Editor: A revista UFO Especial foi até Varginha, Minas Gerais para ouvir \’in loco\’, em horas intermináveis de narrativas, o diário das investigações e pesquisas sobre a captura de ETs. A princípio secreto, esse diário pode agora ser conhecido de todos os nossos leitores, em relato informal dos próprios autores, que são os principais investigadores do caso.
UBIRAJARA FRANCO RODRIGUES — No sábado em que a captura do ET ocorreu, dia 20 de janeiro, eu não estava em Varginha. No dia seguinte, 21, cheguei à cidade por volta das 10h30 da manhã e recebi o telefonema do proprietário de uma loja no centro da cidade, Sr. Milton. Ele perguntou se eu já estava sabendo do que havia acontecido no dia anterior e me disse que “…umas meninas haviam visto um bicho estranho, algo como um monstrinho”.
Motivado pela informação, pelas 14h00 do mesmo dia resolvi investigar. Comecei a rodar por alguns bairros da cidade e encontrei algumas pessoas que caminhavam pela rua. A elas, perguntei se tinham ouvido falar do assunto. Algumas disseram apenas que sabiam que umas meninas tinham visto um monstrinho, um capetinha ou algo assim. E tudo ficou nisso.
Naquela mesma noite, recebi notícias de que o boato já estava espalhado pela cidade, quando liguei para Milton e pedi mais alguns detalhes. Ele afirmou não saber de mais nada, mas disse que uma secretária de sua loja teria mais informações. Quando a procurei, vi que não sabia de mais nenhum detalhe, mas conhecia as pessoas que tinham visto o estranho ser, o que me levou, então, até as meninas envolvidas na observação. Elas moram na Rua Tapajós, num bairro de Varginha, para onde me dirigi.
Tentei conhecer seu paradeiro exato, perguntando à dona de uma lojinha se conhecia as meninas e se sabia algo sobre o boato que, a essa altura, tomava corpo ainda maior. A comerciante respondeu que não só as conhecia, como pôde também observar o movimento no bairro em função do caso. Essa senhora disse ser amiga de Luísa (a mãe das meninas) e soube que as filhas chegaram apavoradas em casa, no meio daquela tarde. Estavam gritando, chorando e tremendo. Elas teriam avistado algo muito feio. Por coincidência, naquele dia, a irmã da lojista passava de carro e levou Luísa ao local onde foi avistada a criatura, para ver se havia algum vestígio.
Enquanto isso, os boatos continuavam correndo pela cidade. Algumas pessoas já diziam que a criatura havia sido capturada e levada ao Hospital Regional, que era muito barriguda, parecia estar grávida e emitia um ruído, parecendo chorar. Foi então que comecei a me interessar pelo caso, pois vi que valia a pena investigá-lo mais a fundo. Até então, no entanto, só havia boatos, boatos e mais boatos.
PRIMEIRA SEMANA DE INVESTIGAÇÕES
Comecei a investigar e fui ajudado por um amigo que sempre participou de nossas pesquisas ufológicas, Sérgio, diretor da TV Princesa, uma emissora local. Conseguimos acesso a um garoto que disse ter presenciado os fatos. Mas ele não falava coisa com coisa, brincava demais, era muito confuso e nos desanimamos com seu depoimento. Conseguimos também encontrar uma senhora que, ao ser abordada por nós, fugiu. Seu marido tentou fazer com que ela nos desse algumas informações, mas não aceitou.
À essa altura, comecei a perceber que se tornaria muito difícil chegar às garotas. Até então, confesso, ainda não estava muito animado a ir atrás delas, pois tudo me parecia muito confuso, truncado e não havia fortes evidências de coisa alguma. Finalmente, ao longo de muita busca, consegui encontrá-las e pegar seu depoimento: Eram duas irmãs cuja mãe, dona Luisa, recebeu-me um pouco desconfiada. Identifiquei-me como ufólogo e advogado, e expliquei meu interesse pela situação. Ela pareceu, então, dar um voto de confiança ao meu trabalho, deixando que as filhas me contassem tudo.
Fiquei extremamente impressionado com o que as garotas disseram, principalmente a maior delas, Liliane, de 16 anos. Ao contar o que aconteceu, não agüentou e começou a chorar. A irmã mais nova, por sua vez, permaneceu introvertida, cabisbaixa e constrangida, respondendo estritamente ao que eu perguntava. Assim, ganhando sua confiança aos poucos, fui abordando o assunto cada vez com maior profundidade e cheguei, então, a solicitar que elas me apresentassem a terceira testemunha: sua amiga Kátia, de 22 anos, que ao me encontrar também chorava.
Pedi às três que me levassem ao local onde tudo tinha acontecido. Era um terreno baldio no alto de um morro, onde elas reconstituíram o caminho que faziam de volta para casa. Disseram-me que, ao passar por ali, tinham intenção de cortar caminho, pegando uma trilha. Quando estavam no meio dessa trilha, viram um estranho ser abaixado, que a princípio parecia uma estátua. Para Valquíria, a mais nova, “aquilo tinha a aparência de um coração de boi gigante”. Kátia e Liliane foram as únicas que se aproximaram mais para observar melhor o ser, a uns 6 ou 7 metros de distância. Foi aí que perceberam que se tratava de algo fora do comum, quando voltaram para o asfalto e foram embora correndo.
Ao chegarem em casa, segundo a mãe. estavam totalmente abaladas, chorando, tremendo e visivelmente apavoradas. Após ouvir tudo de suas filhas, Luísa voltou ao local para ver se encontrava algum vestígio, mas não encontrou nada, apenas uma marca redonda no chão. Contudo, é questionável que aquela marca tenha sido feita pelo ser, pois o solo estava muito seco, o terreno era muito duro e com pouca vegetação. Luísa também sentiu um cheiro estranho, muito forte e impossível de se comparar com qualquer outra coisa. Nos dias. seguintes, continuei conversando com elas e pedi que repetissem várias vezes o que tinham visto.
UM EXTRATERRESTRE NO HOSPITAL
Esse procedimento é comum em pesquisas, pois ajuda a detectar contradições nos depoimentos. O abalo psicológico delas era muito visível, de forma que não pareciam mentir de maneira alguma. Enquanto isso, os boatos corriam, aumentavam e ganhavam corpo em Varginha. A cidade inteira começou a comentar a história. Continuei as investigações, partindo da premissa de que a criatura havia sido capturada e levada para um hospital.
No Hospital Regional, como era de se esperar, o diretor negou tudo de forma bastante convincente. Em Varginha existem três hospitais, porém os boatos convergiam somente para o Regional. Não era possível ter certeza de nada, principalmente sobre qual dos hospitais estaria envolvido com o fato. Tudo estava obscuro, até que consegui conversar com uma enfermeira do Regional (que, por questão de segurança, não pode ter seu nome revelado). Ela relutou muito em me receber e conversar comigo até que, finalmente, aceitou uma entrevista e revelou que, no domingo, 21 de janeiro, uma estranha movimentação havia ocorrido no Hospital Regional. O fato envolveu médicos vindos de fora de Varginha, Polícia Militar e viaturas do Exército. Porém não falou nada de Corpo de Bombeiros.
dito: Arquivo UFO
Não se sabia o porquê daquela movimentação no hospital e tudo parecia estar guardado às sete chaves. Uma das alas, segundo nossa informante, foi interditada por algumas horas, de forma que funcionários, pacientes e visitantes não podiam entrar. Ela também disse que, na segunda-feira, 22 de janeiro, foi chamada, juntamente com outros funcionários, para uma reunião na sala do diretor do hospital. Segundo seu depoimento, o diretor disse que toda a movimentação deveria ser ignorada, pois se tratava de um treinamento para médicos e militares. Na reunião, ainda foi ressaltado que tudo era assunto interno do hospital, portanto, deveria ser mantido em sigilo.
Segundo essa testemunha, a reunião culminou com a seguinte frase do diretor: “Aqui em Varginha tem um pessoal que gosta muito de mexer com coisas bacanas, assim, sobrenaturais, estranhas… li provável que esse pessoal procure vocês, principalmente aquele advogado, o Ubirajara. Para essas pessoas, vocês devem negar tudo. Neguem mesmo”.
Mais tarde, conversei com uma ex-aluna minha, que disse ter ido à portaria do hospital no domingo, por volta das 22h30, juntamente com uma amiga. Ela perguntou ao recepcionista se era verdade o boato de que o hospital havia recebido um “monstrinho”. O funcionário confirmou, dizendo que o ser não estava mais lá, pois tinha sido removido para outro hospital da cidade, o Humanitas. Então, as moças seguiram para lá e foram atendidas por uma enfermeira que lhes respondeu da seguinte forma: “Não podem entrar aqui para ver aquilo e, mesmo que pudessem, eu não aconselharia… vocês não iriam gostar de ver”.
Na mesma época, algumas testemunhas paralelas, que moram na região do Humanitas, disseram ter visto movimentação de tropas no portão lateral. Isso era tudo o que eu sabia até então. Era preciso ter mais evidências. Foi então que procurei o setor militar, primeiramente o comandante Maurício, da Polícia Militar. Ao encontrá-lo, identifiquei-me e expus a situação. Perguntei a ele se já estava informado dos boatos de que a PM estaria envolvida no caso da captura. A resposta do comandante foi negativa.
Ele, então, ofereceu-se para checar as informações e verificou que não havia nenhum registro de tal ocorrência. Ainda assim, pediu para que nos comunicássemos com ele novamente, pois talvez encontrasse alguma informação. No dia seguinte, como estava combinado, telefonei para o comandante Maurício, mas ele já não atendia o telefone. Fiz aproximadamente uns 50 telefonemas para o quartel, mas não fui atendido. Foi aí que comecei a sentir que algo estava errado. Estavam escondendo alguma coisa.
Um amigo meu conseguiu falar com uma policial que esteve de plantão no sábado, 20 de janeiro, para receber as chamadas de emergência através no número de telefone 190. Ela revelou que recebeu algumas chamadas: “Realmente, algumas pessoas ligaram para cá dizendo que viram um tal monstrinho, mas achamos que era trote e não demos atenção”. Ora, só por isso já podemos perceber uma contradição, pois se o comandante disse que não recebeu chamado nenhum, a policial não poderia ter recebido esses telefonemas…
PROCURANDO O CORPO DE BOMBEIROS
Eu e Sérgio procuramos o Corpo de Bombeiros e fomos recebidos pelo capitão Alvarenga. Embora bem atendidos, após a conversa tentamos analisar a situação: durante toda a entrevista, a porta do gabinete permaneceu aberta. Mal nos identificamos e ele já foi pegando o boletim das ocorrências do dia 20 para mostrar que não havia nenhum chamado de captura de animal estranho ou coisa parecida. Ele simplesmente teve uma atitude defensiva em relação a nós.
Durante a entrevista, pedi licença ao capitão para tomar água e fui até um bebedouro no fim do corredor. Vi dois bombeiros conversando, falando alto e articuladamente, como se estivessem caçoando de mim. “E, deve ser um sapo gigante”, disse um. “Não, deve ser um capeta, hahaha”, complementou o outro.
Depois disso, voltei para a sala do capitão Alvarenga, quando eu e meu amigo nos despedimos, agradecemos e fomos embora. Seguimos para a Polícia Florestal, onde fomos recebidos de forma muito diferente. O capitão daquela corporação demonstrou simpatia por nós e disse gostar de Ufologia. Disse também já ter lido trabalhos sobre o assunto, tanto que mostrou-se interessado e até quis saber se tínhamos informações concretas do Corpo de Bombeiros e do hospital. Afirmou que a Florestal não foi acionada na ocasião, mas colocou-se à disposição para dividir conosco qualquer informação que tivesse.
Voltamos a procurar a enfermeira, que repetiu o que já havia dito anteriormente, sempre demonstrando que algo mesmo muito estranho acontecera. Ela conversou com alguns colegas do hospital e, embora não tivessem visto nada, todos eram unânimes em afirmar que houve urna estranha movimentação no local. Contudo, não revelou nenhuma novidade.
Enquanto isso, a notícia de que um ser estranho havia aparecido em Varginha já tinha tomado conta da imprensa regional. Todos os jornais, rádios e TVs da região já haviam veiculado o caso, embora eu tenha relutado em divulgá-lo nos meios de comunicação nacionais. Era preciso ter muito cuidado com as informações que estavam circulando. Contudo, diante das dificuldades das investigações e o grande abafamento, não houve outra escolha senão chamar a imprensa nacional. Só assim conseguiríamos pressionar mais as autoridades.
Na mesma época, fiz uma entrevista ao vivo a pedido da TV Globo local. Tudo corria normalmente, enquanto a jornalista fazia algumas perguntas sobre Ufologia e sobre a possibilidade de a criatura encontrada em Varginha ser um extraterrestre. No meio do programa, porém, aconteceu uma coisa que não esperávamos. Ela tirou dois fax de cima da mesa e se dirigiu a mim: “Acabamos de receber uma comunicação do Corpo de Bombeiros e outra do Hospital Regional desmentindo tudo o que está acontecendo. Essas duas instituições dizem que não foram acionadas e não têm nenhum envolvimento com isso”. Um dos trechos do
fax do Corpo de Bombeiros fazia a seguinte declaração: “Esta corporação comunica à população de Varginha que não foi acionada para capturar um extraterrestre”. Isso foi dito no meio do telejornal.
Jamais foi lançada a afirmação de que o ser capturado era um ET. EU havia dito somente que era um ser desconhecido, estranho. sou muito cuidadoso e não seria capaz de falar coisas de que não tenho certeza. Para nós, ufólogos, comunicados oficiais não têm nenhum valor, pois são simplesmente oficiais — e não reais. não deixei que isso atrapalhasse o rumo das investigações. O abafamento ufológico é algo que existe em todo o mundo e há muito tempo…
Eu disse, primeiramente, que jamais foi lançada a afirmação de que o ser capturado era um extraterrestre. Eu havia dito somente que era um ser desconhecido e estranho. Sou muito cuidadoso, não seria capaz de falar coisas de que não tenho certeza. Depois, disse a eles que para nós, ufólogos, tais comunicados oficiais não têm nenhum valor, pois são simplesmente oficiais — e não reais. Não deixei que isso atrapalhasse o rumo das investigações. Aproveitei a ocasião para dizer que abafamento ufológico é algo que existe em todo o mundo e há muito tempo…
Depois dessa entrevista, resolvi ligar para a imprensa nacional. Já era o momento de revelar o que estava acontecendo. Sabíamos que havia algo estranho em Varginha, embora não houvesse confirmação do que era realmente. Algo estava (e está) sendo escondido da população. Não sabemos se é ou não extraterrestre, mas Lemos certeza de que algo muito sério está oculto por trás de uma operação mirabolante, Liguei para a ufóloga Irene Granchi, do Rio de Janeiro, que contatou a produção de jornalismo da Rede Globo de televisão. A partir daí, o caso explodiu na mídia. Ao mesmo tempo, conseguimos ampliar o nosso universo de fontes de informações.
No fim da segunda semana de investigações, liguei para a Revista UFO e a deixei a par do fato. Na terceira semana, um pesquisador de Belo Horizonte (até então membro do CICOANI) entrou em contato comigo. Era o Vitório Pacaccini. A partir daí formamos uma parceria na pesquisa, que já dura mais de quatro meses. Pacaccini soube da notícia através da imprensa e, antes de me conhecer, já estava investigando detalhes do caso – inclusive tentando conseguir depoimentos de testemunhas.
VITÓRIO PACACCINI — Antes de o Caso Varginha aparecer na mídia, eu ainda não conhecia Ubirajara. Procurei o nome dele na lista telefônica, liguei para ele e marcamos um primeiro encontro. A princípio, eu estava investigando o caso pelo Centro de Investigação Civil de Objetos Aéreos Não Identificados (CICOANI) e já havia contatado alguns conhecidos de Três Corações (MG) para recolherem informações sobre o caso, principalmente na Escola de Sargentos das Armas (ESA). Isso aconteceu no início de fevereiro. Na quarta-feira, da semana do carnaval, recebi o telefonema de um informante que disse que a “onça iria beber água”. Na nossa linguagem, isso quer dizer que alguma testemunha importante estava prestes a falar.
O nome da testemunha, por enquanto, não pode ser revelado. Não quero colocar ninguém na cadeia e nem prejudicar a vida das pessoas. Se essa testemunha confiou em mim, tenho quer ser digno da sua informação e não colocar sua segurança em risco. Portanto, se alguns detalhes circunstanciais forem publicados, podem revelar quem ela é. E preferível que eu vá para a cadeia a ver alguém sendo preso ou prejudicado por minha causa. A palavra é o maior patrimônio de um homem e quando digo para uma testemunha falar o que sabe, asseguro a ela que jamais algo lhe acontecerá. E caso encerrado: não acontece mesmo, é protegida até as últimas conseqüências.
Então, nessa quarta-feira, fui à casa de um amigo que me apresentou à primeira testemunha. Tentei prepará-la: expliquei bem o caso e sua importância para a ciência. Mostrei que era algo realmente sério, falei das conquistas espaciais e do ocultamento internacional de fatos ufológicos. Após alguns minutos de conversa, esse militar entrou espontaneamente no assunto.
BOMBEIROS ESTÃO MESMO ENVOLVIDOS
Todos sabem que no Brasil quando há algum problema com animais, como feras que fogem do zoológico, por exemplo, aciona-se o Corpo de Bombeiros. Assim, é fácil concluir que, no caso de Varginha, a instituição tenha sido acionada. Contudo, o primeiro número de telefone que vem à mente de qualquer pessoa que passa por uma situação de perigo é o 190, da polícia. Dessa forma, concluímos que primeiramente, foi chamada a polícia e, depois, o caso foi encaminhado para os bombeiros.
Segundo o nosso informante, na manhã de 20 de janeiro, o telefone da corporação dos Bombeiros estava tocando a toda hora. Eram pessoas informando o aparecimento de um estranho animal em um determinado bairro de Varginha e pediam que tomassem alguma providência. É importante ressaltar que esses telefonemas começaram a chegar bem cedo no quartel, entre 07h00 e 08h00 da manhã, portanto, bem antes das 15h00, horário em que as meninas avistaram o ser desconhecido.
Na ocasião, o comandante era o major Maciel, que teria encaminhado quatro homens para verificar o caso. Esses bombeiros, ao chegarem ao local da denúncia, chamaram o major pelo rádio e pediram para que ele também fosse lá, já que o caso era bem mais complicado do que parecia. “Major, é melhor o senhor vir. Até o Exército já está aqui”. Então, o Major seguiu para o local aproximadamente às 10h30.
Quando chegaram lá, a captura já havia sido executada. Havia algumas pessoas, inclusive crianças que jogaram pedras na criatura, o que fez com ela se afastasse tentando se esconder numa mata perto do terreno em que se encontrava. Os quatro bombeiros foram até a mata e capturaram o ser com uma rede (dessas usadas pela carrocinha para pegar cães). Eles usavam luvas comuns, mas tinham medo de radiação. A criatura não mostrou nenhuma reação, ficando totalmente apática e deixando-se capturar. Produzia um ruído parecido com o zumbido de abelhas. Foi colocada dentro de uma caixa coberta com uma lona e transportada por um caminhão do Exército.
Essa testemunha é extremamente confiável, co
nhece todos no Corpo de Bombeiros e teve acesso a muitas informações confidenciais. Porém, tem muito medo de revelar o que sabe até mesmo para pessoas muito próximas, devido ao perigo que pode correr.
Pela descrição obtida, a criatura apresentava pele viscosa (parecendo ter passado um óleo no corpo), olhos vermelhos, cabeça grande com protuberâncias, braços finos e longos, pernas finas e curtas, pés grandes e uma grande saliência no abdômen. Não tinha nenhum tipo de vestimenta e também não apresentava genitália aparente. No caminhão da ESA que conduzia o ser havia dois sargentos e um major, todos com sotaque gaúcho. Todas essas informações foram dadas numa entrevista de 45 minutos. A testemunha foi enfática ao responder que o comando do Corpo de Bombeiros estava sabendo de toda a operação e que o Capitão Alvarenga simplesmente mentiu quando disse não t”r recebido nenhuma notificação.
Isso tudo nos revela que alguém está mentindo nessa história e, pelo jeito, não são as testemunhas — pois elas não ganhariam nada com isso. Assim, tudo leva a crer que, de fato, Exército e Corpo de Bombeiros estão envolvidos no caso. E, como eu estava pesquisando o caso pelo CICOANI, mostrei os resultados para o presidente do grupo, Hulvio Aleixo.
Travei contato com outros militares de Três Corações em encontros secretos. Um deles, inclusive, foi à minha casa às 03h00 da manhã junto com a esposa. Ele me explicou como funciona o serviço secreto do Exército, que tem unidade muito bem implantada na cidade, com uma rotatividade muito grande de militares para não ficarem “manjados”. Esses S-2, como são chamados, misturam-se no meio da multidão, usam bigodes, cabelos compridos, andam em carros velhos e comportam-se como civis.
Esse militar que foi à minha casa disse que a captura foi extremamente favorável para o Exército, pois aconteceu num final de semana (quando a ESA fica praticamente vazia, somente com guardas) e também pelo fato dos membros do serviço secreto poderem entrar e sair a qualquer hora, sem dar satisfação a ninguém. Lá dentro, há um galpão onde os S-2 trabalham, cercados por enorme segurança, sendo que nem os oficiais do quartel têm acesso ao local. Em função disso, passamos a ter uma idéia concreta dos fatos. Percebemos que tudo era muito mais perigoso do que parecia.
Tivemos um apoio muito grande dos meios de comunicação, que veicularam tudo e estão tentando mostrar os fatos como eles são. Se a imprensa, ou melhor, alguns membros da imprensa nacional, como o Luiz Petry — diretor do Fantástico —, não tivessem corrido atrás das informações, tudo teria acabado sem explicação nenhuma. Devo dizer que a Ufologia mundial deve muito a ele.
UFOS sobrevoando o Sul de Minas
Enquanto o caso Varginha explodia na imprensa nacional, começava uma grande onda de UFOs sobrevoando a região. Cidades como Varginha, Alfenas, Boa Esperança, Três Corações, Bandeira do Sul, São Gonçalo do Sapucaí, Campanha e várias outras foram tomadas por avistamentos de objetos não identificados. A população viu que algo sério estava acontecendo e muitas pessoas nos procuraram para fazer relatos de avistamentos, contatos ou novidades sobre a captura.
Nessa época, final de fevereiro, encontrei um velho amigo que não via há muito tempo. Ele disse que conhecia um militar que estava envolvido com a operação de captura. Conseguimos encontrá-lo e ouvimos o seu relato. A cada nova revelação, tudo se tornava mais espantoso. Esse militar deu nomes de pessoas ligadas diretamente ao caso: coronel Olimpio Vanderlei e sargento Pedrosa. A entrevista com essa testemunha ocular do fato foi feita por mim e pelo ufólogo Marco Petit e gravada em vídeo para servir como garantia de prova. Nessa fita, perguntamos à testemunha se existe a possibilidade de alguém atentar contra sua vida e a reposta foi sim.
No dia em que foi gravada essa entrevista, estávamos fazendo uma reunião de ufólogos nacionais em Varginha, com a presença de pessoas da imprensa. Eu e Ubirajara tivemos que disfarçar o máximo para que ninguém percebesse o que se passava. A entrevista era absolutamente secreta. Chamei o ufólogo Marco Antônio Petit para me acompanhar e deixei os outros ufólogos na reunião.
Mais testemunhas são descobertas. Conseguimos, posteriormente, outra testemunha militar. Estava muito relutante em falar conosco, mas quando percebeu que o assunto já estava espalhado, teve coragem de falar o que sabia. Para sua surpresa ninguém na ESA sabia de nada, pois houve um esquema de desinformação dentro da própria Escola de Sargentos. Ao conversar conosco, descreveu o fato de maneira idêntica à que o outro militar já havia feito.
Poucas pessoas dentro da ESA sabem detalhes da operação. A maioria acha, inocentemente, que tudo não passa de uma mentira que dois ufólogos inventaram para se promover. Tudo lá é muito secreto… O contingente militar da escola é de mais de 3 mil homens e, com certeza, aproximadamente 98% desses militares não sabem de nada. A operação foi secreta e muito bem feita, de forma que a maioria dos militares continua achando que tudo é uma grande palhaçada. Surgiram também outras testemunhas militares que confirmam as informações que já temos. Conhecemos duas pessoas que estiveram diretamente ligadas ao processo de captura e transporte do ser. Elas, obviamente, não podem se identificar pois colocam suas vidas em risco. Contudo, são categóricas em afirmar o que aconteceu.
NOME DOS RESPONSÁVEIS
Após reunirmos todas as nossas informações sobre o caso, conseguimos os nomes dos militares que estão diretamente envolvidos no caso: tenente coronel Olímpio Vanderlei, capitão Ramires, tenente Tibério (da Polícia do Exército) e sargento Pedrosa. Sabemos também o nome dos três motoristas: cabo Vassalo, soldado Cirilo e soldado De Mello.
Eles se encontraram com um tenente S-2, que chegou num Fusca bege e parou ao lado do supermercado Paes Mendonça. Esse tenente mandou cada um dos militares, de Fusca, ao Hospital Humanitas, onde fizeram algum tipo de operação secreta. Nesse dia, 22 de janeiro, eles andaram calmamente pela cidade, passando mais de uma vez em frente ao Hospital Regional.
O comboio seguiu para o Hospital Humanitas, onde receberia uma misteriosa carga. Chegando lá, havia uma caixa de madeira presa sobre dois cavaletes e um dos agentes S-2 portava uma filmadora a tiracolo. Os outros militares receberam ordens para retirar suas jaquetas e foram proibid
os de utilizar gravadores, filmadoras ou máquinas fotográficas. Nessa ocasião, foram vistos no pátio do hospital viaturas da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros com seis homens, dois militares do serviço secreto do Exército e alguns médicos.
Uma criatura morta foi colocada dentro da caixa, que foi fechada com uma lona plástica e colocada dentro do caminhão. A cobertura da carroceria teve partes reforçadas para que ninguém visse o que havia dentro. Nessa época, principalmente no dia 22 de janeiro, a cidade inteira estava comentando o estranho movimento de caminhões da ESA. Era impossível não notar aquilo… todos comentavam e os boatos aumentavam.
O trajeto do comboio até Três Corações foi muito fácil. Ao chegarem à cidade, já havia homens da Polícia Militar esperando e segurando o trânsito. Ao que parece, os motoristas envolvidos não sabiam o que estavam transportando. Um deles, em seu depoimento, disse ter pensado que se tratava de um homem queimado, um suicida, ou qualquer coisa assim. Também disse que a criatura tinha um terrível mau cheiro. Pelo fato de terem sido três os caminhões envolvidos, supomos que, talvez, também sejam três criaturas. Mas isso não pode ser afirmado com segurança, pois ainda faltam provas e depoimentos. Assim, é quase impossível afirmar qualquer coisa sobre isso.
Ao chegarem à ESA, os motoristas fizeram rapidamente suas manobras de estacionamento dos veículos e foram dispensados. Às 04h00 da manhã, o mesmo comboio seguiu para Campinas, onde — segundo nossos informantes — a criatura foi submetida a uma necropsia. Nessa oportunidade, houve uma reunião com alguns oficiais, em que se enfatizou que toda essa operação havia sido secreta, sigilosa e que, embora o Exército continuasse sem saber do que se tratava, tudo deveria permanecer em silêncio.
Os soldados então chegaram a Campinas de manhã, garantindo a seus superiores a manutenção do sigilo. Mesmo porque, se isso não ocorresse, com certeza sofreriam muitas represálias. Até um jipe Engesa, modelo de guerra, fez parte do comboio, entre outros caminhões militares. Não sabemos ainda para qual unidade militar foram designados em Campinas. Ao chegarem ao seu destino, viram a caixa tomar outro rumo ainda desconhecido.
A partir desse momento, passamos a conectar os fatos e chegamos à conclusão de que eles tinham levado a criatura para Campinas com o objetivo de colocá-la nas mãos de um profissional da Unicamp. Segundo nossa investigação, esse profissional é um dos legislas mais respeitados do país e reconhecido internacionalmente. Tivemos acesso à esta informação através de um cientista da mesma instituição, que precisa permanecer anônimo. Assim, tornou-se evidente que a criatura passou por lá, tanto que esse cientista aproveitou e veio para Varginha, onde fez coleta de amostras de solo e vegetação do local onde foi avistado o ser. O material está guardado, esperando uma oportunidade para ser analisado. Não há mais dúvidas, portanto, de que a Unicamp está envolvida no caso.
Nosso cientista conversou com alguns professores, pessoas muito próximas que freqüentam sua casa, e soube que há ordens do governo para que ninguém fale nada. Pelo que se sabe, o reitor da instituição também está orientado para manter o sigilo da operação. As fontes, que são muito seguras, afirmam que o autor da primeira necropsia da criatura foi mesmo o médico legista Badan Palhares, responsável por necropsias importantes, como a de Joseph Mengheli e dos corpos de presos políticos enterrados no cemitério de Perus, em São Paulo.
Quanto ao número de seres capturados, ainda é algo obscuro. Fazendo apenas uma análise das probabilidades, podemos dizer que são pelo menos dois: o primeiro foi capturado às 10h00 da manhã pelos militares e o segundo foi visto pelas três meninas às 15h00. Quem esteve envolvido na operação de retirada da(s) criatura (s) do Hospital Humanitas diz que é pequena a possibilidade de serem três. Para uma das testemunhas militares, os três caminhões estavam ali para despistar qualquer desconfiança, de forma que nem mesmo os militares soubessem o que estavam fazendo…
Nós já sabemos como foi capturada a primeira criatura, às 10h30 da manhã, envolvendo Polícia, Exército e Bombeiros. Mas e a segunda? Como aconteceu sua captura? Pelo que revelaram as testemunhas, ocorreu por volta das 20h00 do sábado e estiveram envolvidos o serviço secreto da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Esta captura foi muito mais discreta do que a primeira, pois os militares foram para o local todos à paisana e em carros civis. A criatura estava num terreno, próximo a um bosque, onde os militares se espalharam e fizeram a captura secretamente.
Essa informação veio de uma pessoa conhecida na cidade, uma senhora da sociedade varginhense, que ouviu falar que um soldado da polícia havia capturado a criatura. Este ser teria passado por um posto médico próximo ao local da captura e o médico de plantão aconselhou que fosse levado para o hospital.
ET EM DOIS HOSPITAIS DE VARGINHA
Há indícios de que a criatura capturada, por alguma razão, passou pelo Hospital Regional. Mas os responsáveis pela operação devem ter chegado à conclusão de que o local era muito centra! e pouco seguro, decidindo levar o ser para outro lugar: o Hospital Humanitas, que é bem mais equipado e localizado numa região mais afastada do centro da cidade. Esse hospital fica ao lado de uma pequena estrada periférica que leva diretamente à rodovia Fernão Dias. Ou seja, facilitou para que o transporte fosse mais discreto.
Quando o diretor do Regional, Adilson Usier, disse no programa Fantástico que “…o hospital não está preparado para tratar de nada que não seja humano”, não estava fazendo mais do que a obrigação dele. Oras, não estamos dizendo que esta segunda criatura esteve nos hospitais para ser tratada. De maneira nenhuma. Dizemos apenas que teve uma passagem por esses locais, indo mais tarde para a Unicamp, com objetivo de ser analisada por cientistas. O problema é que algumas pessoas subestimaram nossa capacidade de investigação e acharam que nunca iriam despertar a desconfiança de ninguém. Assim, chegamos à conclusão de que a criatura retirada do Humanitas foi a mesma vista pelas três meninas à tarde.
ELES TÊM RAZÃO?
Um contato nosso em Campinas informou que o Brasil está sofrendo uma grande pressão, avisando-nos de que podemos estar sentados sobre uma bomba atômica… Segundo seu depo
imento, o processo todo de captura e ocultamento vai muito além do que podemos imaginar. Então, perguntamos: será que esses seres já não estão espalhados por vários outros lugares além do Sul de Minas? Será que já não houve algum tipo de embate entre extraterrestres e militares? Será que quem tem que lidar com tudo isso mesmo não é o Exército? Será que alguns desses seres não são portadores de bactérias terrivelmente mortais, capazes de dizimar toda a Humanidade? E será que tudo isso não tem que ser uma operação sigilosa mesmo?
Pela nossa ótica, eles poderiam nos chamar para dividir as informações que têm. Mas pela ótica deles, nós nunca poderemos ajudar em nada; não andamos nas altas cúpulas do Exército e devemos ser excluídos de suas atividades. Não somos dignos da confiança deles… Adoraríamos colaborar com as autoridades, mas parece impossível.
Às vezes, chegamos a pensar que os militares e as forças armadas estão só fazendo o papel deles no que diz respeito aos acontecimentos ufológicos. Tenho medo de que, qualquer dia desses, algum militar me aborde da seguinte forma: “Você não percebe que estamos fazendo o máximo esforço perra acobertar isso e vocês ficam tentando revelar tudo. Isso é muito perigoso, eles (os ETs) têm um vírus (ou uma bactéria qualquer) que pode dizimar a Humanidade rapidamente”. É claro que tudo é hipotético, e até engraçado, mas se caísse um UFO no meu quintal, a quem eu deveria procurar? Obviamente, a primeira coisa que faria era chamar as autoridades militares, pois isso é trabalho para eles. Estamos, de fato, muito preocupados pois estamos chegando à conclusão de que o Caso Varginha é somente a ponta de um iceberg.
Por outro lado, não podemos deixar o caso à deriva. Mesmo que os militares estejam realmente envolvidos com isso e fazendo simplesmente sua obrigação, é preciso respeitar o direito à informação. Por mais que o Exército esteja cumprindo com sua função de manter a segurança nacional, deveria também estar informando a população sobre suas atividades, pelo menos sobre uma parte delas. Mas por que o Exército Brasileiro iria informar o povo, se os exércitos de todo o mundo não o fazem?
UM ET EM VARGINHA?
Não existe na tipologia de humanóides extraterrestres um ser com as características do que foi visto em Varginha. Trata-se de algo importante na casuística de todo o mundo. Isso vem enfatizar a possibilidade de que era uma criatura geneticamente adaptada, cujo objetivo consistia em fazer uma operação qualquer entre nós terráqueos. Era um ser de características muito rústicas. É impossível pensar que uma criatura como aquela cruze galáxias, tempo, espaço, pilote naves… suas características não sugerem atividades deste tipo. Acreditamos que era um ser geneticamente adaptado para operar sondagens ou monitoração da raça humana, por exemplo.
Sabemos que a tipologia é, até certo ponto, muito rica, mas não tem ainda a descrição de todos os seres extraterrestres. E muito provável que o ET de Varginha seja algum tipo de animal criado apenas para concluir uma missão que ainda não sabemos qual. Talvez seja algum tipo de sondagem, policiamento, monitoração da raça humana… Tipologia ufológica é algo relativo. Não temos bases concretas para afirmar isso ou aquilo, pois as características da criatura podem ser também uma interpretação do contatado.
Considerando o avistamento de dona Therezinha como autêntico, diríamos que ela viu o mesmo ser que as garotas, inclusive a textura e cor da pele eram iguais. A única exceção era um aparato na cabeça da criatura, parecido com um capacete. Era apertado, de forma que tornava-se impossível saber se havia ou não protuberâncias cranianas. As demais características coincidem com as da outra criatura.
Um outro fato que vem corroborar para que acreditemos na autenticidade do avistamento é um vídeo que o ufólogo Marco Petit teve acesso. Esse filme, feito por uma mulher mexicana em 1993, mostra uma criatura em seu jardim, absolutamente imóvel, como uma estátua e com características idênticas às descritas por Therezinha. Isso põe em dúvida alguns dos postulados da tipologia extraterrestre conhecida até então. Sim, pois os desenhos são feitos por contatados e testemunhas, refeitos por desenhistas, retocados por artistas… e assim, até todo o ciclo se completar, muito das características originais são modificadas. Ou seja, o desenho tipológico é também uma interpretação.
Therezinha disse que conseguiu enxergar a criatura no escuro por causa da luz que ela emitia pelos olhos. Talvez seja um fenômeno de bio-luminescência ou até mesmo uma adaptação de visão para a nossa atmosfera. E bem provável que essa criatura tenha um tipo de visão diferente da nossa e precise de algum aparato para enxergar. A tipologia pode ser bastante variada, mas muito disso se deve à variedade de interpretações das pessoas que descrevem e desenham os seres.
Dois jornalistas aqui da cidade foram procurados por um sujeito que se dizia primo-de-um-filho-de-um-militar da ESA. Esse filho do militar teria conseguido um filme feito na ESA da criatura (ou das criaturas) e mostrado ao primo, que ofereceu ao SBT por 70 mil Reais. De lá para cá o preço já andou baixando. Houve toda uma trama do SBT, com participação inclusive da direção de São Paulo, para conseguir o vídeo. O rapaz visitou pessoalmente a emissora local, mas o negócio não se concretizou. Algum tempo depois, ele disse que não seria mais possível fazer a venda, pois algumas pessoas estavam desconfiadas e ele corria perigo de vida.
Isso coincidiu com o fato de que, na mesma semana, um cidadão de Varginha, uma pessoa evidente na sociedade, procurou-nos. Ele disse que sua filha de 16 anos e uma colega de escola — filha de um militar da polícia — teriam assistido a um filme “horrível” que o pai levara para casa. Era sobre a criatura capturada e, ao perceber o perigo da situação, o pai sumiu com a fita…
Sabemos que este vídeo existe. E isso por razões óbvias: testemunhas já haviam nos informado que no dia da captura um dos militares transportava uma câmera à tiracolo — e isso já era de se esperar. Nós já tivemos vários indícios de que este filme está aqui cm Varginha. Quem tentou negociá-lo até agora não foi bem sucedido e quem estava do outro lado da mesa não teve habilidade para conduzir tudo.
Qual é a nossa meta com tudo isso? Como a gente não pode e nem quer invadir instalações militares, precisamos encontrar outras provas cabais contra esse “crime”. E as únicas provas que poderemos ter serão fotos ou vídeos, que esperamos encontrar.
Varginha: cid
ade visitada por UFOs
Varginha localiza-se a 300 km de Belo Horizonte, no sul de Minas Gerais. Economicamente, é uma cidade pólo dessa região. Abriga diversas indústrias e grandes empresas de capital estrangeiro, E heterogênea culturalmente, conhecida também como um porto seco de café (a cotação mundial deste grão passou a ser feita lá a partir do início do ano) e tem cerca de 110 mil habitantes. A cidade também tem outras características — que entusiasmam, principalmente, os ufólogos: está localizada num ponto estratégico de atividades ufológicas, onde existem avistamentos constantes e casos de contatos de vários graus.
O Sul de Minas é conhecido internacionalmente como uma região propensa a atividades extraterrenas. Cidades próximas a Varginha, como São Tomé das Letras, Três Corações, Conselheiro Lafaiete, Pouso Alegre e outras, também apresentam inúmeros registros, demonstrando que os ETs estão lá há mais tempo do que se imagina. Nos últimos meses, a casuística tem aumentado assustadoramente. Em praticamente todas as cidades da região as pessoas estão vendo discos voadores. Os objetos aparecem publicamente, sendo vistos por muitas testemunhas ao mesmo tempo. Em alguns casos, eles até se deixam filmar e fotografar.
O que os ufólogos pensam sobre o caso
Editor: A revista UFO Especial foi até o 14º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, em Curitiba (PR), de 6 a 9 de junho passado, para lá colher os depoimentos dos principais ufólogos e conferencistas presentes, que opinaram sobre os detalhes do Caso Varginha. Veja o que esses pesquisadores pensam sobre o assunto.
O caso apresenta uma nova faceta da pesquisa ufológica. Acredito na sua autenticidade, pois entrevistei as três moças que viram o ser e elas não estão mentindo. Conheço o ufólogo Ubirajara Rodrigues há muitos anos e confio na seriedade do trabalho dele. Tenho muita pena do ser que foi capturado lá, mas o que mais espanta é o aspecto de intervenção militar no caso. Talvez seja a primeira vez em que pudemos constatar uma intervenção mantida oculta do público com todos os meios que as Forças Armadas têm à disposição.
Apesar de não termos ainda provas abertas do caso, o que temos são muitas evidências circunstanciais. Assim, percebemos que o caso está muito bem documentado diante dessas evidências. Quanto ao acobertamento, penso que os militares não têm direito de fazer isso, pois vivemos numa democracia. Por outro lado, compreendo os motivos deles: querem evitar o pânico geral, evitar uma subversão da nossa sociedade — que seria causada pelo conhecimento de princípios éticos muito superiores aos nossos, os quais interfeririam nos interesses econômicos das nações em geral, inclusive do Brasil.
Agora, se as autoridades começassem a fazer um levantamento de quantas pessoas já foram contatadas, de quantas pessoas já aceitam o Fenômeno UFO, iriam perceber que isso está se multiplicando e tende a causar problemas seriíssimos para eles. Não adianta esconder o sol com a peneira.
IRENE GRANCHI, Presidente do Conselho Editorial
Caso Varginha é superior ao Caso Roswell
O Caso Varginha é um dos mais importantes casos ufológicos de. todo o mundo nos últimos tempos. Vejo que temos algo superior ao que aconteceu em Roswell e é importante que não deixemos isso morrer. Espero que nossos amigos, pesquisadores de Minas Gerais, unam-se aos demais ufólogos para que tenhamos aquilo que há tanto tempo almejamos: provar a realidade dos UFOs, a existência desses objetos tão enigmáticos que aqui vêm nos visitar.
Não estou acompanhando a documentação do caso, mas pelo que vi até agora, acredito que a pesquisa está bem fundada em evidências concretas e seguras. No que diz respeito à atitude dos militares, penso que o acobertamento é necessário, porque há um acordo entre as potências mundiais para que todas as informações sobre UFOs sejam conservadas em caráter top secret — pelo menos temporariamente, até que tenhamos condições de fazer a Humanidade aceitar a existência dos UFOs, a pluralidade dos mundos habitados e a vida inteligente fora da Terra.
Reginaldo de Athayde, co-editor
Caso aumenta credibilidade da Ufologia
Sem sombra de dúvida, o Caso Varginha é o caso número um do Brasil. A seriedade com que os pesquisadores — que chamamos agora de Grupo dos Sete — estão conduzindo as informações e esse trabalho faz com que a credibilidade da Ufologia só aumente. Somente pela quantidade de informações que já foi compilada, a riqueza de detalhes e as várias testemunhas que já surgiram, vemos que esse é um caso que deixa Roswell muito pequeno.
O caso Roswell levou aproximadamente 30 anos para vir a público, enquanto o de Varginha foi vazado logo nos primeiros dias. As pesquisas estão muito bem conduzidas, com o depoimento de vários militares em mãos, além de notas totalmente contraditórias das autoridades em jornais. Isso comprova que realmente está havendo um acobertamento. É claro que as testemunhas jamais vão poder se tornar públicas, pois têm família, trabalho e se forem descobertas, responderão a processos, serão presas e sofrerão uma série de conseqüências, tendo suas vidas destruídas. São militares que tiveram coragem de confiar nos ufólogos, revelando o que sabiam e fazendo gravações confidenciais em vídeo, dando importantes detalhes.
Claudeir Covo, co-editor
Caso Varginha: ainda há muito a ser dito
É o caso mais importante da Ufologia Brasileira e mundial, tendo em vista as implicações e a envergadura dos fatos, como o depoimento das testemunhas, o envolvimento militar e o acobertamento. Eu diria até que o Caso Varginha coloca Roswell no bolso. Digo isso porque sei que o que foi veiculado na imprensa é apenas uma pequena parcela do que realmente existe. Ainda falta muito para ser dito, mas isso ainda não foi feito pelo fato de que a revelação de alguns detalhes do caso poderia identificar as testemunhas militares. Por uma questão de ética, os pesquisadores envolvidos nas investigações ainda não estão revelando todas as informações do caso.
Como estou acompanhando tudo de perto, vejo que a pesquisa está bem documentada, com depoimentos de testemunhas militares e civis que comprovam o que aconteceu no dia 20 de janeiro e nos dias posteriores. Mesmo já tendo passado alguns meses depois do caso, ainda estão vindo à tona uma série de detalhes e testemunhas que começam a tomar coragem para revelar o que sabem aos pesquisadores.
Quanto ao acobertamento militar, libera
r as informações seria a atitude mais correta. Eles poderiam, pelo menos, conversar com ufólogos e adverti-los sobre os perigos que correm, ou sobre o pânico que pode ser gerado na população. Acho que se eles explicassem seus motivos, talvez nós até pudéssemos entender o porquê de tanto segredo. Porém, todos sabemos que eles não vão fazer isso, pois, desde 1947, existe o acobertamento ufológico no mundo todo. É claro que o Brasil não fica fora desse contexto.
Edison Boaventura Júnior, do Conselho Editorial
O mais estranho é a fisiologia do ET capturado
O mais importante nesse caso são os pequenos pontos de contato de informações que estão batendo, como, por exemplo, o cheiro de amônia que foi sentido no local onde as meninas viram o ser e no Hospital da cidade. Outro detalhe é que o comandante do destacamento de bombeiros disse, num primeiro momento que iria fornecer o registro de data e hora das ocorrências, mas depois ele se negou, É preciso também considerar a grande movimentação de veículos militares, o que não é comum.
Tudo isso leva a crer que realmente o caso é verdadeiro. Contudo, o estranho é a fisiologia da criatura, diferente de qualquer outra já vista. E estranho, pois o que nós sabemos dos ETs é que são muito independentes, às vezes, até agressivos. Enquanto, que a criatura de Varginha estava sem reação, imóvel, coisa que nunca registramos ter acontecido no mundo. Uma hipótese que está sendo levantada pelos ufólogos sugere que a criatura seja algum tipo de animal-sonda, colocado na Terra para levantamento de informações.
Ricardo Varella Corrêa, do Conselho Editorial
Envolvimento de militares no Caso Varginha
Tive notícia do caso através da imprensa. A partir daí, fiz vários contatos com o pesquisador Ubirajara Franco Rodrigues, que me informou que o caso era realmente sério, envolvendo inclusive uma operação muito forte de acobertamento. Fui a Varginha duas vezes, e lá, tive a confirmação de que esse eia o caso mais importante da Ufologia Brasileira. Inclusive, tive a chance, em uma dessas visitas, de estar frente a frente com um dos militares que se envolveu diretamente na operação. O depoimento dessa testemunha foi extremamente impressionante, mostrando a riqueza de detalhes que envolveu a captura do ser. Nós temos que apoiar o trabalho do Pacaccini e do Ubirajara de forma definitiva, pois eles estão à frente de um caso único.
O acobertamento existe de forma descarada, mas os ufólogos estão se esforçando de maneira sobre-humana para que a verdade venha a público. Para nossa alegria, há militares que não estão contentes e não aceitam esse processo de ocultação, o que faz com que eles nos procurem para dizer o que sabem. Podemos dizer que a Ufologia Brasileira está dando um exemplo de capacidade, maturidade e de coragem. Temos certeza de que muitas coisas ainda vão acontecer com o desdobramento do caso.
Marco António Petit, co-editor
Indícios da captura de uma nave também no local
No início, acompanhei o caso por notícias que o GUG me passava. Em maio, tive a oportunidade de ir até Varginha e, pelo que os pesquisadores Pacaccini e Ubirajara estão passando para nós, o caso é autêntico e está sendo tratado com a maior seriedade possível. Eu ainda julgava um pouco precipitado chamar essas criaturas de extraterrestres. pois não havia nenhum indício de que elas teriam saído de uma nave.
Portanto, agora há indícios de que também houve a captura de uma nave no local. Acho isso muito provável, pois uns dois ou três dias após as meninas terem avistado o ser, a TV Bandeirantes veiculou uma reportagem de pessoas que teriam observado a retirada de uma criatura dos destroços de um objeto em Varginha. Essa noticia caiu no esquecimento, seria interessante que os ufólogos verificassem, pois não se ouviu mais nada sobre isso. O caso tem urna importância inquestionável para a história da Ufologia Brasileira, mas é preciso mais evidências físicas e os ufólogos estão em busca disso.
Rogério Porto Breier, do Conselho Editorial
ET foi autopsiado por equipe da UNICAMP
Estou acompanhando diretamente o caso Varginha, colaborando com o Ubirajara e o Pacaccini com informações de Campinas. Para mim, não restam dúvidas: realmente houve a captura de um ser e o acobertamento deste fato pelas autoridades militares. Estamos verificando o envolvimento da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto Médico Legal, e suspeitamos principalmente de que o legista Badan Palhares esteve comandando os estudos de necropsia da criatura. Não nos restam dúvidas de que o ET passou pela Unicamp e foi autopsiado.
Conseguimos chegar até o IML e ao quartel do Exército em Campinas, mas tanto os médicos quanto as autoridades negam a exumação. Contudo, encontramos um militar da cidade que alegou ter visto, na mesa de seu comandante, um documento comprovando que o ET passou por Campinas. Nós conseguimos com um funcionário do IML a informação de que de 20 a 26 de fevereiro houve movimentação de militares para a entrada ou retirada de algum corpo no IML, nas gavetas exclusivas do Exército.
Eduardo Mondini, do Conselho Editorial