Astrônomos reúnem-se nesta semana para montar uma “lista de compras” de projetos para quando os EUA retomarem a exploração da Lua com o novo veículo tripulado, o Órion, e a nova geração de foguetes, a Ares. A reunião, no Space Telescope Science Institute, na Universidade Johns Hopkins, que coordena o uso do Hubble, se dá uma semana antes de a NASA apresentar sua estratégia para a exploração da Lua. A apresentação está prevista para uma conferência em Houston.
Diferente das missões Apollo de 30 anos atrás, a nova tecnologia permitirá que a NASA alcance qualquer parte da Lua, incluindo áreas que estão constantemente sob a luz do Sol – e, portanto, contam com um suprimento contínuo de energia para instrumentos científicos – e áreas que constantemente apontam para longe da Terra. Nesses locais, a massa da Lua age como um escudo, isolando os sinais de rádio que partem do nosso planeta. O físico Paul Spudis explica que a Lua está cheia de oportunidades e perigos. A superfície é marcada por crateras que podem ser adaptadas para uso como antenas parabólicas, diz ele. A falta de atmosfera torna o ambiente ideal para observações do céu. No entanto, isso também significa que pequenos meteoros chegam com facilidade à superfície.