Pelo menos uma vez por mês nos noticiamos alguma coisa diretamente ligada ao projeto Starlink, do bilionário Elon Musk, CEO da empresa SpaceX, a mesma que semana passada levou dois astronautas americanos para a ISS. Mas o que é Starlink , o que ele propõe e quando ele vai operar?
O projeto Starlink, que visa oferecer acesso rápido à internet em qualquer lugar do planeta, é um mega empreendimento que está sendo levado à cabo aos poucos pela SpaceX, empresa fundada pelo bilionário Elon Musk.
Ao contrário dos serviços atuais de Internet via satélite, que cobrem apenas regiões específicas, o objetivo da Starlink é oferecer cobertura global, saturando a órbita baixa com satélites suficientes para servir a cada canto do planeta.
As luzes que agora causam tanta confusão entre observadores leigos do céu, e que criam tanta discussão dentro da Ufologia porque sempre há quem teime que aquilo são UFOs e não satélites, vão aumentar muito. Musk ainda está longe de atingir os 40.000 satélites necessários para que seu projeto se viabilize.
Alta velocidade da navegação
Crédito: Pixabay
A SpaceX tem aprovação da Comissão Federal de Comunicações (FCC), a agência de telecomunicações dos Estados Unidos, para operar 12.000 mil, que serão agrupados em camadas ao redor do planeta, com 1.584 satélites por camada, para oferecer cobertura global.
Hoje há 482 satélites Starlink em operação, a uma altitude de 550 km. Após completar a primeira camada a SpaceX planeja outras duas, a 384 km e 1.200 km de altitude.
Mas, como dissemos, Musk, não vai se contentar com isso e já pediu autorização para lançar mais 30 mil, alcançando um total de 42.000 satélites em órbita. A Terra será envolvida por essa rede se satélites da SpaceX.
Os satélites são lançados em grupos de 60 por vez, a bordo de um foguete Falcon 9, o mesmo que levou a capsula Crew Dragon para a ISS. A quantidade é limitada apenas pelo espaço na carenagem que os protege no nariz do foguete.
A empresa já indicou que estuda formas de lançar mais satélites por missão, talvez utilizando o Falcon Heavy que é um foguete mais potente do que o Falcon 9.
Starlink e os UFOs
Foto do satélite em linha Crédito: SpaceX
Quando lançados, os satélites são visíveis até por duas ou três semanas, uma vez que estão em órbita baixa e são tem painéis muito polidos que refletem a luz do Sol com muita intensidade. Isso, entretanto, deve mudar, uma vez que a empresa já está testando formas de impedir que a reflexão da luz atrapalhe o trabalho dos astrônomos.
E, de quebra, deve diminuir o número de avistamentos de UFOs que sempre aumenta muito após o lançamento, pois nem todo mundo sabe que aquelas luzes enfileiradas que lembram um cordão ou aquelas que se espalham como uma malha são, na verdade, os satélites de Musk.
Para saber quais satélites estão passando sobre o céu acima de sua casa ou acima de onde você se encontra, você pode acessar o site james.darpian.com. Basta clicar aqui, e você redirecionado para lá.
Ao entrar, o programa irá pontuar a sua localização, e você poderá ativar lembretes para que ele o avise quando é hora de ir lá fora olhar para o céu. Você também terá uma simulação do que irá ver quando os satélites passarem.
Você também pode usar apps como o Heavens Above (para Android) ou Sky Live (para iOS) para saber quando eles estarão passando sobre sua região, e para onde olhar.
As informações principais
O logo da empresa Crédito: Olhar Digital
A rede Starlink foi projetada para oferecer velocidades de download de até um gigabit por segundo. Obviamente a velocidade, na prática, vai depender de fatores como a quantidade de satélites em órbita, o número de clientes conectados à rede etc.
Em um teste feito em conjunto com o Exército dos Estados Unidos, em 2018, usando dois satélites Starlink para transmitir dados para um terminal a bordo de um avião de carga, a SpaceX conseguiu uma velocidade de 610 Megabits por segundo.
A SpaceX ainda não anunciou o valor da mensalidade para acesso ao Starlink. Mas comentários da presidente da empresa Gwynne Shotwell, em entrevistas passadas sugerem que o valor fique em torno de USD 80,00, algo em torno de R$ 400,00, pelo câmbio de hoje.
A conexão com a rede será feita por meio de terminais em solo, da mesma forma como um computador ou smartphone se conecta a um roteador para poder acessar a internet atualmente.
Ainda não há uma data para o lançamento comercial da Starlink, mas ao final de abril deste ano Elon Musk afirmou que um beta privado da rede entraria em operação em cerca de três meses, ou seja, por volta de julho, e um beta público em seis meses, ou seja, outubro.
Como a constelação está incompleta, inicialmente a cobertura seria limitada a regiões de alta latitude, mais distantes do Equador.
Fonte: Olhar Digital
Assista o vídeo abaixo e saiba como ver e diferenciar os Starlinks: