
No final dos anos 80, um cidadão chamado Milton William Cooper, que alegava ter trabalhando na Marinha norte-americana, agitou o mundo com revelações no mínimo bombásticas. A pretexto de estar expondo o que chamou de “uma nova ordem mundial”, Cooper foi uma das primeiras pessoas a afirmar publicamente que o governo dos Estados Unidos tinha acordos secretos com seres extraterrestres, que mantinha alguns deles cativos em bases subterrâneas e que usava sua tecnologia para desenvolver armas de guerra, recebida por permitir que aliens continuassem a abduzir pessoas livremente no território norte-americano. Ainda que não tivesse provado absolutamente nenhuma de suas alegações nos inúmeros relatórios que produziu, alguns dos quais extensos e detalhados, o assunto virou polêmica em instantes e alcançou proporções inimagináveis. Cooper foi imediatamente aclamado como herói pela Comunidade Ufológica Mundial, mas hoje, falecido e passadas quase duas décadas de suas “revelações”, é firmemente contestado por muitos estudiosos. No Brasil, a Revista UFO, ainda em sua edição 10, publicou na íntegra seu texto. Foi até hoje a que maior vendagem proporcional atingiu – 92% da tiragem de seu primeiro lançamento [Veja software Revista UFO Digital, código CDX-001 da seção Shopping UFO desta edição].
Hoje sabemos que as afirmações de Milton Cooper eram na maioria incorretas ou simplesmente falsas, algumas inventadas voluntariamente e outras criadas por razões desconhecidas. É inegável, no entanto, que o ex-mariner sabia algo sobre o que publicou, mas infelizmente tinha dados inexatos, incompletos ou inconclusivos, que agrupou desleixadamente em um único “pacote de informações” para que tivessem mais impacto, e precipitadamente, antes que pudesse confirmar muitas de suas alegações, lançou-o ao mundo. Cooper somou nesse bolo um pouco do que sabia com outro tanto do que imaginava saber e mais uma outra porção daquilo que supunha que fosse real. O resultado, como se soube, foi uma mistura que incluía verdades gravíssimas apresentadas de forma pouco responsável e suposições descabidas expostas como realidade. Mas antes de ser apedrejado, é importante que se diga que ele teve um significativo papel na Ufologia.
Justamente por ser o primeiro, abriu caminho para que outros ex-funcionários do governo norte-americano – e até mesmo ex-agentes da comunidade de inteligência – fizessem o mesmo. Assim, aos poucos, pessoas de credibilidade cada vez maior foram surgindo e corroborando as acusações acertadas de Cooper, consertando as que estavam incompletas ou inexatas e refutando as que não tinham qualquer validade.
Ele, portanto, fez história. O piloto de provas John Lear, filho do fundador da Learjet Corporation – a maior fábrica de jatos executivos do mundo –, foi um dos que seguiram pelo caminho aberto pelo ex-mariner. Mas, ao contrário de Cooper, cujo passado era quase inteiramente desconhecido, Lear tinha amplo respaldo calcado em uma brilhante e condecorada carreira de piloto de testes em aviões civis e militares, tendo também atuado em vários conflitos armados com reconhecida capacidade. Fazendo eco a algumas alegações de Cooper, Lear alega ter feito vôos de teste com UFOs que eram mantidos pelo governo dos EUA na Área 51, que fica a 170 km ao norte de Las Vegas, onde reside.
A verdade amplamente exposta — O piloto surpreendeu a opinião pública norte-americana aos afirmar categoricamente que naves alienígenas haviam sido recuperadas em vários lugares do mundo, após quedas acidentais ou provocadas por militares dos Estados Unidos, e reconstruídas por especialistas em retroengenharia nos hangares secretos da Área 51. Foi dentro da tal base que Lear conheceu o físico Robert Lazar, um físico e matemático que se tornou seu amigo e lhe revelou que trabalhara sob contrato com o governo na reconstrução de naves acidentadas. Lazar é um indivíduo polêmico, mas goza de certa reputação no meio ufológico mundial. Graças a esses indivíduos, e alguns outros, sabemos que de fato os principais governos do mundo – em especial o dos EUA – jamais se descuidaram da questão ufológica. Temos conhecimento de que, enquanto gastavam milhões de dólares em campanhas de descrédito e acobertamento ufológico, militares e cientistas norte-americanos empregavam outros milhões, bem mais numerosos, na pesquisa intensa e ininterrupta do Fenômeno UFO.
Há quem afirme que as autoridades de Washington monitoram absolutamente tudo sobre nossos visitantes. E supõe-se que, pelo menos durante uma época da história da humanidade, tais autoridades já operaram em conjunto com eles, como dizia Cooper. Há inclusive farta documentação, obtida por vias indiretas, que comprovaria até que encontros oficiais foram realizados entre militares e ETs, em bases aéreas espalhadas pela América do Norte, em plenos anos 50 e 60. Não há provas disso, mas há gente muito importante que leva tais fatos a sério. [Veja DVD Segredos Governamentais, código DVD-005 da seção Shopping UFO desta edição].
No fim da década passada, um novo personagem aderiu ao já expressivo grupo de ex-funcionários do governo dos EUA que querem ver a verdade sobre os UFOs e ETs ser amplamente exposta. Assim como os demais, também causou polêmica e atraiu descrédito para si, mas suas afirmações não somente corroboraram as obtidas anteriormente como acrescentaram certos detalhes que são, no mínimo, chocantes. Ufólogos mais ortodoxos, como o físico nuclear Stanton Friedman, por exemplo, garantem que esse novo personagem é falso. Mas grande maioria da Comunidade Ufológica Mundial o aceita com um mínimo de restrições. De qualquer forma, antes de morrer, em setembro de 2000, ele também teve seu passado amplamente checado para que se confirmasse se ele era de fato quem afirmava ser e se realmente teria condições, ocupando os cargos que alegava ter exercido, de saber os fatos que afirmava tão bombasticamente. Seu nome é Michael Wolf, um professor e cientista que, entre 50 e 60 anos de idade, teria trabalhado em projetos secretos do governo norte-americano.
A história de Wolf era uma das melhores que já se ouvira até então, principalmente porque ele fora, segundo afirmava, designado por seus próprios superiores para ser o elemento que iria gerar um fluxo de “vazamento controlado” de informações de caráter ufológico, de natureza super confidencial, que setores civis e progressistas do governo querem ver revelados, mas que os militares não permitiam que acontecesse. Para tanto, o cientista teria tido, durante certo tempo de sua carreira, acesso a níveis elevados de dados mantidos por diversos organismos gov
ernamentais, especialmente os de inteligência. Entre tais informações estariam fatos sobre a origem, natureza e mecânica dos UFOs, além de detalhes sobre contatos que seus tripulantes estariam fazendo com seres humanos, inclusive com amplo envolvimento oficial. No entanto, para desempenhar seu papel, Wolf teria que manter certos segredos, os mais estarrecedores, ainda ocultos da população e até mesmo da Comunidade Ufológica Mundial. E esse era justamente seu dilema: revelar tudo o que sabia ou apenas o que lhe mandaram? Por manifestar tal inconformidade, agravada por uma doença que retirou-lhe a mobilidade e o condenou a uma cadeira de rodas até morrer, foi aos poucos sendo desligado dos projetos de que participava.
Até seu falecimento, era um homem tristemente isolado, que teve sua identidade totalmente apagada pelo governo, em todas as formas de registro. Por mais que se pesquisasse sobre seu passado, não surgiam – como ainda não surgem – evidências dos cursos que fez em várias universidades, assim como especializações e pós-graduações. Também o registro de sua carreira em diversos postos governamentais foi deletado do sistema. Wolf alegava ter trabalhado como “fornecedor independente” de informações para a Agência Central de Inteligência (CIA), a Agência Nacional de Segurança (NSA) e o Conselho de Segurança Nacional (NSC). Mas não pôde provar. Segundo ele mesmo afirmava, apagar o passado de alguém é prática comum quando se deseja proteger e isolar indivíduos que tenham trabalhado em programas especiais ou confidenciais. Além disso, há sempre o risco de um funcionário desses programas decidir por conta própria falar mais do que deve, e por isso, como forma de desacreditá-lo, o governo apaga os registros de suas atividades, fazendo-o parecer um João Ninguém.
Juramento de segurança — Ao vir a público, ainda que através de um seleto grupo de ufólogos dos EUA – entre eles este autor –, Wolf garantiu que teve que assinar um juramento de segurança, através do qual se comprometia a não publicar artigos sobre suas descobertas em revistas científicas, enquanto trabalhara para os militares. Nem poderia falar sobre o que conhecia ou tinha tido acesso. O resultado disso é que o doutor Wolf sequer podia provar que existia como pessoa física. Mas, sendo um homem corajoso, decidiu prosseguir em sua intenção de revelar segredos ufológicos de seu conhecimento, até que seus superiores lhe dissessem para parar, “ou que eu decida parar por conta própria”, como dizia. Segundo ufólogos habituados a lidar com situações como essa, o mundo tem sorte dele ter tomado tal decisão, pois o doutor Wolf decidiu contar ao mundo fatos alarmantes sobre as civilizações extraterrestres com quem estamos em contato. “Isso é algo que todos têm o direito de saber”. Ele também era motivado pela necessidade de sentir que estava contribuindo com a humanidade e admitia que essa percepção tardia o fez reavaliar a importância de manter em segredo todas as operações nas quais tinha trabalhado. Seus esforços para persuadir seus chefes a deixarem-no publicar e falar tudo o que sabia – e não apenas o que lhe autorizaram – tiveram algum sucesso.
Quatro anos antes de falecer, Wolf lançara seu livro The Catchers of Heaven [Raptores do Céu, Dorrance Publishing, 1996], com uma miríade interminável de revelações desconcertantes sobre a atuação do governo dos EUA na questão ufológica. No entanto, evidentemente, sofreu sanções por sua audácia: sua obra só foi aprovada para publicação com a condição de que fosse apresentada como ficção científica. “Ainda assim o livro só contém revelações reais sobre a presença extraterrestre”, garantia. Em obras subseqüentes, o autor dava ainda mais informações sobre suas experiências pessoais e diretas com extraterrestres, sua comunicação com civilizações alienígenas e as missões que desempenhou. Desde que lançara The Catchers, no entanto, com a polêmica causada no meio ufológico, resolveu tornar públicos fatos que tinha tido conhecimento apenas recentemente, ou que, por algum motivo, omitira naquela obra. Esses, se reais, são igualmente assustadores.
Usina de informações ufológicas — Com um ritmo frenético, comum aos gênios, o autor era uma usina de informações, ainda que não fornecesse detalhes vitais sobre muitas delas, que pudessem, inclusive, legitimá-las. De qualquer forma, em volume e profundidade sem precedentes, os segredos que passaram a emergir com seus contundentes depoimentos, sobre os programas de acobertamento do governo dos EUA, eram no mínimo o que poderia ser considerada uma grande revelação. Houve até mesmo quem afirmasse que Wolf tinha produzido a revelação do século passada, mas isso não subia à sua cabeça. De origem judia, o professor seguia sua vida rotineira e previsivelmente. Sua família emigrou para os Estados Unidos e adotou Kruvant como novo sobrenome. Ele contava que, ainda quando criança, já estava familiarizado com fatos secretos e encontros com extraterrestres, pois acompanhava seu pai à Base Aérea de Andrews, em Maryland, próximo de Washington e onde são mantidos os aviões presidenciais. Seu pai trabalhava lá e, em uma ocasião, se encontrou com o chefe do Conselho de Desenvolvimento de Pesquisa Aérea na presença de Wolf, quando foram tratados assuntos relativos a alienígenas. O então jovem aspirante a cientista prestou muita atenção e descobriu, mais tarde, que ter contatos com ETs era possível. Ele chamava a um deles, particularmente, de “Pequeno Navegador Cinza” [Veja DVD UFOs: Segredos que os Governos Escondem, código DVD-018 da seção Shopping UFO desta edição].
O pai de Wolf um dia também admitiu ter sido visitado por ETs cinzentos, e conversara regularmente com o filho sobre esses raptos e os raptores, de onde extraiu inspiração para o título de seu livro. O filho de Wolf, Daniel, mantendo a tradição da família, também teve experiências com extraterrestres. Quando tinha apenas 12 anos, Wolf fundou uma associação estudantil de pesquisa de discos voadores e, à noite, tentava se comunicar com ETs usando sinais de luz. Em 24 de dezembro de 1954, tal esforço foi observado por George Williamson, então funcionário da CIA. Williamson, em seu livro Road in the Sky [Estrada no Céu, Neville Spearman, 1959], que publicaria mais tarde, escreveu que o jovem Wolf estava tra
nsmitindo mensagens a inteligências espaciais usando raios de luz modulados. A brincadeira tornou-se séria: o jovem pedira telepaticamente para que os ETs confirmassem o recebimento de suas mensagens, voando sobre sua casa. Wolf garantia que, cinco minutos depois de tal pedido, dois discos voadores sobrevoaram a residência seguindo em direção ao norte, como havia pedido. Imaginação fértil de um gênio precoce? Não se sabe e nunca vai se saber, mas o livro de Williamson realmente existe e nele há tal citação.
Wolf afirmava que, ao crescer, intensificou suas atividades de pesquisa de UFOs. Por causa disso, certas agências de inteligência começaram a manter vigilância sobre sua residência. Ao verem que seu trabalho era muito sério, uma dessas agências o recrutou quando era adolescente. Wolf contava ainda que o governador de seu estado pagara a cara educação que teve, inclusive faculdade, porque vira que ele tinha mesmo relação com os ETs e por ter sido o estudante mais brilhante que já tinha visto. Mas seus estudos sofreram uma paralisação quando foi enviado à Guerra do Vietnã, atingindo, anos mais tarde, o posto de coronel da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Wolf foi também piloto e cirurgião, e atuou como oficial da inteligência para a CIA e NSA. Segundo ainda afirmava – mas não provava –, recebeu os títulos de doutor em Medicina com especialização em neurologia, Ph.D. em física e ainda doutor em ciências da computação. Budista, seguia também o judaísmo e tinha afinidade com a espiritualidade dos nativos norte-americanos. Seu provérbio era: “A verdade é uma mentira a ser revelada”.
Relação com seres extraterrestres — De 1972 a 1977, o doutor Wolf esteve engajado em pesquisas governamentais secretas sobre tecnologia extraterrestre. Ele garantia – e igualmente não podia provar – que encontrava-se com extraterrestres regularmente durante seu trabalho. Afirmava que chegava a dividir seu alojamento com alguns deles enquanto fazia pesquisas em um laboratório governamental subterrâneo. “Haviam seres que eu chamava de ‘Zetas’, que trabalhavam em instalações construídas abaixo do solo, requisitados pelo governo norte-americano. Alguns eram mantidos em uma espécie de cativeiro”, afirmava. Segundo suas alegações, o governo instalara vários programas de cooperação conjunta entre militares e ETs, de várias civilizações. Não sabia quantos, mas muitos desses programas teria sido desativados logo no início. “Não eram os aliens que estavam rompendo os tratados com o governo, mas esse que decidia não levá-los adiante em muitos casos. Especialmente quando a política vigente mudava e se atirava em naves extraterrestres”. Quando perguntado como os ETs mantidos em cativeiro não se libertavam ou eram libertados por seus pares, já que têm tamanha tecnologia, Wolf disse que os cientistas governamentais haviam descoberto que os seres não conseguiam desmaterializar-se ou escapar se houvesse um campo eletromagnético extremamente forte ao seu redor. “Eu não cheguei a ver, mas ouvi de outro funcionário a descrição de paredes com um metro de espessura, com muitas bobinas em seu interior, localizadas no Laboratório da Força Aérea de Haystack”.
O cientista disse que tomara conhecimento de iniciativas governamentais para manter relações diplomáticas melhores com os alienígenas, mas muitas vezes tais esforços eram frustrados pelos militares, que os tratavam de forma hostil. “Eles queriam é atirar nas naves”. Isso é irônico, pois o próprio doutor Wolf havia anteriormente afirmado que a tecnologia para o desenvolvimento do programa Guerra nas Estrelas havia sido passada aos EUA pelos próprios aliens, como uma forma de impedir eventuais ataques de civilizações “não alinhadas” a eles. Entre os laboratórios onde Wolf trabalhou está o secretíssimo S-4, que fica no complexo que envolve a Área 51, no Nevada. Ele também afirmava ter morado por um tempo naquela base e ter trabalhado no laboratório da Divisão de Tecnologia Estrangeira, em Wright-Patterson, Ohio, assim como na base secreta subterrânea de Dulce, perto da divisa do Novo México com o Colorado. Wolf dizia ainda que havia muita atividade envolvendo ETs no laboratório da Base Aérea de Edwards, já citada.
Contradições e respostas vagas — Apesar de falante e muito disposto, no entanto, havia coisas que Michael Wolf não revelara aos seus interlocutores. Quando instado sobre o que se desenvolvia nas tais bases que citou, onde haveria envolvimento com aliens, ele era vago. No meio de uma entrevista com a ufóloga italiana e correspondente da UFO em seu país Paola Harris, veio à tona uma pergunta a respeito do complexo existente na Base Aérea Auxiliar de Indian Springs, próxima à região de testes em Nevada. Sobre isso ele foi taxativo: “Não posso dizer nada sobre esse assunto”. Mas por que, se já havia feito tantas e tão arrepiantes revelações antes? Esse é um mistério que provavelmente nunca teremos resolvido. A partir de 1979, segundo informara, Wolf passou a atuar como cientista consultor para assuntos extraterrestres de vários presidentes e do Conselho de Segurança Nacional. Ele também alegava ter sido membro de um desconhecido grupo de cientistas do subcomitê de gerenciamento de informações sobre UFOs, ligado ao Majestic 12 (MJ-12). “Os nomes em código que eu usava lá eram ‘Griffin’ e ‘Nu Kappa Eta’, e logo fui promovido a chefe do Grupo Alphacom, minha primeira equipe de estudos sobre assuntos extraterrestres, que também incluía um almirante da inteligência naval”.
Michael Wolf relatava que os militares de alta patente com os quais trabalhou sentiam-se impotentes face à desafiadora superioridade da tecnologia extraterrestre e suas habilidades mentais. Foi por causa desse sentimento de inferioridade, um anátema para os militares, que se autorizou uma intensa e extensiva campanha de desinformação para desencorajar qualquer tentativa dos civis em conseguirem o mínimo de conhecimento sobre os extraterrestres. “Os generais jogavam para ganhar”, dizia. Mas uma revelação ainda mais perturbadora, feita pelo doutor Wolf, diz respeito à exist&e
circ;ncia de um grupo de militares rebeldes dentro das agências de inteligência envolvidas no acobertamento. Tal grupo conspirador não concordava apenas com a manutenção sistemática de uma política de sigilo aos UFOs, e queria que as naves e seus tripulantes fossem tratados com a maior hostilidade possível, inclusive com armamentos sofisticados e poderosos. Formado por “oficiais extremistas, fundamentalistas, xenófobos, racistas e paranóicos”, que odiavam os visitantes alienígenas, tal grupo foi denominado informalmente de A Trama. Sem nenhuma autorização presidencial, comandava o programa Guerra nas Estrelas, modulando-o para derrubar naves extraterrestres. Foram integrantes de tal grupo que mantiveram ETs prisioneiros, usando métodos extremos para extrair informações à força [Veja DVD Um ET nas Mãos do Governo dos EUA, código DVD-010 da seção Shopping UFO desta edição].
“Um militar de alta patente, considerado amigo pela A Trama, mas que secretamente a odiava, era um de meus melhores informantes”, garantia o doutor Wolf. Boa parte das revelações mais bombásticas do cientista tinham relação com tal grupo. Segundo afirmava, ele controlaria ainda alguns ufólogos bem conhecidos em todo o mundo. Dizia que o diretor de uma grande organização ufológica norte-americana, sem mencionar qual, estava envolvido com A Trama. Dizia ainda que outro ufólogo do país é pago pelo grupo para roubar informações de seus colegas. “Muita gente na Comunidade Ufológica Mundial é paga por oficiais ligados àquele grupo. E muitos outros são alimentados com informações secretas consideradas publicáveis”. Será? Muita gente acredita nisso, mesmo sem Wolf ter revelado o nome dos supostos envolvidos.
Níveis de informação confidenciais — Como consultor presidencial, o cientista teria visitado o presidente Clinton nas salas privadas da Casa Branca, e ouvido dele algumas revelações. Mas diz que Clinton não sabia nem 10% da verdade sobre os UFOs. “Gostaria imensamente de poder contar tudo ao presidente, mas não posso. Meus chefes não iriam deixar”, desabafou. Empunhando uma das mais elevadas autorizações de segurança, Wolf esteve em posição qualificada para saber o que o governo detém sobre a presença extraterrestre – fatos que estão acima do executivo da Nação. “Clinton não sabe quase nada sobre a Área 51 ou do S-4, pois tem autorizações restritas a certos níveis de informação”. Tais autorizações seriam apenas Above Top Secret [Acima de confidencial] e Need to Know [Demanda de conhecimento]. Clinton, segundo Wolf, não possuía a autorização Ultra Top Secret [Bem acima de confidencial] para ter acesso aos segredos de nível mais elevados mantidos pelo Majestic 12 – entre eles os Documentos Keystone, sobre pesquisa extraterrestre. Sobre o MJ-12, aliás, o cientista discorria longamente, alegando ter grande familiaridade com suas atividades.
Técnica de visão remota — Michael Wolf alegava que, assim como muitas agências federais dos Estados Unidos, também o MJ-12 triplicou de tamanho nos anos 80. Nessa ocasião, o organismo ultra secreto teria passado a contar com 36 membros, incluindo o ex-secretário de Estado Henry Kissinger e o pai da bomba de hidrogênio, Edward Teller. “O MJ-12 se reunia em vários locais confidenciais, inclusive no Instituto Memorial Battelle, em Columbus, Ohio”. Como adendo, o cientista informava que fora o próprio Teller quem recomendara o físico Robert Lazar para a posição que ocupou na Área 51 e em S-4, onde ajudou a desenvolver projetos de estudos de engenharia reversa nos sistemas de propulsão de naves alienígenas. Mas quando inquirido sobre quem seria o chefe do MJ-12, Wolf se recusou terminantemente a informar. “Este organismo é autônomo e não responde a ninguém, nem mesmo ao presidente”. E quando um ufólogo norte-americano levantou a suspeita de que ele mesmo fosse um membro do MJ-12, ele apressou-se em afirmar que não poderia revelar tal coisa. Mas comentou sobre a atuação de renomados cientistas trabalhando em áreas científicas de ponta. Um deles era o doutor Hall Puthoff, cuja pesquisa incluía a energia a custo zero, que poderia substituir o petróleo e fornecer uma fonte de eletricidade limpa para o mundo. Nosso informante também teria trabalhado com cientistas que desenvolveram uma técnica de visão remota para o governo norte-americano, ao mesmo tempo em que Puthoff fazia estudos neste sentido no Instituto de Pesquisa de Stanford. Ele diz que o astrofísico Stephen Hawking também se dedicava a estudos envolvendo ETs, o que seria, se verdadeira, uma informação absolutamente inédita.
Os que chamo de ‘divididos’ são humanos com genes híbridos, devido à intervenção dos ETs em nosso passado, juntando material de sua origem com o da nossa
– Michael Wolf
Outro personagem importante mas desconhecido da Ufologia, com quem Wolf teria tido relacionamento, era o almirante Bobby Ray Inman, ex-diretor do NSA e atual presidente da Corporação Internacional para Aplicação da Ciência (SAIC). Essa, aliás, foi a entidade identificada pelo coronel da USAF Steve Wilson, pioneiro da Ufologia Norte-Americana, como sendo a companhia que produz motores antigravitacionais para aviões secretos em formato de UFOs fabricados nos Estados Unidos. Quando perguntado sobre isso, Wolf confirmou que Wilson tinha identificado Inman também no comando da empresa Decisão para Aplicações da Ciência (DSAI), ainda mais engajada com a presença extraterrestre. E ainda dissera que “Inman não sabia tanto quanto a comunidade ufológica acha que sabia. Ele sequer sabe de tudo o que a DSAI é capaz”. O DSAI é formado pelos líderes de várias corporações industriais envolvidas no desenvolvimento de armas militares secretas baseadas em tecnologia absorvida de extraterrestres.
Entre as revelações mais interessantes de Michael Wolf estão detalhes das operações de resgate e recuperação de UFOs acidentados nos Estados Unidos, depois estendido a outras partes do mundo. O projeto encarregado dessa tarefa levava o nome de Pounce e era altamente confidencial. Segundo o cientista, o primeiro objeto voador não identificado que teria sido resgatado pelos EUA caiu em 1941, no Oceano Pacífico, a oeste de San Diego, na Califórnia. Sua recuperação teria sido feita pela Marinha, que desde então passou a ter posição de liderança em assuntos ufológicos no país. “No entanto, como se sabe, a queda mais famosa e ruidosa deu-se em 1947, a nordeste de Roswell, no Novo México. Nesse caso, foram as Air Corps [Unidades Aéreas] que recuperaram os destroços, como foi relatado pelo coronel Philip Corso em seu livro Dossiê Roswell [Educare Brasil, 1998]”. Wolf confirmou como verdadeiras muitas das declarações de Corso, entre elas as que tratam dos leds, ou diodos emissores de luz, e supercondutividade. Corso afirmava que tais tecnologias estavam entre as extr
aídas dos escombros resgatados em Roswell. Para Wolf, mais tecnologia alienígena teria sido conseguida pelos Estados Unidos em sucessivas quedas, analisando-se os destroços de outras naves [Veja livro Quedas de UFOs, código LIV-009 da seção Shopping UFO desta edição].
Força Aérea do Exército — “No início, as naves resgatadas foram um bom material de pesquisa e sobre elas utilizou-se o que passou a ser chamado de engenharia reversa, que consistia em desmontar os veículos e tentar remontá-los, para ver como funcionavam. Era uma espécie de ‘desinvenção’ de artefatos”, dizia Wolf. Ele informara que, em uma queda ocorrida um ano após Roswell, em 1948, teria sido resgatado um alienígena ainda vivo, cinzento e baixinho, apelidado imediatamente de Entidade Biológica Extraterrestre ou EBE. Ele ficou cativo dos Estados Unidos desde sua captura até sua morte, em 1953. Garantia que os cientistas do governo norte-americano se comunicaram com o EBE pela primeira vez usando ideogramas. Wolf afirmava que logo após a queda de Roswell houve uma grande transformação na estrutura das Forças Armadas norte-americanas. A Força Aérea, até então, não era um organismo isolado, mas um segmento do Exército, chamado de Força Aérea do Exército. Foi apenas com a mudança causada pelo Caso Roswell que passou a ser uma instituição independente. A partir de então, viu-se o surgimento de um complexo cada vez maior e mais intricado de operações destinadas ao tratamento da questão ufológica.
Em seguida, através de um Ato de Segurança Nacional, a CIA foi criada e passou imediatamente a se envolver nas operações – que eram consistidas, principalmente, da pesquisa camuflada de observações de objetos voadores não identificados, do acobertamento descarado dos fatos perante à imprensa e da aplicação da política de descrédito a ufólogos e testemunhas. “As raízes da política que vemos hoje, de manutenção de sigilo aos UFOs, está nas operações iniciadas em 1947”, garante Wolf, no que concorda quase unanimidade da Comunidade Ufológica Internacional.
Quanto à sua participação em trabalhos envolvendo engenharia genética, mais uma de suas alegações que não pôde ser comprovada, o cientista revelara que o genoma humano completo já havia sido mapeado secretamente pelos cientistas do governo dos EUA, antes de 1999. Isso, no entanto, não se confirma, pois é amplamente sabido que tais dados só estarão nos próximos anos. Ele afirmava também que cientistas chegaram a trabalhar com genética alienígena – para ele, existiam humanos com genes híbridos terrestres e extraterrestres, os quais chamava de “divididos”. “Divididos são humanos com genes híbridos, devido à intervenção dos ETs em nosso passado, juntando material de sua origem com o da nossa”. Mais uma vez o cientista fez, neste exemplo, uma alegação extraordinária que não provou. Sobre isso, ele fora mais além, garantindo que existiam projetos governamentais de pesquisa em que cientistas criaram híbridos de humanos e extraterrestres resgatados em quedas, tentando replicar a engenharia genética destes últimos. Wolf explicava que a coleta de tecidos e órgãos de animais em mutilações causadas por nossos visitantes em todo o mundo – especialmente de gado –, era feita para preparar novos órgãos que pudessem se adaptar ao corpo humano.
“Estas operações são altamente complexas e servirão para se desenvolver mecanismos para filtrar partículas que estão nos matando quando poluímos o planeta. Os ‘Divididos’ nos ajudam a coletar tais materiais”. Mas, sempre segundo o cientista, os extraterrestres também tinham outras preocupações – eles estariam, assim como nós, buscando respostas para os mesmos enigmas que nos inquietam, como por exemplo Deus e morte. Wolf teria tido acesso a informações supostamente passadas por ETs aos seus colegas cientistas e militares norte-americanos, entre elas a de que os mundos da galáxia estariam conectados de forma muito sutil. Em função disso, nossas experiências atômicas poderiam afetar inúmeras civilizações em regiões do universo próximas a nós.
Raízes espirituais humanas — Michael Wolf era enfático quanto a certas afirmações. “Os humanos estão começando a mudar e estão procurando suas raízes espirituais”, dizia, advertindo quanto às experiências com genética humana. Ele mencionou brevemente – alegando não poder revelar tudo o que sabia – um projeto ultra secreto do Departamento de Defesa dos EUA ligado à clonagem de seres humanos de forma a criar uma criatura perfeita, que poderia ser, por exemplo, um soldado altamente eficiente que obedeceria ordens sem questionar. Experiências dessa envergadura têm sido tentadas secretamente em inúmeros laboratórios. Sua lógica é a mesma que leva instituições de genética molecular dos EUA a desenvolver armas biológicas. A AIDS seria uma dessas armas, construída a partir da manipulação de genes de microorganismos diferentes. Ele alegava também que teve informações confidenciais que recentemente foram agrupadas sob formas de relatórios pelo Majestic 12. Neles estariam descritas várias raças de alienígenas visitando e interagindo com nosso planeta. “Uma dessas raças tem pele levemente alaranjada. Os seres têm cabeças grandes e imensos olhos negros sem íris ou esclerótica. Suas mãos têm seis dedos”.
Durante uma autópsia em um desses seres, descobriu-se que seus cérebros teriam quatro lóbulos, diferentes órbitas e nervos oculares, e que seus corpos possuiriam um sistema digestivo esponjoso. Seus cérebros seriam mais desenvolvidos e interligados, sem corpos calosos. Wolf também descreveu uma raça que chama de “semíticos”, seres com altura mediana que geralmente apresentam aparência humana, exceto por seu nariz muito longo. “Essa foi a raça que aterrissou na Base Aérea de Holloman, no Novo México, em 1960, quando vários de seus emissários conversaram com oficiais dos Estados Unidos”. Já os chamados “nórdicos”, tão conhecidos pela Ufologia clássica, também eram citados pelo cientista, que afirmava serem muito parecidos com os humanos. O que espantou muitos ufó
logos é que Wolf alegava ter até informações sobre sua origem: “Os semíticos e os nórdicos vêm do conjunto de estrelas Altair 4 e 5, e alguns vêm das Plêiades”. Prova? Não, o cientista não tinha nenhuma, mas garantia que o que afirmava já era de conhecimento de muitos “infiltrados” dentro do movimento ufológico mundial. Segundo ele, os ETs comem primordialmente vegetais e cogumelos, e têm necessidades diferentes entre si. Eles absorveriam energia do ar e de certas partículas, mas não teriam um sistema digestivo capaz de absorver água em quantidade suficiente para poderem evacuar – eles processam seu pouco alimento por completo.
Com relação ao seu suposto contato direto com aliens, Wolf dizia que a raça normalmente chamada de “reticulianos” ou cinzas [Grays] estavam engajadas em acordos diplomáticos presentemente mantidos com o governo dos EUA. Quanto à sua alegada associação com ETs nos laboratórios governamentais, o cientista informara que teria recebido um pedaço de metal não terrestre para analisar. Ele se parecia com silício fundido e possuía propriedades energéticas peculiares, sendo composto por 99,99% de silício regular e apenas 0,01% de isótopos do mesmo elemento, mas não encontrados em nosso planeta. “Quando eu colocava o metal na água e a bebia, apenas como experiência, ela trazia benefícios à minha saúde”. Qualquer que seja a energia contida naquela amostra, era desconhecida, mas efetiva.
Aparelhos psicotrônicos do governo — O tema sobre energia, aliás, era um dos preferidos de Wolf, que dedicou-se a analisar a questão com muito detalhismo. Isso vinha principalmente do fato de que se submetera a uma análise em que se contatou estar com câncer. Para ele, a doença poderia ter sido induzida por aparelhos psicotrônicos manipulados pelo governo, já que crê que outros ufólogos tenham passado pelo mesmo problema. Em 1999, em um encontro que este autor teve com nosso informante, quando o descobriu anos antes dele ter se enclausurado em seu apartamento, revelou outro encontro que militares dos EUA tiveram com ETs, semelhante ao ocorrido na Base de Holloman. Disse que recebera essa nova informação há pouco tempo, de uma de suas fontes. Segundo declarou, um ser extraterrestre sozinho teria se encontrado com uma junta militar nas proximidades da Base Aérea McGuire, onde morreu estranhamente sobre a pista de pouso e decolagem. “Não imagino qual tenha sido o motivo da morte, e nem porque esta criatura tenha se encontrado sozinho com os militares”.
Como não poderia deixar de ser, Wolf também discorria sobre o polêmico assassinato do presidente Kennedy, que, segundo ele, teria envolvido múltiplos grupos e interesses. Os cubanos exilados nos EUA o odiavam pela falha na invasão da Baía dos Porcos, ao norte de Havana. A máfia norte-americana perseguia Kennedy por causa dos implacáveis processos que moveu contra mafiosos do mais alto nível, especialmente aqueles coordenados por seu irmão, o procurador-geral Robert Kennedy, mais tarde também assassinado. Executivos e militares linha-dura na CIA odiavam Kennedy porque queria tirar os EUA da Guerra do Vietnã. E por aí vão os inúmeros motivos que levaram ao assassinato do democrata. “Mas, entre os mais graves, estava o fato de que Kennedy pretendia tornar públicas as descobertas da CIA sobre os UFOs, e isso era inadmissível para os militares. Por isso ele foi silenciado”. Neste ponto, suas alegações eram absolutamente as mesmas das de Cooper, que também não as provara.
Bastante interessante também foi a revelação que o cientista fez de que Albert Einstein teria tido contatos com inteligências extraterrestres. Segundo ele, a partir desses encontros que Einstein teria criado suas teses mais revolucionárias, resultando, tempos depois, no desenvolvimento de técnicas de obtenção de energia a custo zero e em uma maior compreensão da teoria dos buracos negros. Todas essas formas de tecnologia de ponta permitiriam ao governo dos Estados Unidos a pesquisa de protótipos de aeronaves surpreendentes, semelhantes aos discos voadores e operando com antigravidade. “Se os extraterrestres atravessam galáxias manipulando o tempo e o espaço para chegar ao seu destino, um dia haveremos de fazer o mesmo, caso utilizemos a energia apropriada”, dizia. Ele também afirmava que os militares norte-americanos estariam treinando pilotos para usar suas mentes para guiar protótipos avançados. “Cientistas descobriram que alguns UFOs são operados por comandos mentais”.
Com todo seu vasto currículo, ainda sem confirmação, e após tantos cargos importantes que ocupou, Michael Wolf era um homem modesto. Morava sozinho em um apartamento simples e ainda lamentava a trágica morte de sua esposa e do filho Daniel, anos antes da sua. Enfrentando duas doenças terminais de degeneração da espinha e uma doença debilitante que o condenou à cadeira de rodas, quando este autor o encontrou, no fim da década passada, Wolf se dedicava a escrever suas memórias e a narrar para a humanidade tudo o que alegava ter presenciado. Ele tinha tem esperança de ver o dia em que o segredo sobre a presença alienígena na Terra seria exposto de uma vez por todas, sem que fosse necessário que pessoas como ele, ex-funcionário do governo, viessem a público arriscar suas vidas para fazê-lo. Suas histórias são sem dúvida estarrecedoras e, se reais, dão uma idéia do que há por trás do Fenômeno UFO e de sua manipulação por nossas autoridades. De qualquer, a polêmica logo se desfará e teremos então a verdade sobre o assunto.