Cientistas norte-americanos anunciaram a descoberta de várias estruturas rochosas misteriosas em Marte, junto com novos sinais de que o Planeta Vermelho um dia teve muita água. Os jipes robóticos Spirit e Opportunity mais do que dobraram sua vida útil, estimada inicialmente em três meses. O tempo extra permitiu ao Spirit, que explora a cratera Gusev, alcançar um terreno elevado a cerca de 2,5 km de seu local de pouso, em busca de rochas expostas. Achar o leito rochoso é mais importante para contar a história geológica de uma dada área do que encontrar pedras soltas que podem apenas ter sido levadas para lá.
Numa entrevista coletiva no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (a agência espacial dos EUA), Steven Squyres, cientista principal da missão, afirmou que o Spirit havia chegado “a um dos melhores afloramentos rochosos que já encontramos”. Algumas partes do leito rochoso parecem “muito lisas e acinzentadas”, enquanto outras partes são “de tom claro e com aspecto fragmentado”. Os pesquisadores teorizam que estas rochas também foram lisas e cinzentas, mas que sofreram transformações químicas, talvez pela água. A exploração de Marte tem se concentrado na busca por evidências de água porque os cientistas crêem que o planeta tenha sido mais quente e úmido no passado, talvez propício ao surgimento da vida.