Uma imagem produzida através do Chandra, o observatório de raios-x da Nasa, fotografou a remascente Kepler, uma das mais jovens supernovas da nossa galáxia, a Via Láctea. Os restos da explosão estelar estão ajudando os astrônomos a descobrir como a vida de uma estrela pode terminar catastroficamente e interferir na expasão do universo. As supernovas ocorrem quando uma estrela enorme e madura fica sem combustível e sofre um colapso catastrófico e explosivo em si mesma. O limiar da explosão – denominado “shock breakout” (algo como erupção de choque) – é uma onda de energia que se espalha pelo espectro de freqüência.
Em 18 de fevereiro de 2006, uma sonda sentinela americana, o telescópio Swift, captou uma liberação de raios gama em uma galáxia em formação há cerca de 440 milhões de anos-luz, na direção da constelação de Áries. Os restos de uma supernova podem se tornar uma estrela de nêutrons (de alta rotação e que pulsa com grande energia) ou, no caso de estrelas muito maciças, um buraco negro, ou seja, uma região do espaço cujo empuxo gravitacional é tão grande que nem mesmo a luz consegue escapar dele.
As supernovas desempenham um importante papel na superstição e no conhecimento.Uma supernova detectada pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, em 1572, e que durou pelos próximos 18 meses ajudou a derrubar o conceito estabelecido por Aristóteles de que o Universo era fixo e imutável. A estrela de Tycho teve um tal efeito na mente popular e se comenta que foi a inspiração para o presságio celeste da peça “Hamlet”, de William Shakespeare.