
A história e a mitologia de todos os povos em todas as épocas registram casos de criaturas sobrenaturais e entidades humanóides desconhecidas, que raptam e seduzem pessoas e as forçam a com elas manterem cópulas e intercursos sexuais. Em nossa era tecnológica, reaparecerem convenientemente travestidos de ufonautas [Tripulantes dos UFOs] em modernos e luxuriantes discos voadores. Em torno disso estabeleceu-se, entre os ufólogos, quase que um consenso de que experiências genéticas vêm sendo conduzidas visando basicamente quatro grandes objetivos: a pesquisa simples da genética humana para conhecimento científico; a reconstituição dos próprios códigos genéticos extraterrestres deteriorados; o aprimoramento da raça terrestre, via hibridização com a raça deles; e o melhoramento de sua própria espécie por meio de alguns de nossos gens.
Para este autor, não parece lógico que os ETs estejam interessados em material genético. Qualquer comunidade científica avançada trabalha com laboratórios rigidamente controlados. Recolhem-se os espécimes necessários para a pesquisa, recria-se um ambiente favorável e com a aplicação rigorosa dos testes se chega aos resultados colimados. Se os ufonautas fossem realmente cientistas interplanetários, bastaria que montassem uma base segura na Lua e selecionassem 100 casais jovens e sadios capazes de fornecer todo o material genético de que necessitassem. E se isso não fosse suficiente, poderiam utilizar a clonagem infinitamente, ou simplesmente buscar outros 100, dando um pulinho rápido por aqui. Entretanto, todos os pesquisadores garantem que suas bases de operações estão aqui em nosso próprio planeta, sob a Cordilheira dos Andes, sob os pólos, sob o Himalaia e dezenas de outras formações geológicas. Por que seres estelares correriam o risco desnecessário de instalarem-se por aqui? Ainda mais sabendo de nossos armamentos, inclusive nucleares?
Presença milenar — Creio que estão aqui porque sempre estiveram. E creio também que estão mais interessados na sexualidade humana em si, do que no DNA ou suas cadeias genéticas. Como fazem parte de um mundo invisível, de um universo paralelo, não precisam de instalações lunares e podem viver tranqüilamente debaixo das rochas sem temerem qualquer detonação nuclear. Em suas abduções, exageram na manipulação sexual que imputam ao ser humano, seja macho ou fêmea. Não se contentam em recolher óvulos ou sêmen, mas fazem questão de levar o indivíduo a patamares de excitação e orgasmo muito superiores aos conseguidos numa relação normal. De alguma forma, usam essa energia, sugam a energia sexual, a energia vital, e a utilizam com objetivos obscuros, que ainda desconhecemos.
O psicanalista austríaco Wilhelm Reich, ex-discípulo de Freud e autor de obras como A Função do Orgasmo [Brasiliense, 1979] e A Revolução Sexual [Círculo do Livro, 1983], acreditava que essa energia, que chamava de orgônio, era extremamente potente. Nos anos 50, Reich chegou até a fazer experiências com casais copulando para carregar suas baterias orgônicas. Em sua acepção, os tripulantes dos UFOs eram seres negativos que estavam tentando dominar o globo. Para combatê-los, ele construiu o cloudbuster [Caça-nuvem], uma arma tubular capaz de retirar o orgônio negativo das nuvens. Paranóia ou delírio, o fato é que no dia 10 de outubro de 1954, uma série de luzes vermelhas sobrevoaram sua fazenda, no Maine, Estados Unidos, e consta que sua arma tubular, quando apontada para essas luzes, faziam-nas perder a força e intensidade, para em seguida baterem em retirada.
Prazer inimaginável — Os parapsicólogos Álvaro Fernandes e Sonia Maria Trigo Alves atenderam em seus consultórios uma série de pacientes que reportaram o interesse exclusivo desses seres pela sexualidade e não pela pesquisa científica. No interessante livro que escreveram, Casos de Contatos Sexuais com Ufonautas [Edição do autor, 1988], relatam casos como o do advogado que numa noite de 1967 estava pescando às margens do Rio Grande – que nasce no Estado de Minas Gerais, faz a divisa natural com este Estado e com São Paulo, e que ao encontrar o Rio Parnaíba, forma o Rio Paraná – quando foi subitamente capturado por uma estranha luz. De repente, viu-se dentro de uma sala com três mulheres diferentes, mas com seios, quadris e feições semelhantes às nossas. Elas grunhiam entre si e uma delas tirou as roupas e mostrou logo suas intenções. Ele sentiu uma atração e excitação irresistíveis, mesmo sob essas condições adversas. Manteve relações com ela e apesar de ser um homem muito experimentado, relatou que sentiu um prazer inimaginável. Terminou esgotado e com grande sonolência, dormindo pesadamente.
O advogado foi encontrado durante a madrugada por seus amigos de pescaria. Alguns vêem nesse tipo de acasalamento uma espécie de experiência de reprodução. Eu vejo uma tremenda incoerência com qualquer tipo de pesquisa. Até mesmo nossos hospitais públicos possuem procedimentos técnicos mais avançados do que essa tosca metodologia. Outro caso interessante ocorreu na zona rural de São José do Rio Preto (SP), numa noite de 1977, quando uma professora estava à noite em seu quarto e viu uma bola de luz sobre as árvores. A bola entrou pela janela e transformou-se num soldado romano, com capacete, antenas e roupa brilhante. Ele deitou-se ao lado dela, abrindo uma espécie de zíper no macacão, e acariciando-a procurou a penetração. Apesar da moça ainda ser virgem, ele conseguiu seu intento com facilidade. Seu pênis era fino e vibrante, provocando um prazer muito intenso. Em seguida, ela sentiu bastante sono e adormeceu tão profundamente que perdeu o horário das aulas na manhã seguinte.
Esse encontro repetiu-se por uns dois meses. Sua saúde ora melhorava, ora enfraquecia. Mergulhou em um estado depressivo e perdeu o interesse pelo próprio noivo. O teor é praticamente o mesmo em todos os casos de contatos sexuais: manipulação sexual, excitação e prazer fora do normal, esgotamento físico, desinteresse por parceiros comuns, estados traumáticos e depressivos. Lembremos os clássicos de Antonio Villas-Boas, em 1957; de Onílson Patero, em 1973, ou de Antonio Nelson Tasca, em 1983. A maneira como essas atividades são conduzidas e executadas não condizem com uma pesquisa de reprodução.
Decodificar o código genético — Por que tantas civilizações diferentes estariam desenvolvendo pesquisas genéticas em nosso planeta? Por que todas apresentam o mesmo modus operandi? Ora, para decodificar nosso código genético, fabricar clones ou mesmo promover hibridização, não é preciso nenhum contato entre as partes, nenhum relacionamento físico ou cópula. Tudo pode ser efetuado in vitro [Em laboratório]. A inseminação artificial já é uma prática comum há décadas em nossa própria medicina. Por que seres tão mais av
ançados procederiam de maneira tão rudimentar? Villas-Boas desabafou indignado após sua experiência: “Eles queriam apenas um bom reprodutor”. Não pode ser somente isso. Algo de muito mais grave se esconde por detrás do véu das aparentes pesquisas genéticas.
Fatos semelhantes sem essa roupagem extraterrestre vêm ocorrendo há milênios. Os anais do ocultismo descrevem encontros noturnos com íncubos e súcubos, entidades masculina e feminina, respectivamente. Esses seres são comumente descritos como tendo aparência humana ou semi-humana, às vezes com boca, nariz e orelhas um pouco maiores do que o normal. Outras vezes são peludos e grunhem. Em geral, podem atravessar paredes, como fantasmas, e mudar de forma ou sexo em instantes, adequando-se à situação mais favorável para o momento. Seu objetivo principal sempre foi o de tirar proveito das necessidades sexuais humanas, sugando sua energia vital e corrompendo as pessoas para o mal. Objetivam também fazer com que as pessoas os sigam e os adorem, criando grupos e seitas anticristãs em troca de favores e prazeres mundanos. Dominam os escolhidos através de relações sexuais intensas e repassando-lhes conhecimentos mágicos.
Antigamente, durante as relações, roubavam o sêmen e depois o depositavam no corpo das feiticeiras, bruxas ou mulheres pré-determinadas para gerarem os filhos do demônio. Esses seres viviam sob a forma humana e aparentavam ser pessoas respeitosas ou de confiança, como belas moças ou rapazes, justamente para seduzirem os jovens e até padres ou freiras. Na Europa, era comum os maridos deixarem as esposas por haverem coabitado com essas entidades negativas e vice-versa, pois comumente se perdia o interesse por seus parceiros humanos.
Segundo Ludovico Sinistrari, demonologista italiano do século XVII, as pessoas que experimentavam manter relações com esses seres passavam a achar o amor humano insuficiente e incapaz de excitá-los. Sinistrari reporta a existência de seres híbridos, meio humanos, meio demônios, surgidos dessas uniões. São tão óbvias as semelhanças entre os contatos “extraterrestres” e os contatos com íncubos e súcubos que nem precisamos afirmar que se trata do mesmo fenômeno.
Aura religiosa e mística — Em seu livro clássico Passaporte a Magônia [Plaza & Janes, 1975], Jacques Vallée demonstrou que estamos lidando com uma manifestação que acompanha a humanidade desde sempre e que está intimamente ligada ao próprio planeta. Apesar de muito criticado, Vallée inaugurou uma visão que transcende a hipótese de meras visitas de cientistas extraterrestres e redefiniu a questão apresentando-a como “aparições que seguem padrões lendários, históricos e cheios de uma aura religiosa e mística”. Apenas para lembrar, Magônia, na Idade Média, era um lugar mítico no céu, de onde seres fantásticos desciam e seqüestravam seres humanos.
Seriam anjos ou demônios? A palavra demônio deriva do grego daemon, daimónion ou daemoniu, que significam gênio inspirador ou aquele que preside o caráter e o destino de cada indivíduo, ou seja, os tais anjos caídos do céu. Viriam de Magônia ou do Hades? Seja lá como for estão por aí, como sempre estiveram, rodeando os seres humanos para enganá-los, usá-los e escravizá-los.
Experiência pessoal com súcubo
Alguns céticos podem especular que esses relatos em torno de entidades demoníacas, íncubos, súcubos etc, não passam de uma reedição de histórias dos tempos medievais. Não obstante, eu mesmo posso atestar a veracidade de ocorrências desse gênero. Numa noite de verão dos anos 80, no auge de minha juventude, estava dormindo quando subitamente senti um bizarro ser feminino invisível sobre mim. Completamente paralisado, não podia me mover ou abrir os olhos. Uma forte excitação repentina tomou conta de meu corpo e em um minuto tive um orgasmo indescritível que não há parâmetros para mensurar. Nesses momentos, o pênis parece não existir e torna-se algo como que apenas um condutor de um jato d’água, por onde se esvai toda a energia e o sêmen. Ao final, ficou uma grande sensação de vazio, sonolência e fadiga. Apaguei e só acordei horas mais tarde, sem conseguir encontrar numa explicação lógica para o acontecido e o porquê da intensidade dos fatos. Não posso deixar de crer que se trata de alguma coisa negativa, porém devo reconhecer que é bastante atrativa e sedutora. Como dizem os abduzidos, é uma sensação irresistível que a mulher comum não consegue proporcionar, e muito diferente dos sonhos.