Um fenômeno estranho está assustando os moradores do Sítio Picanço, localizado no quilômetro 19 da BR 174, que liga Manaus a Boa Vista. O proprietário é o engenheiro agrônomo Raimundo Picanço dos Santos Filho. O fenômeno está acontecendo no local desde 23 de fevereiro, quando, por volta das 19h00 uma luz intensa, do tamanho de um carro de porte médio apareceu a cerca de 50 m da casa, sendo avistada pelos moradores do local.
O UFO assumiu várias formas, como uma semi circunferência efetuando movimentos rápidos e desconexos. A luz ficou visível fazendo evoluções até à 01h00 da madrugada. Muito abalado com o fenômeno, Raimundo Picanço acionou a Polícia Militar, mas obteve a resposta de que os policiais não estão acostumados a lidar com essas situações e que deveria entrar em contato com a Aeronáutica. Segundo Raimundo, na manhã de sábado, 24 de fevereiro, ele recebeu uma ligação do Ministério da Aeronáutica em Brasília: “Eles disseram que já sabiam do que se tratava e que eu aguardasse 72 horas sem divulgar a notícia a ninguém, pois técnicos entrariam em contato comigo e viriam até a fazenda para analisar o local da aparição”.
O telefonema foi colocado sob suspeita pelo 7º Comando Aéreo Regional (COMAR), segundo Picanço: “A pessoa que entrou em contato comigo pelo telefone não se identificou e os técnicos do Comar desconfiaram disso. Eles disseram que especialistas do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) entrariam em contato, pois têm experiência nessas situações”. Ele precisava de mais evidências e tentou buscar uma forma de comprovar que o fenômeno realmente estava acontecendo em sua propriedade. O UFO voltou a aparecer no dia 24 e Raimundo convidou cerca de 15 pessoas para presenciarem o fato.
PESSOAS IDÔNEAS — Entre as testemunhas estavam amigos e repórteres. “Minha intenção era chamar pessoas idôneas que pudessem servir de testemunhas. Assim, minha declaração teria mais credibilidade”, conta. O grupo de pessoas observou assustado a chegada do objeto voador, que aconteceu por volta das 21h00. Em certo momento do avistamento, parecia que existiam três UFOs emitindo um som semelhante ao de um barbeador elétrico, baixo e muito sutil. Os animais do sítio sentiram a presença dos UFOs, ficando agitados. Os cães latiam e corriam desordenadamente.
Acompanhamos as investigações, chegando a observar um UFO em uma das noites. A aparição foi registrada através de filmagem. Além dela, a TV Rio Negro também conseguiu imagens do objeto voador.
A propriedade do senhor Picanço possui 65 hectares, com criação de gado e cavalos. Há sete meses, um funcionário da fazenda, de 65 anos, disse que viu um objeto com as mesmas características rondando a região. Outro funcionário, o senhor Raimundo, 46 anos, disse que no dia 1º de março deste ano, por volta das 19h00, avistou uma luz a aproximadamente 3 m acima de uma árvore. Devido à proximidade, a testemunha pôde observar janelinhas e uma grande luz de cores vermelha e amarela na frente da nave. O UFO acendia e apagava até que efetuou um movimento em “L” e desapareceu.
O químico e ecólogo da Universidade do Amazonas, professor Antônio dos Santos, descartou a possibilidade de que fenômeno relatado por Picanço seja de origem química ou resultado de combustão de gases, pois essas ocorrências têm características diferentes das relatadas pelas dezenas de testemunhas. O capitão Azevedo, do 7º Comar, ajudante de ordens do comandante major brigadeiro do ar José Alfredo Sobreira de Sampaio, informou que foram acionados os radares na região, mas não houve notificação de qualquer fenômeno ou objeto estranho num raio de 200 km.
Muitos casos têm sido reportados na região, entre eles um avistamento ocorrido no Aeroclube de Manaus em 25 de fevereiro. Pilotos de uma empresa de táxi aéreo também teriam observado o mesmo fenômeno no dia 28. Recentemente, no mês de março, vários bairros de Manaus avistaram luzes estranhas. Algo está acontecendo no Amazonas e as autoridades têm que tomar alguma atitude, eles não podem ficar passivos diante de tantos episódios. Além do mais, fenômenos desse tipo estão sendo observados em 15 estados brasileiros desde janeiro deste ano.