A cada dia que passa a certeza é ainda maior: os discos voadores e os seres que os tripulam são muito mais do que meros visitantes em nosso planeta. A nível mundial, especialístas na questão ufológica já admitem publicamente: os UFOs podem ser o “elemento desencadeador” de uma Nova Ordem Mundial.
O mês de maio deste ano foi uma época de grande movimento para a Ufologia mundial, especialmente no que diz respeito a eventos para apresentação e discussão do assunto. Acabam de ser realizados, nos Estados Unidos, dois grandes congressos que marcarão época na Ufologia: o Congresso Mundial de Ufologia. de 3 e 7 de maio, em Tucson (Arizona), e o maio, em Los Angeles (Califórnia), ambos contando com a participação de conferencistas norte-americanos e de vários outros países. O tema de ambos os conclaves foi “UFOs. uma Nova Ordem Mundial”, um título bem apropriado, já que tudo indica que falta muito pouco para travarmos, definitivamente, um contato formal com pelo menos algumas das civilizações que nos visitam.
A Equipe UFO esteve presente em cada um desses significativos congressos, a convite de suas próprias comissões organizadoras e com o objetivo de apresentar, em conferência, casos selecionados de observações e contatos com ETs no Brasil e uma visão geral das pesquisas brasileiras sobre o assunto. Nossa comitiva foi formada pela pesquisadora Irene Granchi, presidente do Centro de Investigação sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE), sua filha, a artista plástica Chica Granchi, e o editor de UFO, A. J. Gevaerd. Foram 21 dias passados nos Estados Unidos, lado a lado e conhecendo a fundo as atividades dos principais pesquisadores norte-americanos – 15 dias no Arizona e 6 na Califórnia. Foi um período particularmente proveitoso para todos nós, que tivemos a chance de confrontar nossas experiências com as dos maiores especialístas mundiais no setor, resultando disso uma troca de informações e vivências significativa.
No Arizona, Estado ensolarado e seco, a cidade de Tucson recebeu 30 dos mais renomados ufólogos e conferencistas da atualidade, alguns tão conhecidos e pioneiros como o próprio Fenômeno UFO, outros, nomes novos mas promissores no cenário mundial. Ao lado de tantos especialístas, delegações nacionais e estrangeiras de muitos outros pontos do planeta uniram-se para a realização do evento que inaugura uma série única de apresentações sobre o tema e que terá continuação em outros países – o 2º Congresso Mundial de Ufologia já está marcado para junho de 1992, em Moscou, onde será organizado pela comitiva soviética presente em Tucson. Nossa Equipe já está convidada para este e também para outros eventos, como o próximo Congresso Internacional de Ufologia. em Las Vegas (Nevada), de 3 a 8 de dezembro próximo.
O Congresso de Tucson foi realizado em dois diferentes hotéis (nos EUA, os congressos normalmente são feitos em hotéis, para facilitar a concentração de conferencistas e participantes), sendo 3 dias no luxuoso Hilton e 2 no eclético Holiday Inn. A organização do evento ficou a cargo do coronel reformado da Força Aérea Norte-Americana (USAF), Wendelle C. Stevens. um nome dos mais conhecidos da Ufologia mundial, e uma competente equipe de auxiliares de sua própria família (Editor: leia box de Irene Granchi a respeito). Stevens ficou conhecido no meio ufológico já há mais de 30 anos, quando era piloto de testes e especialísta em armamento da USAF, época em que, servindo no Alasca, teve vários encontros com UFOs e pôde conhecer de perto o fenômeno. No entanto, seu interesse e pesquisa do assunto começou não quando teve suas próprias experiências, mas quando seus aviadores comandados passaram a narrar-lhe estranhas aventuras vividas sobre as regiões geladas que circundam o Pólo Norte. Stevens passou a inquiri-los cada vez mais e, como um correspondente do Centro de Inteligência Técnica da Aeronáutica na região (ATIC), passou a desconfiar que suas atividades estavam sendo monitoradas…
O ATIC exigia que fossem feitos relatórios de todas as ocorrências ufológicas verificadas, mas nunca explicou porque. Assim, Stevens começou a testar a “máquina” de informações da USAF e a perceber que ocorrências ufológicas constituíam assunto de segurança nacional nos EUA. De lá para cá, especializou-se na pesquisa de campo do assunto, passou a realizar conferências em todo o mundo e encaminhou investigações sobre ocorrências que se tornaram célebres, como o Caso Meier (Suíça), Aztec (México), Reticulum (EUA) etc. Com sua enorme experiência, passou a editar livros de autores de todo o mundo, conhecidos e desconhecidos, popularizando a Ufologia através da série de obras “UFOs. Contact from…”. Autores como Antonio Ribera, Paul Dong, Willian Steinman e muitos outros tiveram suas obras publicadas. E, entre os brasileiros publicados por Stevens, estão Artur Berlet, Walter Bühler, Guilherme Pereira e A. J. Gevaerd.
Com tamanha bagagem, acumulada principalmente com o retorno de seu trabalho editorial e além das fronteiras norte-americanas, Stevens passou a organizar eventos de porte na área ufológica, culminando com este 1º Congresso Mundial, planejado para ser o maior do gênero já realizado até hoje. Infelizmente, o número de participantes ao evento foi bem abaixo do esperado: de uma expectativa de público de 1.500 a 2.000 pessoas, o evento contou com a participação de no máximo 300. Com o maior orçamento já conhecido num evento deste tipo (o Congresso consumiu nada menos do que 65 mil dólares, distribuídos em passagens aéreas, hospedagem e alimentação de conferencistas, aluguel de auditórios, veículos e projetores etc) o baixo número de participantes foi um choque para a comissão organizadora e representou um prejuízo considerável (estimado em mais de 20 mil dólares).
Mesmo assim, nenhum dos 30 conferencistas convidados foi “cortado” ou qualquer um dos programas previstos foi cancelado para uma eventual tentativa de se diminuir o “déficit” do Congresso. Manteve-se o brilho do evento e o “status” de Congresso Mundial. O que se viu durante os longos 5 dias de conferências, por sinal, foi um ambiente de proveitoso intercâmbio entre pesquisadores e estudiosos de todo o globo, unidos pelo ideal da pesquisa ufológica e pela emoção de fazerem parte da história que revelará ao mundo, em bem pouco tempo, todos os detalhes sobre a presença de outras civilizações ocupando e operando em nosso meio ambiente, monitorando nossa evolução e aguardando a hora oportuna para se fazerem conhecer. Não é à toa que o título do evento, além de tratar de uma Nova Ordem Mundial, aborda a indagação “O que falta para o contato finai com os ETs?”- Todos os participantes deste evento, no palco, nos bastidores ou na platéia, contribuíram para que essa indagação não permanecesse mais por muito tempo sem resposta. Vejamos a seguir um pouco do que cada conferencista mostrou no evento.
(Atenção: A ordem utilizada a seguir para descrever
as conferências e qualidades de cada orador é baseada no cronograma de apresentações de Tucson. Se o citado conferencista também apresentou-se em Los Angeles, esta informação, assim como a descrição de sua palestra, será citada também.)
1° Dia de Congresso:
Os soviéticos apresentam suas pesquisas: Um confronto entre o Ocidente e o Oriente
Antonio Ribera (Espanha), 80, pioneiríssimo pesquisador espanhol e autor de várias obras, além de conferencista internacional reconhecido, fez a abertura do Congresso com verdadeira chave de ouro. O tema de sua conferência foi “Os contatos ufológicos de Ummo”, na qual abordou o famoso caso em que extraterrestres que se identificaram como procedentes de um suposto planeta Ummo. O caso ocorreu há décadas e envolveu várias testemunhas -contatados – em diferentes localidades da Terra. Entretanto, tais contatos com os “ummitas” pareciam estar encerrados já há muito tempo. Ribera provou que não, mostrando novíssimas revelações sobre o episódio e o conteúdo de algumas das últimas mensagens desses seres.
Jun-lchi Yaol (Japão), 37, popularíssimo pesquisador de Ufologia e produtor de TV em seu país, com vários documentários de grande sucesso e livros escritos, apresentou no Congresso Mundial uma conferência muito aplaudida, “A ocorrência ufológica com o padre Kihon”. Yaoi, que trouxe a Tucson uma equipe de 7 pessoas e também fez a cobertura do evento para um novo documentário que está produzindo, abordou uma experiência contativa, porém mística e até transcedental, ocorrida com um dos mais respeitados pregadores budistas do Japão, o padre Kihon. Segundo a pesquisa de Yaoi, o religioso recebeu um convite antecipado, preparou-se e foi levado, em data e local marcados, para bordo de um UFO, viajando a seguir para seu planeta de origem, onde ficou 2 semanas. Kihon garante ter recebido “ensinamentos” especiais dos alienígenas, inclusive seu Idioma, e tem praticado alguns desses conhecimentos com seus seguidores, em seu templo no norte do Japão. Yaoi fez uma longa entrevista filmada com o editor de UFO, para exibição em programas da Nippon TV (o endereço do pesquisador é: 501 Matsumotokan. 2-10. Yotsuya. Shiniukuku. Tokyo 160, Japão).
Marina Poppovich (URSS), astronauta e herói nacional soviética, chefe da comitiva soviética de 3 pessoas presente no evento, foi uma das mais aguardadas conferencistas, abordando o tema “As aterrissagens de UFOs em Voronezh”. O caso ficou conhecido quando, no fim de 1989, várias crianças de uma cidade do interior da URSS viram uma nave pousar e, de seu interior, sair vários “gigantes ETs”. Marina provou que não houve somente um caso isolado de pouso ou contato com ETs, mas sim uma verdadeira onda nacional de ocorrências similares, detectadas inclusive em cidades a mais de 600 km de distância. Naturalmente, tais incidentes foram abafados pelo governo central soviético, para fazer a opinião pública mundial achar que o caso de Voronezh fora um episódio isolado. Marina não pôde admitir isso no Congresso, no entanto, pois trabalha para o governo de seu país. Ela será a presidenta da comissão organizadora do 2º Congresso Mundial de Ufologia. em 1992, em Moscou.
Valery Uvarov (URSS), jovem pesquisador, diretor do Comitê de Investigação de Civilizações Extraterrestres de Leningrado e representante da Ufologia soviética, que também alega ser um contatado, foi outra presença muito aguardada no Congresso. O tema de sua conferência foi “As aterrissagens de UFOs em Tbilisl”. na qual abordou assuntos semelhantes aos tratados por Marina Poppovich, provando que, ao contrário do que o Ocidente foi “ensinado” a pensar por todos esses anos, na URSS os avistamentos ufológicos e contatos com extraterrestres são constantes alvos de intenso interesse e pesquisa, não só sigilosa, por parte do governo, mas também civil e aberta, por parte de cientistas e pessoas comuns (o endereço do pesquisador é: Karpinskogo Str, 36-758. Leningrad 195252. USSR).
Viktor Kostrykin (URSS), 72, último soviético a se apresentar no Congresso, é um experiente e renomado exobiologista que tornou-se pesquisador de Ufologia e autor pioneiro em seu país após ter tido, pessoalmente, uma fantástica experiência com seres extraterrestres, ainda não conhecida no Ocidente. O tema de sua palestra foi justamente uma descrição de seu contato: “33 horas junto de seres extraterrestres”. Este senhor, mesmo sem falar uma única palavra em Inglês, cativou a todos os presentes e proferiu uma conferência, traduzida simultaneamente por um intérprete, carregada de emoção, o que é algo muito pouco comum para um cientista de sua posição. Sua experiência pessoal com ETs o levou a mudar totalmente sua vida, fazendo com que seus colegas passassem a reconhecer a questão dos UFOs como algo sério. Seu depoimento também será futura e brevemente publicado em UFO.
Rino di Stefano (Itália), 44, é um jornalista profissional do diário II Giornale de Genova que passou a pesquisar Ufologia há uma década e meia, quando, a serviço de seu jornal, realizou a cobertura de um incidente envolvendo um guarda de segurança, Fortunato Zanfretta, 41, que havia sido seqüestrado por ETs. A partir daí, ainda considerando-se apenas jornalista, e não ufólogo, realizou uma das mais brilhantes e detalhadas investigações de abdução de que se tem notícia, com incrível precisão. Seu trabalho, em conseqüência da seriedade que atingiu, foi reconhecido em todo o mundo e, desde então, Rino passou a realizar conferências a respeito. No evento de Tucson, esteve acompanhado do próprio Zanfretta, homem simples e sincero que descreveu pessoalmente sua experiência com ETs aparentemente hostis e horripilantes. Rino forneceu uma cópia completa de sua conferência para publicação em UFO (o endereço do pesquisador é: a/c II Giornale. Redazione Genovese. Via Edmondo de Amicis 2.1-16122 Genova (GE). Itália).
2º Dia de Congresso
Mutilações de animais, aviões seqüestrados por ETs e quedas de UFOs na Terra: um dia proveitoso
Linda M. Howe
(EUA), conhecidíssima e premiada produtora de TV norte-americana que realizou documentários sobre mutilações de animais por ETs (o mais famoso deles é Strange Harvest, em vídeo e agora também em livro), apresentou o tema “Mutilações de gado observadas na América do Norte”, uma das mais concorridas conferências. Tanto em Tucson quanto em Los Angeles, onde também se apresentou, atraiu multidões de interessados em suas descobertas sobre os macabros rituais de massacre e mutilação de animais, que Linda provou definitivamente estarem associados a seres extraterrestres. A pesquisadora dedica-se de tal forma à solução do enigma que chegou a fundar uma entidade própria e única no mundo para pesquisá-lo. Com seu vídeo Strange Harvest, Linda já conseguiu recursos para desenvolver diversos projetos de pesquisa no setor, alguns dos quais serão detalhadamente apresentados em UFO (o endereço da pesquisadora é: LMV Productions. P-O. Box 538. Huntingdon Valley. PA. 19006-0538. USA)
Jorgé Martin (Porto Rico), 34, jovem ufólogo. escritor e editor da revista periódica porto-riquenha Enigma, apresentou um dos mais polêmicos temas de todo o Congresso: “Estudos sobre a abdução de dois jatos norte-americanos por UFOs em Porto Rico”. Sua conferência não pôde ser filmada nem fotografada, por razões de segurança, mas Jorgé mostrou estarrecedoras fotografias obtidas por uma testemunha ocular que presenciou a perseguição de um UFO triangular de enormes dimensões por 2 caças a jato da Guarda Aérea Nacional de Porto Rico, órgão vinculado à USAF (Editor: a ilha è considerada um dos estados norte-americanos). As fotos, assim como o depoimento de Martin, apresentam nitidamente um objeto discóide “devorando”, um a um, os caças enviados ao seu encalço. Uma versão resumida deste fantástico acontecimento está sendo publicada em UFO (o endereço do pesquisador é: Revista Enigma. Apartado Postal 510. El Señorial Mail Station, Rio Piedras. 00926. Porto Rico).
Anthony Dodd (Inglaterra), ufólogo, conferencista e editor da revista Quest (editada pela organização Yorkshire UFO Society, YUFOs), apresentou o tema “A queda de um UFO no deserto de Kalahari. África” Este caso ficou conhecido publicamente em fins de 1989, quando autoridades “dissidentes” da África do Sul, junto a oficiais do serviço de inteligência americano, divulgaram a um restrito número de pessoas que um UFO havia caído no deserto do Kalahari e que seus escombros, apenas parcialmente inutilizados, haviam sido recolhidos pelo governo daquele país, com a cooperação dos EUA. Mas, o mais impressionante é que foram resgatados tripulantes vivos do aparelho, segundo Dodd, um experiente ufólogo que, para avalizar sua pesquisa sobre o caso, possui um currículo de 25 anos de serviços prestados como oficial da rigorosíssima polícia inglesa. O caso está também amparado por farta documentação e será exposto em UFO, em várias edições vindouras (o endereço do pesquisador é: YUFOS, 18, Hardy Meadows. Grassington. Skipton. North Yorkshire. BD23 5DL. Inglaterra).
Larry Fenwick (Canadá), ufólogo e jornalista, diretor da Canadian UFO Research Network (CUFORN), também abordou a delicada questão da queda de UFOs em solos do planeta, desta vez no Canadá. O tema de sua conferência foi “Estudos sobre a queda de UFO na região de Ottawa”, na qual mostrou que um objeto voador não identificado desgovernado acidentou-se, na presença de algumas testemunhas, na pequena cidade de Carp, no Estado canadense do Ontario, em 1987. Várias das testemunhas declararam com riqueza de detalhes o incidente, mas, como sempre ocorre, o fato foi instantaneamente “acobertado” e omitido do público pelas autoridades locais. Para substanciar a ocorrência, no entanto, Fenwick trouxe ao Congresso alguns resultados de análises de solo e de fragmentos colhidos no local da suposta queda (o endereço do pesquisador é: CUFORN. P. O. Box 15. Station A. Willowdale. Ontário. M2N 5S7.Canadá)
William L. Hamilton III (EUA), embora não constasse do programa original, fez uma belíssima exposição sobre um dos temas mais polêmicos da Ufologia: o que os governos sabem e escondem – em particular o governo norte-americano – sobre a questão ufológica. William, um dos mais renomados ufólogos e conferencistas dos EUA, começou sua “carreira” ufológica na época de Adamski, como um de seus admiradores e, posteriormente, seguidores. Com uma vastíssima bagagem, um pouco inspirada na história de John Lear e Milton Cooper, Hamilton apresentou provas de que os EUA mantêm bases subterrâneas onde trabalham, conjuntamente, cientistas terrestres e seres extraplanetários (uma dessas bases seria em Dulce, no Nevada). Sobre esse mesmo assunto, o conferencista elaborou uma volumosa apostila intitulada, assim como sua palestra, “Aliens: Magic or Technology?”. Esse mesmo tema foi o abordado por Hamilton em Los Angeles, e uma cópia autorizada da apostila pode ser obtida no Brasil através do CPDV – o texto já está sendo traduzido para uma edição especial de UFO (o endereço do pesquisador é: 249 N. Brand Blvd. Suite 651. Glendale. CA. 91203. EUA).
Michael Hessemann (Alemanha), 28, é editor da única revista alemã de variedades paracientíficas, a Magazin 2000, de quase 20 mil exemplares por mês, e dirige alguns projetos de pesquisa ufológica em seu país. Em Tucson – embora também não constasse do programa original – Hessemann apresentou alguns casos de contatos diretos com alienígenas ocorridos em vários países da Europa, além do seu. Sua conferência abordou um dos aspectos mais transcendentais da Ufologia, a questão das mensagens recebidas por ETs, as quais, para o palestrista, estão basicamente corretas e fornecem boas informações sobre o futuro de nossa humanidade planetária. Chefiando uma comitiva de 4 pessoas, o conferencista compareceu também ao evento de Los Angeles, mas não como orador convidado (eu endereço é; Magazin 2000, Preysingstr. 11. D-8000 München 80. Alemanha).
3º Dia de Congresso
A vez dos contatados de todo o mundo trocarem suas experiências: os ETs querem os humanos
Patrícia Weissleader (EUA), uma enfermeira e policial de Los Angeles, descreveu pessoalmente suas variadas experiências, desde que foi seqüestrada por ETs quando tinha 8 anos. Muito aplaudida, embora sua conferência também não estivesse no programa oficial
e fosse incluída devido à falta de Tarna Halsey, Pat cativou o público com a narrativa detalhada de seus principais contatos com seres que se identificaram como procedentes da estrela Tau Ceti. O curioso em seu depoimento é que, embora sem conseguir provar, Pat alega que foi inseminada por tais ETs quando tinha 18 anos, e que seu filho, ainda em gestação, lhe havia sido retirado aos 4 meses de gravidez. Mesmo tendo aparência canina e horrível, para os nossos padrões, os contatos com os taucetianos continuaram contra a vontade de Pat, até que a moça foi inseminada novamente, recentemente. Sua história, embora seja muito fantástica, apresenta nuances absolutamente positivas e autênticas, sob o ponto de vista ufológico.
Tomislav Radisavgevic (Iugoslávia), pesquisador pioneiro em seu país, conferencista e também autor consagrado, apresentou um tema semelhante ao de Roberto Pinotti: “As conseqüências da onda ufológica adriática de 1978-79”. Tomi serviu, durante o congresso, também como intérprete dos soviéticos, e pôde mostrar uma face pouco conhecida da Ufologia asiática – em especial a soviética: a cooperação entre os pesquisadores destes países trans-cedem, em muito, às divergências políticas que abalam os seus governos. Um dos pontos altos da pesquisa ufológica nos países que outrora se acostumou chamar de “Cortina de Ferro” é justamente a acuracidade, a exatidão e a profundidade; nenhum caso soviético fica sem uma pesquisa literalmente competente. Tomi mostrou isso ao público do Congresso Mundial e foi muito aplaudido.
Vlado Kapetanovic (Peru), iugoslavo residindo nos altiplanos peruanos, é provavelmente o mais velho dos conferencistas presentes em Tucson. Pesquisador e autor de várias obras, entre elas o livro que conta suas experiências, Vlado apresentou o tema “Os \’anjos\’ extraterrestres de Apunian”, segundo o qual teria o próprio conferencista sido vítima de experiências com ETs. Seu livro, “170 Horas com Extraterrestres”, é um relato completo dos contatos que passou a manter, a partir de 1960, em Cordillera Blanca, com alienígenas muito semelhantes a terrestres. No Congresso. Vlado descreveu suas últimas experiências, e afirma que as mesmas continuam ocorrendo até hoje. apesar de sua elevada idade. No livro de Shirley MacLaine, “lt\’s all in the Playing”, o pesquisador é citado pela própria autora como “uma das pessoas mais sérias, entre as que conheci, que alega estar em contato com extraterrestres”.
Enrique Castillo-Rincón (Venezuela), 54, também alega ser um contatado e escreveu vários livros sobre suas experiências com ETs. O tema de sua conferência no Congresso Mundial foi “Os extraterrestres provenientes de Shi-EI-Lho”. também tema de seu último livro, em que aborda vários contatos que afirma ter tido com seres provenientes de um longínquo planeta. Rincon chegou a afirmar ter estado numa base dessas criaturas, sob o Oceano Pacífico, nas costas da América do Sul. Como presidente do Instituto Venezuelano de Investigaciones de Fenómenos Extraterrestres (IVIFE), Rincon é reconhecido como um dos principais pesquisadores de seu país (seu endereço é: IVIFE, Apartado Aéreo N. 13530. Bogotá. Colombia).
Salvador Freixedo (Espanha), pioneiríssimo da Ufologia espanhola, é autor de várias obras e conhecido conferencista internacional. Estudou filosofia, psicologia, humanidades e até teologia em várias universidades européias, vindo a ordenar-se padre jesuíta em 1953, quando começou interessar-se pela Ufologia e abandonou o resto. De lá para cá, este grande pensador tem estarrecido a comunidade científica com seus aprofundados estudos sobre Ufologia e Parapsicologia. O tema de sua conferência, aplaudidíssima, foi “Deuses ou Astronautas?”, convergindo as discussões sobre a possibilidade (certeza?) de que nossa raça não foi criada – assim como nosso mundo – por um Deus, mas por seres muito mais evoluídos do que nós, muitas vezes confundidos com anjos e santos por nossos antepassados Essas criaturas, sobre-humanos tecnológica e moralmente, seriam nossos verdadeiros criadores (o endereço do pesquisador é: Apartado 36. Cadalso de los Vidrios. 28640 Madrid. Espanha)
Robert O. Dean (EUA), tenente-coronel reformado da USAF e um dos nomes mais ativos da Ufologia arizonense, apresentou uma ótima conferência abordando a questão ufológica sob um ponto de vista sempre muito instigado mas pouco conhecido: “A Visão militar sobre os UFOs”. Seu envolvimento com UFOs começou também dentro de um ambiente militar, quando Bob serviu a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa, posição em que tinha a responsabilidade de comunicar aos seus superiores sobre qualquer ocorrência aérea não identificada em sua área, fosse ela russa ou extraterrestre. Após isso, Bob ainda foi um dos mais ativos organizadores da extinta Aerial Phenomena Research Organization (APRO), e particular colaborador do casal Coral e Jim Lorezen, seus fundadores. Sua conferência, uma das mais longas de Tucson, foi também uma das mais concorridas e já se encontra sendo traduzida para publicação breve em UFO.
4º Dia de Congresso
A “saga dos contatados” continua, desta vez com alegações de mulheres que foram engravidadas por ETs
Robin Quail (EUA), psicóloga e hipnoterapeuta com mais de 23 anos de experiência, investigou pessoalmente mais de uma centena de casos de abdução, a maioria envolvendo a típica amnésia temporária. Em sua concorrida conferência, intitulada “Hipnose clínica em casos ufológicos” – tanto em Tucson quanto em Los Angeles, onde também se apresentou -, realizou ao vivo, no palco, uma regressão hipnótica em uma paciente da platéia, escolhida na hora e aleatoriamente, que alegava ter sido abduzida (seqüestrada por ETs) quando era mais nova. A experiência não provou a alegação da paciente, mas foi muito interessante e instrutiva, uma vez que foi possível conhecer novas técnicas, desenvolvidas por Robin para tratamentos desses casos.
Cory Wade (EUA), ufólogo, contatado e escritor, teve suas primeiras experiências com ETs aos 11 anos, através de contatos pessoais e telepáticos que, segundo alega, continuam até o presente. O tema de sua apresentação foi “O grande enigma dos extraterrestres e ultraterrestres”, na qual tocou num assunto nevrálgico da polêmica ufológica: poderiam os alienígenas serem ultraterrestres, ao invés ou além de extraterrestres? Sobre isso, Cory tem feito intensos estudos já há muitos anos, culminando com sua extraordinária e interessante dissertação no Congresso, publicada também sob forma de apostila (cópia autorizada pode ser obtida no Brasil através do CPDV – o texto já está sendo traduzido para uma edição especial de UFO). Os ETs (ou “UTs”) disseram a Cory sua procedência, seus nomes e até o nome de sua nave (“Arcumi”), fazendo com que
o caso se cubra de interessantes detalhes. Cory também esteve em Los Angeles, onde repetiu o sucesso de sua conferência (o endereço do pesquisador é: Pyramid Production, P. O. Box 480567. Los Angeles. CA. 90048. EUA).
Shirlé Carsh (Canadá), autora de vários livros sobre experiências com ETs e pesquisas, abordou outro tema de grande repercussão no meio ufo-lógico: “Os híbridos humanos e extraterrestres”. Segundo a pesquisadora, ela própria é resultado de experiências genéticas que envolveram sua mãe a bordo de um UFO, no Canadá, há muitos anos. Mostrando poucas evidências para substanciar suas alegações, no entanto, Shirlé afirma que tem sido regularmente visitada por ETs que a observam detidamente, assim como a muitas outras pessoas que, segundo diz, também seriam resultados de experiências semelhantes. Também sem mostrar provas, afirmou que recebeu inúmeros presentes de metal desses seres, e que os guarda a “7 chaves”…
Christa Tilton (EUA), outra conferencista com experiências no gênero de hibridizações (cruzamentos) com ETs, também enfrentou o mesmo problema de Shirlé: ter pouca evidência para apresentar ao público e para avalizar seus depoimentos. Christa, uma bem-humorada autora de ensaios sobre experiências e contatos com ETs, abordou o tema “Os experimentos da Tríade”. entidade extraterrestre tríplice que, segundo alega, teria poderes imensuráveis. Suas alegações, interessantemente, incluem a descrição de que fora engravidada 2 vezes por ETs a bordo de um UFO, e que, em cada caso, os fetos foram retirados de seu ventre com técnicas avançadas e desconhecidas, após os primeiros meses de gestação.
Jim Deardorff (EUA), incluído no programa devido a falta do conferencista Darush Bagheri, do Iran, fez uma apresentação mesclando tópicos científicos e místicos em torno do assunto UFO. Sua apresentação, intitulada “Ensinamentos Celestiais”, apresentou algumas interessantes versões para as visitas extraterrestres, observadas sob um novo ponto de vista, o de que estas entidades estão – como já havia falado o falecido Dr. J. A. Hynek – nos ensinando as regras de um novo “jogo”; quando aprendermos tais regras, teremos a chance de “jogar” com civilizações mais avançadas. Na prática, isso significa termos condições para conviver pacificamente com raças de seres imensamente mais evoluídos, mas numa relação de igualdade, em que ambas as partes usufruam as benesses do Universo e do Criador. Jim foi muito apreciado pelo público de Tucson.
Antonio Huneeus (Chile-EUA), 36, um dos únicos conferencistas de Tucson (e depois de Los Angeles, onde também se apresentou) conhecido do público brasileiro, pois esteve no Brasil para o 3º Congresso Internacional de Ufologia, em São Paulo (1983), é um chileno naturalizado norte-americano vivendo e produzindo excelentes trabalhos no setor ufológico em Nova York. O tema de sua conferência foi “UFOs no Oriente Médio”, na qual abordou recentes observações ufológicas durante os conflitos no Leste Europeu e no Golfo Pérsico. Especializado em casuística, Huneeus tem percorrido o mundo atrás de casos que substanciem suas teorias a respeito do comportamento extraterrestre. Recentemente, já como um dos expoentes da organização norte-americana Mutuai UFO Network (MUFON), Huneeus publicou o livro “UFOs & Paranormais in USSR”, que tem figurado como um dos mais completos sobre o tema pousos e contatos com ETs na União Soviética – cópia autorizada pode ser obtida no Brasil através do CPDV (o endereço do pesquisador é: P. 0. Box 1989. Madison Square Station. New York. NY EUA).
5º Dia de Congresso
A vez dos ufólogos brasileiros exporem a riquíssima casuística nacional
Vladimir Terzinski (URSS), soviético vivendo fora de seu país há muitos anos, foi escolhido para ocupar mais uma vaga na programação oficial do Congresso de Tucson (deixada pelo faltante Dr. Leopoldo Dias-Martine2, do México), abrindo os trabalhos do quinto e último dia de apresentações. Terzinski abordou o tema “A Ciência e os UFOs”, onde, como cientista, pode falar de cátedra sobre as razões – temidas, por sinal – que levam a Ciência a desconsiderar a priori (sem aprofundar-se na questão) a existência dos UFOs. Mais do que isso, o soviético, que não compareceu junto da comitiva oficial daquele país, apresentou uma proposta de trabalho para unir aspectos da Ufologia a algumas áreas científicas.
Roberto Pinotti (Itália), também um autor consagrado em seu país, alto executivo de uma companhia automotiva e dirigente de vários organismos italianos de pesquisas, entre eles o seríssimo Centro Ufológico Nazionale (CUN), editor da revista Noticiário UFO, abordou o tema “A onda ufológica adriática de 1978-79”. com revelações impressionantes sobre uma das maiores ondas de que se tem notícia. Segundo o conferencista, UFOs rondaram a região adriática por nada menos do que dois anos, emergindo das águas a avançando em direção ao continente europeu. Seus estudos minuciosos serão brevemente publicados em UFO, junto de um completo estudo das variadas fotos de UFOs obtidas na ocasião (o endereço do pesquisador é: CUN. Via Odorico da Pordenone 36.1-50127 Firenze. Itália)
A. J, Gevaerd (Brasil), 29, editor de UFO e diretor do Centro para Pesquisas de Discos Voadores (CPDV), abordou o tema “Abdução e experiência genética com ETs”. Esta conferência, a pedido da comissão organizadora, tratou de uma ocorrência de abril de 1979, na qual dois Irmãos foram perseguidos por um UFO na pequena cidade paranaense de Maringá, e um deles foi levado ao seu interior, para exames médicos e – fantasticamente – para manter uma relação sexual com uma mulher extraterrestre de beleza relativa. O caso foi solicitado pelo pessoal de Tucson e de Los Angeles (onde também apresentou-se) em virtude da publicação do livro de autoria do conferencis
ta, “UFOs Abduction at Maringá”, tratando minuciosamente do assunto, ter atingido bastante interesse nos EUA. Mas, apenas em resumo, mostrou-se também vários casos brasileiros de pousos e seqüestres e, especificamente, observações e contatos com UFOs no Pantanal, com farta apresentação de slides da região (prevista para 45 minutos, a conferência levou 2 horas, enriquecida pelas bonitas cenas naturais pantaneiras).
Irene Granchi (Brasil), 77, pioneira ufóloga brasileira, conferencista internacional reconhecida nos 4 cantos do globo, fundadora e presidente do Centro de Investigação Sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE), dispensa maiores comentários. O tema de sua conferência foi “Casos selecionados de contatos com ETs no Brasil”, uma das participações mais requisitadas e aguardadas no Congresso Mundial. Irene escolheu alguns casos verdadeiramente especiais e bem típicos da estarrecedora atividade ufológica em nosso país. O público presente em Tucson (e também em Los Angeles, onde se apresentou em seguida) admirou, como muitos outros públicos de vários outros conclaves internacionais, a extrema acuracidade e profundidade de detalhes que marcaram não só a conferência, mas também as pesquisa de nossa colega carioca. Sua apresentação, por sinal, será integralmente publicada em nossa próxima edição – veja “box” com comentários de Irene e sua filha, Chica, nestas páginas (o endereço da pesquisadora é: CISNE. Caixa Postal 12058. Copacabana, 2Q000 Rio de Janeiro. RJ).
Karoly Hargitay (Hungria), pesquisador autônomo, diretor de um centro de estudiosos do assunto e autor de várias obras em seu país, apresentou o tema “As pesquisas ufológicas nos Balcans”, com um expressivo conteúdo – basicamente Inédito no Ocidente – composto de casos de pousos, contatos com ETs e seqüestros. Sua apresentação deixou claro, mais uma vez neste mesmo evento, que os UFOs não reconhecem quaisquer barreiras ou fronteiras, atuando indistintamente em todos os pontos do planeta.
Omnec Onec (Vênus ou EUA), representando um capítulo único em todo o Congresso Mundial de Ufologia de Tucson, estarreceu e dividiu a maior de todas as platéias que participaram do evento. Nascida num estado do sudeste norte-americano, Shirley de batismo, essa loira de um metro e meio de altura e não mais do que 40 quilos tentou convencer seus ouvintes afirmando ter nascido em Vênus e ter sido “densificada” para poder habitar a Terra, quando tinha 7 anos. Tentou e conseguiu, pois pelo menos para a maioria dos presentes, a Ufologia não é nada mais senão um grande interesse e algo tão fantástico que permite simplesmente tudo acontecer. Mas, para boa parte da platéia – e essa é uma posição quase unânime entre os conferencistas convidados -, a história não convenceu, apesar da Indumentária e da vestimenta utilizada pela moça, incluindo até uma capa branca – leia mais a respeito no “box” de Chica Granchi.
Convidados a comparecer e confirmados na primeira “release” divulgada, os pesquisadores a seguir desistiram ou não puderam ir ao evento: Ryszard Feijtek (Polônia), editor da única revista ufológica daquele país, a Jtol; Hakkan Blomgvist (Suécia), diretor do grupo Archives for UFO Research; Stan Deyo (Austrália), pesquisador autônomo e contatado; Manfred Sair (Alemanha), contatado que afirma conhecer vários planetas do Universo; Paul Bondora (EUA), outro contatado que afirma ter relações constantes com entidades de diversas “fraternidades espaciais; Larry Briant (EUA), reputadíssimo ufólogo, um dos membros do grupo Citlzens Against UFO Secrecy (CAUS); Hazel Coe (EUA), contatada e psíquica; Gabriel Green (EUA), fundador de um movimento esotérico ligado à Ufologia Mística; Guilherme Roncoroni (Argentina), um dos mais ativos e reconhecidos ufólogos da América Latina; Cynthia Hind (África), pesquisadora e autora de trabalhos excepcionais na área dos contatos com ETs; Zitha Rodrigués (México), contatada e autora de ensaios ufológicos; Leopoldo Diaz (México), pesquisador, professor e escritor; Darush Bagherl (Irã), pesquisador pioneiro em seu país, conferencista e autor consagrado (não conseguiu visto para entrar nos EUA); Giorgio Dibitonto (Itália), contatado e autor de vários livros sobre experiências com ETs; Bob Ewing (África do Sul), pesquisador, conferencista e autor de vários livros; Tarna Halsey (EUA), pesquisadora de experiências secretas com ETs; e o Pr. Walter Btihler (Brasil), pioneiro brasileiro consagrado, autor de várias obras e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores (SBEDV).
Um Congresso com resultados práticos e com objetivos definidos
Assim se passaram 5 dias em Tucson, debaixo de muito sol e em meio à belíssima arquitetura em estilo mexicano da cidade, influência que recebe de sua população latina, quase 40% do total de seus habitantes. Todos os mais importantes aspectos da Ufologia foram abordados, os mais renomados ufólogos do mundo compareceram, muitos ufólogos novos provaram estar aptos para o trabalho de pesquisa, os mais impressionantes casos foram narrados e apresentados, as mais estarrecedoras revelações foram feitas etc. Enfim, um Congresso com resultados práticos, embora pouco abrangente devido à baixa participação pública, foi brilhantemente conduzido pelo experiente Stevens, suas filhas e netos, além de outros colaboradores tocais e de outras cidades, como o John Hughes, que voou da Tailândia para Tucson para auxiliar os trabalhos. Assim como ocorre com a maioria dos eventos ufológicos no mundo, o Congresso Mundial de Tucson também deu prejuízo, e não foi pouco, o que prova que muito pouca gente em posição de liderança no setor, em vários tipos de atividades de promoção da Ufologia, visa lucros com seu trabalho e, pelo contrário, essa gente, movida pelo “Ideal” que a mobiliza, coloca suas situações financeiras em jogo.
Igualmente, assim como acontece no Brasil, também nos EUA uma boa parcela das pessoas que orbitam o meio ufológico, ou que fazem parte dele diretamente, poderiam ser encaixados nas categorias de lunáticos, fantasiosos ou, na melhor das hipóteses, sonhadores. É impressionante o número de pessoas que nossa Equipe encontrou em Tucson e em Los Angeles que, sem mais nem menos, fazem alegaç&
otilde;es absurdas e impensadas. Algumas dessas pessoas nos dizem que se encontram “em permanente contato com ETs”, outras dizem que “conhecem pessoalmente comandantes de naves interplanetárias”, e outras afirmam coisas mais alucinadas ainda, tal como ouvimos muita gente dizer “sou um ser de outro planeta tal”…
No meio da programação do Congresso Mundial tivemos apresentações fantásticas, de pessoas que afirmaram terem sido engravidas por ETs, ou serem produtos de experiências que alienígenas fizeram com suas mães, ou coisas mais amenas, como terem estado várias vezes em outros planetas. Embora constem da programação oficial do evento, esses conferencistas foram encarados com bastante reserva por boa parte dos presentes nos eventos, inclusive nossa Equipe. Aliás, num evento desse tipo, é evidente que todos os tipos de alegações surgiriam, principalmente num país como os EUA. E é até compreensível que a comissão organizadora inclua no programa oficial conferências de pessoas cuja reputação ou história não é confiável. Isso decorre do fato de que o público presente – e financiando a realização desses eventos – quer assistir a coisas desse gênero, porque uma boa parcela das platéias ufológicas de todo o planeta também tem suas alucinações.
Por outro lado, a organização do Congresso Mundial deixou que cada orador falasse o que bem entendesse, na confiança de que a parcela “mais normal de sua platéia” saberia separar o joio do trigo e, com isso, aprender o que for de seu interesse, “peneirando” as impurezas e sujeiras que surgem no caminho do trigal. Sob este ponto de vista, o Congresso Mundial de Ufologia deu o seu recado, mesmo porque o que contou mesmo foram as belíssimas apresentações de espetaculares pesquisadores como Ribera, Pinotti, Linda Howe, Dodd, Freixedo, Irene Granchi etc. Com o tempo, as impurezas do meio ufológico serão naturalmente decantadas, deixando a Ufologia seguir seu caminho séria e objetivamente voltada para o esclarecimento da questão das visitas de seres extraterrestres à Terra. Por sinal, cabe dizer que a realidade já é tão impressionantemente fantástica, no que se refere à Ufologia, que a mistificação é redundante e dispensável.
UFO Expo West, de Los Angeles: um evento múltiplo e completo
De Tucson, voamos para Los Angeles, nossa porta de entrada nos EUA, para mais 5 dias de atividades, sendo 3 de acompanhamento a ufólogos e visitas à organizações e 2 de conferências no 1a UFO Expo West, realizado no luxuosíssimo hotel Hyatt Lax International, bem defronte ao aeroporto da cidade, em 11 e 12 de maio. O evento é um conjunto de atividades: conferências simultâneas em 3 auditórios, “workshops” com os conferencistas e uma grande feira e exposição de livros, revistas, fotos, vídeos, utensílios e outros materiais para pesquisa ufológica e de outras áreas (veja “box” de Chica Granchi a respeito). Com uma organização muito mais complexa que a de Tucson, e com a vantagem de estar sendo realizado em Los Angeles, centro mundial de atenções, o Expo West foi um sucesso, com mais de 600 participantes (800, na contagem dos organizadores). Mas, ao contrário do evento de Tucson, este foi um empreendimento muito menos ufológico do que comercial, e calculamos que resultou em um considerável lucro para sua comissão organizadora.
Um evento desse tipo é algo que os promotores brasileiros de congressos ufológicos ainda não descobriram; tem seu valor para a difusão da questão extraterrestre e – mais do que pensar meramente em lucros – pode representar um meio de se fazer eventos que não resultem em prejuízo. O Expo West é um evento já tradicional em Los Angeles, já realizado nos setores da Parapsicologia, Esoterismo e outros. Mas este foi o primeiro “UFO” Expo West, ou seja, um Expo na área ufológica. Seus promotores, chefiados por James Aramant, têm muita experiência na área e acertaram em cheio ao dedicaram este evento ao tema ufológico. Basicamente, o que se faz é convidar o maior numero possível de conferencistas, cada um com 30 ou 45 minutos para expor um assunto de sua escolha, em um dos 3 auditórios reservados para a ocasião; assim, é o participante do evento quem decide o que quer assistir, pois pagou por um ingresso só para todo o Expo.
Simultaneamente, cada conferencista que já tiver apresentado seu trabalho, a sua mensagem, vai fazer seu workshop em horários pré-determinados e com os interessados que se inscreverem. Ai é que entra o comércio, pois o ingresso para os workshops é à parte do ingresso para o evento, e em Los Angeles foi fixado em 20 dólares; metade de cada ingresso para workshops vai para o conferencista, o que é muito justo, e metade vai para o organizador, que já acumulou uma boa receita com os ingressos para o evento em si. Enfim, uma mina de ouro.
Dois dias de debates e “bastidores” com os maiores ufólogos do mundo
O Expo foi tão proveitoso para nossa Equipe quanto o Congresso Mundial, A maioria dos conferencistas presentes em Los Angeles eram rostos novos para nós, pois não estiveram em Tucson – muitos dos quais eram mundialmente reconhecidos ufólogos e autores. Personagens como Budd Hopkins. Stanton Friedman e Bruce Maccabee eram as verdadeiras estrelas do evento, mas dividiram seu brilho com outros no mês menos conhecidos, como George Green. Fred Bell. Emile Canning e até nossa Equipe, muito aplaudida em cada uma de suas apresentações. É verdadeiramente impossível descrever todo o conclave de Los Angeles sem ocupar pelo menos mais umas 8 ou 10 páginas de UFO, mas tentaremos sumarizar os pontos altos, para que o leitor tenha uma idéia da dimensão da atividade ufológica nos EUA.
No primeiro dia de trabalho, 11 de maio, apresentaram-se pelo menos 20 conferencistas. Entre eles, a Dra. Edith Fiore, autora de um recente best-seller sobre abduções, abriu as atividades com uma brilhante e aplaudidíssima dissertação sobre o \’modus operandi\’ dos ETs em seus seqüestros a humanos. Assuntos como abduções programadas, contatados com micro-implantes cerebrais e gestações provocadas por ETs f
oram debatidos nesta e noutras conferência. O Dr. Fred Beli, um professor universitário e ufólogo da Califórnia, apresentou seu trabalho sobre contatos e mensagens recebidas de alienígenas. Em seguida, William Bramlev, autor do best-seller “The Gods of the Eden”, fez uma apresentação aplaudidíssima, advogando a tese de seu livro, segundo a qual a raça humana vivendo na Terra fora trazida para habitar este planeta por seres extraterrestres. Bramley fez uma exposição serena e confiante, apresentando claramente as provas de suas afirmações. Seu livro, por sinal, é de uma nitidez impressionante, concluindo que o homem terrestre é apenas um dos infinitos segmentos da vasta Humanidade que está espalhada pelo Cosmos.
Implante de micro-aparelhos em seqüestrados: ação de extraterrestres hostís
Budd Hopkins. uma lenda viva na Ufologia, apresentou seu trabalho após Bramley, abordando os fantásticos casos de seqüestros e implantes de humanos por ETs. Budd, um homem de aparência humilde e simples, é talvez um dos maiores conhecedores do assunto em todo o mundo. Artista de profissão (é pintor), vivendo nos arredores de Nova York, Budd passou a interessar-se pelas abduções e desenvolveu centenas de pesquisas com “vítimas” de ETs, escrevendo vários livros, todos com altíssimas vendagens (um conjunto de seus artigos mais importantes pode ser obtido no Brasil através do CPDV). Sua notável conferência foi seguida pela de Linda Howe, a produtora do filme/vídeo Strange Harvest (ganhador do premio Emmi de 1987), sob mutilações de animais por ETs.
Linda apresentou basicamente o mesmo tema que mostrou em Tucson, com excessão de alguns novos casos, que descreveu, de animais sendo mutilados também nas regiões inóspitas do Alasca. Para completar o dia, entre os principais oradores estava o físico Bruce Maccabee, especialísta em análises de fotos e filmes de UFOs. Maccabee, um tanto frio como qualquer cientista, fez em sua conferência a defesa de algumas fotos clássicas da Ufologia e de outras mais recentes, como as do caso Gulf Breeze (veja em breve, em UFO).
Ainda no sábado, noutras salas, apresentavam-se nomes importantes da Ufologia norte-americana. Jon Erik Beckjord, um físico nuclear, apresentou seu trabalho sobre os misteriosos círculos nas plantações inglesas e de outros países, com revelações interessantes. Jon foi ao local dos estranhos hieroglífos, filmou-os e decodificou algumas das informações que contém, pois, como já é consenso mundial, os sinais não são marcas de pouso de UFOs, mas mensagens que algumas civilizações querem nos passar (o vídeo e as interpretações de Jon podem ser obtidas no Brasil através do CPDV). Em seguida, William Moore apresentou seu trabalho: os documentos secretos do governo americano e as intenções dos ETs.
William Moore versus Milton Cooper: acusações trocadas e pouca certeza
Famosíssimo nos círculos ufológicos mundiais, Bill, apresentando-se irreverentemente com rabo-de-cavalo e brinco, estarreceu a platéia com revelações de que os EUA possuem contatos oficiais com ETs há mais de 40 anos, em segredo, e que Milton Cooper (vide UFO edição 10) não passa de um agente infiltrado no meio ufológico (curiosamente, Cooper diz o mesmo de Moore…). Bill Maxwell. Bill Hamilton e Michael Topper dividiram as atenções do público a partir daí, com ótimas conferências em salas distintas. Após isso, Irene Granchi apresentou-se para mais de 300 pessoas no maior dos anfiteatros, com o mesmo tema de Tucson e arrancando aplausos calorosos da platéia, que adora a casuística brasileira.
No domingo das mães, 12 de maio, as discussões esquentaram ainda mais em Los Angeles, com um público ainda maior participando das conferências e dos workshops. Para abrir os trabalhos foi convocado John Scovern, ou “Comandante Där-Rek Mär-Cus Ra”, um lunático e vivaldino que inventou a história de que sofrera um estado de coma por 30 minutos, durante uma operação, e que, ao retornar, seu corpo estava sendo habitado, a partir daquele instante, por um ser extraplanetário muito evoluído, de 36 mil anos e originário do planeta Negata. Pouca gente engoliu sua história mas, mesmo assim, ele vendeu muitos livros e vídeo … (veja “box” sobre isso).
George Green, Alan Moseley e Charles Spaegel dividiram o mesmo horário, em salas separadas, para apresentar casos de pousos de naves e contatos com ETs, alguns com repercussões dolorosas para as vítimas. Após isso, o renomadíssimo Stanton Friedman, um físico nuclear especializado na questão do sigilo governamental aos UFOs, fez uma ótima exposição, demonstrando as principais razões que levam o governo dos EUA a tentar, de todas as formas possíveis, acobertar o assunto UFO. Especificamente, Friedman, um senhor de seus 60 anos, muito convicto de suas afirmações e carismático ao extremo, abordou as atividades obscuras do famoso grupo Majestic-12 (ou MJ-12), designado pelo presidente Truman, há mais de 4 décadas, para lidar com o “problema” que os UFOs representariam (o texto de sua conferência pode ser obtido o Brasil, através do CPDV).
A maior sensação da Ufologia americana se apresenta: John Lear
Ainda no domingo, Vicki Cooper, uma das editoras da revista californiana UFO, de linha séria (veja “box”), apresentou seus pontos de vista sobre o atual estado da Ufologia americana, com a penetração em seu meio de tantas personalidades alegando terem contatos freqüentes com/ou serem elas mesmas extraterrestres. Vicki foi muito sóbria em seus depoimentos, divididos com Don Ecker, um dos colaboradores de sua revista, e ajudou a colocar para a platéia uma posição de maior coerência sobre tudo o que estava presentement