O caso do Boeing 777-200 que fazia o voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido no último dia 8 de março, sábado, às 01h19, horário correspondente às 14h19 de sexta-feira no Brasil, momento em que as condições climáticas no local eram boas, já é considerado um dos maiores mistérios da aviação comercial. Esse foi o horário da última comunicação oral a partir da cabine de pilotagem, quando o controle aéreo ouviu “Tudo bem, boa noite”, de uma pessoa ainda não identificada. Alguns afirmam ter sido o copiloto, Fariq Abdul Hamid, de 27 anos.
Essa transmissão ocorreu menos de uma hora após a aeronave decolar de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a Pequim, e momentos antes de deixar o espaço aéreo malaio. As suspeitas têm crescido a respeito de alguma ação deliberada para desviar o avião por parte de Hamid ou do piloto, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, com mais de 18.000 horas de voo e na empresa desde 1981. Isso devido ao fato de os principais sistemas de comunicação a bordo terem sido desligados após essa comunicação, como o transponder, que emite constantemente a posição do voo, e o Sistema de Endereçamento e Reporte de Comunicação da Aeronave (Acars), o que somente poderia ser feito na cabine de pilotagem por alguém com conhecimento adequado.
Entretanto, ainda restaram funcionando sistemas automáticos de transmissão via satélite, que constantemente enviam para a companhia aérea e a fabricante dos motores, a Rolls-Royce, informações sobre estes últimos. Tais dados indicam que o Boeing pode ter voado ao menos por cinco horas após após a desativação dos sistemas de comunicação principais. Surgiram depois notícias de que, após desaparecer dos radares civis, equipamentos militares teriam detectado o avião em uma rota diferente, na direção da Europa ou Oriente Médio. Tal detecção teria se dado às 02h15, 320 quilômetros a noroeste da ilha de Penang, costa oeste da Malásia, o que levou a ampliar as buscas para o Oceano Índico. O Boeing 777-200 tinha combustível para 7,5 horas de voo e levava 227 passageiros e 12 tripulantes.
MISTÉRIO SE APROFUNDA
Poucos dias depois do desaparecimento surgiu a informação não confirmada de que familiares dos desaparecidos estavam ligando para seus celulares e estes chamavam, porém ninguém atendia. Falou-se também que a companhia aérea ligou para os telefones da tripulação e o mesmo aconteceu. Porém, especialistas afirmam que é possível que isso aconteça mesmo se os celulares estejam desligados ou destruídos e a ausência de antenas de telefonia na região poderia explicar também porque os passageiros, pressentindo algum perigo, não buscaram telefonar para informá-lo. A respeito dos radares militares, a Malásia não acrescentou mais dados devido ao fato de o alcance destes ser uma informação estratégica.
Algumas das primeiras notícias davam conta de que dois iranianos a bordo, Pouri Nour Mohammad Mehrdad, de 19 anos, e Delavar Seyed Mohammadreza, de 29, viajavam com passaportes roubados. Após uma conexão em Pequim os dois seguiriam para a Europa, entretanto não foram encontradas ligações deles com grupos terroristas. Com as últimas informações a respeito do desligamento de sistemas de comunicação, as investigações têm se concentrado nos dois pilotos. Porém, o que lamentavelmente tem ocorrido, diante da falta de resultados nas buscas, são as especulações irresponsáveis sem qualquer apoio nos fatos, dando conta de que o avião desapareceu devido a um UFO, penetrou em algum tipo de vórtice ou local similar ao Triângulo das Bermudas, e outras mais.
Para a credibilidade da Ufologia tais irresponsabilidades são absolutamente danosas. Imaginar que um vídeo do YouTube se configure em evidência, diante da facilidade de utilização dos modernos programas de edição e efeitos, é simplesmente ingenuidade. É lamentável que muitos interessados nessa matéria considerem que a ciência somente é boa quando supostamente confirma suas fantasias, mas não quando as desmente. Lembramos alguns casos já publicados, como o do Planeta-X, os alegados organismos em meteorito, e a persistente mentira de Marte tão grande como a Lua, entre outros, todos exemplos de como a ignorância científica produz mentiras que os irresponsáveis continuam a propagar. Essa atitude somente prejudica a credibilidade da Ufologia, e no caso do voo MH370 da Malaysia Airlines, se constitui um desrespeito para com as famílias dos desaparecidos.
A situação pode ser ainda mais grave quando vista sob diversos ângulos. “A difusão de boatos sem sustentação pela internet, com alegações de que o Boeing 777 da Malaysia Airlines ora fora sequestrado por seres extraterrestres, ora entrara em um buraco negro em nossa atmosfera, ora absurdos ainda mais infundados, se configura também em um desrespeito à família dos passageiros e tripulantes da aeronave, que aguardam já desesperados notícias de seus entes queridos e o que menos querem é que sejam alvos de histórias sem nenhuma comprovação”, declarou o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd.
Sete hipóteses sobre o Boeing desaparecido na Ásia, artigo da BBC
Como foram as horas finais do voo MH370, artigo da Globo
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A farsa de Marte tão grande quanto a Lua se repete
Saiba mais:
Livro: Contatados
Um dos mais fascinantes e polêmicos aspectos do Fenômeno UFO é agora dissecado por um dos mais produtivos ufólogos brasileiros. O historiador Cláudio Tsuyoshi Suenaga, consultor da Revista UFO por mais de 12 anos, apresenta em seu primeiro livro uma retrospectiva de todos os mais importantes casos de contatados da Ufologia Moderna, de George Adamski a Sixto Paz, de Billy Méier a Plínio Bragatto, de Aladino Félix a Claude Vorillon Rael. Dezenas de casos de alegados encontros entre humanos e seres extraterrestres ocorridos em todo o mundo são descritos e analisados por Suenaga, que ainda apresenta um panorama dos contatos mediúnicos com aliens, examinando as mensagens recebidas por “porta-vozes cósmicos”.
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