Nessa última quarta-feira (22), Norridge Wood, em Wiltshire, no Reino Unido, amanheceu com um belo agroglifo em um dos seus campos de plantio de cereais. Porém, após algumas análises in loco do belo desenho, foram constatadas características que desabonam a confecção do verdadeiro Fenômeno UFO.
Neuwton Rampasso, consultor da Revista UFO, analisou a imagem para nos trazer seu relatório:
Newton Rampasso
“Como todos já devem ter percebido, desde a época dos anos 2000, quando o fenômeno dos crop circles (agroglifos) chegou ao pico, ele vem diminuindo de forma gradativa. Talvez, em breve não teremos mais agroglifos para ver e tocar, não teremos a evidência da ação extraterrestre ali, fisicamente colocada para estudarmos. A razão poderia ser simplesmente que não estudamos, ou melhor, nossos representantes que lideram nosso mundo não estudam, não se importam e, na verdade, ainda desrespeitam seus valores e ensinamentos. Consequentemente, os agroglifos não tiveram os resultados esperados na consciência da nossa humanidade.
Se um deles veio com uma mensagem para usar motores de energia limpa, continuamos usando óleo e poluindo, se outro dizia para cuidar dos animais marinhos que sofrem com a poluição dos plásticos, mantivemos nossa péssima conduta nos mares e por aí vai. Sabemos que essas interferências para melhorarmos nossa conscientização como civilização é uma tarefa lenta e seu desaparecimento total tende a tardar na prática, por sso temos que celebrar cada formação, buscar seu significado e tentar divulgá-lo o melhor possível, pois uma semente hoje poderá ser mais tarde uma árvore de frutos.
Norridge tem um histórico conhecido. Em 2018, surgiu um agroglifo em Norridge, reportado em 14 de agosto, que obviamente foi parte daquela mania humana de “tirar um sarro” de um fenômeno importante e tentar imitá-lo para enganar seus semelhantes, e se conseguir enganar, sentir-se satisfeito. A causa? O ego, a falta de consciência. A consequência? O desrespeito ao fenômeno genuíno, a difamação da Ufologia, a fraude, mais ainda, o crime de vandalismo.
E este ano? Compreendendo a ansiedade de alguns e o ego de outros, já dava pra pressentir que alguém gostaria de ser o primeiro a colocar um agroglifo no mapa e então veio no mesmo lugar que do ano passado, aquele que nem o fantasma da formação existe (a marca que fica anos aparecendo no campo nos locais de formação genuína), aquele que fica fácil de acessar de carro e levar equipamento. Mais uma vez, pequeno o suficiente para facilitar o fraudador. Porém, visto de cima poderia estar bem feito o suficiente para iludir o leigo.
Contra a nossa vontade, infelizmente o primeiro agroglifo que surgiu esse ano nas plantações de Wiltshire, no Reino Unido, mais precisamente em Norridge Wood, no dia 22 de Maio, não faz parte do fenômeno genuíno e conforme uma breve pesquisa em campo, podemos constatar que é falso.” Aqui temos algumas fotos para participar dessa pesquisa e compreender melhor sobre o caso:
Vista do solo aproximando-se do local
Crédito: Newton Rampasso
Chegando ao suposto agroglifo
Crédito: Newton Rampasso
Vista panorâmica de dentro do “crop circle” (como se chama os agroglifos feitos por humanos, em Wiltshire)
Crédito: Newton Rampasso
No centro do desenho, as plantas estão todas quebradas, característica que não ocorre em um círculo genuíno
Crédito: Newton Rampasso
Claramente quebradas e separadas dos nódulos, o que não ocorre nos verdadeiros agroglifos
Crédito: Newton Rampasso
Grande parte das plantas foi simplesmente cortada
Crédito: Newton Rampasso
Os danos feitos por alguma ferramenta humana
Crédito: Newton Rampasso
Nenhuma anomalia foi detectada, somente dano artificial
Crédito: Newton Rampasso
Borda marcada pela ação de derrubar a planta mecanicamente
Crédito: Newton Rampasso
O furo no centro indica que uma haste foi colocada ali mecanicamente, provavelmente com uma linha para facilitar na hora de fazer o desenho
Crédito: Newton Rampasso
Os primeiros a visitar um agroglifo genuíno percebem as passagens de trator que já existiam ali intactas, sem pisadas desde a plantação. Nesse caso, percebeu-se que as passagens foram bastante usadas para fazer a formação e estavam muito pisoteadas
Crédito: Newton Rampasso
Concluindo, vamos aguardar para que o verdadeiro fenômeno se manifeste em breve.”
Análise por Newton Rampasso. Ele é consultor da Revista UFO, mora em Wiltshire, é piloto e contatado; além de autor do livro Como fazer contato com extraterrestres. Pesquisa os agroglifos ingleses há 28 anos.
Veja aqui os vídeos da análise por Newton Rampasso: