A Rússia lançou com êxito nesta segunda-feira a nave Soyuz-TMA-4 com três tripulantes a bordo rumo à ISS (Estação Espacial Internacional), informou o centro de controle de vôo espaciais. O lançamento da Soyuz aconteceu com a ajuda do foguete propulsor Soyuz-FG, que decolou às 0h19 (horário de Brasília) de Baikonur, no Cazaquistão. Na Soyuz viajam o holandês André Kuipers, astronauta da ESA (agência espacial européia), o russo Gennadi Padalka e o norte-americano Michael Fincke, integrantes da nona expedição permanente na ISS. A Soyuz se acoplará à estação na próxima quarta-feira. Padalka e Fincke ficarão 183 dias a bordo da ISS, em substituição aos atuais tripulantes, o norte-americano Michael Foale e o russo Alexandr Kaleri, que retornarão à Terra com o astronauta holandês após nove dias de convivência. Segundo Joel Montalbano, diretor de vôo da Nasa (agência espacial norte-americana), a nova tripulação vai realizar experimentos médicos, de biotecnologia e de monitoramento geográfico. Além disso, estão programadas duas caminhadas pelo espaço. Crise financeira Desde o acidente com o ônibus espacial Columbia, a nave russa Soyuz é a única ligação entre a ISS e a Terra –o que tem pesado sobre o já escasso orçamento da Rosaviakosmos (agência espacial russa) Por esta razão, a Rússia propôs aos Estados Unidos prolongar a permanência da tripulação na estação para um ano. A mudança permitiria reservar até quatro assentos por ano a turistas espaciais. A Nasa ainda não respondeu ao pedido. Por isso, apenas a tripulação que chega à ISS em outubro pode ser afetada pela alteração.