Provavelmente o melhor caso de 1995, em Santa Catarina, aconteceu 12 de dezembro no município de Ituporanga, aproximadamente a 220 km da capital. O fato, por ter sido tão impressionante, ganhou espaço em vários jornais, emissoras de rádio e televisão, além de atrair ao local cientistas e pesquisadores de vários lugares. A história toda ocorreu na Fazenda Bela Vista, de propriedade do agricultor Egon Kratz, 62, localizada a 8 km do centro de Ituporanga, às margens da Rodovia 227.
Tudo corria normalmente naquela terça-feira de céu limpo e tempo agradável. Era mais um dia de muito serviço na fazenda. Kratz e seu genro, Adilson Marcílio, 26, que também é agricultor, trabalhavam em uma das muitas lavouras de cebola que há por lá. Por volta das 14h30, uma estranha e descomunal claridade, que tomou subitamente todo o local, tirou-lhes a atenção do serviço. “A cerca de 1.500 m de onde estávamos, surgiu do nada, sobre um capão aquele estranho objeto. Tinha a forma de um disco, com 2 m de comprimento, e emitia um brilho tão forte que mal conseguíamos olhá-lo, pois doía a vista”, disse Adilson ao Grupo de Pesquisas Ufológicas (GPU).
O UFO aparentemente não emitia nenhum som, tinha uma coloração igual à do Sol e apresentava uma protuberância ao centro de sua parte inferior que lembrava duas patas. O objeto realizou um movimento na horizontal a poucos metros das copas de algumas árvores, mantendo-se a uma altitude aproximada de 10 m do solo e, a seguir, baixou num vale onde misteriosamente sumiu 30 segundos após seu surgimento. Impressionados e ao mesmo tempo confusos com o que haviam presenciado, os agricultores resolveram esquecer o fato e voltar ao trabalho.
Em meio à fantástica onda ufológica que atingiu todo o Brasil no fim de 1995, vários casos de pouso de UFOs foram detectados pelos pesquisadores. Um deles ocorreu no interior de Santa Catarina e o objeto teria queimado a vegetação, como evidência de sua passagem e interação com o meio ambiente. O caso é um dos mais interessantes já registrados
Mas na sexta-feira, dia 15, Adilson e alguns conhecidos, levados pela curiosidade, foram ao local sobrevoado pelo UFO na esperança de encontrarem algum vestígio. Ficaram surpresos ao ver que a mata daquela área estava toda marcada. “Era como se tivesse sido submetida a grandes temperaturas, pois a vegetação estava toda chamuscada”, disse o agricultor. Não demorou muito e a notícia se espalhou pelo município e várias pessoas, entre curiosos e interessados no assunto, visitaram a Fazenda Bela Vista para ver as marcas deixadas pelo UFO.
EXAMES LABORATORIAIS — dia 20 de dezembro, foi a vez dos técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irem até o local. Na ocasião, recolheram amostras do solo e rochas para exames laboratoriais, além de realizarem análises com contador Geiger Muller na área afetada para verificar se havia indícios de radiação. Segundo Kratz e Adilson, que acompanharam a equipe da UFSC, o aparelho nada acusou. Dentre as tentativas de explicação para o fato, a hipótese ufológica não foi descartada pelos técnicos.
O GPU esteve em Ituporanga em 4 de janeiro de 1996, acompanhado da equipe de uma emissora de televisão. Colheu depoimentos das testemunhas, fez registros fotográficos e em vídeo de todas as evidências, coletou amostras do solo, rochas e vegetação para serem examinadas. O fenômeno havia ocorrido há 23 dias, e os sinais de alteração na mata estavam cada vez mais evidentes. Notou-se que a copa das árvores próximas ao local estava praticamente desfolhada e que toda a vegetação atingida pela luz do UFO aos poucos ia morrendo.
“A mata primeiramente vai amarelando, depois seca e, por fim, morre. É como se tivessem despejado água quente. Devem ter largado alguma coisa no chão porque, além da vegetação estar morrendo, faz dias que nada cresce no local”, contou ao GPU o senhor Egon Kratz. “Fui ao ponto onde o objeto sumiu e até ali existem marcas. Depois, a vegetação não apresenta nenhum sinal de alteração. Se é que largaram algo na terra, isso parece não estar se espalhando”, completou o senhor Adilson.
O avistamento dos agricultores se tornou tão popular na pequena cidade de Ituporanga, que o assunto chegou a ser destaque num programa da rádio local. Quando o caso foi ao ar, duas pessoas telefonaram para a emissora afirmando também terem testemunhado a aparição do fenômeno. Durante muitos dias não se falou em outra coisa no município. As opiniões se dividem: há pessoas que acreditam que o objeto era um disco voador, outras acham que um raio causou tudo aquilo. Há também aquelas que apostam que alguém colocou fogo na mata ou espalhou algum tipo de veneno.
Caminhando entre a vegetação da área afetada, o GPU constatou que vários metros quadrados foram atingidos. Nenhum indício de queimada ou de que um raio caiu no local foi encontrado, tampouco qualquer substância que pudesse ter sido jogada, como veneno. Análises deverão revelar se o solo também foi afetado. Tais exames ainda estão em curso e, à medida que os resultados forem sendo obtidos, serão divulgados.
Em seu depoimento ao GPU, o senhor Kratz revelou que objetos estranhos já haviam sido vistos anteriormente em Ituporanga. São fenômenos luminosos, parecidos com o que ele e seu genro observaram, diferindo-os apenas por terem ocorrido à noite. Em um deles, testemunhado por um conhecido seu, o objeto manifestou-se num vale próximo ao local onde ocorreu o caso do dia 12 de dezembro.
INÚMEROS RELATOS — O GPU tem em arquivo inúmeros relatos de avistamentos acontecidos naquela região, fértil em aparições ufológicas. Um dos mais conhecidos do meio ufológico, ocorreu em outubro de 1993 no município de Rio do Sul, que fica cerca de 27 km ao norte de Ituporanga. De seu apartamento, no centro da cidade, o bancário Cláudio Fernando Krauss e família, testemunharam por vários minutos uma esquadrilha de 12 a 15 UFOs que, voando em formação, cruzou diversas vezes o céu do município à grande altitude, num interminável desfile.
Voltando ao caso de Ituporanga, parece que o objeto visto pelos agricultores tratava-se de uma pequena nave extraterrestre. A luz (ou radiação eletromagnética) que emitia causou os efeitos físicos verificados na vegetação. A nave não chegou a tocar o c
hão, mas as possibilidades de que o solo tenha sido afetado existem, pois além dos agricultores afirmarem que nada mais está crescendo no local, pudemos constatar num teste que o solo ficou impermeável.
As árvores que estão com as copas chamuscadas e praticamente desfolhadas indicam nitidamente terem sido atingidas por uma forte emissão de calor – radiação – que veio de cima. Os movimentos na horizontal e as evoluções precisas até sumir, demonstram que o objeto estava sendo manipulado por algo inteligente. É de admirar o horário que o fato ocorreu: às 14h30. Em pleno dia! Os tempos são outros e, a cada novo ano, além dos contatos se multiplicarem, são cada vez mais abertos.