Análises do crânio diminuto do Homo floresiensis, um hominídeo-anão que viveu na Indonésia há 13 mil anos, confirmam que é uma espécie única e revela características avançadas para um cérebro tão pequeno. A caveira e outros ossos de uma mulher e fragmentos do esqueleto de outras seis pessoas foram descobertos nas cavernas da ilha das Flores, na Indonésia, em 2003 e revelados para o mundo em outubro do ano passado.
O notável homenzinho media um metro de altura e tinha um crânio de um terço do tamanho do dos humanos modernos. Dean Falk, especialista na evolução cerebral da Universidade da Flórida (EUA), que analisou o crânio do Homo floresiensis disse que este tem algumas características morfológicas bastante avançadas, incluindo uma, associada a complexos processos cerebrais que existem nos homens atuais. “Este cérebro tem uma extraordinária morfologia, é diferente de tudo o que eu vi nos últimos 30 anos”, afirmou a pesquisadora à revista New Scientist.
A descoberta vem reforçar a teoria de que o Homo floresiensis tinha inteligência e ferramentas normalmente associadas aos mais largos cérebros humanos. Ossos carbonizados de animais também foram encontrados em cavernas da ilha. “É bem possível que essas populações caçassem, fizessem ferramentas e usassem o fogo”, disse Falk.