Eleito sob o signo da “mudança”, o governo Luiz Inácio Lula da Silva pouco mudou nesse mais de um ano e meio de poder. Oportunidade de ouro seria tornar públicos documentos da ditadura militar (1964-1985) e outros arquivos secretos de nossa história, como os da Guerra do Paraguai (1865-1870).
Quando teve a chance de liberar documentos, mudando critérios de classificação dos arquivos oficiais, o governo Fernando Henrique Cardoso optou pelo obscurantismo. O decreto 4.553, de 27 de dezembro de 2002, assinado por FHC pouco antes de transmitir o cargo a Lula, permite que documentos classificados como “ultra-secretos” fiquem em sigilo eterno. Literalmente. Basta que seja renovado o prazo de 50 anos (!!!!!) para que assim permaneçam. Ou seja, um crime contra a história.16 de março de 2005