Outra área de muita incidência ufológica é a cidade de Peruíbe, encravada entre montanhas e mar, distante 152 km da capital paulista. Há varias lendas envolvendo o lugar, entre elas, a da Serpente Negra. Moradores da região chamam de Porta de Pedra ou Portal da Serpente a um paredão de pedra numa encosta não muito distante do centro, localizada na estrada que liga Peruíbe a Guaraú. Este portal localiza-se à margem da estrada, um pouco antes da Prainha. Toda a parede rochosa é sólida, firme, dura, mas se batermos em um determinado local, a porta emite um som que evidencia uma estrutura oca. Sobre a tal pedra, contam-se muitos casos e Sendas que os antigos veneram. O portal tem pouco mais de 2 m de altura e cerca de 1,5 m de largura. Relatam os ideogramas e os contos entre os silvícolas que a porta e a serpente têm profundos significados.
A Porta de Pedra é ladeada pelo símbolo do grande chefe Jura-Para, ou seja: a Serpente Negra, que para os indígenas é um símbolo sagrado. Periodicamente são vistas inúmeras bolas de fogo saindo do Portal da Serpente. Alguns atribuem à serpente um poder energético, outros acham que ela é a guardiã da felicidade. Muitas pessoas vinham de longe para abraçar sete vezes a serpente, pois acreditavam que, assim, atrairiam a felicidade. Outra versão interessante sobre o misterioso Portal da Serpente é a que diz que se uma pessoa passar sozinha em frente da porta, à meia-noite, poderá ver um vulto gigante branco atravessando a pedra. Dizem as pessoas que já testemunharam o fenômeno que o vulto é de um homem alto vestido de branco, com feições belas, louro, e suavemente iluminado. Este ser costuma ficar parado no meio da estrada, observando o céu, os arredores e o mar. O estranho e sagrado ser é considerado protetor e guardião de Peruíbe. Outras pessoas contam que já viram vários desses gigantes louros andando pelas malas da montanha, porém a verdadeira intenção desses seres continua uma incógnita. Para aumentar ainda mais o mistério, talvez por uma estranha coincidência ou uma real relação sinistra, o Portal da Serpente situa-se em ponto estratégico, bem defronte a uma sombria ilha denominada de Queimada Grande, que é atualmente o maior serpentário natural do mundo. Seria apenas mero acaso?
Para se ter uma idéia da extensão da ilha, pode-se dizer que caberia no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP) e, nesse pequeno espaço, vivem mais de 5.000 serpentes. O que tanta serpente faz em uma pequena ilha ninguém sabe. Os místicos acreditam que elas guardam algum mistério. Talvez uma passagem subterrânea, ou algo que os humanos não possam conhecer… Vasculhando o passado da Humanidade em busca de vestígios extraterrestres, freqüentemente nos deparamos com a imagem da serpente. Exemplos é que não faltam: o deus asteca Quetzalcoatl era chamado de Pássaro Serpente Resplandecente; os maias, por sua vez, adoravam o deus Kukulcan: Serpente Emplumada. Na Bíblia, o povo hebreu foi atacado por sarafins no Deserto do Sinai (sarafins eram serpentes de fogo voadoras). Estes são apenas alguns entre tantos exemplos da presença de serpentes em algumas passagens sagradas.
LENDAS DA JURÉIA, HISTÓRIAS ENVOLVENDO UFOs E ETs QUE ENCANTAM
O senhor Sátiro da Silva Tavares, 71 anos, foi um dos primeiros homens a se instalar na Juréia, em Peruíbe. Profundamente religioso, este senhor, que é conhecido como santo Sátiro, é testemunha do mais famoso fenômeno da localidade: a bola de fogo, que de sete em sete anos cruza o céu ligando os picos Dedo de Deus e Pogoça. Segundo santo Sátiro, a bola de fogo é vermelha e bastante brilhante, voa pelo céu e penetra a montanha do Pogoça. O clarão ilumina a mata e queima as árvores próximas. “Embaixo da terra deve haver muito ouro. Eu já vi este fenômeno por três vezes, entre Pogoça e Dedo de Deus”, declarou santo Sátiro.
Para os pesquisadores, Iguape é como um baú cheio de brinquedos: quanto mais se mexe, mais impressiona aos olhos e dá vontade de chegar ao fundo. Suas lendas e seus contos deixam qualquer um impressionado. Uma das lendas mais estranhas dessa região é sobre o caso de um prospectador de metais que se embrenhou pelas matas do Iguape-Una à procura de jazidas minerais. Há muitos anos atrás, este senhor e um ajudante acamparam num lugar estranho, onde acharam diversas plantações de milho, mandioca, batata-doce muito bem cuidadas. O prospectador procurou pelas redondezas vestígios humanos que pudessem explicar a existência daquela lavoura, porém foi tudo em vão: não havia nenhuma pista.
Pernoitando ali, acenderam uma fogueira para fazerem o jantar utilizando legumes daquela mesma plantação. Já bem tarde da noite, perceberam sons vindos da roça. Estranhando o fato, o prospectador e seu ajudante resolveram investigar. O que encontraram não podia ser mais inusitado: vários homens e mulheres capinando alegremente, listes os receberam amigavelmente, explicando-lhes que eram gente da noite que morava dentro das montanhas próximas e que não gostava da luz do Sol. De madrugada, os seres da noite se despediram. embrenhando-se mata adentro em direção a um paredão rochoso, onde sumiram calmamente, como que tragados pela montanha.
Se analisarmos o passado, houve muitos mitos e lendas que até hoje são relacionadas ao Fenômeno UFO. Mãe d\’Ouro, assombrações, bolas de fogo, Mbai-tatá, Mulher de Branco são manifestações folclóricas e regionais que, quando devidamente estudadas, comparativa e analiticamente, fazem-nos acreditar que estamos diante de fenômenos ufológicos reais. Porém, temos que considerar ainda que 90% das aparições são confundidas ou mal interpretadas, principalmente pela população rural, que na sua maioria é analfabeta e desinformada.
No Museu Nacional do Rio de Janeiro encontra-se uma carta, datada de 31 de maio de 1560, onde o padre jesuíta José de Anchieta citou pela primeira vez um fato ufológico ocorrido em São Vicente (SP). Nesta carta, o padre descreve o Mbai-tatá ou Boitatá (Mbai: cousa; tatá: fogo, palavra que significa coisa de fogo ou que é todo de fogo): “Há também outros fantasmas máximes nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto aos mares e rios e são chamados de \’que é todo de fogo\’. Na verdade, não se vê outra coisa senão um facho veloz e cintilante, acometendo os índios e matando-os como curupiras. O que seja isto não se sabe com certeza”, redigiu José de Anchieta. Percebe-se que o fato descrito era um fenômeno temido principalmente pelos indígenas e a palavra morte pode ser apenas uma alusão ao rapto ou desaparecimento temporário que caracteriza uma abdução. Parece bastante claro que o Mbai-tatá era um UFO luminoso.
MULHER DE BRANCO: VISITANTE DO ALÉM, DO ESPAÇO OU SOMENTE UMA LENDA?
Alguns milagres religiosos do passado, de acordo com alguns pesquisadores, podem também a
ssociar-se aos UFOs. Um exemplo é a obra pertencente à Capela de São Nicolás de Baru, de 1437, produzida por Fran Angélico. Nesta pintura vemos um santo no interior de uma esfera resplandecente aproximar-se de um navio prestes a naufragar. Do ponto de vista religioso e artístico, os raios luminosos que aparecem em torno da imagem tanto podem representar os poderes do santo como também UFOs.
As manifestações da Mulher de Branco de fato existem. Muitas pessoas cm todo o território nacional já observaram este fenômeno. Mas afinal será mero produto da mente inteligente, uma assombração ou imagem de extraterrestre? Através de alguns testemunhos, notamos que essa personagem pode ser associada a fantasmas, efeitos paranormais e até mesmo ETs. Existem muitos casos ufológicos que correspondem exatamente às aparições da Mulher de Branco. Um estudo elaborado pelo pesquisador e ufólogo Antônio Faleiro, de Passa Tempo (MG), mostra-nos que algumas das aparições podem ser focos de luz emitidos por UFOs, ou seres projetados por um cone de luz situado à porta da nave.
O fato é que somente no litoral paulista são muitos os relatos sobre as aparições da Mulher de Branco pesquisados pelo GUG. Guaiuba, Enseada, Perequê, Praia do Gois, Saco do Major, Santa Rosa e Vicente de Carvalho são algumas das regiões já visitadas por esta personagem lendária. Em 1967, a professora Márcia Maria da Silva Ferreira, 34 anos, observou duas mulheres de branco na Praia da Enseada. Naquela época, com mais ou menos seis anos de idade, Márcia estava indo ao banheiro por volta das 05h00, quando deparou-se com duas mulheres de branco muito luminosas flutuando no ar, “Imediatamente gritei por socorro, mas as figuras já haviam desaparecido. Por elas estarem usando uma espécie de balde na cabeça, minha mãe as comparou com espíritos de lavadeiras”, relembra a testemunha. Alguns anos depois, em 1971, Márcia teve outra semelhante visão, dessa vez próxima ao Forte da Barra Grande, na Praia do Góes. No entanto, a professora desmaiou assim que avistou a silhueta feminina branca.
Já na década de 80, os senhores Mando e Inoc estavam pescando na Praia de Cortadura, onde repentinamente surgiu um foco vertical de cor branca que iluminou quase toda a praia. Assustados, os dois largaram suas tarrafas e saíram em disparada, pensando que tinham visto uma assombração. Em outra ocasião, Nelson de Castro e Justo estavam pescando à noite num local próximo a Saco do Major. De repente, um flash de luz projetou-se em cima de uma pedra. No interior da luz havia uma criatura luminosa, entretanto a luminosidade desapareceu misteriosamente quando os pescadores se aproximaram. Em janeiro de 1985, à 01h30, mais um episódio repetiu-se, desta vez envolvendo dona Adelaide, residente no Bairro Santa Rosa. Dona Adelaide disse ter visto um vulto todo branco com aproximadamente 1,60 m de altura subindo as escadas de sua casa. “Aquela figura não era deste mundo. Acredito que poderia ser o espírito da minha mãe, que havia falecido há pouco tempo”, considerou a testemunha.
Outros dois casos interessantes ocorreram em 1989, na Base Aérea de Santos, atrás do hangar das aeronaves e próximo à torre de controle. O primeiro envolveu um sentinela que prestava serviços ao Corpo de Bombeiros. Era noite e estava tudo calmo, porém um fato inusitado despertou sua atenção: perto da maré havia uma mulher toda iluminada que flutuava acima da água. Temeroso, o sentinela correu para as instalações do Corpo de Bombeiros e chamou três soldados para, juntos, verificarem o local da aparição. Lá chegando, os militares constataram a veracidade do testemunho do sentinela. Um deles, inclusive, tentou se aproximar, mas quando distava mais ou menos três metros da imagem, esta desapareceu no ar.
VULTO LUMINOSO VISTO POR TODO UM PELOTÃO DE CORPO DE BOMBEIROS
Três meses depois aconteceu mais um fenômeno. Dessa vez, o vulto luminoso foi visto por todo o pelotão do Corpo de Bombeiros. Na avenida principal que dá acesso ao Comando da Base Aérea de Santos, o sargento passava a instruções de ordem unida ao pelotão, quando notou um brilho ao longe. A principio, o sargento pensou que devia se tratar de uma insígnia oficial exposta ao Sol e não deu muita atenção ao fato. Todo o pelotão já se encontrava em estado de alerta, quando o sargento ordenou a posição de sentido e, ao invés dos soldados o obedecerem, saíram em disparada. Atônito, o militar virou-se para o lado, ficando chocado ao perceber a presença de um vulto luminoso, pairando a uma pequena distância do chão. Em seguida, o militar, aterrorizado, também correu na mesma direção de seus subalternos. Passado o susto, os soldados receberam instruções para que se mantivessem calados, sem poderem fazer qualquer comentário sobre o ocorrido.
Os pesquisadores do GUG, baseando-se em análises, estão convencidos de que uma parte das histórias pesquisadas podem ser reais manifestações extraterrestres e a outra, entidades espirituais. Acredita-se também que muitas das aparições marianas derivem deste fenômeno. Porém o único agravante para as pesquisas são as próprias testemunhas, pois cada uma delas tende a reproduzir ou associar tais manifestações com o mundo religioso de sua formação. Certamente, um católico vai interpretá-las como sendo Jesus Cristo ou Nossa Senhora; já um árabe acredita ser Maomé; enquanto que um índio achará que é Manitu etc. Pode-se concluir, dessa maneira, que a maioria das aparições são extraterrestres. E a Mulher de Branco não é uma exceção…
Uma pesquisa mais profunda
Através de uma pesquisa mais aprofundada na região de ocorrência dos fenômenos (tais como estradas, cavernas, picadas etc), chegou-se à conclusão de que existem quatro tipos de fenômenos manifestando-se na região. E importante salientar que do lado direito do vale há uma parte da estrada onde os faróis de carros, por vezes, são confundidos com UFOs. As luzes das lanternas dos espeleólogos entrando e saindo das cavernas próximas, ou ainda, andando em caminhos estreitos no mato (picadas), também podem ser mal interpretadas.
Assim como há, sem dúvidas, fenômenos naturais, como a energia telúrica, gases, energia das pontas etc, que muito freqüentemente são consideradas UFOs. Mas, certamente que existe um fenômeno ufológico autêntico ocorrendo na região, tendo em vista as manobras destes engenhos e as características incomuns destes fenômenos. Segundo o pesquisador Claudeir Covo, o material analisado não é uma fraude, nem tampouco um tipo de fotomontagem, riscos no negativo, manchas químicas ou coisas desta natureza. Todas as hipóteses possíveis para explicar o fenômeno foram descartadas e a conclusão final é que, de fato, há um caso ufológico real na região, comprovado através das análises de filmes e fotos. Esse caso chamou tanto a
atenção de Claudeir, que o ufólogo foi até a cidade de Iporanga, em julho de 1991, onde tirou algumas fotografias do fenômeno e presenciou pessoalmente as evoluções dos UFOs na região.