Finalmente, já podem ser conhecidos os vencedores do 1° Concurso Nacional de Ufologia, promovido pela Revista UFO e Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), com o apoio da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB). O Concurso foi lançado em maio deste ano e propunha inicialmente 4 categorias nas quais os participantes poderiam concorrer a vários prêmios: melhor texto e melhor ilustração ufológica, melhor foto e melhor vídeo de UFO. O objetivo do Concurso foi detectar novos talentos na Ufologia Brasileira, mormente entre os leitores de UFO, e incentivar todos os interessados no Fenômeno UFO a uma maior e mais intensa participação no mundo da pesquisa do assunto. Qualquer ufólogo em potencial ou apenas estudioso no assunto pôde participar do Concurso, em qualquer uma de suas modalidades.
No entanto, das modalidades lançadas inicialmente, apenas duas receberam material para competição dentro dos prazos estipulados – a de melhor texto ufológico e melhor ilustração ufológica. Várias participações foram registradas nestas modalidades, algumas de excelente valor informativo, mas, mesmo assim, os resultados gerais do Concurso estiveram bem abaixo de nossas expectativas, o que fez com que a diretoria de UFO prorrogasse os prazos e adiasse a apresentação dos resultados até agora. De qualquer maneira, para uma primeira tentativa, pode-se dizer que os resultados, embora baixos, foram bem positivos, o que nos incentiva a lançar, já em 1995, o 2° Concurso Nacional de Ufologia.
Como só foram detectadas participações para estas duas modalidades, as demais foram eliminadas – a de melhor foto ufológica e melhor filme ufológico. De qualquer forma, as condições para participação continuaram inalteradas: cada candidato pôde concorrer em somente uma modalidade e seriam premiados os 3 primeiros colocados em cada, tendo seus materiais publicados em UFO. Os concorrentes ao melhor texto ufológico tinham que concorrer com matérias inéditas, verídicas e originais, escritas pelos próprios participantes. Os textos foram enviados à Revista UFO em 5 vias, que foram fornecidas aos jurados. A temática era de livre escolha e os textos deveriam ter um mínimo de 20 e máximo de 100 páginas. Poderiam ser acompanhados de ilustrações, fotos ou gráficos.
O objetivo do Concurso foi detectar novos talentos na üfologia Brasileira, mormente entre os leitores da Revista UFO, e incentivar todos os interessados no fenômeno ufológico a uma maior e mais intensa participação no mundo da pesquisa do assunto
Na modalidade de melhor ilustração ufológica puderam concorrer desenhos originais desenvolvidos pelos próprios participantes. As ilustrações deveriam ter tamanho mínimo de 100 cm2 e máximo de 1600 cm2. A temática também era de livre escolha e as ilustrações poderiam ser feitas a mão livre, com técnicas de desenho, em preto-e-branco, em cores, montadas com técnicas de grafismo, colagem, construídas por computador etc. O prazo final para apresentação dos trabalhos ficou fixado em 20 de agosto passado, sendo que foram julgados no período de 1 a 30 de setembro. A premiação, como anunciada através da Revista, foi conhecida durante o 3° Congresso Nacional sobre Discos Voadores, que ocorreu entre 12 e 16 de outubro, em Salvador [Editor: veja matéria a respeito nesta edição].
Julgamento – Para fazer o julgamento dos trabalhos, a Revista UFO convidou 5 ufólogos reconhecidos nacionalmente e residentes em variadas regiões do país, recrutados entre os integrantes do quadro de consultores do CBPDV. A ufóloga carioca e pioneira Irene Granchi, presidente do Centro de Investigação Sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE), liderou o grupo de jurados, composto ainda por mais 4 ufólogos: Claudeir Covo, do Centro de Estudos e Pesquisas Ufológicas (CEPU), de São Paulo; Rafael Cury, presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB) e editor da revista Realismo Fantástico, de Curitiba; Reginaldo de Athayde, pioneiro ufólogo nordestino e presidente do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), de Fortaleza; e Marco A. Petit, diretor da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU), do Rio.
Na modalidade de melhor texto ufológico foram julgados os quesitos: originalidade e atualidade da temática abordada, profundidade da abordagem, precisão na pesquisa e objeti¬vidade na apresentação. Por fim, o último quesito observado pelos jurados foi a organização das idéias do participante. Já na modalidade de melhor ilustração ufológica, a Revista UFO teve uma surpresa: a participação dos leitores foi maciça, com mais de 100 trabalhos apresentados. Assim, o julgamento dos quesitos previstos anteriormente – originalidade e atualidade da temática abordada, precisão gráfica e fidelidade com a representa¬ção do Fenômeno UFO – foram mudados. A Diretoria da revista decidiu que o melhor julgamento para os trabalhos só poderia ser feito pelos próprios leitores de UFO. Assim, expôs todo o material participante no 3° Congresso Nacional sobre Discos Voadores e o público participante do evento votou os melhores trabalhos. Apurados os resultados do Concurso, são os seguintes os vencedores:
MELHOR TEXTO UFOLÓGICO:
Em 1° lugar: Extraterrestres – Bons ou Maus?, de autoria do estudioso e ex-bancário Alonso Valdi Régis, de Morro do Chapéu (BA). Em 2° lugar: O Controle do Tráfego Aéreo no Brasil e os UFOs, de autoria do pesquisador e controlador de vôo Álvaro Carvalho, de Belo Horizonte (MG). Em 3° lugar: Caso Joaci Braz do Nascimento, de autoria dos estudiosos Antonio Sérgio de Lavor e Jorge Lúcio de Macedo, de Currais Novos (RN).
MELHOR ILUSTRAÇÃO UFOLÓGICA:
Em 1° lugar: ETs nos visitam, de autoria de Enin José Rambo, de São Lourenço d’Oeste (SC). Em 2° lugar: Eles estão entre nós, de autoria de Carlos E. J. Vianna, de Porto Alegre (RS). Em 3° lugar: Na calada da noite, de autoria de Cláudio Monteiro Martins, de Jacareí (SP).
Os classificados em 1° lugar receberam como prêmio uma hospedagem por um fim de semana (4 noites) no melhor hotel de todo o Pantanal: o Hotel-Fazenda Salobra, localizado em Miranda (MS). A hospedagem foi extensiva a um acompanhante e incluiu refeições e transporte de ida e volta de Campo Grande ao hotel. Os classificados em 2° lugar receberam uma coleção de 30 dos melhores vídeos ufológicos da Revista UFO. E os classificados em 3° lugar receberam uma coleção completa de todas as revistas (disponíveis) edita¬das pelo CBPDV, desde o início de suas atividades. Igualmente, todos ganharam também uma assinatura anual de UFO.
Os textos classificados em 1° e 2° lugares e as ilustrações classificadas de 1° a 3° lugares estão sendo publicadas ne
sta edição de UFO, para conhecimento e avaliação por todos os nossos leitores. O texto vencedor, de Alonso Valdi Régis, já bem conhecido colaborador da revista, apresenta um enfoque considerado atualíssimo dentro da Ufologia: a interpretação dos objetivos e comportamentos de nossos visitantes extraterrestres. Alonso, que chegou a construir em sua chácara um UFO de concreto que ficou conhecido nacionalmente através de vários programas de TV, defende que se nós, humanos, ainda temos apenas uma vaga noção do que seja ética e quase nunca a praticamos em escala global, nações com nações, povos com povos. “Assim” – indaga o vencedor – “como poderíamos, então, rotular os ETs como amistosos ou hostis, julgando suas éticas?”
Seu pensamento tem muito sentido, pois os seres que nos visitam estão evidentemente em estágios imensamente mais avançados de tecnologia, civilização etc, e devem quase que obrigatoriamente ter sua própria é-tica ao visitarem os terrestres e fazerem aqui, de certa forma, palco de suas experiências. Da mesma forma, o texto ganhador do segundo lugar, sobre o controle de tráfego aéreo no Brasil e sua relação com a detecção de UFOs por radares militares, toca num assunto delicado e de extrema importância. A admissão pública de que os UFOs existem, mesmo num país militarmente desimportante como o Brasil, é de máxima urgência. O autor do texto, Álvaro Carvalho, mostra que também em nosso país há constante detecção de alvos não identificados nos scopes de radar – alvos esses que colocam em perigo o tráfego normal de aeronaves civis e comerciais. “É hora, portanto, do governo investir na pesquisa do assunto e dar apoio aos grupos particulares de estudos ufológicos, pois são eles que, no final das contas, fazem esse trabalho”, disse Álvaro.
Enfim, os resultados do 1° Con-curso foram positivos e incentivadores, embora recebêssemos textos em número bem abaixo de nossas expec-tativas. De qualquer forma, esta foi uma oportunidade para a revista ver que, entre seus leitores, há fantásticos talentos anônimos. Nossa intenção, daqui para frente, é encontrá-los e tirá-los do anonimato, dando espaço para suas idéias. Essa é nossa luta: mostrar aos leitores que a Ufologia é um assunto de discussão dinâmica, onde todos têm algo a contribuir para uma solução final.
