Nosso entrevistado desta semana é o editor da Revista UFO e pesquisador A.J. Gevaerd. Além do seu trabalho na Revista, Geva, apelido carinhoso dado por amigos, viaja os quatro cantos do mundo participando e organizando eventos, congressos e palestras ufológicas. Na última semana ele esteve na Argentina para mais um congresso, e é sobre isso que vamos falar.
1- Gevaerd, você esteve no 13º Congresso Internacional de Ovnilogia, em Capilla del Monte, Córdoba (Argentina). Qual a sua impressão sobre o evento?
Como um evento regional, com forte ênfase para a casuística argentina, achei extremamente interessante. Pude conhecer o trabalho de alguns ufólogos que ainda não havia encontrado, como o Mario Gorosterazu, de Buenos Aires, que faz um excepcional acompanhamento dos eventos que ocorrem em todo o mundo, e o Ricardo Gonsalvez, de Lima, que tem uma formidável trajetória de pesquisas de Ufoarqueologia, com expedições em todo o mundo. Fora a organização, de don Jorge Suarez e sua parceira Lucy Mary, ambos do CIO Uritorco, que conduziram os trabalhos com muita seriedade e organização.
2- Como foi a receptividade do público e demais pesquisadores à sua palestra, “Os UFOs no Brasil Agora São Oficiais”?
Em geral, os públicos para quem tenho me apresentado ficam extasiados quando sabem que um país continental, como o Brasil, está abrindo seus arquivos. Eles adoram isso, e eu apresento toda a trajetória da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, da atuação da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e os resultados atingidos — que são, de fato, únicos no mundo. Porém, eu advirto a todos que a abertura brasileira, apesar de o Governo a considerar encerrada, está apenas começando. O Governo liberou apenas 4.400 páginas de documentos, o que é ridículo — queremos pelo menos 100 vezes mais do que isso e não pararemos enquanto não obtermos.
3- Na sua visão, a que nível está a ufologia argentina comparando-a com a brasileira?
Acho que temos situações casuísticas idênticas, mas o Brasil, por ter maior território e população, naturalmente, têm mais casos e mais ufólogos. E sinto que os argentinos pensam o mesmo. Inclusive, eles vêem a Ufologia Brasileira como mais coesa, desenvolvida e organizada. Pode ser que sejamos mesmo, mas há ufólogos excepcionais na Argentina, fazendo um trabalho louvável e contínuo. Eu diria que, em número de ufólogos de \”alto nível\”, ou seja os de verdade, que vão a campo e sabem investigar casos lá, e depois sabem como analisar estas informações, a Argentina está muito bem servida. Como editor da UFO, posso dizer que gostaria muito de ter alguns ufólogos argentinos — ou seu exemplo — entre nós.
4- Você esteve numa região da Argentina onde há uma grande incidência de avistamentos. Conte-nos um pouco sobre ela.
O Cerro Uritorco é uma espécie de Serra da Beleza argentina, referindo-me ao conjunto de morros do oeste do Rio dee Janeiro. A casuística lá é intensa, tanto de luzes quanto de objetos, muitas vezes flagrados em plena luz do dia. O ambiente tb é bem místico, com gente de várias linhas de pensamento atuando lá. Gostei imensamente de tudo que vi e de todos os que conheci, e recomendo aos brasileiros que vão até Capilla del Monte conhecê-la. Não é tão longe e vale muito à pena.
5- O próximo congresso que você irá participar será o I Congresso Internacional de Pesquisa de Fenômenos Aeroespaciais e Terrestres (Ciifat 2010). Quais são as suas expectativas para esse evento?
Embarco para Montevideu amanhã, dia 11, e com muitas expectativas. Este será um evento fortemente marcado pelo militarismo, pois é apoiado pela Força Aérea Uruguaia, algo inédito no mundo. Lá estaráo o general Ricardo Bermudez, do Chile, o coronel Ariel Sanchez, do Uruguai, e o comandante Julio Chamorro, do Peru, apenas para citar alguns. Levarei nosso trabalho de abertura ufológica para lá mostrando tb em detalhes da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, da atuação da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e os resultados atingidos — que são, repito, únicos no mundo. Há muita coisa acontecendo no continente e lideranças militares de vários países estão se reunindo cada vez mais nestes eventos, falando abertamente do aumento na incidência de casos e na aproximação cada vez maior de UFOs às grandes cidades. Estamos tratando de inserir o Brasil nisso tudo.