Em janeiro passado, este autor realizou investigações de campo em algumas ilhas da foz do Rio Amazonas, no Pará, a fim de apurar recentes eventos ufológicos que se repetem ininterruptamente naquela área há mais de 30 anos. Nos anos 70, a atividade de naves e seres alienígenas era tão intensa no local que um fenômeno específico, que ficou conhecido como chupa-chupa, levou a Força Aérea Brasileira (FAB) a realizar na região, entre setembro e dezembro de 1977, uma investigação que acabou denominada de Operação Prato, sob o comando do então capitão Uyrangê Hollanda [Veja edições UFO 114 a 117].
Na época, a população local apelidou os UFOs com o termo devido ao seu estranho comportamento: os objetos luminosos surgiam do céu, perseguiam as pessoas e disparavam em seus corpos uma espécie de feixe de luz, como um laser. Todas as vítimas atingidas julgavam que o raio lhes havia sugado um pouco de sangue, dando origem a um processo anêmico — fato posteriormente confirmado por hemogramas realizados pela então médica do posto de saúde da Ilha de Colares, doutora Wellaide Cecim Carvalho [Veja edição UFO 116]. Assim, devido à sua gravidade, o chupa-chupa foi o principal objeto de investigação da equipe militar. O interessante é que a maioria dos atacados eram mulheres, que ficavam com marcas na parte superior de seu tórax, como se fossem dois furos de agulha em torno de uma mancha marrom, bem semelhantes à queimadura de iodo. Nos homens, as marcas ficavam nos braços ou pernas.
Os estranhos sinais deixados pelo chupa-chupa também foram analisados por médicos militares que, às vezes, acompanhavam o grupo nas operações na selva. Além disso, eles também colheram relatos de testemunhas que descreveram a desmaterialização de artefatos voadores no ar e seu reaparecimento. Alguns moradores também afirmaram ser atacados mesmo dentro de suas casas. Em geral, estavam dormindo em suas redes quando, de repente, o telhado ficava transparente, permitindo que vissem o céu e UFOs à espreita sobre as moradias. Logo em seguida, acontecia o disparo do feixe de luz, que sugava o sangue das vítimas.
UFOs produzindo estrondos
Atualmente, a manifestação do Fenômeno UFO naquela região da Amazônia não se dá da mesma maneira que na época da Operação Prato. Hoje os casos são, na maioria, avistamentos relativamente discretos de naves em vôo, com alguns incidentes de aterrissagens e observação de ocupantes. Os relatos das testemunhas continuam alimentando os investigadores, permitindo, com sua riqueza de detalhes, análises mais apuradas da manifestação ufológica na área. Em nossa incursão do começo deste ano, chegamos a coletar indícios materiais de tal atividade, como amostras de solo e de plantas. A recente investigação de campo se realizou basicamente em cinco ilhas do litoral paraense: Marajó, Colares, Cotijuba, Jutuba e Paquetá. Nesta última foi possível chegar à conclusão de que também houve incidentes semelhantes ao chupa-chupa no passado, mas nunca investigadas ou documentas pela Operação Prato.
A área é de rara beleza. Entre as ilhas, Colares tem área aproximada de 250 km² e é separada do continente por um canal denominado Furo da Laura. O termo “furo” designa uma ligação entre rios ou afluentes. Está localizada na margem oriental da Baía de Marajó, distante cerca de 80 km de Belém, de onde saímos seguindo para o norte pelas rodovias BR-316 e PA-238. Por este caminho se chega a Santo Antônio de Tauá e Vigia, localidades com freqüentes avistamentos de UFOs durante a noite — que tiveram seu ápice em 1977, sendo investigados pelos militares. Na vizinha Vila dos Remédios colhemos relatos de uma das últimas aparições significativas na região, ocorrida na noite de 25 de outubro de 2010, quando moradores avistaram fenômenos inexplicados. Entre eles, o senhor Manoel Conceição, 58 anos, e Maria Reis, 35, contam que, após ouvirem um forte estrondo por volta das 23h00, observaram pelo menos dois objetos sobrevoando a copa das árvores. “Eram brilhantes, emitiam luzes pelos lados e nossos aparelhos eletrônicos, como TVs, sofreram interferência durante o acontecido”, declararam. Poucos quilômetros adiante, na localidade de Tracuateua, o mesmo fenômeno ocorreu.
Atingido por um feixe de luz azul
A viagem investigativa teve continuidade no município de Vigia e no vilarejo de Penhalonga, na margem continental do Furo da Laura. Através de uma balsa é possível atravessar para o outro lado do rio, onde está a Ilha de Colares, principal ponto de avistamentos ufológicos do Pará e um dos objetivos da expedição. A ilha limita-se ao norte com a Baía de Marajó, ao sul com o município de Santo Antônio de Tauá, a leste com Vigia e a oeste com a Baía do Sol — todas áreas com muitos relatos de manifestação ufológica na década de 70.
Durante a coleta de material, pudemos concluir que, na maioria dos casos registrados, os objetos voadores não identificados voam a baixa altitude, a poucos metros do solo e até sobre a copa das árvores. Os relatos também indicam que são luminosos à noite e têm pequenas dimensões, sendo comumente de aparência esférica e com diâmetro de 1,5 m, em média. É comum moradores os compararem com um animal corriqueiro na região, a Arraia de Fogo, como no depoimento do senhor Raimundo Barbosa sobre um caso ocorrido em outubro de 1977, na região do Rio Bituba. Barbosa contou que fora atingido por um feixe de luz de cor azul, comparando-o com o foco de uma lanterna. A luz causou-lhe forte dor de cabeça, tremor no corpo e entorpecimento na área atingida.
Na maioria dos relatos, o contato do foco de luz com o corpo das testemunhas provoca intenso calor ou um tipo de choque elétrico, com ou sem dor. Logo em seguida pode haver nas vítimas uma semiparalisia ou amortecimento, que se propaga dos pés à cabeça, além de um calor progressivo, calafrios e rouquidão. Em muitos casos, a dormência pode durar alguns dias, deixando uma marca circular queimada ou de cor roxa no local da “picada”. Um ótimo exemplo deste fato é o ocorrido em 18 de outubro de 1977, por volta das 23h00, com a senhora Claudiomira Rodrigues da Paixão, 35 anos na época — caso que consta da documentação da Operação Prato [Baixe os documentos no Portal da Ufologia Brasileira, ufo.com.br].
“A testemunha disse que estava acordada deitada em uma rede e que em sua companhia estava uma senhora e seus filhos. Contou também que pressentiu uma luminosidade que pe
rcorreu todo o seu corpo, como uma lanterna, fixando-se no seio esquerdo e sugando-o”, consta do relatório da missão militar. Claudiomira ainda relatou aos militares que a tal luminosidade desceu para sua mão direita, ocasião em que sentiu como se fosse picada por agulha. A testemunha gritou por socorro, sem ser atendida, e sua voz ficou presa na garganta. Segue o registro de seu caso, feito pelos membros da Operação Prato: “Seu corpo ficou semiparalisado e o ambiente ficou totalmente iluminado por uma luz esverdeada. A testemunha sentiu um estranho torpor, sendo despertada pela sua acompanhante”.
Fatos aterradores na selva
Na margem do Furo da Laura, a expedição deslocou-se por quase 18 km numa estrada de péssima conservação até o município de Colares, na área extrema da ilha homônima, e seguiu até a Praia do Humaitá, fluvial, aonde ainda ocorrem muitos fatos ufológicos. Um dos moradores do município é o senhor Hilberto Freitas, de quem coletamos depoimento. Oficial da Marinha Mercante, atualmente radialista e responsável pela única rádio da região, a Rosário FM, Freitas mantém um programa semanal chamado Além da Imaginação, dedicado aos relatos de avistamentos de UFOs. “Os habitantes sempre nos procuram para narrar os acontecimentos. São relatos de todos os tipos que nos dão a certeza de que os UFOs continuam ativos em Colares. Eles vão desde histórias de simples avistamentos até fatos aterradores”, declarou. Freitas se formou aos 20 anos pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, e há mais de 30 anos se interessa por discos voadores [Veja edição UFO 115, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
O radialista mantém registro de casos narrados pelos moradores de Colares, e sempre atende os ufólogos que vão à ilha atrás de informações. Ele indica a Praia do Machadinho como uma das áreas de maior incidência ufológica em todo o Pará. O local parece isolado do resto do mundo e o acesso só é possível por uma estreita estrada de terra com passagem para apenas um carro por vez, com muito mato. No entanto, o visual compensa, principalmente no fim da estradinha, onde há uma praia de água doce de rara beleza, coberta pela mata amazônica em toda sua extensão e sem qualquer construção ou indício de ocupação humana. Na praia é possível caminhar entre as grandes árvores caídas em único sentido, resultado da ação da água em certas épocas do ano. Foi ali um dos cenários da Operação Prato, local em que os militares tiveram inúmeros avistamentos — e até hoje não são raras as observações de UFOs lá, como apuramos.
É Hilberto Freitas quem relata diversas ocorrências ufológicas no Machadinho, até mesmo o pouso de um grande objeto luminoso no final de 2010. “Trata-se de um lugar com forte energia, tanto que muita gente não consegue ficar lá por muito tempo. As pessoas sentem algo estranho ou a presença de alguma coisa observando-as”, comentou. Além de seus aspectos insólitos, o local conta com uma proteção natural: no rio, uma infestação de arraias que impede o banho, e fora dele, o ataque impiedoso dos maruins, insetos da ordem díptera que picam suas vítimas com uma enorme tromba que pode chegar a um centímetro.
Uma alma penada
Naquela região da Amazônia é muito comum mistérios virarem lendas, como nas áreas conhecidas como Buraco da Laura, Ponta da Laura e Igarapé da Laura — todas nos arredores de Colares e do já citado Furo da Laura. Mas quem seria esta personagem tão famosa do local? Laura é uma entidade feminina que, segundo os moradores, visita com regularidade a ilha e suas cercanias, cedendo seu nome a tantos pontos geográficos. Os mais antigos relatam que ela sempre aparece nas margens dos rios e igarapés. “É uma mulher totalmente de branco, que surge no interior de uma luz também branca e dá medo nas pessoas. Mas ela diz ‘na cabeça’ das testemunhas que vem em paz. É uma alma penada”, declarou um pescador sobre a estranha figura, que, como se vê, pode perfeitamente se encaixar na fenomenologia ufológica.
Outra lenda comum na região é a da Matinta Pereira, também uma entidade feminina que emite um assobio assustador, agudo e ligeiramente metálico ao passar sobre as casas. Não são poucos os moradores que afirmam ter visto o estranho ser, que surge apenas durante a noite. Há quem acredite que se trate de uma bruxa, mas há testemunhos consistentes de avistamentos da lenda que a descrevem como uma estranha bola de luz, tornando fácil deduzir sua relação com UFOs. Não é caso isolado. Na Amazônia, qualquer avistamento de esferas luminosas se transforma em algum mito folclórico.
O próprio chupa-chupa, apesar de ser descrito como um artefato cilíndrico e metálico de pequeno diâmetro — muitas vezes com ocupantes em seu interior, vistos através de uma grande janela —, tem este nome folclórico devido ao seu comportamento: a extração de sangue das vítimas através de um raio de luz. Os relatos a seu respeito ainda podem ser ouvidos em Colares, como de Maria Benedita, do bairro Ariri, que relatou ter presenciado as aparições do chupa-chupa recentemente. Ela estava entre as testemunhas que sofreram com o fenômeno nos anos 70. “As pessoas se agrupavam na beira dos rios, faziam enormes fogueiras e batiam em panelas para espantar as luzes que nos atacavam”, disse. Ela se recorda de uma amiga, Raimunda Miranda, que fora “chupada” pelo objeto. “Ela foi seguida por um foco de luz semelhante ao de lanterna, mas só que de cor vermelha como brasa. Ao ser atingida, gritou e depois ficou sem forças”.
Espetáculo aéreo incomum
Outra região de Colares com alto índice de manifestações ufológicas é a já citada Praia do Humaitá, local que serviu de acampamento para boa parte das atividades da Operação Prato. A praia ainda concentra muitos relatos atuais, como o do senhor José Rodrigues, freqüentador da
rádio de Hilberto Freitas. “Por volta de 01h00, vi uma enorme ‘nuvem de cor rosa’ projetar uma luz da mesma cor, cobrindo toda a praia”. Rodrigues conta que, naquele momento, dava para ver em detalhes toda a estrutura do farol que há em um recife do rio, como se fosse dia. “Normalmente, à noite só dá para ver a iluminação que ele emite, pela escuridão do rio. Mas naquela ocasião ele podia ser visto facilmente”.
A residente da ilha conhecida como Claudinha, que morava no Humaitá em 2002, contou que em um final de tarde, ao sair de casa para ir à praia, observou quatro “pessoas” sentadas em volta de uma mesa oval e mais cinco estranhos “homens” de pé, de mãos dadas, em volta das demais. Porém, para Claudinha, os que estavam em pé portavam botas e capacetes — através dos quais projetavam luzes azuis na direção da “mesa”.
Mas a ilha que foi celebrizada pela Operação Prato é apenas um dos cenários preferidos de visitantes espaciais na Amazônia. Outro ponto é a Ilha de Marajó, um dos últimos redutos ecológicos do planeta. Ali a expedição também se deteve em interessantes casos ufológicos. Marajó é uma das mais exuberantes áreas de toda a região, que, na realidade, é um arquipélago com um número de ilhas que ninguém ainda conseguiu precisar — as quatro maiores são Marajó, que lhe dá o nome, Canaviana, Mexiana e Ilha Grande. Segundo estudos, seriam pelo menos 2.000 ilhas ocupando uma área de aproximadamente 50 mil km² — maior do que a Suíça — onde vive a mais numerosa manada de búfalos do país. Em boa parte do ano os campos parecem imensas áreas alagadas, uma paisagem de beleza espetacular e única, e cenário em que os moradores também se habituaram a avistar objetos voadores não identificados.
Chega-se a Marajó através de barco que sai do porto fluvial no Rio Guamá, em Belém — a viagem dura cerca de três horas e meia, passando por inúmeras localidades onde há importantes relatos de observações de UFOs. São poucas as cidades existentes na ilha. Entre elas, Soure, Salvaterra, Breves, Muaná e Curralinho são as maiores. Em seu território há um verdadeiro tesouro biológico com grande diversidade de espécies vegetais e animais, alguns dos quais são utilizados por seus moradores em comparações que fazem para descrever experiências ufológicas. Por exemplo, são comuns os relatos de UFOs em forma de arraia, um animal cartilaginoso abundante na Amazônia.
Relatos de ocorrências ufológicas na Ilha de Marajó são incontáveis. No município de Salvaterra, por exemplo, é comum o avistamento de bolas luminosas pelos moradores, que tiveram incidência maior durante algumas noites de dezembro de 2010, sempre por volta da meia noite. Uma das testemunhas é a senhora Maria Tonha, que descreveu esferas de luz do tamanho da Lua sobrevoando as matas e também sobre a superfície do rio. “Eram muito bonitas, mas causavam medo”. Também em Soure, na outra margem do rio, encontramos diversas observações de UFOs, inclusive uma do piloto civil Pinon Frias, que participou da Operação Prato como convidado de Uyrangê Hollanda.
“Lá vai o ‘treco’ atrás do seu Pinon”
Frias nos concedeu uma entrevista revelando que já avistou UFOs em vôos que realizou saindo de Soure para o continente, como o caso que ocorreu há quase cinco anos, por volta das 21h00, quando um imenso objeto luminoso sobrevoava a pista do aeroporto e chegou a perseguir sua aeronave. “Alguns dos meus colegas viram aquilo e, sabendo de meu interesse pelo assunto, brincaram: lá vai o ‘treco’ atrás do seu Pinon”, comentou. Ele também relatou que em 2004 viu um estranho artefato em forma de chapéu voar sobre a ilha, vindo do outro lado do canal que a separa do continente. “Já tive até um caso de seqüestro, mas não me lembro de que maneira ele ocorreu. Recordo-me que estava preso de alguma forma dentro de uma nave e que queriam fazer alguma coisa comigo, mas eu não queria ficar lá”.
Outro interessante caso coletado em Soure foi o do senhor Raimundo Silva, que observou com seu filho, em meados de 2005, um grande objeto com forma de uma arraia sobrevoar a Praia do Pesqueiro. “Já tinha anoitecido quando apareceu uma coisa em cima do rio. Era algo gigante, igual a uma arraia e tão grande quanto uma nuvem. O ‘troço’ era comprido, largo e tinha um rabo”, disse. Ainda segundo descreveu, o aparelho era muito luminoso, tinha uma intensa luz esbranquiçada e pequenas luzes esféricas amarelas na sua parte de baixo. O UFO voava lentamente sem emitir qualquer ruído. Ao comparar seu tamanho com algo conhecido, afirmou que o artefato era bem maior do que um campo de futebol, devendo ter dezenas de metros de comprimento.
A belíssima Praia do Pesqueiro, bastante extensa e isolada, também é um hot spot para UFOs em Marajó. Foi neste local que Raimundo Silva observou outro UFO, mas bem menor e mais alongado do que o anterior. “O objeto tinha uma série de luzes nas laterais e uma intensa fonte luminosa atrás, sempre em cores que iam do amarelo para o branco”. Este tipo de descrição também não é incomum e muitas vezes é associado, pelas testemunhas, a “canoas voadoras” ou “navios fantasmas”, que contrastam com as tradicionais bolas de fogo.
Expedição leva pesquisadores até novos casos ufológicos em andamento na Região Amazônica, comprovando a continuidade da rica casuística que já se manifesta no local desde os anos 70, quando foi investigada pela Aeronáutica. Agora, no entanto, os visitantes parecem ter intenções pacíficas.
O veterano piloto Pinon Frias também faz referência a um avistamento na Praia do Pesqueiro, dentro do contexto do chupa-chupa. Lá tivemos a oportunidade de recolher novas informações sobre o fenômeno que não foram analisadas pela Operação Prato, que se concentrou em áreas do outro lado do Rio Amazonas. E foi possível constatar que o chupa-chupa ainda se manifesta na Ilha de Marajó, mas não como no fim da década de 70, quando era caracterizado pela emissão de um fino feixe de luz que atingia e retirava sangue das vítimas. Na época, essa situação alarmou os moradores das ilhas, mas hoje a aparição de objetos luminosos ocorre sob circunstâncias menos diretas e temerosas. Eles agora são chamados de “luz d’água” ou “chupa chão”, pois os veículos emitem feixes luminosos ora sobre a superfície da água ora do solo.
Nas imensas fazendas de Marajó também é possível coletar detalhes de observaçõ
es de UFOs luminosos, como nos relatou o senhor José dos Santos, com mais de 50 anos. Disse-nos que um dia, quando caminhava pela estradinha de terra da Fazenda Ararauanã, observou pequenas “coisas iluminadas” sobrevoando a vegetação, até permanecerem imóveis sobre a água e também perto dos animais. “Parecia até que estavam ‘xeretando’ por aqui”, descreveu. Os ufólogos reconhecem nestes objetos as chamadas sondas ufológicas, artefatos não tripulados, controlados a distância.
Seres luminosos de fisionomia humana
Foi preciso atravessar a fazenda para se chegar à bela Praia de Barra Velha, onde muitos moradores afirmam surgir seres luminosos com fisionomia humana e outras, mas todos bem magros, de cor clara e com mais de dois metros de altura. Dali seguimos para a Ilha de Cotijuba, local onde foi encontrado o mais recente “ninho de UFO” de que se tem notícia na casuística ufológica brasileira. Ninhos de UFO é como são denominados locais onde se acredita que tenham pousado discos voadores, produzindo o amassamento característico da vegetação. A ilha é repleta de evidências da presença alienígena na Terra, como o caso de Tadeu Tavares, 48 anos, e sua filha, 8, que em meados de 2010 observaram um objeto fazer um movimento no céu.
A Ilha de Cotijuba possui uma área de cerca de 60 km², com uma costa de 20 km de praias arenosas praticamente inexploradas e livres da degradação ambiental. Algumas têm infra-estrutura simples de serviços, como as praias do Cravo, do Farol e das Saudades. Porém, já outras são completamente selvagens, como a Praia Vai Quem Quer. Foi justamente nesta última que tivermos a oportunidade de conversar com Donizete Silva, 32 anos, que viu em uma noite de dezembro de 2010 um insólito objeto em forma de semi-esfera luminosa pousado em um terreno no interior da ilha. Silva disse não ter tido coragem de se aproximar do artefato, achando que podia ser “coisa do diabo”, mas no dia seguinte observou uma marca de queimado no local. Ele até tentou plantar alguma coisa ali, porém percebeu que nada “vingava”. Constatamos que o terreno, além de queimado, apesar das chuvas, estava bem seco. Há também mais duas ilhas que visitamos, Jutuba e Paquetá, onde também captamos relatos de manifestações ufológicas em várias noites do ano passado.
Como resultado da expedição, pode-se constatar que ainda há muito que investigar no litoral paraense, local recordista de avistamentos. Além das maravilhosas paisagens que as ilhas oferecem, há abundância de evidências da presença alienígena naquelas paragens. O que não se sabe ainda é o que atrai os visitantes para lá, pelo menos desde a década de 70. De onde viriam e por que estariam atuando naquelas ilhas? Ainda estamos buscando as respostas para estas questões.