Como é de grande conhecimento, pelo menos no mundo da Ufologia, o filme divulgado ao mundo pelo inglês de nome Ray Santilli mostra uma autópsia de um ser aparentemente humano, ou humanóide, tido como um autêntico ser de um outro planeta, um extraterrestre. O filme foi apresentado ao Ray Santilli em 1993, quando ele esteve nos Estados Unidos à procura de outros filmes, ao que se diz sobre o início do Rock\’n Roll. Um senhor que se dizia antigo cinegrafista das Forças Armadas daquele país ofereceu-o. Em suma, a história que se enreda em torno do filme começou mais ou menos assim.
Em 1947, numa fazenda próxima à cidade de Roswell, Estado do Novo México, nos Estados Unidos, numa noite muito tempestuosa, um fazendeiro ouviu um estrondo forte e diferente dos ruídos normais de tempestades. Entretanto, somente no dia seguinte foi averiguar do que se tratava a grande explosão que ouvira. Nessa pesquisa, deparou-se com uma vasta área na qual estavam espalhados restos de algo que a princípio imaginou serem vestígios de uma explosão aérea comum. Entretanto, verificou que ali havia restos de um material um tanto semelhante ao alumínio, muito leve, e muito difícil de ser manuseado, conforme seria verificado posteriormente. Dois ou três dias depois foi aconselhado a levá-los ao delegado de polícia, o qual convidou componentes das Forças Armadas para investigar o local.
Diante do que viram, estes resolveram anunciar por rádio e jornal que um disco voador, que o mundo mal tinha tido conhecimento, havia caído no local. Logo em seguida, autoridades de altas patentes desmentiram tudo, e foi anunciado que os restos encontrados tratavam-se de resquícios de um balão meteorológico, e nada mais. Assim, tudo permaneceu no anonimato, até que na década de 1970 o caso voltou à tona, permanecendo sem muita conclusão por longo tempo, quando então apareceu o filme de Ray Santilli. Em 1995, este filme foi ao ar através de várias redes de televisão, no mundo.
Em pouco tempo, os “especialistas” tiraram as mais diversas conclusões sobre o suposto ET que aparecia sendo autopsiado, sendo dito rapidamente que se tratava de uma burla, de uma enganação ou tapeação, e tudo terminou rapidamente, sem muita análise ou esforço para tirarem melhores definições do que se tratava o “boneco” do filme, como foi dito que era. Eu, todavia, desde a primeira vez que vi o filme achei que aquele “boneco” era perfeito demais, e mesmo que fosse um simples boneco era tão perfeito que merecia uma análise melhor elaborada e até mesmo respeitada, o que não aconteceu, pois alguns indivíduos chegaram a tecer sarcasmos violentos sobre aquela imagem.
Analisando o filme e o boneco
Como fiquei muito intrigado com o tal “boneco” e, ao mesmo tempo, um tanto contrariado com o simples desrespeito a tudo, resolvi fazer uma análise própria sobre aquele ser, análise esta justamente sobre o que foi dito com relação ao filme em si, pelos seus detratores, como os chamo, pois quase tudo que foi dito foi em detração ao filme e ao seu “boneco”. Vou procurar mostrar aqui como dirigi essa pesquisa contrária a tudo que foi dito. Entretanto, procurei ser o mais sensato possível, não pendendo apenas para uma apologia pessoal em relação ao “boneco” e ao filme, porém procurando ser o mais imparcial possível, dando-lhe a aparência que tivesse de fato, como um ser de um outro planeta ou simplesmente um boneco.
Antes de tudo, cabe aqui fazer uma descrição analítica do “boneco”, independentemente do que de fato seja. Assim, vamos chamá-lo de boneco. No início, o filme faz um apanhado geral do corpo do boneco. Mostra sua cabeça grande, desproporcional ao tamanho do corpo, de 1,20 m – pelo que se pode deduzir, desproporção essa tomada em comparação a um ser humano comum. Mostra tratar-se de uma mulher, embora não tenha esta os atributos completos de uma figura feminina, como os seios salientes, por exemplo. Mostra as pernas, mais visivelmente à esquerda por estar quase intacta, perfeitas, mostrando até a tíbia, o osso da canela, muito claramente.
Mostra os pés com a aparência perfeita de um pé normal, com os nervos que saem do “peito” deste em direção aos dedos, sendo perfeitamente modelados, em especial o maior deles, tendo unhas sulcadas, pelo que se pode ver, apesar de ser um filme em preto e branco, antigo e “chuviscado”. A barriga ou batata das pernas estendem-se sobre a mesa da autópsia de maneira tão perfeita que parece tratar-se de um autêntico cadáver, principalmente por estas espremerem-se de um modo flácido sobre a mesa, e não do modo como seria mais aceitável para um boneco, especialmente feito com os materiais plásticos existentes em 1947, supostamente o ano em que o filme foi feito.
Uma das versões iniciais para explicar aquela figura é a de que se tratava de um simples boneco construído para posar em um filme feito com o objetivo de desbaratar e desprestigiar os ufólogos e a Ufologia. Minhas pesquisas a este respeito já me deixavam sem dúvidas de que o filme é mesmo daquela década, mais presumivelmente de 1947. Ora! Que absurdo é esse, já que em 1947 ainda não existiam ufólogos, como os conhecemos na atualidade, pois o Fenômeno UFO começou a ser conhecido pelo mundo exatamente naquele ano. Assim, com certeza aquele “boneco” não foi feito com este objetivo.
No entanto, analisando-o ainda como um simples boneco, perguntemos por que foi feito um boneco tão perfeito, construído somente para posar num filme de péssima qualidade, mesmo para o ano de 1947? Por que fazer-lhe os dedos dos pés com unhas sulcadas, se simplesmente pintadas seriam suficientes para tal? Por que fazer-lhe tão claro e aparente o osso da canela, a tíbia, na forma perfeita de uma canela humana?
Mais detalhes do boneco
A perna direita do boneco apresenta um profundo e grande ferimento, por isso a análise melhor que se pode fazer é da perna esquerda. Esta tem o joelho muito bem modelado; porém a coxa, embora perfeita, apresenta um inchaço, e neste mesmo ponto uma coloração, como se de uma grande pancada. São detalhes verdadeiramente miraculosos para um boneco feito com o aparente objetivo único de enganar os tolos, pelo menos como foi largamente apregoado pelos seus detratores. À altura da cintura observa-se um músculo, ou pelanca, melhor dito, semelhante ao chamado popularmente de “pneuzinho”, típico de quem já tem alguma idade além da adolescência.
Por que foi feito este detalhe tão extravagante, se um boneco comum não teria necessidade de tão perspicaz figura muscular? Mais acima, e ao lado do corpo, embaixo do braço, também é visto um músculo muito bem modelado, mais comum num corpo deitado de costas apoiadas, que é mesmo o caso deste boneco. O braço também possui uma musculatura muito bem delineada, assim como o ombro também tem um realce de músculos, muito visivelmente. Aliás, o que chama muito a atenção é que tanto as mãos quanto os
pés do boneco têm seis dedos.
Casos de pessoas que nascem com seis dedos são mais ou menos comuns. Porém, este sexto dedo geralmente é disforme e atarracado, parecendo mais um simples apêndice do que um dedo normal. No boneco em questão este sexto dedo é perfeito, parecendo um dedo a mais e normal, não uma aberração genética. A cabeça do boneco é muito grande, e mesmo desproporcional ao corpo, tomando-se em comparação um corpo humano comum, como já foi frisado acima. Sua fisionomia facial também é de uma pessoa que já ultrapassou os anos de adolescência.
Tem uma papada saliente, e músculos nítidos que vêm dos lados do nariz e passam pelos lados da boca, comuns em somente algumas fisionomias, e também típicos de alguém que já tem uma idade não muito jovial. Aqui, automaticamente, faz-se a pergunta: por que fazer um boneco com aspecto já um pouco envelhecido, e não jovem, o que seria mais simples e fácil? Os olhos são grandes e muito escuros. A cabeça, assim como o corpo no geral, é desprovida de cabelos ou pêlos. Outra coisa que chama a atenção é que o boneco tem uma barriga enorme; e como é do sexo feminino, isso de imediato sugere uma gravidez. Também chama a atenção o fato de não ter umbigo. Já assisti muitos filmes, e não me lembro de ter visto um boneco assim.
Vamos explicar: Em vários filmes, quando são necessários, para cenas de grandes desastres, são colocados bonecos no lugar de atores, é óbvio. Porém, esses bonecos geralmente imperfeitos são vistos à distância, onde a perfeição não é necessária. Não me lembro de ter visto um filme que apresentasse um boneco próximo e cheio de pormenores tendentes à perfeição como neste caso. Geralmente, no cinema, o que é visto são bustos, braços etc, e normalmente não se vê um boneco de corpo inteiro. Se não são vistos em filmes tão importantes divulgados na arte do cinema, por que teria sido feito um boneco com tanta perfeição para aparecer num filme de significado medíocre, ou mesmo à primeira vista sem importância, como o filme de Santilli?
Detalhes da autópsia
Quando este filme foi apresentado pelas redes de televisão, os “especialistas” imediatamente teceram suas críticas, negativas, é claro. De início, disseram que o ferramental médico usado para os cortes feitos no boneco era velho e enferrujado, embora reafirmassem que inegavelmente era da época suposta da filmagem, ou seja, da década de 1940. Fiz uma análise com várias horas de imagens “congeladas”, em câmara lenta, quadro a quadro, e revi o filme muitas vezes. Com isso, observei muito bem que as ferramentas usadas eram todas novas em seus aspectos; brilhavam de ponta a ponta nas mãos dos cirurgiões.
Ademais, num filme antigo, em preto e branco, como poderiam eles ver nítidas ferrugens, que poderiam muito bem ser manchas do sangue que se vê sair do interior do boneco? Como exemplo de que este material era novo, note-se que o bisturi, usado para o corte feito no pescoço do boneco, reflete luz na papada vista no queixo deste, mostrando ser um acessório novo, e não algo enferrujado, usado muito tempo depois, supondo-se que o filme e toda aquela encenação seriam recentes, e tendo sido usadas ferramentas antigas. Isso aponta um voto em favor da antiguidade do filme, mostrando-o da década de 1940, mais sugestivamente de 1947. Como todos sabem, Hollywood é a capital mundial do cinema.
Pois bem. Nos filmes de lá saídos, quando há uma cena na qual se faz uso de um bisturi semelhante aos usados em autópsias, ao primeiro toque deste jorra sangue, que depois segue-o em um filete, pois o “sangue” estava no bisturi e não no boneco, ou mesmo num ator real que está sendo “cortado”. No boneco em questão isso não acontece. No momento exato em que o cirurgião passa-o no pescoço não corre sangue. Somente quando o bisturi já está distante do ponto inicial é que começa a sair sangue, sugerindo que este se encontrava dentro da pele do pescoço do boneco, e que o bisturi não era trucado, como acontece nos filmes de Hollywood, deixando transparecer que não se tratava exatamente de um boneco, mas sim de um cadáver real.
O bisturi é usado ali para cortar a pele do colo do boneco, além do pescoço, e por onde passa acontece o mesmo, ou seja, o sangue só passa a escorrer após passado o bisturi. Isso, sem dúvida, torna o boneco de uma perfeição tal que se torna até duvidoso que seja de fato um boneco. Outra crítica ouvida foi de que o que se vê não era sangue de verdade. Eu gostaria de saber como foi possível alguém ver, num filme “chuviscado”, velho, e em preto e branco, que aquilo não era sangue. É claro que esta observação foi feita num ato reacionário e premeditado, por alguém que já de início pré-julgava, não querendo admitir que aquilo pudesse mesmo ser sangue.
Respostas às críticas
Parece que a maioria dos críticos assistiu ao filme uma ou duas vezes, e pronto. Foi o suficiente para tecer toda a análise. Eu, modéstia à parte, venho fazendo esta análise já por oito anos, com muitas horas de imagens em câmara lenta, “congeladas”, e quadro a quadro. Isso me permitiu ver muito do que aqueles críticos não viram, ou analisaram erroneamente. Talvez a única coisa positiva que estes teceram com relação àquelas cenas é que aqueles que realizaram a autópsia se comportaram mais como simples cirurgiões do que como patologistas.
Mesmo assim, esta crítica pendeu para ambos os lados, pois disseram que se comportaram como cirurgiões de um modo incompetente como patologistas. Todavia, no final, talvez estas críticas não tenham notado que eles se comportaram de fato como dissecadores, pois este foi seu objetivo verdadeiro: dissecar o boneco. Uma das críticas mais severas tecidas foi a de que o boneco tinha que ser mesmo um boneco, pois não tinha costelas. Isso não é verdade. Quando é aberto o boneco, sendo cortada a camada de pele e carne de sobre o mesmo, camada esta colocada para os lados, é possível verem-se costelas no seu tórax. Depois, na continuação, quando é definitivamente aberto para mais ampla coleta de material interno, vê-se nitidamente estas costelas cortadas, vendo-se os seus tocos nos lados internos do tórax, é claro.
Entretanto, estas costelas só são claramente visíveis em câmara lenta ou se “congeladas” as cenas, principalmente quando se procura ver os seus tocos cortados. A questão maior é que embora comentários digam que o total do filme tinha aproximadamente noventa minutos, os dezessete divulgados não mostram estas costelas sendo cortadas, mostram-nas já cortadas, o que torna difícil visualizá-las. Não vi em nenhum comentário citações sobre as costelas que se vê no boneco, mas elas existem, e podem ser conferida
s por quem observar as cenas com paciência. O boneco tem costelas. Estas costelas tornam-se praticamente um absurdo num simples boneco.
As críticas disseram que na perna direita, grandemente ferida, não se viam ossos. Parece que mais uma vez não disseram a verdade, ou não observaram direito. Quando um dos cirurgiões levanta-a e levemente dobra-a por duas vezes, em câmara lenta é possível ver que partes brancas internas movem-se de modo diferente em relação à parte externa do ferimento, o que sugere muito claramente serem ossos esmigalhados os pontos brancos que se vê internamente.
Boneco equipado
Sem exagero, pode-se dizer que o boneco era um “Michelangelo” por fora e também por dentro, pois sua capa de pele e carne sobre o peito, depois de cortada e dobrada para os lados, pinga sangue que corre pelo corpo do indivíduo, digamos assim, até a altura da cintura, parecendo mostrar claramente que este sangue veio de dentro daquele corpo, e não que ali tenha sido “plantado”, pois a cena é perfeita demais para imaginarmos que os seus idealizadores lembrar-se-iam deste pormenor tão sofisticado para uma simples tapeação.
Os olhos do boneco tinham uma película preta quase gelatinosa, em cada um, o que sugeria, além daqueles olhos muito grandes, que ele vinha de um lugar dado à penumbra, longe de uma estrela, pois tinha aqueles olhos adaptados à semi-escuridão, sendo o contrário aqui na Terra, um planeta muito iluminado, próximo ao Sol. Aquelas películas escuras pareciam protegê-los dos raios muito iluminados do Sol do nosso planeta. Perguntemos que absurdo é este? Por que equipar um simples boneco, ou os seus olhos, com tão extraordinários anteparos? Sendo um simples boneco, não teria necessidade alguma destes.
Por outro lado, pelo que parece o filme é mesmo de 1947. Perguntemos, também, por que motivo os idealizadores daquele polichinelo, digamos, tê-lo-iam equipado com algo que ainda não existia, não tinha sido inventado, ou seja, lentes de contato, e que cobriam todo o olho visível externamente, diferente das lentes de contato atuais, que cobrem somente parte do olho? Quando estes anteparos são retirados daqueles olhos, há um corte no filme. Isso foi motivo de acirradas críticas, as quais diziam que isso era prova de que se tratava de uma simples burla.
Porém, como a cena da retirada continua normal, foi possível ver que o filme, naquele ponto, foi “editado”, isto é, foram retiradas cenas enfadonhas que mostravam os cirurgiões estudando como iriam retirar as películas, cenas estas que não seriam de interesse, talvez a coronéis e generais que fossem ver o filme, ou o documento, melhor dizendo. O que interessava mesmo eram só as cenas principais; por isso o filme ali foi editado, e retiradas as cenas monótonas e sem interesse.
Quando os anteparos escuros são retirados, os grandes olhos do boneco aparecem virados para cima, típicos de uma pessoa morta. Por que este detalhe tão espantoso? Por que fazer um “boneco morto”, se seria muito mais fácil e lógico que aqueles olhos fixassem-se para a frente, como se vê em qualquer boneco comum?
Um ser real
Quando os cirurgiões começam a passar o bisturi sobre a camada de pele que cobre o crânio, que para nós seria o couro cabeludo, nota-se o mesmo escorrimento de sangue, isto é, só depois que passa o bisturi é que começa a escorrer sangue, parecendo muito claramente tratar-se de um ser real, um cadáver real, já que fazer o sangue correr de dentro para fora, num simples boneco, é algo quase impensável, mesmo para modernas tecnologias.
Depois se vê este couro sendo retirado, percebendo-se que ele está realmente colado aos ossos do crânio, numa construção tal que parece mesmo obra da natureza, e não algo colado anteriormente, como na construção de um boneco. Em seguida é serrado o crânio. Nota-se que o cirurgião que o serra ao mesmo tempo segura a cabeça, ajudado por outro cirurgião, que a segura pelo rosto, mostrando que esta cabeça era móvel em relação ao corpo, o que tinha sido criticado quando foi dito que todo o boneco era estático, o que não é verdade, como se vê. Aliás, o cirurgião que o segura pelo rosto tem seus dedos afundados na bochecha do boneco.
Quando este os retira, esta volta ao estado normal, lisa, o que mostra tratar-se de um rosto de cadáver, e não algo feito com os plásticos existentes em 1947, pois ainda hoje seria tecnicamente difícil e dispendioso fabricar um rosto com essas características, verdadeiramente humanas. Após cortar o crânio, o cirurgião retira de dentro deste uma massa praticamente disforme. Todavia, observa-se que este a retirou de uma forma despótica, sem zelo pelo que fazia, característico de que estava fazendo uma simples dissecação. Isso sofreu críticas por não parecer um cérebro humano, o que estava sendo retirado.
Ora! Se supostamente fosse um extraterrestre que ali estava, o seu cérebro não era humano, na nossa concepção. Mesmo assim, na vasilha em que foi colocado parecem ver-se partes do córtex de um cérebro normal humano. Quando este cérebro é retirado, nota-se a presença de uma membrana sobre a mão do cirurgião, a qual antes foi cortada e furada por este, com uma tesoura. O cérebro humano geralmente tem umas películas, chamadas meninges, que o protegem e isolam dos ossos do crânio. Uma delas, chamada dura mater, é vista na cabeça do boneco, recobrindo o cérebro que é retirado, a qual é retirada pelo cirurgião.
Por que um simples boneco, supostamente feito só para enganar os tolos, que não necessitam de provas para acreditar em qualquer coisa, teria a necessidade de ter uma camada destas, uma melindrosa película, protegendo o seu cérebro do crânio? Por que alguém construiria tal coisa, tal membrana, aparentemente sem o menor sentido?
Mais controvérsias
O boneco tinha uma enorme protuberância na barriga; e sendo uma mulher certamente isso seria uma gravidez, disse a crítica. Este foi sem dúvida um dos comentários mais desafortunados. Por que seria feito um boneco “grávido” se a autópsia a seguir mostrou claramente que não se tratava de uma gravidez. Por que mostrariam uma gravidez para em seguida desmentirem a si próprios de um modo tão acinte, já que no final não era nada daquilo?
Aquela protuberância indicava, o que parece, que se tratavam de gases, possivelmente por apodrecimento interno de um cadáver que estava em processo de putrefação. Isso sugere que não era mesmo um boneco, e sim de um ser real que deve ter ficado horas ou dias estendido no campo, no deserto, apodrecendo, até ser resgatado para a autópsia e filmagem. Por fim, comentemos sobre a roupagem que usavam os cirurgiões. Foi dito que aquele vestuário seria para protegê-los de uma possível radiação.
Entretanto, um personagem que aparece por detrás de um simples vidro que separa a sala de autópsia usava somente uma máscara de pano, o que mostra que a prote&cced
il;ão era para resguardar de possíveis micróbios alienígenas e não contra radiação, pois uma janela de vidro não protege de radiação alguma.
A sala da autópsia
As primeiras críticas sobre o filme traçaram desastrosos comentários inclusive sobre o local onde foi feita a dissecação do boneco, pois pareceu mais uma dissecação do que uma autópsia. Sem dúvida um dos maiores comentários, negativos é claro, foi sobre o telefone que se encontrava na sala da autópsia. Foi dito que o filme era recente, envelhecido artificialmente, e que a prova disso era o telefone, com cordão em espiral, por isso moderno, que se achava na parede, e que tinha sido esquecido no local. Pensei comigo mesmo, como poderiam verdadeiros grandes artistas que teriam feito tão perfeito boneco cometer uma estupidez tão grande?
De imediato lembrei-me que, em 1968, quando comecei a trabalhar numa empresa estatal de telefonia, vi sucatas de telefones já bem antigas, e entre estas havia alguns destes com cordão em espiral, os quais eram feitos com os dois fios elétricos juntos com um arame de aço na forma de espiral, e todos cobertos com fios de seda preta, o que prova que estes telefones com cordão em espiral já eram coisa bem antiga, relativamente. Um documento em vídeo sobre o suposto ET de Roswell, feito nos Estados Unidos, e que me foi gentilmente presenteado, afirma que estes telefones, com cordão em espiral, já eram fabricados desde o ano de 1937.
Uma coisa tem que ser levada em consideração: além de que em 1947 já existiam cordões em espiral em telefones, os “distraídos” indivíduos que supostamente esqueceram um telefone moderno na sala da autópsia não esqueceram ali um telefone eletrônico, verdadeiramente moderno, com “discagem” por teclas. Ali vê-se um telefone rústico com disco, que já existiam em 1947, e não se vê um telefone eletrônico, que então não existia. O relógio, na parede, também foi acusado de ser moderno, pelo seu formato redondo, principalmente.
No entanto, nota-se que o seu mostrador tem divisões de segundos muito visíveis, comuns naquela época, e mais difíceis de serem vistos nos modernos. O documento referido acima diz que estes relógios já eram fabricados desde 1940. Também notei algo neste relógio que não me lembro de ter sido comentado por qualquer dos analisadores do filme. Do relógio sai um cordão que parece estar ligado a uma tomada de eletricidade, parecendo um relógio movido a motor elétrico, fabricado naqueles tempos, e não um relógio moderno, movido à pilha elétrica.
No alto, acima do suposto boneco, vê-se, caindo do teto, um microfone, grande, exatamente igual aos de 1947, que parecia captar as vozes dos cirurgiões enquanto estes faziam a autópsia, algo que também seria totalmente desnecessário se tudo não passasse de uma tapeação.
A opinião dos não-ufólogos
No vídeo documentário referido acima, vê-se a opinião de especialistas consultados, principalmente norte-americanos, não ligados à Ufologia. Estes deram sua opinião apenas ao que viram em relação ao filme em si, e ao boneco, sem cogitar o que fosse. Para não prolongar demais este artigo, citaremos só algumas dessas opiniões. Primeiramente falaremos de Laurence Cate, há dezesseis anos no departamento de produção da Kodak, pois o filme de Santilli é dessa marca. Ele identificou o filme como sendo de três possíveis datas: 1927, 1947 e 1967.
O vídeo que citei acima mostra um documento como sendo da própria Kodak afirmando o mesmo, isto é, de que o filme pode ser de um desses três anos citados. Como nos anos de 1927 e 1967 nada de incomum aconteceu que justificasse esta película, possivelmente sua data de exposição foi o ano de 1947, já que deste ano borbulham notícias sobre Roswell. Depois citemos Paolo Cherchi Usai, curador sênior da Kodak em Nova Iorque, o qual reafirma que o filme pode ser mesmo de 1947, embora não com todas as probabilidades, apenas garantindo que o filme é de fato antigo. Sobre a falsificação do mesmo, ele diz que isso não é fácil, que requer grandes conhecimentos, e condições técnicas, o que requer também grande soma em dinheiro.
Em relação ao boneco e toda a encenação que o cerca ele pergunta: Por que alguém investiria uma grande soma em dinheiro, em esforço, para fazer um filme assim? Isso desafia a razão. Não faz sentido (considerando que se trate apenas de um boneco). Na continuação, ele diz: Se é um documento verdadeiro, é um documento de excepcional importância; se é uma fraude, deveria ser considerada uma das mais extraordinárias fraudes já produzidas num filme. Dr. Cyril Weght, ex-presidente da Academia Americana de Ciência Forense e diretor do Departamento de Patologia do Hospital Central Santa Francis, supervisionou cerca de 40 mil autópsias. Disse que nunca efetuou ou supervisionou uma autópsia de um corpo com características sequer próximas das vistas neste filme. Confessou que se sente obrigado a dizer que o que viu no filme é algo como um humanóide, se de outro planeta ele não sabe, mas não pode dizer que seja humano, como o definimos em geral.
Quanto ao fato de parecer uma simples tapeação com um boneco, achando o boneco perfeito demais, diz: Não me parece que alguém fizesse tão gigantesca tapeação; se fizeram, estão perdendo tempo com isso, e deveriam estar em Hollywood fazendo personagens para filmes fantásticos. Stan Winston – ganhador de prêmio de academia de cinema pela criação de monstros e personagens para Hollywood; criador de dinossauros para o filme Parque dos Dinossauros, o extraterrestre predador de “Aliens”, além de outros, aparentemente vivos devido à sua perfeição – afirmou que se aquele personagem do filme não é real, ele se sentiria orgulhoso de, com sua equipe, criar tal indivíduo.
Diz que para criar uma criatura tão perfeita seriam necessários múltiplos milhares de dólares. Depois, confessa que não tem idéia de como foi criado aquele personagem, e que ele e sua equipe nunca poderiam criar tal coisa (por não poderem imitar a tecnologia do suposto boneco). No final, afirma: Eu não sei como “eles” fizeram isso.
Não é boneco
Tudo isso me convenceu de uma coisa com 100% de certeza: BONECO, NÃO É! Todavia, entre afirmar com certeza de que não se trata de um boneco, e afirmar que se trata de um extraterrestre há uma diferença, pois que poderia haver alguma outra explicação, embora eu veja esta explicação extremamente remota. Mas, depois de oito anos de pesquisas sobre o filme, descobri nele algo que me garante com quase 100% de certeza de que se trata verdadeiramente de um ser de um outro planeta. Após muita observação, percebi que um ponto, ou uma pequena mancha, move-se dentro do ouvido direito do “boneco”.
Examinando, vi que s
e trata de um pequeno besouro. Logo no começo do filme, quando o cinegrafista faz uma tomada geral do corpo do “boneco”, ao aproximar a câmera este inseto deve perceber o movimento e foge rapidamente para o interior da cabeça pelo canal do ouvido. Um besouro normalmente é um inseto que vive entremeio a excrementos e detritos orgânicos apodrecidos. Por outro lado, um inseto é um ser totalmente rebelde nas mãos de uma pessoa. No entanto, vê-se logo que o besouro do filme tinha fixado residência no ouvido do “boneco”.
Isso me fez ver que aquele “boneco” deve ter passado muitas horas ou dias apodrecendo na savana, no matagal do deserto, até ser resgatado para a autópsia, pois seria impossível fabricar um boneco, em plásticos inertes e duros, e obrigar um besouro a fixar residência em um dos seus ouvidos. O inseto deve ter encontrado o “boneco” já como algo orgânico podre, antes do seu resgate, e ali passou a residir, no ouvido direito deste. Isso me deu uma certeza ainda maior de que toda a história, todo o enredo em torno dos extraterrestres caídos em Roswell é verdade. Não me lembro de ter ouvido ou lido em qualquer lugar a respeito deste besouro.
Por isso, resolvi entrar em contato com o próprio Ray Santilli, descobridor do filme. Este respondeu que não o tinha visto. Portanto, não devia saber a respeito. Ray Santilli, em um dos seus e-mails, disse algo que veio reforçar ainda mais a minha certeza de que o filme é real, e não um embuste. Após dizer que tem pouco interesse no assunto sobre UFOs, disse que está feliz por ter vendido o filme, e se as pessoas não acreditaram nele (no filme) quem perdeu foram elas, não eu. Isso passou-me a certeza de que esteve em contato com tudo, e está convencido do conteúdo do filme.
Seria um extraterrestre?
É claro que no fim de tudo sempre resta uma pequena dúvida se era mesmo um extraterrestre, embora eu já esteja perfeitamente convencido de que não se tratava de um boneco. Não tenho ainda absoluta convicção por dois motivos: primeiro, que não posso e não devo infantilmente dizer-me o dono da verdade; segundo, que eu não estava lá, presente à autópsia ou ao resgate daquele corpo. Mas estou convencido de que o filme de Santilli tem tudo para estar mostrando um legítimo ser de um outro planeta.
Por fim, restam as perguntas clássicas do por que tudo foi escondido do grande público, até mesmo com ameaças de assassinato às testemunhas, ameaças estas dizendo, a cada uma delas, que se quisessem ter uma vida normal e continuarem vivas, deveriam esquecer tudo e fazer de conta que não se lembravam ou sabiam de nada. Há algumas explicações: Fazia apenas dois anos que a Segunda Guerra Mundial tinha terminado; pairava no ar uma atmosfera negativa de pessimismo. Também fazia pouco tempo que um outro acontecimento tinha abalado parte da população dos Estados Unidos.
Em 1938, o jovem Orson Welles teve a idéia de transmitir por rádio trechos de um livro do inglês H. G. Wells, Guerra dos Mundos. Hoje, todos estão familiarizados com novelas, mas naquele tempo as pessoas não tinham noção clara sobre estas. Orson Welles fez suas transmissões anunciando, em meio a musicais, a “notícia” de que marcianos estavam atacando a Terra, tudo destruindo e devastando com suas poderosas armas. As pessoas que não estavam inteiramente atentas à programação acharam que se tratava de notícias reais, e se apavoraram, especialmente porque, então, muita gente acreditava que havia marcianos com uma adiantada civilização. Com isso, começou uma fuga em massa para escapar aos “ataques”. Comenta-se que inclusive houve mortes.
Ora! Em 1947 estes acontecimentos ainda estavam muito frescos na lembrança das pessoas. Isso deve ter influenciado muito na decisão das autoridades. Devem ter pensado que se foi um choque para elas, o que representaria para as pessoas, e para as chamadas bases da cultura e civilização, bastante abaladas pela guerra. Assim, anunciar que naves estranhas estavam visitando o nosso planeta, ou mesmo que estávamos sendo invadidos – notícias estas agora endossadas por elas – representaria um desastre, pelo menos na imaginação dessas autoridades.
O outro motivo foi a estupidez humana, ou pelo menos de alguns humanos. Essas pessoas que estavam no comando das operações deviam ter suas crenças e convicções, e podem ter achado que isso tudo seria destruído com a revelação dos fatos. A estupidez foi tanta que, no vídeo comentado acima, sobre o filme de Roswell, o cinegrafista diz ter sido testemunha de que, na captura dos seres sobreviventes ao desastre do disco, após encontrados, mantinham-se agarrados a uma misteriosa caixa, colada ao seu peito, caixa esta que possivelmente mantinha suas vidas.
A caixa de um dos extraterrestres foi arrancada deste com coronhadas de um fuzil na sua cabeça. Isso mostra uma terrível, violenta e agressiva recepção aos seres que possivelmente apenas nos visitavam.
Conclusões
Essa acolhida desastrosa mostra de maneira clara que possível ou certamente não estamos preparados para recepcionarmos seres humanos de outros orbes do espaço interplanetário, e eles devem saber disso; por esse motivo mantêm-se à distância. No fim, como até mesmo autoridades importantes afirmaram que o filme pode ser mesmo de 1947, perguntemos por que teria sido encenada tão perspicaz e perfeita dramatização para ser exibida em forma de teatro somente 50 anos mais tarde, e meio às escondidas, se o filme fosse de fato falso?
Assim, é possível que a humanidade deste planeta esteja perdendo a oportunidade de conhecer um legítimo ser das estrelas, uma humanidade de um outro mundo espacial, mesmo que só através de um velho filme.