Uma colaboração de Cláudio Brasil. Recebi por e-mail, em meados de outubro, cinco fotos muito interessantes obtidas em São Paulo, que muito despertou a minha atenção.Daniel Barros, estudante de publicidade, 25 anos, que tem como hobby a fotografia, estava em sua casa na Vila Mariana quando observou pela janela de quarto um estranho objeto brilhante próximo à lua. No início achou que poderia ser algum planeta, mas decidiu fotografar a estranha luz. O avistamento ocorreu no dia 11 de outubro de 2006 por volta das 2h10 da madrugada. Daniel nos relata o seguinte: “Estava deitado na minha cama, preparado para dormir, quando notei que a janela estava entreaberta e a lua estava maravilhosa no céu. Olhando para a lua notei um pontinho vermelho parado ao seu lado. Aquilo me chamou a atenção e logo peguei minha maquina. Não escutei barulho algum, nem um ruído diferente dos que são normalmente ouvidos nas noites de São Paulo.
Comecei a tirar fotos do que, para mim poderia ser um planeta… foi então que percebi que as fotos, depois de um tempo, começaram a ficar mais e mais borradas com uma mancha vermelha, como se eu tivesse tremendo a câmera, peguei um tripé para resolver esse problema. mas na verdade o que eu acho que aconteceu foi que realmente o objeto estava quase parado ao lado da lua, porem progressivamente ia aumentando sua velocidade e progressivamente manchando as fotos. A minha casa fica na Vila Mariana, bem na rua da estação, a janela do meu quarto fica para o norte (um pouco noroeste) com vista para paulista. É possível acompanhar a órbita do sol e da lua, a partir de um pouco antes deles atingirem o ponto mais alto no céu (conhecido na astronomia como zênite – nota do autor/consultor).
O horário das fotos estão exatos. Ele estava no alto, praticamente parado, e foi aumentando sua velocidade até desaparecer no horizonte”. Em contatos posteriores com a testemunha, perguntei-lhe sobre a possibilidade de ser algum tipo de balão, e ele me respondeu “100% de certeza!!! balão não era…” e acrescentou “nas primeiras fotos o objeto estava ao lado da lua…o objeto brilhante é mesmo a lua!”. Embora, levando em conta o relato da testemunha sobre o comportamento do objeto, possamos descartar a possibilidade de ser algum tipo de objeto celeste, foi feita uma simulação do céu no dia e hora do avistamento utilizando um software astronômico específico.
A Lua estava a 34 graus de altura sobre o horizonte nordeste e não havia perto dela nenhum astro brilhante. A estrela mais próxima, Betelgeuse, estava a 26 graus de distância da Lua, cerca de 52 diâmetros lunares, uma distância muito grande. Pelo horário do avistamento, pode-se descartar de imediato a possibilidade de ser algum tipo de satélite ou nave terrestre em órbita, pois estes só são visíveis até 90 minutos após o ocaso do sol ou a partir de 90 minutos antes do nascer.
Levando em conta o relato da testemunha, que informa um movimento atípico no desaparecimento, a coloração avermelhada do objeto, característica de UFOs em baixa potência de propulsão (veja: Paul Hill – Unconventional Flying Objects), a total ausência de ruído, e, pela análise das imagens, concluo tratar-se de um registro original de um UFO.
O objeto é parecido com o que este consultor filmou em 31/01/98, apresentando uma região escura em sua parte inferior, diferenciando porém em seu formato, uma vez que o objeto de 1998 tinha a forma de uma coroa invertida. Esse caso nos mostra que não precisamos estar longe de casa e nem estarmos realizando uma vigília ufológica para registrar a presença de objetos estranhos no céu. Basta estarmos atentos, ter uma câmera por perto e dirigir nossos olhares também para as estrelas.