Anunciado no XXV Congresso Brasileiro de Ufologia pelo senador Eduardo Girão (Podemos – CE), o órgão do Parlamento Brasileiro realizará a primeira Audiência Pública do Senado para discutir UFOs, aproveitando o 75º aniversário do Dia Mundial dos Discos Voadores, que será em 24 de junho.
A audiência a ser realizada no dia 24 de junho representa um enorme avanço não apenas em território nacional, mas também um evento jamais realizado em qualquer nação do mundo. “Temos certeza de que os senadores irão receber de braços abertos a informação da realidade ufológica”, declarou Girão, em Curitiba, durante o XXV Congresso Brasileiro de Ufologia. A ideia de realizar a primeira audiência pública do Senado sobre UFOs surgiu no final do ano passado, quando o senador contatou o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd para tratar do assunto, mas devido à pandemia, o projeto foi postergado.
No começo de março deste ano, já passada a pior fase da pandemia, o tema foi retomado e, então, decidiu-se que o melhor momento para se apresentar a ideia à Nação seria no XXV Congresso Brasileiro de Ufologia, ocorrido em Curitiba neste último fim de semana, de 18 a 20 de março. “Está na hora de a Nação conhecer de maneira oficial a presença extraterrestre na Terra”, declarou Gevaerd, que colocou a estrutura da UFO à disposição para tal feito. “Os senadores precisam conhecer esta nova realidade”, disse o editor.
A notícia oficial imprensa do Senado Federal a respeito da Audiência Pública sobre UFOs pode ser acessada clicando aqui.
Ufologia e cultura de paz
A justificativa apresentada ao Senado Federal para aprovação da Audiência Pública Sobre UFOs, que foi denominada oficialmente de “Comemoração dos 75 Anos do Dia Mundial da Ufologia”, em sessão especial, foi elaborada conjuntamente pelo assessor do senador Girão, Francisco Neto e o editor A. J. Gevaerd, e é a seguinte:
Justificativa:
A existência de outras formas de vida em outros planetas do universo, especialmente mais avançadas inteligentemente, sempre suscitou a imaginação e a indagação da humanidade. Desde a Idade Média até os dias presentes, principalmente nas últimas décadas, luminares da ciência têm sido categóricos em afirmar que existe uma pluralidade de mundos habitados além da Terra, o que é absoluto consenso entre os cientistas.
O senador Eduardo Girão sempre demonstrou interesse pela ufologia.
Fonte: PODER360
Estima-se que só na Via Láctea haja 200 bilhões de estrelas iguais à nossa, ao redor do qual existem 10 planetas e um, a Terra, com vida inteligente. Se esta condição for encontrada em apenas 10% da Via Láctea, então teremos pelo menos 20 bilhões de planetas com vida inteligente, podendo estes mundos serem pouco, muito ou imensamente mais avançados do que nós. E o universo tem estimados 3.1 trilhões de galáxias. Essa pluralidade de mundos habitados tem importantes implicações tecnológicas, morais e espirituais para a humanidade.
Ao mesmo tempo em que se indaga sobre a existência desta incontável “comunidade cósmica”, aqui na Terra, desde tempos imemoriais até o presente, temos visto estranhos objetos voadores não identificados nos céus, muitas vezes a altíssimas velocidades e realizando incríveis manobras, impensáveis até mesmo para nossa tecnologia atual. Estes são os chamados OVNIs ou UFOs, também conhecidos pelo poderio militar norte-americano por “fenômenos aéreos não identificados (UAP)”, na falta de uma terminologia melhor.
Há décadas que pelo menos 30 nações da Terra, que se sabe, estabeleceram comissões de pesquisa destes veículos, sendo que algumas, a exemplo dos Estados Unidos, têm impressionantes registros em filmes destes objetos, feitos por órgãos de sua Secretaria de Defesa, como o Pentágono. Em alguns casos, UFOs foram filmados voando a mais de 17 mil quilômetros por hora. Hoje, em todo o mundo, busca-se uma abertura governamental para que a verdade descoberta por estas nações e seus órgãos de pesquisa seja revelada.
Desde que começaram a surgir com maior intensidade em 1945, com o advento das armas atômicas, os UFOs atraíram e ainda atraem crescente número de estudiosos, os ufólogos, que se dedicam a pesquisar sua manifestação e informar os fatos à sociedade, papel que caberia aos governos. E foi a partir de 24 de junho de 1947, após um massivo avistamento de UFOs nos Estados Unidos e outros países, inclusive no Brasil, que se estabeleceu o que hoje é conhecido como “Dia Mundial dos Discos Voadores”, e a data é comemorada anualmente pelos ufólogos.
Girão fez o anuncio no XXV Congresso Brasileiro de Ufologia.
Fonte: Revista UFO
O Brasil se destaca neste cenário como a primeira Nação a admitir oficialmente que os UFOs existem de fato e têm procedência extraterrestre. Isso se deu em uma reunião aberta à sociedade, militares e imprensa ocorrida na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, em 1954, quando o então capitão da Aeronáutica João Adil de Oliveira declarou aos presentes a realidade destes objetos voadores e suas características tecnológicas avançadas. A França só faria o mesmo, vindo em segundo lugar, em 1976, 22 anos depois.
Desde 1954, o Governo Brasileiro, por meio de sua Aeronáutica, já criou vários programas oficiais de pesquisas dos UFOs, como em 1969, com a criação do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), no IV Comando Aéreo Regional (COMAR), em São Paulo, em 1977, quando ocorreu a chamada Operação Prato e em 1986, quando ocorreu a hoje conhecida como “Noite Oficial dos UFOs no Brasil”, quando 21 UFOs esféricos de 100m de diâmetro cada foram perseguidos durante horas por nossos caças a jato.
A Aeronáutica sempre foi discreta quanto a estes e a outros fatos, mas nunca os negou quando inquirida. Foi por isso que, em 2004, a Revista UFO, em parceria com a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), lançaram a campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já”, para pedir a abertura dos documentos oficiais sobre o assunto nas mãos das Forças Armadas. Deu certo. Em 2005, os membros da UFO e da CBU foram convidados para comparecer ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em Brasília, para apreciar estes documentos.
A partir de 2007, a Aeronáutica, mas não o Exército e nem a Marinha, passou a enviar seus papeis resultantes de suas pesquisas para o Arquivo Nacional, em Brasília. E ano após ano, até o momento, novos documentos ufológicos tiveram o mesmo destino, somando-se hoje mais de 20 mil páginas de arquivos liberados. As iniciativas brasileiras não pararam aí e foram audaciosas. Em agosto de 2010, por exemplo, o brigadeiro Junichi Saito, então comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), determinou em decreto publicado no Diário Oficial da União, que todos os cas
os de UFOs registrados nas inúmeras instalações do órgão fossem concentrados no Comdabra para remessa ao Arquivo Nacional.
Gevaerd conversa com o senador Girão durante um intervalo do XXV Congresso Brasileiro de Ufologia.
Fonte: Revista UFO
Em abril de 2013, por convite do então chanceler Celso Amorim, os membros da UFO e da CBU foram convidados oficialmente para uma reunião sobre o assunto no Ministério da Defesa, diante dos comandantes das Forças Armadas do país, para reivindicar a abertura total e irrestrita dos documentos ufológicos, especialmente aqueles do Exército e da Marinha. Estas são iniciativas únicas no mundo, nunca repetidas ou realizadas em qualquer outra nação, mostrando a liderança do Brasil na área.
Mais recentemente, com o advento da Lei de Acesso à Informação (LAI), muitos temas que antes ficavam nos porões de órgãos e entidades de todos os poderes da União vieram à tona. Entre eles, de forma significativa, a questão dos discos voadores. Segundo dados do portal “ouvidoria.gov”, um dos temas com maior número de pedidos de informações foi sobre UFOs. Apenas no primeiro ano de vigência da Lei foram mais de 37 requerimentos de informação com este tema constando nas solicitações.
Todos têm curiosidade sobre esta temática, e o interesse é tanto que o portal da Força Aérea Brasileira (FAB) já disponibilizou um link exclusivamente para este assunto. Atualmente, no Arquivo Nacional, quando se pesquisa apenas o termo “OVNI”, se encontram 137 registros, mas se colocarmos na pesquisa um código de referência específico (BR DFANBSB ARX), encontraremos 758 documentos. No Arquivo Nacional encontramos incontáveis registros de avistamentos de objetos voadores não identificados, alguns com mais de 70 anos.
Se formos pesquisar com profundidade as mais de 20 mil páginas de documentos ufológicos brasileiros no Arquivo Nacional, e quantidades semelhantes nos arquivos oficiais das citadas outras 30 nações, a exemplo do Chile e do Uruguai, encontraremos milhares de registros, inclusive filmes, da manifestação de objetos voadores não identificados em todo o planeta, com milhões de testemunhas oculares, entre elas pilotos, astronautas, engenheiros etc., além de pessoas humildes. Tudo isso não deixa dúvidas de que o nosso planeta não é o único habitado no universo e que somos visitados por outras espécies cósmicas.
O anúncio pegou muita gente de surpresa, e abre portas para que a ufologia avance mais ainda como um tema sério a ser estudado.
Fonte: Revista UFO
O que podemos ter certeza é da inevitabilidade de se discutir e de nos aprofundarmos sobre este tema, ampliando assim os conhecimentos sobre o assunto. Até mesmo quem não acredita em vida em outros planetas não consegue explicar certas ocorrências, como é o caso do novo chefe da NASA, Bill Nelson, que, acertadamente, em seu primeiro mês à frente do cargo, está preparando um esforço para ampliar os estudos sobre estes veículos. E assim há outros órgãos de pesquisa espacial empenhados em escrutinar o fenômeno dos UFOs em muitos países.
O ponto alto deste processo foi a liberação do esperado relatório sobre UFOs do Pentágono, divulgado em 2021, com um estudo feito sobre 144 casos de avistamentos de objetos voadores não identificados, dos quais só se encontrou explicação para um deles, e apesar de que não confirma se tratar de um veículo extraterrestre, também não descarta a possibilidade. O Pentágono, aliás, vem prometendo a liberação de centenas de gravações em vídeo feito por pilotos militares da Marinha norte-americana de UFOs em condições extremas.
Em 15 de março, por exemplo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um projeto de lei geral que financia gastos federais para o restante do ano fiscal atual, incluindo 782.5 bilhões de dólares para a Defesa, que engloba recursos reservados para a pesquisa dos fenômenos aéreos não identificados (UAPs), legislado pelo Congresso daquele dentro da Lei de Autorização de Defesa Nacional para o ano de 2022.
Audiência Pública sobre UFOs no Senado
A Revista UFO apresentará regularmente informações sobre esta atividade oficial do Senado Federal, com uma oportuna entrevista com o senador Eduardo Girão, o homem que teve a coragem de propor uma discussão séria e consequente sobre a presença alienígena na Terra em um órgão como o Senado Federal.
O requerimento para a audiência, de número 193, pode ser acessado clicando aqui.