Antes de começarmos a falar deste enigmático povo e de suas espantosas profecias, convém refletirmos um pouco a respeito do momento pelo qual passamos em nosso planeta, em que são nítidas as transformações do início de um novo milênio. Surgem cada vez mais questionamentos na mente das pessoas de espírito aberto, que buscam a verdade e o crescimento integral. Muitas das informações aqui contidas poderão chocar conceitos filosóficos e religiosos sedimentados, mas é preciso ousar para chegarmos ao conhecimento. Para aqueles que acreditam na chamada Era de Aquário ou Nova Era, assim como na existência de civilizações extraterrestres, nenhuma prova é necessária do que vai se expor neste texto. Mas para os que não acreditam, nenhuma será suficiente. Alguns grandes homens de nosso tempo, no entanto, fizeram manifestações que merecem reflexão.
“Chegou a hora de nos acostumarmos a pensar de uma maneira nova no homem, na sociedade humana, na história e nos destinos do mundo”, já dizia a papa Paulo VI na abertura da Assembléia Geral da ONU, em 1965, mais de quatro décadas atrás. “A vida extraterrestre é outra manifestação da criatividade de Deus”, sacramentava Robert Russell, físico e fundador do Centro de Teologia e Ciências Naturais de Berkeley, na Califórnia. Aqui no Brasil, o cardeal dom Helder Câmara, em entrevista publicada no jornal Diário de Notícias, em 1954, já dizia que a teologia admite a vida em outros planetas, tal como acabou de fazer o jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo oficial do Vaticano [Veja edição UFO 143]. “Os discos voadores não perturbam a fé católica, cuja doutrina de modo algum se opõe à crença na vida humana, sobre-humana ou super-humana em outros mundos”, disse Câmara na metade do século passado. Já o papa João Paulo II dizia: “Não tenhais medo de olhar e caminhar para frente, rumo ao novo milênio. Um mundo novo deve surgir, em nome de Deus e do homem. Não recuemos”. Os maias, muitos séculos atrás, já sintetizavam em sua fantástica cultura tudo aquilo que apenas hoje, e lentamente, temos descoberto.
Uma cultura inigualável
Povo da América Central que alcançou elevado grau de civilização, os maias construíram um império com uma base territorial de aproximadamente 325 mil km2 de superfície e uma população de mais de 15 milhões de pessoas. Seus domínios ocupavam a maior parte da Guatemala e Honduras, além dos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Tabasco e trechos de Chiapas e do território de Quintana Roo. A história da civilização maia abrange três fases distintas, tendo início no período chamado Pré-Maia, entre o começo do terceiro milênio antes de Cristo e o ano 317, e foi durante esta fase que foi introduzida a cultura do milho. O período seguinte foi o do Antigo Império, de 317 a 987, que se caracterizou pelo surgimento de grandes cidades, como Tikal, Uaxactun, Copán, Xultin etc. Foi marcado por evoluções tecnológicas e pela invasão dos grupos nahuatl, que pôs fim à sua unidade lingüística. E o terceiro período, ou Novo Império, durou de 987 até 1194. Nessa fase, grupos itza, tolteca e xiu fundaram Chichén, Mayapán e Uxmal, e formaram a Confederação de Mayapán, uma poderosa liga que se manteve unida até por volta de 1450, quando teve início a pressão dos conquistadores espanhóis, que resultou na desintegração do Império Maia, no final do século XVII.
Das três grandes civilizações pré-colombianas, os maias foram, sem dúvida, os mais misteriosos e provavelmente os mais antigos. Sua cultura já estava em declínio quando os europeus chegaram à América, devido a causas ainda não totalmente esclarecidas – talvez as sucessivas guerras ou no fato de sua agricultura ser baseada em queimadas, que teriam empobrecido o solo e estagnado a economia. Os maias tinham grande dedicação à arquitetura, produziam esculturas expressivas e seus conhecimentos científicos de agronomia, astronomia e matemática permitiram a elaboração de um calendário agrícola, um sistema de numeração e um calendário solar de 365 dias – na verdade vários calendários conjugados que registravam os fatos de maior vulto de sua história, embora haja polêmica quanto à sua origem. Gravados no interior de seus templos em forma de pirâmide, cada acontecimento digno de nota recebia uma estrela comemorativa.
Algumas construções maias eram elas próprias monumentos matemáticos, como a pirâmide de Chichén Itzá, um gigantesco calendário com uma escadaria de 91 degraus de cada lado, que somam 364, mais o patamar superior, 365. O fato de a construção refletir em números todos os dias do ano solar impressionou muito os europeus que lá chegaram, pois mesmo sem telescópios aquele povo “primitivo” tinha grande conhecimento de astronomia. Além disso, o sistema que os maias desenvolveram era bastante próximo aos calendários atuais. Se no Egito antigo as pirâmides eram construídas para serem túmulos para os soberanos, para os maias eram destinadas a servirem de observatórios astronômicos – e apenas os sacerdotes podiam subir nesses templos-observatórios.
Influência de seres avançados
Não são poucas as referências históricas sobre esta curiosa civilização que a relacionam com outras espécies cósmicas, que freqüentavam as áreas sob seus domínios e interagiam com seus habitantes. Como há vestígios em todo o planeta e na cultura das mais variadas civilizações, extintas ou ainda vivas, seres hora tidos como deuses, hora como sobre-humanos, muitas vezes desembarcando de resplandecentes veículos voadores, são descritos como freqüentadores assíduos do Império Maia, a tal ponto que estudiosos associam seu fantástico avanço e sabedoria, para a época, com tais forasteiros. “Evidências arqueológicas sugerem fortemente que os maias receberam uma influência direta e constante, durante boa parte de sua existência, de seres avançados que se presume serem de fora do planeta, tal como os modernos ufonautas”, declarou o pesquisador norte-americano Bob Dean.
Assim como os olmecas e outras da mesma época, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas a muitos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam os povos pré-colombianos. Ao contrário de outras grandes civilizações, no Império Maia foi desenvolvida uma ampla gama de conhecimentos inseridos em sua própria cultura. Entre tais peculiaridades estava o fato de que não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado, mas compartimentalizado. Também utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam o número zero na execução de operações matemáticas.
Decifrando a escrita maia
A arquitetura desse enigmático povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos, vívidos em seu dia-a-dia. Colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta de sua religiosidade era ainda pautada pela crença ampla e franca na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados para tal fim e outros, o que leva muitos estudiosos a questionarem como uma civilização como aquela, tão avançada em alguns aspectos, poderia ser tão atrasada em outros.
Entre todos os sistemas de escrita existentes na chamada Mesoamérica, segundo alguns especialistas, o dos maias é considerado o mais desenvolvido, fruto do intercâmbio cultural estabelecido com os olmecas, que anteriormente ocuparam a região mexicana entre os anos de 1500 e 400 a.C. Desprovidos de um sistema alfabético, eles contavam, no entanto, com um extenso conjunto de caracteres, que os pesquisadores ainda não foram capazes de decifrar integralmente – somente com o auxílio de computadores é que, recentemente, cerca da metade deles foram traduzidos. Um dos maiores empecilhos na identificação dos sinais está no fato de que podem representar sons, idéias ou as duas coisas ao mesmo tempo. Indícios atestam que os maias utilizavam diferentes formas de grafia para um único conceito, e adotavam o uso de um mesmo caractere para representar dois ou mais símbolos e sons.
Além de constituir uma forma de comunicação, havia também uma vinculação religiosa em sua expressão. Os maias acreditavam que a escrita era um presente dos deuses e, por isso, deveria ser ensinada a uma parcela privilegiada da população. Registravam informações em pedras, madeira, papel e cerâmica, além de livros confeccionados a partir de fibra vegetal, resina e cal. Infelizmente, boa parte desse material foi perdida com o processo de dominação espanhola – tendo sua origem considerada pagã, a Igreja determinou que os registros fossem queimados. Atualmente, somente três grandes obras da cultura letrada dos maias foram preservadas, os chamados códices, manuscritos gravados em madeira, superiores aos pergaminhos, mas inferiores aos livros da Idade Média.
O enigmático Calendário Maia
Em 1566, o bispo Diego Landa esforçou-se para traduzir alguns documentos com a ajuda de índios catequizados, mas apenas três códices e o possível fragmento de um quarto chegaram até a atualidade. São eles o Códice de Dresden, o Códice de Madrid, o Códice de Paris e o Códice Grolier, ou Fragmento Grolier. O mais importante deles é o Códice de Dresden, um manuscrito que reúne praticamente tudo o que sabemos sobre os conhecimentos matemáticos e astronômicos dos maias. Nesse texto de 39 folhas, escritas dos dois lados, encontram-se não só a descrição de rituais religiosos como os cálculos para a previsão de eclipses e as conclusões a respeito do ciclo de Vênus, que funcionava como uma referência para a data das colheitas e para a escolha da época para a guerra. Essas valiosas fontes de pesquisas se encontram separadas em museus da Alemanha, Espanha e França.
Entre o que de mais fascinante os maias possuíam está um sistema de calendários circular cujo ciclo completo era de 52 anos solares. Era o chamado Calendário Maia, que sincronizava dois outros, os calendários Tzolkin e Haab. O Calendário Maia com ciclo equivalente a um ano solar era o Haab, que tinha 18 meses de 20 dias, além de cinco dias sem nome. Seu uso era mais afeito às atividades agrícolas, notadamente na prescrição das datas de plantio, colheita, tratos culturais e previsão dos fenômenos meteorológicos. Já o Calendário Tzolkin tinha 13 meses de 20 dias, com ciclo completo de 260 dias, e era usado para as funções religiosas, como para marcação de cerimônias. Como ele também se faziam adivinhações pessoais e se encontravam datas propícias para atos civis.
A grande importância dada pelos maias à medição do tempo decorre da concepção que tinham de que tempo e espaço eram uma coisa só, algo que fluía não em linha reta, como na convenção européia ocidental, mas circularmente, isto é, em ciclos repetitivos. O conceito chama-se Najt e é representado graficamente por uma espiral. Além disso, os maias acreditavam que, conhecendo o passado e transportando as ocorrências para idêntico dia do ciclo futuro, os acontecimentos basicamente se repetiriam, podendo-se, assim, prever o destino e exercer poder sobre ele. Por esta razão, a adivinhação era a mais importante função da religião daquele povo. Tanto é assim que a palavra maia usada para designar seus sacerdotes tem origem na expressão “guardião dos dias”.
No final dos anos 40 foi descoberto um monumento monolítico em Coba, na península de Yucatán, que intrigou os estudiosos. As inscrições no artefato são datadas de cerca de 2.500 anos atrás e indicavam um calendário de longuíssima duração, dividido em nove ciclos. Uma interpretação dos caracteres do monumento de Coba foi feita, entre outros, por Carl J. Calleman e Jan X. Lungold, considerando que cada ciclo do calendário – tun &ndash
; correspondia a um nível de desenvolvimento da consciência, no sentido de percepção do conhecimento. Segundo Calleman, a seqüência dos ciclos implica um aumento gradual desse processo, com um decréscimo proporcional da duração dos ciclos. Desta forma, o que era conscientizado durante o período de um ciclo, no próximo deveria sê-lo em um tempo 20 vezes menor, havendo assim uma aceleração progressiva na “taxa de conscientização”. Veja o número de dias do período da longa contagem:
1 kin 1 dia
20 kins 1 uinal 20 dias
18 uinals 1 tun 360 dias
20 tuns 1 katun 7.200 dias
20 katuns 1 baktun 144.000 dias
13 baktuns 1.872.000 dias
Assim, um baktun é igual a 144.000 dias, um katun vale 7.200 dias, um tun é igual a 360 dias, e um uinal corresponde a 20 dias. Também de grande importância para os maias, no que revela o relacionamento entre os humanos e o cosmos, é o termo para o período de 20 dias, uinal, que deriva da expressão similar uinac, que significa pessoa. Como veremos mais à frente, o Calendário Maia também é polêmico por indicar uma data muito cogitada hoje por movimentos filosóficos, em especial os que acreditam numa iminente catástrofe no planeta [Veja edições UFO 148 e 151]. Trata-se de 21 de dezembro de 2012, o final de um ciclo de 13 baktuns ou 1 Grande Ciclo de 1.872.000 dias, e está relacionada a uma das profecias maias mais importantes.
Entre as impressionantes mensagens que este misterioso povo nos deixou encontram-se sete profecias escritas em pedra, cujos conteúdos trazem tanto um alerta como uma esperança. Alerta quanto ao que pode acontecer no futuro próximo – como já temos documentado nos últimos anos –, e esperança com relação às mudanças que devemos efetuar para impulsionarmos a humanidade para uma nova era, a dita era da mulher, das mães e da sensibilidade.
Profecias maias, perigos atuais
Todos nós, de uma maneira ou de outra, sentimos que estamos começando a viver os tempos do Apocalipse descrito na Bíblia. Seus sintomas são inequívocos e todos os percebemos nos inúmeros conflitos que se sucedem a cada ano, como guerra por questões religiosas, territoriais e até por recursos naturais, como o petróleo e minérios. Ao mesmo tempo, o planeta dá claros sinais de fadiga e temos mais erupções vulcânicas, a poluição gerada por nossa tecnologia chegou a índices alarmantes, estamos enfraquecendo a camada de ozônio que nos protege das radiações do Sol e contaminando o meio ambiente com dejetos, devastando nossos recursos naturais, acabando com nossas fontes de água e com o oxigênio que respiramos.
Estudos não faltam para comprovar que o clima mudou e que as temperaturas aumentaram de maneira impressionante. Hoje temos geleiras inteiras derretendo, grandes inundações se sucedem em todo o mundo e enormes tornados põem em perigo muitas áreas do planeta, como a Flórida e a América Central. Simultaneamente a um crescimento desordenado e contínuo, a pobreza generalizada causada pelos efeitos do caos econômico é sentida em quase todos os países. Procuramos respostas e um caminho seguro para os tempos em que vivemos, e reconhecemos, a partir dos problemas que enfrentamos no dia-a-dia, que não estamos em harmonia. Com base em todas estas mazelas, naturais ou artificiais, muitas religiões elaboraram profecias para a humanidade, como registra a própria Bíblia, referindo-se a tais fatos à sua maneira.
Já os maias, sabendo que muito disso iria acontecer, mesmo inúmeros séculos atrás, nos deixaram orientações para que, de maneira individual, pudéssemos contribuir para levarmos a humanidade para uma nova era, quando não haveria mais caos nem destruição – tal conceito também contido nas próprias profecias que narram os fatos vindouros. Eles elaboraram sete profecias que falam de suas visões do futuro – nosso presente – e estão baseadas nas conclusões de seus estudos científicos e religiosos sobre o funcionamento do universo. No mundo vislumbrado por eles e descrito em suas predições desapareceriam as leis e os controles externos, como a polícia e os exércitos, porque cada ser se faria responsável por seus atos. Também não seria preciso implementar mais qualquer direito ou dever imposto pela força, e seria formado um governo mundial e harmônico com os seres mais sábios e evoluídos do planeta.
Um mundo sem fronteiras
Para o Império Maia, a se concretizarem as profecias que nos legaram, também não existirão fronteiras nem nacionalidades, terminarão os limites impostos pela propriedade privada e não será necessário dinheiro como maneira de intercâmbio. Eles previram, com seus estudos do universo em conjugação com suas crenças religiosas, que seriam implementadas tecnologias para o controle da luz e da energia, e que com elas as gerações futuras transformariam a matéria e produziriam de maneira simples tudo o que fosse necessário à subsistência humana, dando um basta à pobreza para sempre.
Mas os maias foram mais além e acreditavam que a capacidade de ler o pensamento entre os humanos revolucionaria totalmente a civilização planetária, pois desapareceriam os limites e acabaria para sempre a mentira, uma vez que ninguém poderia mais ocultar algo de seus semelhantes. Com a comunicação através do pensamento haveria também um supersistema imunológico que eliminaria as baixas vibrações produzidas pelas enfermidades, prolongando a vida na Terra. O respeito, segundo as profecias maias, será o elemento fundamental da cultura e o ser humano viverá uma “primavera galáctica”, o florescimentode uma nova era baseada na reintegração com o planeta e com todos os seres humanos, gerando uma nova realidade individual, coletiva e universal. Isso tudo a partir de 22 de dezembro de 2012, um sábado, dia seguinte ao fim do Calendário Maia. Desta data em diante, para eles, todas as relações serão baseadas na tolerância e na flexibilidade.
Como se vê, a cosmovisão maia da evolução do homem e do universo pressupõe que os perigos do futuro ensejam dias melhores aos que a eles sobreviverem. As mensagens de alerta contidas em suas sete profecias convivem lado a lado com mensagens de esperança. Há elementos na vasta literatura sobre esta civilização, em especial na que analisa sua transcendência e religiosidade, que sug
erem que os maias receberam influência de outras espécies cósmicas, mas avançadas e espiritualizadas, para conceberem no futuro um sistema de paz e harmonia para o ser humano, reintegrando-o ao universo e possivelmente aos habitantes de outras culturas espaciais – e deixaram isso em suas profecias.
Mas o que diz a nossa ciência sobre este assunto? Esta é uma questão que requer muito estudo e debate. Primeiro porque, segundo as próprias profecias, a grande causa física do que se acredita ser o final dos tempos, em 21 de dezembro de 2012, estaria no fato de que o Sol receberia um raio ou uma descarga oriunda do centro da galáxia e emitiria uma imensa “chama radioativa” que colocaria todo o Sistema Solar em perigo, e conseqüentemente a Terra. Este evento aconteceria antes do começo de um novo ciclo cósmico.
“O tempo do não tempo”
A mitologia de várias culturas antigas trata de inundações catastróficas que teriam acontecido há uns 12.000 anos, e de misteriosas chuvas de fogo há cerca de 5.000 anos, que pesquisadores como o engenheiro e cientista Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre. A indicar isso está o último katun – denominado pelos maias como “o tempo do não tempo” –, que teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após um eclipse do Sol. No entendimento dos maias, se trata de um período de transição caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas. Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes no planeta, como a orientação migratória de aves e cetáceos. Tais anomalias afetaram, inclusive, o funcionamento da aviação.
Como indícios de que os maias acertaram em suas profecias estão alguns dados significativos. Por exemplo, em 1996, o observatório espacial SoHo [Solar Heliospheric Observatory] descobriu que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogenizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no astro e, em 1998, a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia, que ninguém soube explicar até hoje. Seriam coincidências? Outra importante data relatada nas profecias maias é a do eclipse total do Sol de 11 de agosto de 1999, que aconteceu exatamente como previram. Segundo o Chilam Balam, livro sagrado do Império Maia, após sete anos do início do último katun, em 1999, começaria uma era de escuridão e os desastres na Terra – terremotos, furações e erupções vulcânicas – aumentariam consideravelmente.
Os prenúncios não param por aí. Em 15 de agosto de 1999 ocorreu uma misteriosa explosão em algum ponto do espaço, que obscureceu a visão de algumas estrelas durante horas, como numa espécie de eclipse. Durante esse processo, as emissões de ondas de rádio, raios gama e raios X aumentaram sua intensidade em cerca de 120%. Não se encontrou uma explicação razoável para isso, mas os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do importante Observatório Radioastronômico, do Novo México, qualificaram este fenômeno como um “enigma digno de uma investigação minuciosa”.
Os maias estariam mais uma vez certos? Não se sabe, mas de uma coisa temos certeza: o Sol vem dando sinais claros de que algo estranho está acontecendo. E, logicamente, o que vier a ocorrer com o astro, dependendo da magnitude de tal anomalia, afetará não só a Terra, mas todo o Sistema Solar. Isso é fato. Com as labaredas solares recebemos uma dose incomum de raios ultravioleta, que expandem a atmosfera superior e diminuem a pressão que existe sobre os satélites a baixas altitudes. Ao se afetar a ionosfera, pelas emissões solares, produzem-se alterações em todas as comunicações de rádio e televisão, porque é nesta camada que são transmitidas e refletidas as diferentes freqüências. A rede elétrica é especialmente sensível aos ventos solares, como ocorreu durante nove horas em toda a província de Quebec, no Canadá, em 1989.
Imagens do Sol obtidas pelo observatório SoHo, em outubro de 1999, quando ocorreram as explosões de maior intensidade, dão idéia da violência e da magnitude da tempestade solar. Os cientistas não sabem o que está acontecendo, mas, mais recentemente, em 20 de janeiro de 2005, outra surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com máxima radiação 15 minutos após as explosões – normalmente, demoraria duas horas para tal índice chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, foi a mais violenta e misteriosa tempestade dos últimos 50 anos. Antes acreditava-se que elas se formavam na coroa do astro por ondas de choque associadas a erupções de seu plasma. “Entretanto, pelo menos neste caso, parece terem se originado estranhamente no interior da estrela”, afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O próprio Lin, funcionário da NASA e principal pesquisador do satélite Rhessi [Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager, Espectrógrafo Mapeador Solar de Alta Energia batizado em homenagem ao cientista Reuven Ramaty], expressou sua conclusão com uma frase muito simples: “Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona”. Resumindo, o inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto. Mas por que o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala naquela data? O pico máximo de atividade de nossa estrela – no seu ciclo principal de 11 anos – aconteceu no ano 2000. Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas características na superfície do astro, o que sempre anuncia a proximidade de alguma atividade. Neste caso, a atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente no ano anterior ao que os antigos maias profetizaram como o final da era correspondente ao Quinto Sol e o começo de outro ciclo cósmico, chamado de Sexto Sol.
Os maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Seus textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro-rei? E, sobretudo, por que motivo, ainda naquela época, eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias? Se não tinham dispositivos de aumento de sua capacidade de observação, como telescópios, por exemplo, como poderiam ter gerado uma matemática tão precisa que serviria de base para predições astronômicas de fatos que ocorreriam muitos séculos depois? Resta cada vez mais evidências de que aquela ra&ccedi
l;a “primitiva” tinha acesso a informações sobre o Sistema Solar e o universo, mas quem as fornecia?
Mudanças magnéticas na Terra
A revista Science adicionou lenha à fogueira ao publicar um artigo em junho passado, em que informava que muitos cientistas já admitem que não estamos preparados para a próxima máxima solar, que acontecerá até o ano de 2013. Uma grande tempestade solar poderia trazer conseqüências assustadoras para a humanidade, falam os cientistas. Danos à rede elétrica e aos sistemas de comunicação poderão ser catastróficos, com efeitos que podem levar ao descontrole governamental da situação. As previsões são baseadas em uma grande tempestade solar de 1859, que fez com que os fios dos telégrafos entrassem em curto-circuito nos Estados Unidos e na Europa, levando a grandes incêndios. Com o advento das redes de energia, de comunicação e com satélites atuais temos muito mais em risco. “Uma repetição atual do evento de 1859 causaria distúrbios sócio-econômicos significativamente mais extensos”, concluíram os pesquisadores. Um cientista disse recentemente que “uma brutal tempestade solar poderia ‘apagar’ os EUA por meses”.
Parece haver muito alarme nisso, mas a situação realmente requer atenção. Em artigo no The Sunday Times, de Londres, o jornalista científico Jonathan Leake informou no começo deste ano que foram encontrados grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para “trocar de posição”, numa guinada magnética. “Um período de caos poderia ser iminente, no qual as bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e satélites seriam queimados pela radiação solar”. Os buracos estariam sobre o sul do Atlântico e do Ártico, o que pode indicar que nosso escudo protetor contra as tempestades solares está defeituoso. As mudanças foram divulgadas depois da análise de dados obtidos pelo satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram comparados com dados coletados antes por outros satélites e tidos como consistentes.
Não apenas a mudança, mas também sua velocidade surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo do planeta parece estar passando por mudanças dramáticas. “Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter”, diz o pesquisador. Geodínamo é o processo pelo qual o campo magnético é produzido, por correntes de ferro derretido fluindo em torno de um núcleo sólido. Às vezes, turbilhões gigantes formam-se no metal líquido, com o poder de mudar ou mesmo reverter os campos magnéticos acima deles.
A equipe de Olsen acredita que tais turbilhões se formaram sob o Pólo Norte e o sul do Atlântico, e que se tornarem-se fortes o bastante, poderão reverter todas as outras correntes, levando os pólos Norte e Sul a trocar seus lugares. Também citado no The Sunday Times, Andy Jackson, especialista em geomagnetismo da Universidade de Leeds, Inglaterra, disse que a mudança está atrasada. “Tais guinadas normalmente acontecem a cada 500 mil anos, mas já se passaram 750 mil desde a última”. A mudança, se ocorrer mesmo, poderia afetar tanto os seres humanos quanto a vida selvagem. A magnetosfera é a extensão do campo magnético do planeta no espaço e fornece proteção vital contra a radiação solar abrasadora, que de outro modo esterilizaria a Terra. Ela forma uma espécie de bolha magnética isolante, que protege a Terra das partículas e radiação trazidas pelo vento solar.
Chama radioativa e destruição
Diante destes acontecimentos, poderíamos perguntar se a misteriosa e inexplicável radiação de 1999 seria o tal raio ou descarga proveniente do centro da galáxia, que, segundo os maias, alcançaria o Sol antes de 2012, resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Como também poderíamos indagar o que seria a tal “chama radioativa”, que, também segundo aqueles nativos mesoamericanos, o astro emitiria após receber o referido raio? E a igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005, que fez crescer o número de erupções vulcânicas e deixou perplexos e sem respostas os cientistas? Apenas neste ano foram registradas 31 erupções significativas.
Outra data a se lembrar é 11 de agosto de 1999, quando ocorreu um eclipse total do Sol, tal como previsto nas profecias maias, que diziam que teria ali o início de uma era de escuridão e desastres na Terra. Logo em seguida houve um terremoto na Grécia de 5.7 graus na escala Richter, com quase 200 mortos. Dias depois, inundações catastróficas na China resultaram em milhares de mortos. Em 17 de agosto, um terremoto de 7.4 graus na Turquia deixou 15 mil mortos e 44 mil feridos. Em 20 de agosto, outro terremoto de 7.6 graus, agora em Taiwan, resultou em centenas de mortos. Se continuarmos esta lista de catástrofes encontraremos ainda terremotos no dia 22 de agosto em todo o planeta, variando entre 2.0 e 5.2 graus – como em Oaxaca, no México, seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás, que produziram mortos e destruição.
Não se pretende exaurir o leitor com uma enxurrada de tragédias, mas sim narrar alguns fenômenos que aconteceram logo após o eclipse de 11 de agosto. Porém, o fato de maior gravidade deste século certamente foi o que ocorreu em 26 de dezembro de 2004, quando um tsunami gigante atingiu Sri Lanka, Índia, Tailândia, Somália e outros países, deixando mais de 193 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados apenas na Ásia, oriundo de um imenso terremoto ocorrido no Oceano Índico.
Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999 não ficou só marcado como o dia do eclipse total do milênio, mas também como a data em que houve uma configuração astrológica muito rara, uma grande luz cósmica formada pelos signos de touro, leão, escorpião e aquário, além do Sol, da Lua e de três planetas. Este sinal também encontra referência no Apocalipse e evoca os chamados “Quatro Moradores do Trono”. O primeiro é descrito como semelhante a um leão. O segundo, a um touro. O terceiro tem o semblante humano [Aquário] e o quarto é semelhante a uma águia, uma antiga simbologia do signo astrológico de escorpião.
Presença alienígena na Terra
Ao passo que os aspectos que remetem a tragédias estão presentes e claros nas profecias maias, nelas também encontramos sinais de que está vindo, ao mesmo tempo, momentos de muitas realizações para a raça humana. Tal conteúdo também está presente em mensagens sup
ostamente recebidas por contatados e até mesmo por abduzidos em experiências a bordo de naves alienígenas. Estariam os fatos interligados? É como se houvesse uma mudança programada para nos encontrar no futuro e modificar nosso pensamento sobre nós mesmos e nosso planeta, e seres espaciais teriam ensinado nossos antepassados a pensar nisso, tanto quanto seguem fazendo com nossos contemporâneos.
Seria uma evolução programada? Poderia ela ser ativada ou favorecida por grandes eventos cósmicos anunciados nas profecias maias? Não sabemos, mas não são poucos os estudos neste sentido, todos tendo como base os poucos registros deixados pelos habitantes do extinto Império Maia [Veja detalhes no DVD Destino Terra, código DVD-024 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Alguns autores sustentam firmemente que aqueles nativos mesoamericanos tiveram auxílio de forças externas para preverem um futuro (para eles, presente para nós) salto vibracional da Terra, que chegará definitivamente ao nosso planeta em 2012.
Neste aspecto, outras profecias, de variadas culturas, também afirmam veementemente que passaremos por saltos qualitativos na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só poderá ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada ser humano. No final desse último katun, o céu nos colocará ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação. Não coincidentemente, caminhamos gradativa e firmemente para uma revelação definitiva da presença alienígena na Terra. Questionar se os fatos estão interligados pode parecer desnecessário a esta altura.