
Numa reunião realizada em Salvador (BA), em 7 de julho de 1996, da qual participaram os ufólogos Alberto Romero, do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (GPAZ), Emanuel Paranhos e Luiz Rubens, da Sociedade de Estudos Ufológicos Lauro de Freitas (SEULF), e Ana Santos, do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), foram discutidos os recentes problemas ufológicos brasileiros, entre eles a nova caça às bruxas desencadeada pelos órgãos de segurança e forças militares contra os ufólogos, em decorrência dos desdobramentos do Caso Varginha e a promulgação da nova Lei de Imprensa (que é uma nova forma de censura).
Esses acontecimentos – grande parte do conhecimento público – são de extrema gravidade e preocupantes, principalmente no que diz respeito à integridade dos ufólogos. Em conseqüência, esses fatos tornaramse limitados, ressuscitando os trágicos fantasmas da censura, como também as perseguições de 30 anos atrás. As mesmas pessoas que nos censuravam e perseguiam estão agora perseguindo os ufólogos, sonegando informações e demonstrando uma subserviência a poderosos que possuem interesses completamente alheios ao nosso país.
Tais perseguidores levantam questionamentos em nossas mentes em decorrência da demonstração de força utilizada para subjugar, ferir, seqüestrar e, provavelmente, assassinar três ou quatro indefesas criaturas extraterrestres que, talvez por fatalidade, pousaram ou caíram na região de Varginha. Isso mostra até que ponto a violência indiscriminada impera entre os homens, principalmente militares, apoiados na força das armas e na impunidade de suas investiduras. Por outro lado, devemos assinalar que felizmente muitos integrantes das forças militares são ainda conscientes do papel que desempenham e, graças a eles e seu patriotismo, conseguimos depoimentos sérios que permitiram o andamento das pesquisas.
Existem regras para preservar a salvaguardar os exilados e os refugiados políticos, assim como há leis que amparam os direitos das crianças e adolescentes, das minorias e dos animais. Porém, nada foi pensado e analisado em relação aos nossos visitantes ETs. Além disso, o que poderia acontecer a um pesquisador ou testemunha que, por acaso, sorte ou azar, se deparasse com uma dessas estranhas criaturas ou desse refúgio a ela?
Da forma como as autoridades se mostram totalmente despreparadas e violentas com relação a humanos, seria lógico e civicamente de direito imaginarmos as atrocidades que as mesmas poderiam cometer com os ETs. Quem assistiu às imagens de policiais deferindo rajadas de tiros num fugitivo até matálo, ao tentar escapar nadando, sabe a que estamos nos referindo. Quais seriam as implicações para quem tentasse proteger um ser extraplanetário? A legislação atual é falha e superada. Por isso, pretendemos apresentar sugestões que preencham suas lacunas. E, após estabelecermos uma linha mestra nesses casos específicos, pretendemos remeter documentação aos poderes judicial, legislativo e militar, enviando cópias da mesma para a ONU e outras organizações internacionais reconhecidamente sérias e atuantes. Por todos os motivos aqui expostos, os grupos de pesquisa ufológica baianos estão realizando um intenso trabalho conjunto, solicitando o parecer de juristas para darmos forma legal à nossa proposta. Ao mesmo tempo, aproveitamos para convocar os demais integrantes da Comunidade Ufológica Brasileira, no sentido de participarem dessa cruzada – que é de todos.