A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou nesta semana que está encerrando as atividades do satélite Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou WMAP, que realizou um mapeamento do fundo cósmico de microondas, muitas vezes descrito como o brilho do Big Bang e permitiu que cientistas obtivessem a mais precisa estimativa da idade do universo, de 13,75 bilhões de anos, com margem de erro de 1%.
WMAP opera desde 2001 e, de acordo com o astrofísico Gary Hinshaw, cientistas ainda estão ocupados analisando os dados levantados nesse período. O satélite foi criado para oferecer a visão mais detalhada possível das diferenças de temperatura no fundo de microondas, que havia sido descoberto na década de 90 por outro satélite, o Cobe. “Lançamos a missão em 2001, conseguimos muito mais do que os objetivos científicos iniciais e agora chegou a hora de encerrar com responsabilidade as operações do satélite”, disse o principal cientista do programa WMAP, Charles Bennett. A sonda fez sua última leitura de dados em 20 de agosto e, em 08 de setembro, disparou os foguetes que o tiraram de sua órbita de trabalho e o colocaram numa estacionária, ao redor do Sol.
Detecta os vestígios da luz do universo jovem, um padrão congelado no espaço quando o cosmos tinha apenas 380.000 anos. À medida que se expandia ao longo dos 13 bilhões de anos seguintes, essa luz vestigial foi esticada até atingir o comprimento de microondas. O WMAP mostrou que os átomos do tipo que compõe a matéria comum encontrada em planetas e estrelas correspondem a apenas 4,6% do universo atual e que a maior parte do cosmos é feita de duas entidades ainda incompreendidas.
A matéria escura é um material que ainda não foi detectado em laboratórios, embora seus efeitos sejam notados em escala cósmica. A energia escura é uma entidade que atua de forma oposta à gravidade e pode ser uma propriedade do espaço vazio. WMAP confirmou sua existência e determinou que preenche 72% do cosmos.