28 de janeiro de 1994. O céu estava perfeitamente aberto e um airbus A300 da Air France que fazia a trecho Nice-Londres se encontrava a 11,9 mil metros de altura, sobrevoando a região parisiense a 650 km/h. A torre de comando avisou, então, o comandante de bordo sobre a existência de um objeto semelhante a um balão meteorológico, à esquerda da aeronave. O piloto e o co-piloto checaram ao redor e logo perceberam o objeto, que não se pareceria a nada que eles jamais haviam visto: seria um grande disco marrom-avermelhado cuja forma estaria constantemente mudando. O disco estaria a 10,5 mil metros de altitude, em meio às nuvens. O avião cruzou, então, progressivamente a trajetória do objeto, que desapareceu um minuto depois de avistado.
O comandante, temendo ser ridicularizado, não se manifestou sobre o ocorrido até fevereiro de 1997, quando uma revista semanal francesa revelou seus testemunhos relatados à Aeronática. Três anos de investigações depois, em junho de 2000, as conclusões ainda não eram claras – como não o são até hoje. Não foi constatada nenhuma correlação entre o que o radar assinalou e o fenômeno observado pelos pilotos, cujos testemunhos seguiram inalterados após diversas reconstituições do famoso vôo. “O fenômeno continua excepcional, não foi explicado até hoje e deixa a porta aberta a todas as hipóteses”, afirma o Geipan.