Está sendo testada na Alemanha uma tecnologia que permite que uma pessoa “se incorpore” em um robô distante, fazendo explorações remotas.
O robô fica sobre uma plataforma com rodas e tem um braço extensível que ele utiliza para manipular objetos. Um operador move o robô simplesmente andando ou utilizando um pedal para os pés e consegue enxergar ao redor por meio de duas câmeras posicionadas na cabeça do robô simplesmente vestindo um capacete com um visor.
O pulso do controlador também é conectado a um interface sensível ao toque (háptica) que controla o braço do robô. Além disso, uma luva permite o controle sobre uma mão de três dedos instalada na extremidade do braço do robô.
Um sistema de reação dá ao operador uma sensação das interações físicas do robô com seu ambiente – demonstrando resistência para o usuário se o robô está empurrando ou arrastando alguma coisa, por exemplo. Microfones enviam os sons ao redor para um par de fones de ouvido.
“Ser capaz de controlar um robô móvel será útil em lugares muito perigosos para os humanos irem, por exemplo, para investigar uma mala suspeita em um aeroporto,” diz Anjelika Peer, que está desenvolvendo o sistema na Universidade de Munique, Alemanha, juntamente com seus colegas Ulrich Unterhinninghofen e Martin Buss.
Outros sistemas de teleoperação apresentados até o momento são estacionários nas duas pontas da conexão. Até meados de 2007, a equipe espera ter um robô com dois braços.
“Ter sensações da movimentação ajuda o usuário a se sentir imerso no ambiente remoto,” explica Peer. “Com um joystick ou pedal ele não consegue dizer facilmente se o robô se moveu 10 ou 20 metros.
“Sistemas de teleoperação mais complexos, que envolvem a vestimenta de um exoesqueleto para controlar um robô humanóide também estão em desenvolvimento. Mas eles ainda não são sofisticados o suficiente para se movimentar e manipular objetos, diz Peer, e eles também são restritivos e cansativos de se usar.
Os pesquisadores planejam tentar a colaboração utilizando vários robôs. “Eles terão que consertar um pedaço de cano quebrado em dois,” diz Peer. “Um irá segurar as peças juntas enquanto o outro irá colá-las.
“Ken Young, um roboticista da Universidade Warwick, Inglaterra, diz que o sistema é promissor. “Ele parece interessante em um escritório,” disse ele à New Scientist. “E você poderá facilmente fazer as rodas capazes de se mover em terrenos acidentados.
“Mas a complexidade envolvida com a operação dos robôs poderá ser um problema, acreita Young: “Parece ser bom quando eles o dirigem, mas isso poderá não ser acessível para qualquer um.”