Volta e meia moradores de pequenos municípios juram ter visto objetos estranhos pairando no ar. Disco voador, avião, reflexo de lâmpadas na atmosfera, visão de ótica ou brincadeira? Estas questões ainda confundem a cabeça dos habitantes de Maiquinique, município de cinco mil habitantes, a 606 km de Salvador (BA). Em busca de respostas, os que garantem ter avistado sinais luminosos no céu, o mais recente no dia 18 de abril, se dividem entre preocupados e assustados.
No dia seguinte à aparição, um grupo foi até a prefeitura para tentar obter explicações no Departamento Municipal de Comunicação. Saíram de lá ainda mais confusos, porque até os funcionários não souberam explicar os “fenômenos” ocorridos seguidas noites no céu maiquiniquense. Uma das testemunhas que jura ter avistado objetos voadores não identificados é o violonista Rodolfo Bezerra, 19 anos. Segundo ele, na madrugada daquele dia começaram as aparições. Bezerra garante que por volta das 03h00 era possível ver quatro objetos pentagonais desfilando em baixa velocidade sobre Maiquinique.
Garante que “os objetos tinham luzes coloridas nas extremidades e uma mais forte ao centro, num total de seis pontos luminosos cada um”. Acrescenta, ainda, que as luzes acendiam alternadamente, numa coreografia simultânea. “Também era possível observar a veloz aproximação de dois aviões tipo caça, vindo em direção às luzes que desapareceram em meio às nuvens”, disse.
O violonista não foi a única pessoa a procurar o Departamento de Comunicações do município. A adolescente I.B.S., 13 anos, também afirma ter visto objetos estranhos. “Caminhando para casa, me assustei com as luzes coloridas que enfeitavam os céus”, conta, acrescentando que ficou muito impressionada com o que viu. O vendedor autônomo Edimilson Sampaio, o pedreiro Genival “cigano” e o ambientalista Edevaldo Oliveira estavam pescando no Rio Alegria, por volta das 04h00, quando foram surpreendidos por uma luz azul ofuscante em forma de charuto que riscou o céu em direção à zona rural de Pau Sangue. Nesse local reside e trabalha o vaqueiro Danilo Vila Nova, que afirma ter visto o tal charuto azul exatamente no mesmo dia e na mesma hora que os pescadores.
Os vereadores Adilson Martins, Gilmar Almeida e o presidente da Câmara, Luciano Oliveira, já pensam em tirar proveito das aparições. Depois de uma reunião para debater o assunto que tirou o sono dos moradores, eles pretendem esclarecer os acontecimentos antes que a população entre em pânico. “Caso seja comprovada a autenticidade dos fatos, vamos projetar Maiquinique como uma cidade turística no futuro”, sonha Martins.