Provavelmente há poucos assuntos sobre os quais as pessoas queiram saber mais do que sobre UFOs. Fiz uma enquete com vários membros da equipe do Tribune perguntando se acreditavam ou não em UFOs. Baseado em uma margem de erro de mais ou menos 90%, quase toda a equipe girou sobre o “não”. Fiz a pergunta após ter lido um artigo de Judy Triplett sobre uma mulher de Bay City que diz ter visto um objeto no céu em outubro, muito similar aos recentes avistamentos ocorridos em Stephenville.
Uma colega de nossa equipe notou acertadamente que a sigla UFO pode significar qualquer objeto no céu que não possa ser prontamente identificado. Cometas, por exemplo, não mantêm a mesma aparência quando entram em nossa atmosfera, mas minha colega de trabalho prosseguiu, “existe uma diferença entre falar sobre OVNIs e alienígenas“.
Será que ela acreditava em alienígenas? Não. Aquilo acabou com minha pesquisa nada científica. Quando refiz a pergunta sobre a crença em alienígenas, aqueles que se inclinavam a acreditar em UFOs não quiseram ver-se acreditando em ETs. Houve inúmeros relatos de UFOs durante várias décadas passadas. Alguns foram facilmente explicados, já outros, não. E, mesmo tendo visto amigos dizendo ter visto um extraterrestre ou seus veículos, imagino que poucos deles estariam prontos a admitir diante de outros ouvintes além de mim.
Amenos que algo de outro mundo pouse no jardim, em plena luz do dia e com uma multidão assistindo, a maioria de nós não estaria disposta a sair dizendo que acredita em UFOs. Falar sobre UFOs e alienígenas tende a fazer as pessoas sentirem-se como cruzando um terreno teológico proibido. E por fim, alguns prefeririam rejeitar os UFOs e evitar trazer o assunto à discussão. A menos que o exemplo do jardim ocorra, eles continuarão longe dos olhos e do pensamento de muitos.
Há alguns anos escrevi que acompanhei meu pai – também jornalista e editor – enquanto ele investigava o relato de um policial que dizia ter visto um objeto em forma de botijão de gás e dois humanóides fora dele em Socorro, Novo México, em 1964. Havia pouco a ser visto no fundo do leito seco de um rio onde o avistamento ocorreu, mas os longos anos de experiência do policial davam uma credibilidade ao relato que era difícil de rejeitar. O incidente foi devidamente investigado pela Força Aérea dos EUA que, há muito desistira de investigar tais relatos, além de outras autoridades do gênero. Socorro, aliás, é muito parecida com grande parte do Novo México – há sempre alguma propriedade do governo por perto. A cidade fica no mesmo condado em que foi detonada a primeira bomba atômica. Vi o Today Show falar algo sobre o avistamento de Stephenville imaginando se fariam alguma observação inteligente sobre os texanos ou os UFOs. De certa forma fizeram, e o repórter conduziu a matéria com um sorrisinho nos lábios. Mesmo assim, havia uma sensação de euforia contida no estúdio do programa em Nova Iorque. Você acredita em UFOs ou alienígenas? Não sei. Só sei que não ignoro aqueles que acreditam ou que tenham visto algo por aí.