Logo após a Segunda Guerra (1939-45), houve muitos avistamentos de UFOs. Fazendo com que as pessoas se interessassem em desenvolver alguns protótipos de discos voadores, projetados sobretudo, por cientistas e engenheiros, com o intuito de orbitarem a Terra. Eram modelos movidos a combustíveis convencionais que variavam de tamanho. Naquela época, vários pesquisadores se empenharam em descobrir novas fontes de energia que possibilitassem viagens longas ao espaço.
Uma dessas alternativas, em matéria de recursos para viagens espaciais, era a navegação solar — quando a luz do Sol exerce certa pressão, que pode ser usada como energia para os discos voadores. Seus inventores partiram do seguinte princípio: assim que a nave fosse lançada ao espaço, através de um foguete que utilizaria combustível convencional, abriria enormes telas (com forma semelhante às antenas parabólicas) que refletiriam a luz solar.
Pelo fato de eliminarem a necessidade do uso de combustível, essas naves não teriam limite de distâncias em suas viagens. Porém, não há nenhum relato sobre avistamentos de UFOs em que ocorrem essas telas refletoras. Por isso, supõe-se que as naves-mãe permaneçam estacionadas ou orbitando no espaço, enquanto lançam pequenos discos voadores em direção á Terra, que são adaptáveis às condições atmosféricas terrestres.
Em 1972, a British Rail, uma empresa inglesa, registrou um desenho no Departamento de Patentes de Londres. A nave patenteada tinha a forma de um pires, só que de cabeça para baixo e com janelas em toda a sua volta (assim como os clássicos discos voadores avistados). De acordo com o registro, a nave era movida por reação termonuclear controlada — bomba de hidrogênio — onde, ao invés de ter uma reação sendo processada por várias explosões isoladas e subseqüentes, esta se processaria continuamente.
Em uma reação termonuclear, dois átomos de hidrogênio, ou de qualquer outro elemento leve, são combinados à força, dando origem a um novo elemento mais pesado, por exemplo, o hélio. Essa reação de fusão produz radiação e energia. Assim como um foguete convencional expele gases quentes em conseqüência da energia gerada pela combustão, na radiação, temos várias partículas eletricamente carregadas que são liberadas pela energia da reação termonuclear. Para a empresa inglesa, a radiação seria um elemento fundamental, pois eletroímãs direcionariam as partículas expelidas da nave, proporcionando ao aparelho um grande empuxo, além da força para dirigi-lo.
A fusão nuclear seria desencadeada por uma grande concentração de energia. No caso da bomba de hidrogênio, usar-se-ia uma bomba atômica para dar início à reação. A energia que desencadearia o processo, no protótipo da British Rail, provinha de um ou mais raios do tipo laser, com foco sobre o centro da reação, para onde se dirigiria um jato de combustível da nave (hidrogênio ou um de seus isótopos). Uma chapa circular e inflexível seria colocada acima da área de reação para isolar o restante da nave das explosões e radiação. Para não ocorrerem vibrações na constituição do disco, a freqüência das explosões teria que ser maior que mil por segundo.
De acordo com o projeto, a patente da British Rail não contém informações sobre o tamanho do disco voador, sua tripulação ou capacidade de abastecimento — porém, as possibilidades quanto a isso não têm limites. Com algum tipo de combustível que produza grande quantidade de energia proporcional à sua massa, o disco estaria abastecido durante longas distâncias no espaço. Ainda não possuímos a tecnologia necessária para construir esse aparelho. Nem sabemos qual o tipo de tecnologia desenvolvida petos povos extraterrestres.
Provavelmente, eles utilizem em suas naves um tipo de combustível que desconhecemos. Não fazemos a mínima idéia, pois é uma tecnologia tão distante da nossa, que não somos capazes nem de imaginar como foi concebida, que dirá como é seu funcionamento. O que sabemos é que viajantes alienígenas, dos mais diversos e longínquos pontos do espaço, poderiam estar chegando à Terra em naves semelhantes à projetada pela British Rail. Talvez esse protótipo seja o início de um novo e muito aguardado sonho: a conquista do universo.