\” Em 1998, uma experiência no Tibete me fez ver uma eficiente metáfora para o modus operandi da conversação quântica. Estávamos a caminho da capital, Lhasa, e nosso carro fazia a curva na estrada que leva a um pequeno lago na base de um penhasco. O ar estava totalmente parado, a água refletia perfeitamente toda a paisagem em volta.
De onde estávamos, víamos a corpulenta imagem de um Buda, artisticamente entalhado na rocha, refletida na água do lago. Aparentemente ela estava em algum lugar do penhasco com vista para o lago, embora eu não pudesse distinguir a imagem propriamente dita naquele momento, pois tudo que via era era seu reflexo. Somente quando completamos a curva pude perceber com meus próprios olhos o que tinha imaginado que fosse a origem do reflexo. E ali estava ela : esculpido em alto relevo, o Buda se projetava como uma marquise sobre o lago, libertado da rocha viva, como uma testemunha silenciosa perante todos os passantes.
Nesse momento, a imagem no lago se tornou uma metáfora do mundo visível. Enquanto fazíamos a curva e víamos o Buda na água, seu reflexo era a única maneira de sabermos que a estátua existia. Ainda que suspeitasse que o lago estava refletindo alguma coisa física, de onde eu estava simplesmente não podia ver a origem do reflexo. Semelhantemente, diz-se que o mundo é o reflexo de uma realidade mais profunda, esculpida no tecido do universo, uma realidade que simplesmente não podemos ver de onde nos encontramos, por estarmos dentro dela\”…
Gregg Braden em \” A Matriz Divina\”.
Quem sabe, estejamos ainda na \”curva\” de uma realidade ufológica ainda não introjetada ou conscientizada profundamente em nosso interior, ou talvez ainda não estejamos amadurecidos e pacificados o suficente para realizar essa \”pequena curva\” que incidirá num magnífico salto quântico além de todas as nossas possibilidades…
Elaine Villela