Em agosto de 1986, a Voyager 2, uma sonda interestelar lançada em 1977, começou a enviar para a Terra os primeiros “close-ups” do planeta Netuno. Cientistas num laboratório de propulsão a jato em Pasadena na Califórnia, encontraram muitos dados surpreendentes enquanto estudavam as fotografias. Primeiro, um esquema a cores de Netuno surpreendeu os pesquisadores. Era azul brilhante com algumas manchas de nuvens brancas. Segundo, um grande ângulo de inclinação do eixo de rotação do planeta, o qual indicava um forte campo magnético, amplos recursos de aquecimento interno, e um interior liquido. Devido aos dados e fotos enviadas pela Voyager da vizinhança de Urano em 1986, e informações sobre Júpiter e Saturno enviadas pela nave anteriormente, aquelas descobertas da nave nos possibilitaram ter uma melhor imagem do sistema solar, como nunca tínhamos podido ter tido antes.
Mas será que nós fomos os primeiros a conseguir visualizar os planetas mais distantes do nosso sistema solar?
O lingüista e historiador Zecharia Sitchin acredita que os dados da Voyager apenas confirmam suas predições, primeiramente publicadas num livro intitulado “O 12º Planeta”, escrito em 1976.
Sitchin também acredita que os dados obtidos pela sonda estão de acordo com os escritos dos antigos Sumérios, escritos estes datados de 6,000 atrás. A civilização dos Sumérios surgiu na Mesopotâmia (atualmente uma parte do Iraque) por volta de 4000 A.C. De acordo com Sitchin, os Sumérios inventaram a roda, um forno para assar utensílios de barro, e um sistema de irrigação. Mais importante: eles inventaram os conceitos básicos da astrologia. Usavam escrita cuneiforme para guardar suas descobertas em tabuinhas de barro, estatuetas e alguns cilindros com imagens invertidas dos símbolos e desenhos em alto relevo de onde produzia-se imagens positivas rolando os cilindros por cima de barro mole.
Sitchin estuda artigos da civilização suméria há mais de 30 anos. Certo dia, ele encontrou um raro cilindro de pedra num museu de Berlin Ocidental. Além da imagem de um deus dando um arado para a humanidade, o cilindro também continha um detalhado mapa celeste, mostrando os planetas com o Sol no centro. No total, o mapa continha 12 planetas, incluindo o Sol e a Lua.
O pesquisador se surpreendeu a over uma imagem de Urano transmitida pela Voyager no dia dois de janeiro de 1986. A descrição dos planetas pelos Sumérios – mash.sig – que significa “esverdeado e brilhante” – quase combinava com a foto azul-esverdeada de Urano na tela da TV. A tradução de Sitchin para a expressão suméria “hum.ba” é: “plantas do pântano”. Ele acredita que isto indica a presença de material quente semi-líquido que foi descoberto em Netuno três anos atrás. Os Sumérios viam Urano como irmão gêmeo de Netuno. Os dados obtidos pela sonda parecem confirmar este ponto. Ao contrario de Urano, a cor de Netuno é azul brilhante, o planeta tem um forte campo magnético, um centro semi-líquido e muita água.
A questão é: como os Sumérios poderiam conhecer as informações acima em tempos tão remotos, se não tinham nem telescópios e nem satélites? Sitchin afirma que pode responder esta pergunta. De acordo com ele, os Sumérios recebiam informações secretas de alienígenas do planeta Nibiru, “O 12º Planeta,” que está entre Júpiter e Marte naquele cilindro de Berlin. Os alienígenas supostamente visitaram a Terra repetidamente a cada 3000 anos. “Está tudo nos textos, incluindo a lenda entre Anky e Terra”, diz Sitchin. Andy Cheng, um pesquisador ligado a equipe da missão Voyager, admite que haja realmente muitas semelhanças entre os dois planetas, os planetas bem poderiam ser chamados “os gêmeos”. Em relação a todas as outras afirmações de Sitchin, elas “simplesmente me espantaram”, disse Mr. Cheng. “Encontrar água em Urano e Netuno não foi algo para se admirar. E todos os planetas, exceto Marte e Vênus, têm cores líquidas. Também esperávamos encontrar um campo magnético. A cor dos planetas deixou de ser mistério há anos atrás”, diz Mr. Cheng. Além do mais, ele acredita que um determinado planeta não poderia ter qualquer forma de vida se localizado tão distante do Sol.
Mr. Cheng acredita que o cilindro provavelmente continha apenas a imagem estilizada de estrelas ao acaso, que de forma nenhuma poderiam ser interpretadas como um mapa celeste preciso. Francesca Roshberg-Halton, uma destacada especialista em Sumeriologia na Universidade de Notre Dame, usa uma palavra mais forte para seus comentários: “lixo”. “Os caracteres cuneiformes podem ser interpretados das mais ultrajantes formas. Particularmente alguns decifradores mais inexperientes podem confundir bastante as coisas. Não existe isso de astrologia suméria”, diz a Dra. Roshberg-Halton. Ela também acredita que Sitchin escreveu vários disparates. “Os Sumérios conheciam apenas sete planetas, incluindo o Sol e a Lua. Portanto, os doze planetas estão fora de questão. A estrela radiante no centro do desenho não é o Sol, é Vênus”. Zecharia Sitchin e seu livro, O 12º Planeta.