A TV Mundo Maior em parceria com a Revista UFO apresentou, no ultimo domingo, mais um episódio da série ufológica do programa Nova Consciência. Desta vez o tema foi: Desabdução [Revista UFO 133 e 135]. Apresentado por Jether Jacomini Filho e comentado por Pedro de Campos, consultor da Revista UFO, o programa visa levar aos espectadores o tema Ufologia, vinculado à interpretação espírita dos fatos. A série que está no ar desde sábado, 03 de maio, será reprisada hoje (09 de maio), às 13h00. A TV Mundo Maior está 24 horas no ar, sendo captada no Brasil por antena parabólica. Sua programação é transmitida ao mundo pela internet (http://www.tvmundomaior.com.br/).
O alienígena de outra dimensão é chamado ultraterrestre (UT) ou ET sutil. Trata-se de uma entidade diferente do espírito. Embora semelhante a ele por ser invisível aos nossos olhos, diferente dele o alienígena está encarnado numa esfera não espiritual. Assim como o homem, tem um ciclo vital: nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre. Embora esteja encarnado, viaja por outra dimensão do espaço-tempo e materializa seu corpo de modo mais ou menos semelhante ao do espírito. Nos contatos efetuados, essas características já foram testemunhadas inúmeras vezes. O nome ultraterrestre foi adotado pelo astrônomo e espiritista francês Camille Flammarion (1842-1925), no livro Récits de l\’infini, editado na França em 1872. No Brasil a obra foi pubicada em 1938, pela Federação Espírita Brasileira, com o título Narrações do Infinito, tendo depois outras edições. Traduzido para o inglês com o nome de Lumen [Wesleyan, 2002], é encontrado facilmente nas livrarias da Europa e monopoliza hoje a atenção de espíritas e ufólogos. Nele, o conceituado astrônomo fala da vida em outras dimensões e especula sobre a natureza da relação espaço-tempo, antecedendo de três décadas a teoria da relatividade de Einstein. Fala sobre a existência de entidades biológicas dotadas de corpos sutis, com faculdades sensoriais superiores às nossas. Os seres ultraterrestres, descritos na “Primeira Narrativa” do livro, causaram sensação e a partir daquela data o termo se popularizou, passando a ser usado para definir ETs sutis, seres dotados de corpos menos materiais, invisíveis a olhos terrestres. Além dessa entidade sutil, há também outra, amplamente testemunhada. Trata-se de um tipo denso como nós, oriundo de mundo tridimensional como a Terra. O ET sólido chegaria ao nosso mundo por teleportação, um “fenômeno de transporte” que o faria viajar por “fora do nosso espaço”, através dos chamados Buracos de Minhoca [Warmholes], tubos que com a curvatura do espaço interligariam as várias regiões do espaço-tempo, possibilitando a realização quase instantânea de viagens intergalácticas, as chamadas “viagens no tempo”. Considerando-se as monumentais distâncias interestelares e o insignificante limite da velocidade da luz para cruzá-las, os warmholes surgem hoje como a “teoria menos medíocre” para justificar a vinda “deles” à Terra.
Em sua obra, Allan Kardec fala da existência de vida em outros mundos, tanto material como menos material. E na Revista Espírita de março de 1867, ele publica e comenta o artigo intitulado “Relato Extraterreno”, adotado o sinônimo da palavra “extraterrestre” pela primeira vez numa publicação espírita. No ano seguinte, sob instruções do Espírito Verdade, Kardec inseriu em A Gênese o texto inspirado de Flammarion, dando a público o belíssimo capítulo intitulado, Uranografia Geral. “Não imagineis sobre esses planetas desconhecidos do cosmos os três reinos da natureza existentes ao redor de vós; mas lembrai-vos que, assim como a fisionomia de um homem não é igual à de outro em todo gênero humano, assim também foi espalhada no cosmos uma variedade prodigiosa, inimaginável, em todas as habitações etéreas que vogam no seio dos espaços”, escreveu ele. Embora na Ufologia haja inúmeros testemunhos dando conta de contatos com seres ultra e extraterrestres, ainda assim a nossa ciência está longe de entender esses dois tipos: o primeiro porque seria de outra dimensão e se materializa convertendo energia em massa, o segundo porque viajaria por fora do nosso espaço, ficando oculto à nossa vista. Por isso, para estudá-los, devemos examinar a casuística ufológica, o relato das testemunhas e tudo que a ciência possa nos oferecer em termos concretos e em forma de teorias bem elaboradas, lançando mão, inclusive, da filosofia e da teologia para tentar interpretá-los.
Diante da incidência do Fenômeno UFO em todas as partes do globo, os dirigentes de casas espíritas estão possibilitando a criação de grupos para estudo da casuística e suas correlações. A pluralidade dos mundos habitados está cada vez mais evidente e requer reflexões conectando Espiritismo e Ufologia. No centro espírita, dentro de um clima harmonioso e fraterno, os participantes podem conversar abertamente sobre o tema, trocar idéias, participar de atividades específicas e obter orientação sobre várias experiências, além de dar assistência aos abduzidos e contar com apoio espiritual para si próprios. Participar dos estudos dentro do centro espírita é atividade gratificante e proveitosa. Na medida em que avançam, verifica-se o entendimento de temas intrigantes. O mentor espiritual, responsável pelo grupo, acompanha os estudos e orienta. Participar dessa atividade significa também estar sendo assistido pela espiritualidade, seja em que caso for, tanto espiritual quanto ufológico. Um dos propósitos do grupo de estudos é dar assistência aos abduzidos. Estes, inclusive, por instruções da espiritualidade, poderão participar do grupo nos encontros regulares. Ressalta-se que os espíritas chamam de “obsessão” ambos os eventos, tanto o assédio extracerebral de espíritos quanto o desconforto ufológico produzido por seres alienígenas. Obsessão é nome genérico, um padrão usado nas casas espíritas. E a desobsessão, realizada para este ou aquele caso, às vezes é feita em paralelo aos estudos. Essa atividade visa equilibrar o assistido, dando a ele controle emocional e serenidade a seu espírito. Embora a recomposição possa ser demorada, segundo cada caso, exigindo perseverança e fé raciocinada, ainda assim, na espiritualidade, nada é feito sem propósito definido, nada fica inócuo.
Durante os estudos, o participante conhece as múltiplas facetas do Fenômeno UFO, avança no saber das ciências correlatas e tira suas conclusões harmonizando ciência, filosofia e teologia. O livro Um Vermelho Encarnado no Céu, mostrou o fenômeno ufológico e destacou alguns casos de abdução, dando referência para eventual assistência espirit
ual aos abduzidos. De modo independente, cada instituição espírita tem a sua maneira de auxiliar. Quando o assistido diz que sofreu um desconforto ufológico, não é raro estar presente um evento apenas psíquico, tratado pela medicina convencional com os recursos dela. Mas pode ser também um evento espiritual, especialidade das casas espíritas. Há, entretanto, casos mais raros, de origem alienígena, em que o saber ufológico entra em cena. Os membros da instituição, conscientes do amplo leque de possibilidades, procuram dar o encaminhamento adequado. Cada instituição e cada grupo especializado tem o seu modo espiritista de proceder e dar assistência espiritual ao abduzido.
Em maio de 2007, a Revista UFO apresentou em sua edição 133 uma entrevista de Pedro de Campos, autor do livro mencionado. Na edição 135 mostrou o Caso Guarulhos, que redundaria na assistência espiritual ao abduzido de que trata a entrevista. Reproduzimos aqui apenas alguns lances do diálogo.
UFO – Você teve dificuldade em aceitar o quê na Ufologia? Campos – Sem dúvida, tive muita dificuldade com o evento de abdução. Eu precisava de uma prova incontestável. Foi aí que tive uma experiência marcante. Tudo começou quando uma pessoa abduzida me procurou, dizendo ter sido vítima de abdução. De início, pensei que a abdução fosse apenas uma emancipação da alma ou uma nova forma de loucura, mas depois da informação dos espíritos e de pesquisar muito o trabalho de médicos e especialistas norte-americanos que se detiveram em centenas de casos de abdução, compreendi que não se tratava de uma soltura da alma nem de uma nova forma de loucura. O evento é físico, a pessoa é levada de corpo para a nave e a questão pode ser traumática, muito séria mesmo.
UFO – E você teve a prova de que precisava? Campos – Sim, tive! E foi um evento marcante. Antes, conversei com muitos abduzidos, mas sempre restava alguma dúvida. Até que certa vez uma pessoa assistiu a uma palestra minha em Curitiba e procurou-me em São Paulo. Dizia que seres alienígenas a tinham levado à nave e feito com ela algumas experiências. Ela se sentia monitorada e pediu-me assistência espiritual. Chamava-me a atenção o fato de ela ser espírita, com sólida formação na doutrina e trabalhadora de uma das casas espíritas mais conceituadas do Brasil, além de ser equilibrada e de ter formação universitária em duas faculdades. A orientação espiritual que tive foi para ajudá-la. Então conversei com um espírito-médico, que se prontificou a dar sua contribuição. Foi aí que fizemos algo novo no Espiritismo, realizamos no centro espírita uma “sessão especial de desabdução”, um ato de amor fraternal para com o assistido. O fato foi presenciado por vinte e duas pessoas com sólidos conhecimentos, tendo sido relatado em detalhes no livro Um Vermelho Encarnado no Céu.
UFO – Nesse evento, você narra a fantástica experiência extraída de um trabalho espírita pioneiro, envolvendo a comunicação mediúnica com os “greys” materialistas. Por que ocorreria as tais abduções? Você diz também que existem seres evoluídos, executando curas e monitorando as ações nefastas. Haveria nisso uma “guerra de forças”? Campos – Na sessão de desabdução, ficou claro que aqueles alienígenas tinham interesse em estudar os nossos minerais e os seres vivos, saber a constituição deles, sua fisiologia e comportamento. As abduções são feitas para terem esse conhecimento, mas não sabemos em que irão aplicar. Os cinzas [Greys] são seres materialistas, evoluídos na ciência, mas fracos na moral. Todavia, segundo os espíritos, o universo tem uma variedade infinita de mundos habitados. Dizem que há mundos em que os seres são muito desenvolvidos, tanto na ciência quanto na moral. E que tais criaturas estariam muito além dos cinzas. Penso que não se trata de haver uma “guerra de forças”, porque o melhor dotado sempre leva vantagem, não precisaria do artifício de confrontação. Que vantagem levaria o homem de Neandertal sobre nós? Nenhuma! Algo assim deve acontecer entre essas criaturas insólitas, segundo os espíritos.
FO – Depois desse evento intrigante, você considera imprescindível o contato com ETs para o nosso progresso? Campos – Posso dizer com certeza que quem participou desse evento de desabdução aprendeu muito. É algo que realmente marca nossa vida, principalmente no meu caso que vi o UFO, registrei o fato num pequeno filme e fiz inúmeras fotos, algumas foram publicadas. Mas não considero que seja imprescindível hoje um contato com seres alienígenas para avançarmos na evolução. Ela pode se fazer sem isso. Mas devo reconhecer que um contato assim, poderia mudar a nossa visão de mundo e intensificar o intercâmbio com a espiritualidade. A nossa escalada evolutiva poderia ser acelerada, e muito!
UFO – Notei que os seres contatados tinham características diferentes das nossas. Se você fizesse contato com uma civilização semelhante à nossa, o que perguntaria? Campos – Se me fosse dado fazer contato com uma civilização adiantada e compatível fisicamente com a nossa, eu não teria dúvida em perguntar coisas para nos aliviar as dores, beneficiando-nos de algum modo. Assim como no passado descobrimos a cura de muitas doenças, seria irresistível querer acelerar esse processo e perguntar como eles resolveram o câncer, o diabetes, as doenças genéticas, o sofrimento na velhice etc. Além disso, quais seriam os parâmetros técnicos e a tecnologia a ser desenvolvida pela nossa civilização para fazermos contato regular à distância, através de ondas de rádio, por exemplo, para troca de informações em tempo real e entendimento mútuo. Penso que isso seria benéfico ao homem, melhoraria suas condições de vida e ele poderia se preocupar mais com o altruísmo. Hoje, o pensamento humano está muito voltado à obtenção de coisas materiais, para sustentação de uma vida digna. Nesse contexto, vejo que a fraternidade ficou relegada ao plano inferior, isso teria de ser invertido. Segundo os espíritos, a maioria das civilizações exteriores está num patamar evolutivo superior ao nosso. E, por certo, quando a Terra deixar de ser um “mundo de expiações e provas”, elevando-se com méritos próprios à categoria de “mundo regenerado”, o homem terá o coração mais fraterno e fará contato formal com civilizações mais avançadas. Então poderá prosperar ainda mais na escalada evolutiva.
UFO – Por que a maioria das informações relacionadas a contatos com extraterrestres não são divulgadas para a opinião pública? Campos – Há vários motivos para isso. Geralmente, o contato alienígena não deixa uma prov
a científica cabal, capaz de certificar sem equívoco que seja um evento ET. Nos contatos, o alienígena não se apresenta em público formalmente, nem tampouco fornece coisas materiais que certifiquem a sua origem não terrestre. Os científicos não costumam aceitar os relatos de pessoas contatadas, alegando que seriam frutos da imaginação, quando não de uma doença mais séria ou de alguma impostura da pessoa. Também relutam em aceitar como prova os filmes e as fotos do acontecimento, dizendo que tudo poderia ser forjado. E como não há vida nos demais planetas do sistema solar e as distâncias interestelares são enormes, exigindo milhares de anos de viagem de uma estrela à outra, os céticos dizem que um contato direto não seria possível. Assim, fincam o pé nas limitações da ciência e preferem o velho chavão que diz: “Não pode ser…, então não é!”.
UFO – Mas as provas aí são irrefutáveis: Roswell, Varginha e Operação Prato não são provas cabais? Campos – Sem dúvida, são provas inquestionáveis para nós, ufólogos. Mas os órgãos oficiais de governo, tendo em mãos essas provas, tais como a nave caída nos desertos de Roswell, os seres alienígenas que nela se acidentaram, o ET capturado em Varginha e o farto material obtido na Operação Prato, não os dão a público por insuficiência científica: não sabem como “eles” chegaram aqui! Não há explicação científica para isso. Diante das dificuldades, chegam a imaginar uma origem insólita, mas de origem terrestre, às vezes até paranormal. Como não há vida nos demais planetas e como não há explicação cientificamente válida para justificar essas criaturas vindas de tão longe, de muitos anos-luz de distância, então as autoridades julgam que o melhor é despistar. Acreditam que acobertando, estariam evitando o pânico popular, porque a fraqueza e a vulnerabilidade das nossas instituições são grandes diante da questão alienígena.
UFO – Então cabe a pergunta, como eles chegam aqui? É possível especularmos sobre isso? Campos – A palavra especular aqui é muito apropriada. Não há como se pensar em viagens próximas à velocidade da luz e, ainda assim, ter de gastar dezenas, centenas ou milhares de anos para transpor as monumentais distâncias cósmicas e chegar à Terra. A decifração do enigma “viagem” está seguramente em transpor o espaço por uma via insólita, ou seja, viajando talvez “por fora dele”. Usando a teoria científica dos Buracos de Minhoca [Warmholes], os alienígenas viajariam através de tubos de interligação entre as várias dimensões do espaço-tempo, transpondo até universos paralelos para adentrar ao ambiente terrestre através de portais abertos, supostamente, por potentes aceleradores de partículas. Embora essa teoria seja de difícil aceitação, é a que melhor explica os fatos. E hoje, é a menos medíocre. A outra, é negar tudo, como vem sendo feito, mas sem sucesso porque os alienígenas não se importam com isso e continuam a fazer suas incursões. As naves acidentadas, as abduções e os implantes provam a chegada deles à Terra, embora não se saiba o como chegam aqui.
UFO – Estaríamos preparados para um contato direto? O que poderia advir disso? Campos – A preparação da humanidade para um contato com civilizações extraterrestres é relativa. Os graus de avanço científico e moral fariam a diferença num contato. Quanto mais esses graus de avanço estiverem próximos aos nossos, mais preparados estaríamos. Mas, na medida em que eles se distanciam, a nossa preparação para um contato formal decai. É fácil entender esse diferencial observando a história da humanidade. Quando o Brasil foi descoberto, que preparação tinha os índios para contatar os portugueses? Eles estavam 10.000 anos atrás em cultura. Por isso, tiveram que se submeter a uma cultura mais adiantada que a deles. Com isso, o livre-arbítrio do índio foi embora. Por certo, uma cultura alienígena muito desenvolvida e espiritualizada, com milhões de anos à nossa frente, não desejaria fazer o que foi feito aos índios, saberia que temos de caminhar passo a passo na escalada de progresso. Respeitaria as nossas limitações e talvez, em razão delas, nem sequer o contato formal fosse feito. Isso não os impediria de ajudar-nos veladamente. Mas o mesmo não se poderia dizer para civilizações apenas alguns milhares de anos à nossa frente. Neste caso, haveria contato. E não sabemos a priori qual seriam os graus de avanço científico e moral da civilização visitante, para avaliarmos as conseqüências desse encontro. Seja como for, em qualquer contato a desvantagem terrestre seria grande. E a lógica aqui se encarrega de projetar outras situações.
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