Informes Obritagórios de Ocorrências (MORS).
Clarke alega que localizou dez MORS entre dezembro de 2004 e outubro de 2011, mas adiciona que muitos relatos sequer saem da NATS, visto que tripulações de aeronaves e controladores de tráfego aéreo continuam relutantes em admitir testemunhos de UFOs.
Interessante é o fato de a CAA continuar a coletar informes de avistamentos de UFOs por tripulações de aeronaves, mesmo após o Ministério da Defesa Britânico (MoD), haver decidido fechar o Projeto UFO, de investigação de ocorrências sobre espaço aéreo britânico. O CAA alega questões de segurança aeronáutica, e isso comprova o contínuo interesse na questão dos UFOs.