A 120 km de João Pessoa está a Pedra da Janela, no município de Itauba. O local é tão famoso que foi comentado pelo escritor russo Peter Kolosimo em seu livro Antes dos Tempos Conhecidos. Tal pedra é considerada encantada pelos moradores que tentam explorá-la e ver o que há no seu interior. Ela está na Serra Velha, uma montanha com 600 m de altura, que recebeu esse nome devido a uma abertura que possui em formato de janela. Nesta abertura já foram observadas luzes que entram e saem constantemente da pedra.
Marina Euzébio da Silva, 57 anos – 40 dos quais vividos ao pé da serra -, diz que o aparecimento das luzes não é novidade e que elas surgem sempre tarde da noite. “Certa vez, uma luz no formato cilíndrico parou em frente à abertura e demorou algum tempo para desaparecer”, disse Marina. No dia seguinte, um helicóptero da Aeronáutica sobrevoou o local e militares recolheram algumas pedras para análise. Uma equipe do Centro Paraibano de Ufologia (CPB) também colheu amostras e constatou ser minério de ferro.
A Pedra da Janela pode ser considerada um sítio arqueológico, ainda que não tenha sido explorada por arqueólogos, já que as autoridades não se interessam pela descoberta. O curioso no local, no entanto, é a presença de desenhos rupestres espalhados na rocha. O que também chama muito a atenção é que, a apenas 14 km dali, fica a Pedra do Ingá, no município de mesmo nome, na região da Serra da Borborema. Este é o sítio arqueológico mais visitado do Estado, onde estão gravadas dezenas de inscrições rupestres na rocha, formando fantásticos painéis com mensagens até hoje não decifradas. Os achados da Pedra do Ingá estão há bastante tempo catalogados por notáveis arqueólogos mundiais como um dos mais importantes documentos líticos existentes, motivando incessantes pesquisas que buscam informações mais nítidas sobre a vida e os costumes de civilizações passadas.
O que nossos antepassados quiseram transmitir com suas inscrições esculpidas na rocha? Essas respostas vêm sendo procuradas por arqueólogos, antropólogos e ufólogos que chegam de várias partes do mundo interessados em desvendar esses mistérios. A pedra é formada por três painéis, tendo o bloco principal 24 m de comprimento por cerca de 4 m de altura. Existem ainda sulcos e pontos capsulares seqüenciais e ordenados que lembrem constelações, embarcações, serpentes, fetos e animais variados – todas aparentando o modo como os indígenas ou visitantes de outras latitudes tinham para anunciar idéias ou registrar fatos e lendas.
Inscrições rupestres – Em 1872, quando a pedra foi descoberta, achou-se também outra – só que menor -, que trazia uma inscrição de oito linhas cujos caracteres não pertenciam a nenhuma cultura ocidental. Em 1874, os escritos mereceram atenção de eruditos alemães, o que tornou o Vale do Ingá conhecido em toda a Europa. Aparentemente, a pedra se perdeu, mas a inscrição foi registrada em documentos. Vários estudos têm sido feitos sobre tais inscrições rupestres, mas ninguém até hoje conseguiu decifrar seu significado. Existem muitos livros publicados sobre a Pedra do Ingá, como Viagem ao Desconhecido, de Gilvan de Brito, de 1993 e um dos mais completos trabalhos já realizados.
Pesquisadores científicos atribuem às marcas deixadas na Pedra do Ingá aos índios que lá habitaram. Outros estudiosos, no entanto, discordam de que essas mensagens sejam obra de habitantes indígenas. Segundo Jacques Ramondot, especialista em Geologia e Petrografia, “… a Pedra do Ingá é um dos maiores enigmas do universo “. De qualquer forma, os petroglifos do Vale do Ingá ainda não foram totalmente decifrados e parecem ter sido esculpidos por seres alienígenas, os Anonaki, devidoà semelhança com escritos sumérios. Zecharia Sitchin, um dos maiores estudiosos de línguas antigas e extintas, conseguiu o feito de traduzir os textos cuneiformes da antiga Suméria, descobrindo que seus habitantes acreditavam ser descendentes dos Anonaki, uma civilização extraterrestre que há 450 mil anos esteve na Terra e realizou aqui experiências genéticas para melhorar a raça humana. De acordo com Sitchin, os Anonaki – nome que significa aquele que vem dos céus – seriam de um planeta chamado Nibiru, que a cada 3.600 anos aproxima-se da Terra, passando entre Marte e Júpiter. A existência da inscrição na Serra Velha não deixa dúvidas que uma civilização avançada e desconhecida esteve por ali.
A presença de UFOs na confecção dos petroglifos da Pedra do Ingá não é absurda. A possibilidade de terem sido escritos por índios Cariri, que habitavam a região, foi descartada, pois estes desconheciam os metais ou qualquer outro instrumento capaz de produzir sulcos perfeitos e polidos na rocha. Um dos pictogramas lembra uma nave espacial semelhante ao módulo lunar da Apollo 11. O ponto-chave de comparação aos Anonaki é a gravação da localização da origem cósmica dos UFOs. Existem ainda escritos sobre a posição de constelações, contagem do ano solar e lunar, velocidade da órbita da Terra e muito mais.